Ucrânia receberá 60 antigos obuseiros M110A2 de 203 mm dos EUA, cedidos pela Grécia
A Ucrânia está prestes a reforçar sua artilharia pesada com a transferência de 60 obuseiros autopropulsados M110A2 de calibre 203 mm, fabricados nos Estados Unidos, provenientes dos estoques da Grécia. O pacote, avaliado em cerca de € 199,4 milhões, também inclui aproximadamente 150 000 projéteis de diferentes tipos e milhares de foguetes Zuni de 70 mm e 127 mm, segundo informações oficiais gregas.
Segundo o anúncio, o processo de entrega se dará por meio da República Tcheca, sob acordo intergovernamental entre Atenas, Praga e Kyiv. Os sistemas serão fornecidos “como estão” (“where is, as is”), sem reforma ou atualizações, provenientes dos estoques que a Grécia considera como “não operacionalmente necessários”.
Os M110A2 entraram em serviço no Exército Helênico no início da década de 1980 e foram relegados à reserva após a adoção de sistemas de artilharia de calibre 155 mm padrão OTAN. Apesar da idade, os obuseiros ainda podem disparar projéteis de cerca de 90 kg até distâncias de aproximadamente 29-30 km com munição assistida por foguete.
Para a Ucrânia, a chegada dessas armas representa um importante acréscimo à capacidade de fogo de longo alcance e equipamento pesado, complementando sistemas herdados da era soviética, como os 2S7 Pion e 2S7M Malka. A previsão é de que as entregas sejam rapidamente incorporadas ao teatro de operações, aumentando a pressão sobre os esforços logísticos e posições fortificadas russas.
A Grécia, por sua vez, afirma que a transferência não comprometerá sua prontidão militar, pois os equipamentos em questão foram identificados como obsoletos para seu padrão atual. Os recursos obtidos serão reinvestidos em modernização de sistemas de defesa e artilharia.
O envio desses obuseiros reflete a contínua mobilização de apoio militar ocidental à Ucrânia, reforçando a cooperação entre aliados e ampliando a capacidade do país de resistir à ofensiva russa.■

Salve senhores,
Acho que Taiwan também os opera, ou era a Coreia o Sul.
Como é bom ter estoques…nós de nossa parte nós de fizemos de todos os M41C, que poderiam ter sido convertidos em algo melhor..
Sgt Moreno
M41? Lâmina de barbear?
Salve camarada Samuel,
Não necessariamente em Lâminas de Barbear (embora seria também uma boa opção já que o aço se provou de boa qualidade, os CCL duraram até hoje desde sua fabricação), agora falando um pouco mais sério, a conversão seria viável para potencialmente anti-minas, VCI com a REMAX, opções não faltam…vide a guerra de desgasta na Ucrânia. Tudo está sendo utilizado.
Sgtº Moreno
Essa guerra está çonge de terminar. O Laranjão bem que podia cair na real e liberar logo os Tomahawks.
Ótima aquisição de obuseiros.
Agora sobre a entrega de mísseis Tomahawk.
Se esses mísseis fossem entregues e utilizados para atacar Moscou, a reação da Rússia seria imediata. É praticamente certo que responderiam com armamentos nucleares táticos contra Kiev.
Zelensky está brincando com fogo. Uma coisa são ataques com drones a refinarias; outra, bem diferente, é utilizar mísseis americanos contra a capital russa. As consequências seriam de outra escala.
Coitados dos Ucranianos. Rs
Eles operam o Pion…
Coitados dos Russos e Norte-Coreanos.
Europa limpando as reservas de material encostado, vendendo esse pacote de museu por 200 milhões de euros. Ucrânia no desespero compra tudo que pode.
Quando acabar a guerra não sei quantos homens terão sobrado na Ucrânia, mas sei que pelo menos duas gerações de ucranianos estarão devendo até as calças pros “aliados” da Otan.
Enquanto isso Europa construindo vastos xomplexos industriais pra tocar os novos programas de defesa, rearmamento total no estado da arte, produção em escala por longos anos.
Eu sou dos vermelhos como dizem aí. Mas sou pragmático demais, por mim vendia tudo pra todo mundo nessa guerra aí. Ao invés de tratar em igualdade sem negociar, estaria aberto a negociar com os dois lados igualmente.
E estaria muito atento, no mundo todo, em oportunidades de desenvolvimento/fabricação dos sistemas de armas estado da arte. Tá bem na cara que as coisas vão esquentar em algum momento. Temos carências de todo tipo, nas outras guerras fomos pegos de calças arriadas (todas). Negociava família de blindados leves com um, mbts com outro, cacas com outro, AAA com outro, etc… E tentava transferência tecnológica, nacionalização do máximo possível e fabricação total aqui. Pra ontem.
Melhor que o brasil faz é, não se meter nesse angu..
Todo apoio para a Ucrânia é bem vindo, mas convenhamos: esta mania do ocidente de enviar armas a conta gotas para lá só serve para prolongar o conflito, e não para impor uma superioridade decisiva no campo de batalha.
Fora as restrições de uso, como por exemplo os mísseis atacms, e por muito tempo os stormshadow. Se for pra ficar restringindo o uso nem manda.
O material foi fornecido para conter o avanço da Rússia….e essa estratégia defensiva funcionou. Além disso, a Ucrânia sempre teve um limite organizacional para absorver material pesado, principalmente tanques e peças de artilharia. A Ucrânia operava no limite com 9 regimentos e aproximadamente 1000 tanques. Na prática, os tanques fornecidos serviram para substituir material perdido em combate. Outros fatores que devem ser considerados são os seguintes:
1) é preferível fornecer material da era soviética para facilitar o treinamento e o suporte logístico. Esse material praticamente já se esgotou.
2) transferir material blindado de outros continentes para a Ucrânia é caro e demorado. Não por acaso a Ucrânia recebeu principalmente MANPADS e ATGM no início da guerra.
3) Ninguém pode abrir mão das reservas pois ninguém sabe o desfecho dessa guerra…e existem outras ameaças no horizonte (p.ex: a China pode aproveitar para tentar invadir Taiwan)