EUA aprovam venda de suporte e manutenção de obuseiros M777 para a Ucrânia no valor de US$ 104 milhões

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M777

M777

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a possível venda militar estrangeira à Ucrânia de serviços de manutenção, equipamentos e apoio logístico de longo prazo para os obuses M777, no valor estimado de US$ 104 milhões. A Agência de Cooperação de Segurança de Defesa (DSCA) notificou oficialmente o Congresso norte-americano sobre a proposta nesta terça-feira.

A solicitação do governo ucraniano inclui equipamentos, serviços de reparo, assistência técnica, treinamento, publicações e elementos de suporte logístico e de programa relacionados aos obuses M777, peça de artilharia amplamente utilizada pelas Forças Armadas da Ucrânia no combate às forças russas desde 2022.

Segundo o comunicado oficial, a venda está alinhada com os interesses estratégicos dos Estados Unidos ao fortalecer a segurança de um parceiro crucial para a estabilidade política e o progresso econômico da Europa.

“A proposta aumentará a capacidade da Ucrânia de enfrentar ameaças atuais e futuras, ampliando sua capacidade de autodefesa e sustentando operações de segurança regional com maior autonomia logística”, afirmou a DSCA.

Contrato com empresa britânica

O contrato principal será executado pela BAE Systems, com sede em Barrow-in-Furness, no Reino Unido. Até o momento, não foi divulgado nenhum acordo de compensação (offset) relacionado à venda, mas caso ocorra, os termos serão definidos entre o governo ucraniano e a empresa contratada.

Impacto regional e operacional

O Departamento de Estado enfatizou que a operação não altera o equilíbrio militar regional e não exigirá o envio adicional de representantes do governo ou de contratados norte-americanos à Ucrânia. Também foi confirmado que a prontidão de defesa dos EUA não será afetada pela transação.

O M777 é um obuseiro de 155 mm de alta mobilidade e precisão, usado em larga escala pelas forças ucranianas, especialmente em combates no leste e sul do país. A manutenção e suporte prolongado garantem a continuidade operacional do sistema, essencial em conflitos de longa duração.

Com esta nova aprovação, os Estados Unidos reiteram seu compromisso com a resiliência militar ucraniana frente à invasão russa, enquanto reforçam sua rede de alianças no continente europeu.■


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juggerbr
juggerbr
1 mês atrás

Quantos sobraram na Ucrania? Imagino que poucos…

RDX
RDX
Responder para  juggerbr
1 mês atrás

A Ucrânia perdeu mais de 50% das peças.

Colombelli
Colombelli
Responder para  juggerbr
1 mês atrás

O inicial foi mais de 140.
Eu so acredito nas perdas oficiais ( leia-se oryx).
Alegações dos lados tem muita mentira

gordo
gordo
1 mês atrás

Com a UE pagando a conta, e diga-se de passagem bem salgada, não vai faltar equipamento para a Ucrânia. O problema é que está faltando ucraniano e isso não tem como repor.

Colombelli
Colombelli
Responder para  gordo
1 mês atrás

” falta” porque nao fazem recrutamento amplo. Idade é bem maior que aqui.

Atirador
Atirador
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

Ta de brincadeira né ? tem vários vídeos de recrutadores pegando gente a unha na rua

Colombelli
Colombelli
Responder para  Atirador
1 mês atrás

Idade la é 27. Olhe o que eu falei. Interprete correto.
Nao estão pegando todas faixas de idade possivel o que seria recrutamento amplo.
Mas dentro da que pegam, é obrigatório.

Última edição 1 mês atrás por Colombelli
Heitor
Heitor
1 mês atrás

Todo dia os russos tomam território e os “aliados” dando esses restos…

Guilherme Leite
Guilherme Leite
Responder para  Heitor
1 mês atrás

Portugal em 2 semanas!

Enquanto isso, mães russas aguardam suas pensões para que oligarcas lucrem com suas mineradoras.

José 001
José 001
Responder para  Guilherme Leite
1 mês atrás

O que a Rússia iria fazer em Portugal?

O melhor bacalhau está na Noruega e, os melhores azeites estão na Itália, Espanha e Grécia.

E os azeites feitos em algumas regiões do Brasil como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul já estão no mesmo nível dos feitos em Portugal, muitos já superam, inclusive recebendo reconhecimento na Espanha como uns dos melhores do mundo em várias categorias.

