Gepard: Alemanha estuda retomar produção conjunta com a Ucrânia para reforçar defesa contra drones russos

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Gepard: Alemanha estuda retomar produção conjunta com a Ucrânia para reforçar defesa contra drones russos

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O governo da Alemanha e autoridades ucranianas avaliam firmar uma cooperação industrial significativa para retomar a produção do sistema antiaéreo autopropelido Gepard (SPAAG),com o objetivo de intensificar a capacidade de defesa contra drones russos. A iniciativa foi discutida em 21 de agosto durante reunião entre o ministro da Defesa da Ucrânia, Denys Shmyhal, e representantes da fabricante alemã KNDS Deutschland, liderados pelo diretor-executivo Ralf Ketzel.

O plano contempla não apenas fabricar novos veículos Gepard, mas também cooperar na modernização dos sistemas para torná-los mais eficazes contra ameaças modernas, especialmente enxames de drones. Também está previsto que o acordo inclua manutenção, cadeia logística longa prazo e suporte técnico para assegurar que os sistemas permaneçam operacionais em contexto de guerra.

A reintrodução do Gepard como peça central nessa estratégia deve-se à eficácia demonstrada por esse tipo de arma em conflitos recentes, onde sistemas baseados em canhões têm se mostrado complementares às defesas baseadas em mísseis, particularmente para contrapor drones de baixo custo e difícil detecção.

Entre os desafios identificados estão a restauração ou substituição de componentes obsoletos — como radares — cuja produção original foi interrompida há décadas. A Ucrânia está também desenvolvendo versões modernizadas, com radar e sistemas de rastreio atualizados; a Alemanha, por sua vez, contribuiria com documentação, know-how e possivelmente linhas industriais adaptadas para a montagem ou montagem licenciada do Gepard.

A iniciativa marca não só uma resposta às crescentes incursões de drones russos, mas reflete uma tendência mais ampla de colaboração militar europeia com a Ucrânia, favorecendo modelos de produção compartilhada para sistemas de defesa essenciais. Caso se concretize, o acordo poderá acelerar a renovação industrial tanto para Berlim quanto para Kiev, além de reforçar as defesas aéreas da Ucrânia num momento em que a guerra eletrônica e os ataques por drones têm se intensificado.

Ainda não há data oficial para início da produção conjunta, tampouco confirmação de quantas unidades seriam fabricadas ou o cronograma exato. As negociações continuam em curso, com atenção especial à viabilidade técnica, ao custo e à capacidade industrial de ambos os países.■


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Mauricio R.
2 horas atrás

Os russos anularam o Gepard qndo passaram a voar seus drones, acima dos 6000m.
Aliás boa parte das defesas antiaéreas ucranianas, também foi anulada por essa tática.
Nessa altitude são necessários SAM ou muitos YAK-52, para caçar os drones.

Gabriel Pereira Lima
Gabriel Pereira Lima
Responder para  Mauricio R.
2 horas atrás

A Ucrânia também usa bastante os mirage-2000, mig-29 é F-16 para fazer esse tipo de serviço.

Mauricio R.
Responder para  Gabriel Pereira Lima
1 hora atrás

A hora de voo é muito cara e os mísseis necessário escassos.

Matheus R
Matheus R
Responder para  Mauricio R.
1 hora atrás

Se tivesse sido realmente anulado, acho que pensariam em gastar esse dinheiro com outro sistema.

Santos
Santos
Responder para  Mauricio R.
1 hora atrás

Anularam sim, companheiro. Os drones ficam só sobrevoando os céus, “acima dos 6000m”, depois voltam pra casa. Nunca descem para atacar, pois se não enfrentariam os Gepard.

João Carlos
João Carlos
Responder para  Mauricio R.
7 minutos atrás

Por isso os Russos atacam centros comerciais, escolas, bairros residenciais, etc, porque os alvos com algum interesse militar (centrais electricas, fabricas) estão protegidos pelos gepards e outros e os drones não chegam lá perto.

Vinicius Momesso
Vinicius Momesso
1 hora atrás

Não seria mais fácil a Alemanha vender algumas unidades do Skyranger 30 para a Ucrânia? Além de ser bem mais avançado que o Guepard, caso seja um sucesso, clientes não faltarão. Melhor plataforma de testes que o campo de batalha, não há!

Alecs
Alecs
Responder para  Vinicius Momesso
1 hora atrás

O custo deve ser muito mais alto. Esses Gepard usam o mesmo chassi do Leopard A-1 que devem existir aos montes, então o que precisa é da torre e modernizações de itens que não são mais fabricados. Até acredito que também serão fornecidos os Skyranger 30, mas em quantidades menores.

Felipe M.
Felipe M.
1 hora atrás

Nunca é demais relembrar: Alguns aqui viviam de dizer que o Guepard era sucata.
Hoje, sumiram.
Alguns insistem em dizer hoje que o M109 brasileiro é sucata…

Abymael2
Abymael2
Responder para  Felipe M.
1 hora atrás

Eu achava brabão aquele ZSU-23, tinha um aspecto meio retro-tosco que, na minha opinião, o deixava mais ameaçador. Fora a quantidade deles que a URSS tinha né, aos montes.