Sanções contra a Venezuela: histórico, efeitos econômicos e impactos na defesa nacional

Crescente pressão econômica
Desde meados da última década, a Venezuela tem sido alvo de uma série de sanções internacionais, majoritariamente lideradas pelos Estados Unidos, com apoio da União Europeia e de alguns países latino-americanos:
- Sanções individuais e institucionais (2014–2017): Iniciadas com bloqueios a funcionários do regime por violações aos direitos humanos e à democracia, ampliando-se para setores estatais e elites político-militares.
(Wikipedia) - Setoriais – petróleo, ouro, finanças (2017–2019):
- Impedimento ao acesso da PDVSA ao sistema financeiro dos EUA e congelamento de seus ativos no exterior.
- Proibição de venda de petróleo a Cuba via navios afiliados à Venezuela.
- Sanções a empresas estatais de mineração (como Minerven) e proibição de transações com ouro venezuelano.
(bhfs.com, Wikipedia)
- Crise macroeconômica agravada:
- Tentativas de alívio e novo endurecimento (2022–2025):
- Em 2022, o governo Biden permitiu que a Chevron retomasse operações com a PDVSA como “alívio humanitário” da crise da produção petrolífera.
- Em 2025, a administração Trump reverteu essa liberação, cancelando a licença da Chevron e aplicando tarifas secundárias de 25% a importações de países que compram petróleo venezuelano, resultando na perda de cerca de 100 000 barris diários.
(AP News, Financial Times)
- Contornos humanitários e alternativos:
- A crise financeira e sanções agravaram insegurança alimentar, com 80% da população vivendo na pobreza e enfrentando escassez extrema.
- A criptomoeda virou meio crítico de pagamentos e preservação de poder de compra, alimentando-se da desvalorização do bolívar e de controles cambiais rígidos.
(Reuters, Financial Times)
Impacto sobre a Defesa e as Forças Armadas

- Desinvestimento crescente:
pesquisadores apontam que o orçamento militar caiu de cerca de US$ 4–6 bilhões em 2012 para cerca de US$ 2,3 bilhões em 2016, com tendência de queda contínua em razão da crise econômica.
(Wikipedia) - Embaraço no armamento internacional:
Desde 2006, há um embargo dos EUA a vendas de material militar à Venezuela, incluindo pressão sobre aliados para que suspendam seus contratos de armas com o país, causando atraso em programas de modernização.
(Wikipedia) - Dependência de aliados estratégicos:
A falta de acesso ao armamento americano levou Caracas a buscar apoio técnico e material junto a Rússia e China, mantendo certa capacitação estratégica, mas com mais custo e limitação de integração.
(Venezuelanalysis) - Deterioração da prontidão militar:
A escassez de peças, combustível e recursos reduz a operacionalidade, afetando treinamentos, manutenção e moral das tropas.
(Congress.gov, AP News)
Panorama resumido
Fase / Período | Tipo de Sanção | Impacto Principal |
---|---|---|
2014–2017 | Individuais e institucionais | Isolamento político e financeiro da elite |
2017–2019 | Petróleo, ouro, finanças | Colapso das receitas estatais e restrição nas exportações |
2022–2024 | Alívio parcial (Chevron) | Aumento temporário da produção de petróleo |
2025–presente | Reversão das permissões | Queda forte na produção e novas restrições financeiras |
Humanitário | Crise crônica | Fome generalizada, hiperinflação e migração em massa |
Defesa Militar | Corte orçamentário + embargo | Redução da prontidão e dependência de fornecedores aliados |
Conclusão
As sanções econômicas, combinadas à falência estrutural de um modelo dependente do petróleo, empurraram a Venezuela a uma crise sem paralelo. As Forças Armadas — antes um pilar de poder interno — veem sua eficácia enfraquecida pela falta de recursos, comprometendo sua capacidade defensiva e seu papel político. Qualquer recuperação requer, no mínimo, estabilidade externa e reformulações internas profundas.■
EUA, terminou suas guerras, na Ásia, no Oriente Médio, na Europa, até mesmo por procuração, agora estamos por ver o retorno de EUA com seu poder de destruição com sua máquina de guerra na A. Sul.
O problema da Venezuela se dá, principalmente, pela déficit comercial. Se eles resolvessem isto, mesmo com as sanções, teriam capacidade de pelo menos suprir as necessidades básicas do país, podendo reverter, à médio e longo prazo, os estragos. Mas o que o regime faz? Nada! Pior. Dolarizam o quanto podem a própria economia, ficando cada vez mais dependentes e vulneráveis à ataques externos na saúde financeira do país.
Se lá atrás, quando as primeiras sanções começaram a ter efeito, houvesse alguma movimentação para desenvolver algum setor industrial do país ( abandonados e até sabotados quando o Chavez estava vivo ) com as reservas que tinham, com toda certeza o baque teria sido muito menor e hoje, a Venezuela, apesar dos problemas, teria alguma estabilidade e capacidade de barganhar com países fora do bloco da OTAN algum acordo comercial, suprindo certas demandas como maquinários mais avançados e eletrônicos, advindos da China talvez.
Uma nação como a Venezuela não possuir capacidade de alimentar o próprio povo e nem mesmo suprir as necessidades com recursos simples como papel higiênico, obviamente ficará em situação de extrema vulnerabilidade, ficando à mercê de acordos desvantajosos que os poderá prejudicar ainda mais. Tanto que, a gasolina estava em tamanha escassez que permitiram que a Chevron voltasse ao país, demonstrando que a tal “soberania” pela qual lutam, é meramente retórica, pois enquanto o ditador continuar com abundância em sua mesa, para ele, a Venezuela estará bem. Apenas para ele.
Sanções por causa do direitos humanos e democracia, mais na verdade é por causa do petróleo, gás e ouro venezuelano.
Sanções para enfraquecer os venezuelanos e aceitar as vontades do governo americano.
A soberania deles é destruir o país com política externa desastrosa, mas é aquele negócio, o povo pode ter mergulhado na miséria mas eles estão mais ricos do que nunca com vários esquemas criminosos e conseguem usar esse espantalho para ficarem para sempre no poder.
O discurso: “O capitalismo é maléfico, EUA é a representação de tudo que é errado.”
Mas não vivem sem o comércio com EUA.