Não tem muita coisa interessante ai.

Relaxa.

Heinz
Heinz
Responder para  José 001
1 mês atrás

“O que a Rússia iria fazer em Portugal?”
Não sei, pergunta ao Medvedev, ele que disse: “Uma Eurásia unida, de Lisboa a Vladivostok.” Este é o objetivo final da Rússia, anunciado esta terça-feira por Dmitry Medvedev – que é atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia. Fê-lo numa mensagem divulgada no seu canal do Telegram.

José 001
José 001
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Quer fazer análise geopolítica séria com base em frases de efeito no Telegram do Medvedev?

Medvedev fala mais para provocar, virou praticamente o Enéas da geopolítica, aparece, solta um “Lisboa a Vladivostok!”, e some.

Você odeia tudo que é russo mais do que o Washington Post.

Acha realmente que alguém em Moscou vai acordar de manhã pensando: Crimea? Donbass? Não! Bora invadir Lisboa! Lá tem azulejo, vinho do Porto e o Cristiano Ronaldo velho.

Pelo amor de Deus, Jorge e Mateus!

Enquanto isso, quem está de fato enfiando grana, armas, influência e tropa em tudo quanto é canto da Europa (e do mundo) são os “mocinhos do faroeste, defensores paulatinos da democracia mundial”, aqueles que você nunca questiona. Eles não fazem discursos, fazem cheques.

Se depender do Medvedev, Lisboa segue em paz. Agora já o Trump, vai depender se acharem pré-sal lá em Cascais.

Acredito mais nas bravatas do Trump de anexar o Canadá (51º estado), Canal do Panamá e Groenlândia, já tem até o Golfo da América no Google Maps, do que no Medvedev.

Relaxa, Portugal e Bahia estão seguros.

João Carlos
João Carlos
Responder para  José 001
1 mês atrás

Que o Putin queira invandir a Europa ate Portugal duvido mas se conseguir a Moldavia, os paises Balticos e acabar com a Nato a Russia seria outra vez um dos grandes do mundo e podia discutir a divisão do mundo com a China e os USA. Porque meus amigos o verdadeiro interesse é esse. Se as riquezas não chegam para todos os mais fortes ganham tudo. E a Bahia está segura se não descobrirem terras raras ou outra riqueza qualquer que interesse aos poderosos.

José 001
José 001
Responder para  João Carlos
1 mês atrás

Até deixei meu like pra você.

Mas vamos lá…

A promessa da OTAN era não se expandir para as fronteiras russas.

E você tem que concordar que fizeram e estão fazendo o oposto.

E não por ideologia, mas sim pelos recursos que a União Europeia precisa e não possui.

E sim, acabar com a OTAN seria ótimo, e não só para a Rússia, mas para vários países, incluindo o Brasil, que recentemente recebeu ameaças do Mark Rutte.

Se descobrirem recursos dos quais necessitam na Bahia quem vai procurar alguma desculpa para invadir não serão os russos, mas os EUA.

E a União Europeia vai querer aplicar sanções ao Brasil por algum motivo ambiental ou direitos humanos, como sempre.

E não porque são os ideais deles, mas sim para que o Brasil não cresça politicamente, economicamente e militarmente.

Um Brasil grande e forte se tornaria um adversário como Rússia, China e, agora, a Índia está se tornando.

Sou filho de alemão mas nascido e criado no Brasil, e todos do meu círculo social, amigos e familiares, pessoas e empresas com as quais faço negócios no Brasil e na Alemanha pensão da mesma forma.

Joao
Joao
Responder para  José 001
1 mês atrás

Gostado… eu também… e todos pensam diferente

João Carlos
João Carlos
Responder para  José 001
1 mês atrás

Bem, quanto tempo voce pensa que os paises Bálticos seriam independentes se não tivessem entrado para a Nato?
E porque a Finlandia e a Suecia sairam da neutralidade para entrar na Nato?
Eu posso responder a isso, medo (e com razão) da Russia.
Um Brasil forte seria respeitado por todos (grande sempre foi, graças aos Portugueses). E é sempre mais facil culpar os outros do que ver os nossos erros. O Brasil só não é uma grande potencia por culpa propria não é por que a Europa ou a America não deixam.

