Em 1968-69, o Brasil se balançava nos cinemas vendo o filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”. Nas ruas as coisas andavam bem agitadas também na relação do país com as Forças Armadas, mas isso já é uma outra história. Em compensação, a relação da produção do filme com as três Forças deve ter sido muito boa, pois nas sequências finais o personagem principal e seus amigos (e inimigos) vivem loucas aventuras em meio a um desembarque anfíbio da MB, do lançamento de paraquedistas pela FAB e de uma batalha de M4 Shermans em terra!

Infelizmente não foi possível, por questões técnicas, inserir o vídeo desse trecho final do filme diretamente aqui no Blog, mas você pode CLICAR AQUI PARA ASSISTIR esses 10 minutos eletrizantes. É claro, dê um desconto para os dois minutos e meio iniciais da sequência, em que o herói do filme, flutuando em pleno espaço, recebe o recado da Terra para reentrar na atmosfera (de paraquedas!). E curta toda a agitação e manobras (incluindo um combate entre os M4 Sherman e suas inusitadas guarnições) dos minutos seguintes.

Colaborou (cutucando a memória no post sobre os Sherman): Dalton

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Hornet
Hornet
14 anos atrás

“Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”!!! Nossa! Esse filme é tosco. Tem um certo valor histórico pra quem estuda e pesquisa a MPB (meu caso, por sinal)…mas o filme é horrível. Este filme fez parte de uma estratégia de mercado para lançar o Robertão como um novo TED (terror das empregadas domésticas), só que agora desvinculado da Jovem Guarda, que já afundava por essa época (o filme é de 67), perdendo audiência cada vez mais pra MPB (que se fortalecia nos Festivais da Record)…enfim…outro papo este daqui. Nunão e Dalton, vcs desenterraram os mortos, hein?…hehehe “Eu sou terrível Vou lhe… Read more »

Hornet
Hornet
14 anos atrás

Ah! E sem falar que o filme queria ser uma espécie de “A Hard Day’s Nigth”, dos Beatles, tupiniquim…e, evidentemente, virou um pastichão total.

enfim…

Mas vale, ao menos, pra ver as moças de mini-saia (bem anos 60 mesmo) no meio dos Sherman…hehehe

abraços a todos

Vinícius D. Cavalcante
Vinícius D. Cavalcante
14 anos atrás

Rapaz que imagens legais. Elas tinham tudo a ver com os filmens de aventura dosanos 60, sobretudo no período que se seguiu aos filmes de James Bond. Tinha de ter mulheres bonitas, automóveis, tomadas de ação e velocidade…tudo finalizand com umas boas tomadas de guerra, onde os mocinhos sempre venciam os caras do mal. Além disso esse filme traz tomadas aéreas do Rio de Janeiro daquea época que são simplesmente impagáveis. Há até uma cena em que o Roberto Carlos, supostamnte pilotando u Hughes 300 da Vootec, passa por dentro do Túnel do Pasmado! As tomadas dos Shermans, dos fuzileiros… Read more »

Hornet
Hornet
14 anos atrás

Aliás, deixa eu me corrigir: o filme do Rei não se “inspirou” no “A Hard Day’s Nigth” (embora a Jovem Guarda sim, daí que saiu o tal de “iê, iê, iê”), mas em outro filme dos Beatles: o “Help” (de 1965)…que é um filme de aventura, musical, voltado para o público jovem, com cenas de tanques etc. Só que neste filme existe uma coisa de diferente: o non sense inglês (o humor cortante característico dos britâncos), que eu acho ótimo. Eles são críticos a eles mesmos, aos próprios ingleses. E como só o humor (o humor crítico) constrói…então… aqui tem… Read more »

andre de poa
andre de poa
14 anos atrás

Rapaziada, dei muita risada!! ” quem é o inimigo? Num sei, é treinamento!” hahaha Discordo quanto a achar o filme ruim, na verdade essa “ruindade” é uma virtude que está na moda entre os cinéfilos e eu pessoalmente acho muito divertido essas pérolas. Valeu ver a gatinha de bota branca na metralhadora. Agora a crítica de que as forças armadas não estão integradas com as varias mídias hoje em dia é verdade. La na terra dos gringos quase todos os filmes tem uma participação qualquer de um militar. Aqui nosso complexo de inferioridade só consegue produzir bons filmes que falam… Read more »

