EUA aprovam possível venda de 48 lançadores HIMARS à Austrália por US$ 705 milhões

Washington, 30 de setembro de 2025 — O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível Venda Militar Estrangeira (FMS) para o governo da Austrália, envolvendo 48 sistemas de foguetes de artilharia M142 HIMARS e equipamentos associados, no valor estimado de US$ 705 milhões. A Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA) notificou oficialmente o Congresso sobre a operação.

Detalhes do pacote

Além dos lançadores HIMARS, o pedido australiano inclui:

• Veículos de reabastecimento M1084A2;
• Reboques M1095;
• Pods de foguetes de treinamento Low Cost Reduced Range Practice Rocket (LCRRPR);
• Sistemas de intercomunicação e rádios;
• Peças de reposição, serviços técnicos e logísticos;
• Apoio de engenharia, estudos e consultoria.

Objetivos estratégicos

De acordo com o comunicado da DSCA, a venda proposta fortalece a política externa e os objetivos de segurança nacional dos EUA, reforçando a capacidade de defesa da Austrália, um dos aliados mais próximos de Washington no Pacífico Ocidental.

O governo norte-americano destacou que o sistema HIMARS permitirá à Austrália:

• Reforçar a defesa do território nacional;
• Garantir maior segurança para infraestrutura crítica;
• Melhorar a interoperabilidade com as forças dos EUA e de outros aliados;
• Responder a ameaças atuais e futuras sem alterar o equilíbrio militar regional.

Contratantes principais

Os fornecedores envolvidos no programa incluem:

• Lockheed Martin (Grand Prairie, Texas);
• L3Harris Corporation (Melbourne, Flórida);
• Leonardo DRS (Arlington, Virgínia);
• Oshkosh Corporation (Stafford, Virgínia).

Não há, até o momento, acordos de compensação industrial (offsets) associados à proposta, mas estes poderão ser negociados diretamente entre as partes.

Impacto e próximos passos

A implementação não exigirá a presença de novos representantes do governo ou de contratados dos EUA na Austrália e não afetará a prontidão de defesa americana.

O contrato ainda depende de revisão e aprovação final do Congresso. Caso concretizado, reforçará significativamente a capacidade da Força de Defesa Australiana, em linha com o crescente foco de Camberra em expandir suas capacidades de disuasão de longo alcance no Indo-Pacífico.■