Atirador
Atirador
Responder para  João Carlos
1 mês atrás

¨grande sempre foi, graças aos Portugueses¨, graças AO português, se não fosse Pedrinho primeiro o Brasil não estaria inteiro

JHF
JHF
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Trash talk faz parte da cultura de bravata. Sempre tem alguém falando uma besteira para alimentar quem quiser levar isso a sério. Alguém grita ” confronto” de um lado para ver quem responde “confronto” do outro. A humanidade sempre teve este tipo.de.coisa e chegamos donde chegamos.

Cebola
Cebola
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Ninguém vai fazer nada com a Guiana Brasileira. Vamos defender nossos territórios de além-mar.

João Carlos
João Carlos
Responder para  Cebola
1 mês atrás

Presunção e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguem seria mais realista os Portugueses mais os Europeus irem ajudar a antiga capital do reino de Portugal do que o Brasil ir alem de Fernando de Noronha.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Heitor
1 mês atrás

Centimetros as vezes poucos metros. Cheque os numeros. Literalmente passo de uma lesma.

José Gregório
José Gregório
Responder para  Heitor
1 mês atrás

Sim, verdade, tanto que já tomaram toda Ucrânia 3X , mas ela continua lá resistindo…

Antonio Palhares
Antonio Palhares
1 mês atrás

Tenho o maior respeito pela capacidade dos Estados Unidos de ganhar dinheiro. O que sobrar da Ucrânia será a garantia. Ou será que os Europeus pagarão esta fatura ?
Dois coronéis ingleses fardados foram presos na Ucrânia.

juggerbr
juggerbr
Responder para  Antonio Palhares
1 mês atrás

Alemanha e Japão ficaram décadas pagando a reconstrução aos americanos, e obedecendo as ordens quanto a cambio e legislação local. A UE deve ter feito acordos secretos com as condições deste pagamento.

amarante
amarante
Responder para  juggerbr
1 mês atrás

Ficaram?

Eromaster
Eromaster
Responder para  Antonio Palhares
1 mês atrás

O governo russo disse que não vai liberar esses oficiais da OTAN capturados na Ucrânia.

Carlos Campos
Carlos Campos
1 mês atrás

Antes dessa guerra gostava desse equipamento, hj em dia, não vejo ele como necessidade, só em locais em que o inimigo não tenha codições de operar drones.

Joao
Joao
Responder para  Carlos Campos
1 mês atrás

Drones tem sua utilização.
Artilharia também.
São coisas distintas.
Inclusive, esses drones civis adaptados são controlados relativamente de perto e, dependendo da situação, os controladores não o poderão fazer, por estar sob fogo pesado de artilharia.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Joao
1 mês atrás

Artilharia, pra mim tem que ser móvel, m777 fica parando, tem que ser ATMOS, Ceasar ou M109

Heinz
Heinz
Responder para  Carlos Campos
1 mês atrás

Uma coisa não tem nada a ver com a outra, nego acha que ser móvel é só benefício, um obus como M109,  ou 2S19 Msta, tem suas vantagens, mobilidade, capacidade de levar sua própria munição, atirar e sair. Entretanto, eles são bem maiores que um obus rebocado, é difícil esconder um blindado desse porte, nesse quesito o rebocado ganha, é menor, mais discreto. Ai vai de acordo com a missão, e outra os drones não são imunes, é meio óbvio que se tu tem um batalhão de artilharia de tubo, o mínimo que se tem que ter é uma unidade de artilharia AA para cobrir, justamente para destruir um possível contra-ataque do inimigo

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Heinz
1 mês atrás

Se os drones hj com sensor de 30Kg com capacidade SAR consegue ver esse M777 de longe igual a m109, além de que se o Inimigo estiver com radar de contrabateria, não tem onde tu se esconder, tem que atirar e fugir, melhor usar o sistema AA para proteger um Ceasar ou M109 do que um lento M777

RDX
RDX
1 mês atrás

O M777 (rebocado e alcance de 21 km com munição M107) é muito vulnerável para o TO ucraniano.
E é fácil provar.
Os aliados forneceram 193 obuseiros AP com canhão L52 Caesar, PzH2000, Archer e Krab (aproximadamente 30 km de alcance com munição equivalente).
Os EUA e aliados forneceram um número equivalente de obuseiros M777 (198).
Segundo o Oryx, os ucranianos perderam 56 das 193 peças AP (29%) e 102 das 198 (51%) peças M777.
Conclusão: O TO ucraniano impõe o emprego de obuseiros AP blindados e com alcance superior a 30 km. Mobilidade, proteção blindada e longo alcance são requisitos essenciais para a sobrevivência dos meios da artilharia no TO ucraniano.

Última edição 1 mês atrás por RDX
Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
1 mês atrás

Cuidado com os numeros. Tem que ver a época em que foram fornecidos e o setor em que operaram e as conduções especificas. A perda em si isolada de outras variaveis nao diz muita coisa.

MGNVS
MGNVS
1 mês atrás

Pergunta simples: Como a Ukrayna vai pagar essa dívida monstruosa?
Só em equipamentos e em dinheiro a Ukrayna ja recebeu mais de 300 bilhoes.
Onde esta esse dinheiro e onde estao os armamentos?
Pq a cada dia que passa a Ukrayna pede mais dinheiro e mais armas.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2kg5pvgwego

José 001
José 001
Responder para  MGNVS
1 mês atrás

A palavra “Ukrayna” (Україна) é o nome da Ucrânia em várias línguas eslavas orientais e outras línguas, incluindo russo, polonês e bielorrusso. Em português, o nome do país é Ucrânia.

MGNVS
MGNVS
Responder para  José 001
1 mês atrás

E é exatamente por isso que eu uso Ukrayna e não Ucrânia.
Da mesma forma eu uso Belarus e nao Bielorússia.
Tbm uso Danmark e não Dinamarca, e Norge no lugar de Noruega.

Abymael2
Abymael2
Responder para  MGNVS
1 mês atrás

Caramba. Pode explicar por que? (só curiosidade mesmo)

MGNVS
MGNVS
Responder para  Abymael2
1 mês atrás

Abymael… pela própria identidade do país em questão e em respeito a origem do idioma natal desse país. Eu simplesmente odeio ver o nome BraZil escrito assim com Z, o nome do nosso país é BRASIL.
Islândia é o aportuguesamento de Iceland, que foi o nome dado ao país pelos antigos vikings, então eu uso Iceland pois esse é o real nome do país.

Eromaster
Eromaster
Responder para  MGNVS
1 mês atrás

A esperança era usar os Minerais e as terras agrícolas como pagamento, o problema é que não combinaram com os russos, que está avançando e tomando todas essas áreas.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Eromaster
1 mês atrás

Pois é!! O Garrincha foi certeiro. Tecnico:”Vamos pra cima dos russos e vamos vencer”. “Pra isso acontecer temos primeiro que combinar com os russos.” O ocidente liderado pelos EUA sempre esquece de combinar com os russos.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  LUIZ
1 mês atrás

Isto foi escrito aqui há muito tempo . A maior reserva de lítio que era explorada pelos alemães foi vendida para os ingleses e tomada pelos russos. Não sei como o povo europeu é tão burro.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Eromaster
1 mês atrás

Sim… por isso eu quero ver como a Ukrayna vai pagar essa conta.

Colombelli
Colombelli
1 mês atrás

Pelo valor devem ser peças de reposição, especialmente tubos.

Há obuseiros la que trocaram 3 vezes de tubo ja, com 7200 tiros.

O obuseiro comporta em media 5 trocas de tubo. Apos isso, nao pode mais ser usado com segurança ou eficiência sem ampla revitalização.

As caracteristicas do TO tem levado a tiros longos e imprecisos forçando as unidades. A vida util de um tubo em media é dec1500 a 2000 EFC.

A tendência é no futuro o M777 sair de operacão ali e ser substituido pelo obuseiro.AP nacional bem mais barato.

O M777 é carissimo. Custa o preço de um ATMOS por conta dos materiais que lhe dão leveza. Sua unica vantagem é transportabilidade por helicoptero.

Marcelo Soares
Marcelo Soares
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

E ainda tem o fabricado na Ucrânia, que deve somar com as peças auto rebocadas recebidas do exterior:

https://en.wikipedia.org/wiki/2S22_Bohdana

Parece ser uma boa viatura.

Colombelli
Colombelli
Responder para  Marcelo Soares
1 mês atrás

É a este que me referi. Mais barato que o M777.

Henrique A
Henrique A
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

Eu acredito que estes foram enviados pois estavam disponíveis em relativa quantidade pois o USMC o retirou de uso.

A OTAN não está fazendo material novo pra Ucrânia em larga escala, estão enviando os estoques.

Faria mais sentido se reunirem e escolherem modelos padronizados para uniformizar o arsenal ucraniano e facilitar a logística mas ao que parece a Ucrânia não é tão central como o discurso oficial quer dar a entender.

RDX
RDX
1 mês atrás

Só para registrar que os atuais drones guiados por fibra ótica russos possuem 25 km de alcance. Tal capacidade torna o M777 com seus 21 km de alcance (com munição M107) ainda mais vulnerável. A vida era menos difícil quando a maior ameaça era a contrabateria russa.

Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
1 mês atrás

Prezado. Todo obuseiro, seja AP seja AR e tenha o alcance maximo que tiver, ira, inevitavelmente, fazer a esmagadora maioria dos seus disparos bem abaixo do 20 km e bem dentro da zona de drones.

O que determina o alcance de disparo real é antes o tipo de munição e a missão do que a capacidade de alcance maximo.

Por quê? Porque salvo o uso de granadas guiadas, onde o alcance nao interfere na precisão ( e ai se pode disparar sempre no alcance maximo), quanto maior o alcance, maior o CEP.

Em media, no calibre 155mm ate uns 14 ou 15 km, o CEP corresponde ao raio de ação da granada e se bate ponto. Acima dali, o CEP cresce a ponto de chegar a faixa dos 200 metros a 25km e a meio km a 40km. Se passa a bater area.

Bater area so serve pra 2 tipos de missão: fogo de fustigação/ inquietação e (olhe la) pra lançar cortina de fumaça. Com CEP de 200m pra cima, o fogo se torna inutil pra bater ponto ( concentração) e extremamente prejudicado pra bater area restrita ( barragem).

Como as granadas guiadas poucos paises tem, custam 80.000 dolares cada uma, e foram fornecidas em pequenas quantidades, todos os obuseiro na guerra russo ucraniana fazem a quase totalidade de seus tiros bem abaixo dos 20 Km indepenxentemente do alcance maximo. Por outras palavras, salvo quando estão usando granadas guiadas, todos obuseiros estao no alcance de drones ( inclusive por radio) nao importa seu alcance maximo.

Eu inclusive sempre fui critico ácido do uso pelo EB de M101e M114 quando tinha obuseiro na AL com quase o dobro de alcance. Depois, compreendendo na pratica como funciona, entendi porque estas armas era mantidas: todos tiros de contrabateria ficariam dentro dos seus alcance uteis tambem porque o alcance deste fogo e do fogo eficaz é definido pela granada e oela missão, nao pelo obuseiro ou seu alcance maximo

Quando falamos de drones, a vulnerabilidade pode surgir no deslocamento da peça ate a posicão, tomada da posição e pontaria, execucão da missão, saida de posição e deslocamento de retorno.

Nos deslocamentos de ida e retorno, o obuseiro ser AP ou AR nao faz muita diferença. Inclusive no caso dos AP ha um alvo so, o que facilita a destruição.

Durante a execução do fogo, AP e AR tem igual vulneranilidade. Sendo que há entrevistas dos ucranianos dizendo que o AR são mais discretos ( ver canal weapons of the victory no youtube)

Na entrada em posição , o M777 ficara um pouco de tempo mais exposto ( poucos minutos) porque tem que ser abertas e fixadas as pás das conteiras . Como ele é digital nao perde tempo na pontaria mais do que um AP.

Na saida de posição ele tambem demora um pouco a mais de tempo pois ha que recolher as conteiras e preparar pra reboque. Da poucos minutos de diferença. 3 ou 4 minutos.

Ou seja, no caso especifico do M777 os tempos de exposição e risco sao pouca coisa maiores que o AP. Outros obuseiros AR ai sim teriamos na faixa de 15 a 20 minutos a mais de exposição pelo uso do goniômetro bussola pra pontaria ( vale pra AP sem digitalização tambem)

Ao fim e ao cabo, no caso especifico do m777, as diferenças de risco decorrentes da mobilidade e alcance em vista dos AP ou obuseiro de maior alcance sao infimas. A vulberabilidade nao é significativamente maior.

Mas e por que teriiam mais perdas? Varios fatores podem explicar . Foram fornecidos logo no começo do conflito enquanto os AP vieram em lotes posteriores. Eles participaram de fases especificas do conflito antes da expansão dos drones e portanto estiveram mais expostos ao fogo de contrabateria porque atuavam mais intensamente. Hoje o adversario tem drones que aimentam o risco mas em compensação a chamada da artilharia pra atuar tb diminuiu substituida pelo drone.

Por fim tem as condições de operação como: local onde atuaram, contra quem, se era em defensiva ou ofensivs, que tipo de cobertura AA tinham, que tipo de munição usaram, missoes prioritarias

Somente depois da guerra talvez um dia se possa fazer um estudo criterioso, si et in quam estas informações um dia forem divulgadas pela Ucrânia. Ai poderemos aquilatar qual fator de fato implicou mais baixas e se o risco suposta e teoricamente msior do M777 é relevante.

Registro que, a despeito de tudo isso, eu prefiro sempre o AP ao AR ( salvo se o Ap for chines), exceto pra artilharia de selva, para a qual o AR ( e mais especificamente o M56) nao tem substituto.

Henrique A
Henrique A
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

No caso da vulnerabilidade, no AP do tipo M109 existe a proteção blindada enquanto num AR os elementos que operam a peça estão expostos.

Então a vulnerabilidade não se trata só da peça mas do pessoal que opera a peça.

AP, via de regra, são mais caros do que AR então não se trata de escolher um ou outro mais qual a proporção de cada um.

No caso do EB na minha opinião obuseiro AR 155mm ficaria bom nas AD das divisões que enquadram basicamente brigadas motorizadas e os AP ficariam pras AD que enquadram brigadas blindadas/mecanizadas e nos GAC dessas brigadas e no caso dos GAC das brigadas leves (selva/aeromóvel/montanha) os morteiros pesados de 120mm ficariam OK talvez alguns obuseiros de 105mm modernos nas brigadas mais prioritárias (por causa do custo – não acredito que haverá orçamento para substituir todos os M101 e M56 por peças modernas – o 120mm é bem mais barato)

No caso da artilharia de selva, na minha opinião o melhor seria um morteiro pesado de 120mm de alma lisa, pelo preço, por ser ainda mais leve que um M56 e ter alcance OK para o tipo de operação que ocorreria num ambiente de selva.

RDX
RDX
Responder para  Henrique A
1 mês atrás

Exatamente. A maior vantagem do obuseiro AP no TO ucraniano é a proteção blindada.
A guarnição do M777 precisa rezar muito para não bater um obus perto.
A alegação de que a peça rebocada é fácil de ocultar é frágil.
Um M109 pode ser enterrado numa posição oculta tal como um obuseiro AR, com a vantagem de ter proteção blindada e a torre girar 360º.

Última edição 1 mês atrás por RDX
Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
1 mês atrás

Pesquise qual é a proteção de um obuseiro AP ” blindado” e veja as entrevistas dos ucranianos sobre ocultação de um e outro tipo AP e AR.

E voce imaginou o tamanho de um espaldao pra enterrar um AP? Ele ate fica em abrigos mas nao na hora de operar. Observe na Ucrania

Alias o obuseiro AP ucraniano nao tem proteção blindada. Nem Atmos, nem Caesar e nem o modelo em desenvolvimento pelos EUA.

RDX
RDX
Responder para  Henrique A
1 mês atrás

O ideal é substituir todos os obuseiros M114 e M101 por obuseiros AP SR 155mm.
105mm somente nas brigadas de selva, PQDT e leve (defendo a transferência de alguns M56 para o GAC de montanha).

Estava analisando a artilharia do EB e não consigo compreender porque o M108 foi desativado (parte foi doada para o Uruguai) se ainda existem brigadas de Cavalaria Mecanizada com M101.

Henrique A
Henrique A
Responder para  RDX
1 mês atrás

Bem lembrado. Se estivessem operacionais ficariam melhor nessas brigadas do que o M101 ou mesmo adquirir antigos M109 do deserto recondicionados.

Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
1 mês atrás

Concordo que o GAC de montanha deva receber o M56 da 11 brigada quando esta receber os m119/L118.

E de fato, o ideal seria por tudo, exceto brigadas leves, no 155mm AP SR. Mas vamos ficar nos 36 só por muitos anos e o 105 so será substituido por um mais moderno. A diferença entre por um M119 ou um atmos nem seria tao grande. Talvez uns 2.6 milhoes por peça. Com menos de 300 de milhoes de dólares se renovaria quase todos grupos com um 155mm AP SR .

Quanto aos M108, creio que o que impediu sua manutenção substituindo os M101 foi justamente o plano de logo por um AR novo nos grupos. A mudança de AR pra AP de lagarta pra depois voltar pra um AR nao compensaria.

De qualquer sorte a principio alguns M108 estão em “reserva”

Colombelli
Colombelli
Responder para  Henrique A
1 mês atrás

Prezado. O fogo de contrabateria, seja por drone, seja por artilharia, se baseia na precisão. Ou seja, a ideia é acertar a peça adversaria e inabilita- la. E isso é possivel com granada convencional ate 14 ou 15 km no 1 ou 2 tiro ou com granada guiada em qualquer distância no 1 tiro. O drone da 100% de precisão sempre.

Dito isso, a blindagem dos obuseiros AP é bastante ineficiente e muitas vezes de aluminio. Da alguma proteção contra armas leves, mas nao contra uma lança de plasma de uma carga de drone ou contra um estilhaço de fogo de artilharia de contra bateria. Estes estilhaços saem a 2 vezes a velocidade de uma bala de fuzil e são grandes. Eu ja vi alguns, na manga de segurança no CISM, com 30 cm por 10 de largura e 1.5 cm de espessura. Isso passa a blindagem dos obuseuiros como se fosse manteiga.

Esta pouca utilidade pratica da blindagem em vista da contra bateria é que justifica o atmos, o caesar e o novo obuseiro ap dos EUA sobre rodas sem blindagem

Ademais a exposição da guarnição pode ser mitigada com uso de tecnicas como faz a artilharia argentina, que se afasta da peça e se ” entoca” maior parte do tempo.

O ideal e ter os 2 tipos ap e ar. Cada um tem suas vantagens dependendo da missao ou do contexto.

Mas as vezes se acaba tendo de escolher. Depende tudo de $$ e urgência.

A tendencia é os 155mm no EB serem todos AP. Está planejada, e ja era pra ter começado, a revitalização de 27 M109A3 pra 2 grupos e um deles é o 27 GAC. Mais os 36 atmos que virão em 28 ( se o ex condenado ou seus asseclas forem opoertunamente afastados do poder) e se terá substituido todos os M114.

Podem ser postos os sobre rodas na AD1 e os lagartas na AD3 ou ser feita uma mescla.

Os 10 grupos que operam M101, a substituição sera por um 105mm AR no caso o M119/ L118. A priori dará pra substituir a maioria, quase totalidade, pois se planeja em torno de 100 unidades.

Poderia ser um AP 105 e melhor seria caminhar para o 155mm ap na maioria. Mas nao será por conta do custo.

Nas art selva, montanha e pqdt o ideal é o 105 AR , e na selva o M56 é imbative, pois pode ser duvidido em 12 partes a mais pesada de 122 kg. Na pratica o M56 é tão leve quanto um morteiro soltan 120 por conta disso. Unica peça que vai fácil de voadeira e a braço.

O morteiro 120mm nao substitui completamente o M56 por conta do tiro direto. Em selva, é usado na interdição fluvial, e, em qualquer caso, é um reforço anti tanque.

Última edição 1 mês atrás por Colombelli
MGNVS
MGNVS
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

Muito bom esse comentário seu viu Colombelli!
Muito conhecimento técnico, imparcial e sem baboseiras ideologicas.
Excelente mesmo.

RDX
RDX
Responder para  Colombelli
1 mês atrás

A munição US 155mm mais barata (M107) possui alcance máximo de 23km com o ATMOS. 21 km com o M777. Nesse sentido, faz pouca diferença ter um cano de calibre L39 ou L52. O CEP não muda. É de aproximadamente 112 metros a 20 km. Para disparos a 30 km o CEP aumenta para 260 metros com munição convencional adequada (é impossível com a munição M107). Com munições guiadas Excalibur o CEP cai para 10 metros até 40 km. Outras munições de precisão mais baratas prometem CEP inferiores a 50 metros até 40 km. Independentemente do alcance, não tem como comparar obuseiro blindado AP com AR. Se tiver carregador automático então… Em qualquer cenário no TO ucraniano um M109A5, por exemplo, é superior ao M777. Nem faz sentido esse debate. Basta dizer que são raros os obuseiros AR 155 mm à venda. O caríssimo M777 só existe porque foi desenvolvido para ser aerotransportado. Ou seja, só faz sentido para quem opera Chinook ou CH-53. Foi despachado para a Ucrânia porque é mais fácil de transportar para outro continente em situações emergenciais …e provavelmente é um ativo menos valioso para o US Army.

Última edição 1 mês atrás por RDX
Henrique A
Henrique A
Responder para  RDX
1 mês atrás

O USMC havia retirado vários e o Canadá e Austrália também tinham em estoque. Bem pouca coisa de primeira qualidade e em OM operacional foi enviado.

E recentemente estão testando equipar divisão de infantaria com HIMARS e retirando em parte os M777.

Última edição 1 mês atrás por Henrique A
Colombelli
Colombelli
Responder para  RDX
1 mês atrás

O que eu disse é que o fator que tu apontou ( alcance maior ) nao é relevante na esmagadora maioria das missoes e voce esta confirmando na primeira parte do teu comentario isso: com granada convencional nao faz diferença o tubo maior ou alcance maximo maior. Todo mundo vai atirar em alcances menores que os 20 km e dentro da area de alcance de drones.

Com as granadas guiadas ai sim como eu disse, faz diferença porque pra elas distância nao muda o CEP.

Tambem afirmei que o M777 pelo preço so tem a vantagem de ser helitransportado.

Quanto a afirmação que AP eAR nao tem comparação e que o M109A5 sera sempre melhor que um M777 la, sao genericas e descobsideram varios fatores de cada caso concreto.

Os diferentes tipos de obuseiros podem sim ser comparados. Foi o que eu fiz e mostrei que nas 5 fases de operação na pratica há pouca diferença de tempo de exposicao e risco de destruição ao e pelo fogo adversario por um ou outro modelo.

E a superioridade de um tipo sobre o outro nao é uma realidade absoluta. Depende a missao e o contexto. O AP tem alguma proteção a mais (que na pratica faz pouca diferença em vista da natureza precisa do drone e da contrabateria) e se tiver carregador automatico terá cadência mais rapida. Isso faz diferença em uma sequencia rapida de eficácia. So que este tipo de fogo nao é sustentavel e não e o correntio.

Na pratica e pelo tipo de fogo la visto dar 8 tiros num minuto num AP com carregador automatico ou 5 num AR nao faz diferença gritante. Quase todas as sequencias vistas em video tem tempos maiores de disparos.

Por outro lado os AP e sobretudo os com carregador automativo demandam mais manutenção e tem mais chance de quebras.

Tambem sofrem restrições de peso que o AR nao terá na lama rasputitza da Ucrânia.

Tudo depende do contexto.

Eu como disse, prefiro AP sempre ( ja tive que cavar pra placas base) mesmo sem blindagem. Mas nao afirmo superioridade absoluta deste tipo sobre o AR.

Tudo depende de consderar diversas variaveis a começar pelo preço que interfere no custo beneficio.

Quanto ao motivo de o M777 ter sido enviado não foi por questao de transporte. Ss fosse por isso os EUA teriam M109 na Europa que poderiam.ir por terra. Foram enviados porque é o que tinha em estoques e eram dispensaveis. Eles estao desenvolvendo um AP sobre rodas.

José Gregório
José Gregório
1 mês atrás

Um sonho ter essa peça aqui no EB, infelizmente distante, muito distante…

Colombelli
Colombelli
Responder para  José Gregório
1 mês atrás

Custo beneficio dela é melhor pegar o ATMOS. Valor é o mesmo.

José Gregório
José Gregório
1 mês atrás

Alguns desses para o Brasil, já pensaram? Nem o M-198 chegou, impressionante como tudo emperra no Brasil.

Última edição 1 mês atrás por José Gregório