Abrivio
Abrivio
14 anos atrás

Muito bom o post no sentido em que foi feito: lembrar os Sherman, parte da história da arma blindada. Obrigado, Dalton. Desculpem o tom sério da msg. Esse filme é pura propaganda. Nem tão barro, nem tão tijolo, as interpretações dadas pelos dois grupos (“esquerda” e “não esquerda”) sobre a época são equivocadas. As posições maniqueístas sobre a época só contribuem para o desconhecimento. Outra visão ao filme é o seu conteúdo altamente ideológico, de uma juventude despreocupada na época mais turbulenta do país. Rock, drogas e sexo sem conteúdo político, acusação recorrente a jovem guarda que ignorou a efervescência… Read more »

Dalton
Dalton
14 anos atrás

Meus caros, como diria o Bosco… Sou mais da opiniao do André. Por ser ruim, é que o filme tem seu charme, rs O astronauta em questao, o Edward White, morreria dois anos depois em um estupido acidente envolvendo a Apolo 1, ele e outros dois astronautas. Fala-se muito em sabotagem do nosso programa espacial, pode até ser, mas, Russia e EUA nao chegaram onde chegaram sem mortes e erros e muito dinheiro jogado fora também. Para mim, o filme nunca passou de entretenimento puro e simples. Do tipo que vc assiste, dá algumas gargalhadas e… esquece. Os anos 60… Read more »

Cinquini
Cinquini
14 anos atrás

Valeu Nunao!!!!

Nossa, eu já tinha visto esse filme (nao sei aonde) quando era pequeno! E agora eu sei aonde os Trapalhões se insipiraram! rsss

Mas como disseram acima o filme tem um valor inestimável só peolo fato de ver os fuzileiros fazendo um desembarque anfíbio, os Shermans a pleno vapor e os PQDs saltando dos C-19.

Eu acho que tenhos umas fotos coloridas dos C-19 e o PQDs em terra rss, vou olhar o “baú” aqui rsss

Abração

Cinquini
Cinquini
14 anos atrás

“Sir em 30 mar, 2009 às 11:35
Sugestão para próxima matéria.
Os M3 do EB na cultura nacional:”

E que cultura nacional!!! Meu deus!!!!!!

Hornet
Hornet
14 anos atrás

Cinquini, que nada…o filme tem um valor inestimável por mostrar essa mulherada de mini-saia…só isso!…kkkkkk É um filme de época e como todo filme de época (e vc sabe bem), tem um certo valor histórico (se caráter sentimental ligado aos costumes e não propriamente estético) para a história do cinema brasileiro (e tangencialmente para a história da MPB). E a relação que vc fez com os Trapalhões não está de toda errada, não. O diretor do filme do Robertão vinha das chanchadas dos anos 50. Não era um mau diretor, pra esse tipo de filme, mas também nunca almejou grandes… Read more »

Hornet
Hornet
14 anos atrás

ops. “se caráter” = de caráter….

Cinquini
Cinquini
14 anos atrás

Grande Mestre Hornet,

Além da mulherada de saia eu acho esse filme de validade histórica por mostrar equipamentos e fardas em uso, que apesar de serem da SGM, já estavamos na Guerra Fria. Aquele desembarque dos Fuzileiros é uma preciosidade sem tamanho! Coisa linda de se ver! Eu tive a oportunidade de ver esse tipo de farda camuflada na AMAN em um manequim exposto no corredor. Aliás, os corredores da AMAN são recheados de quipamentos antigos, de fato ali é um passeio ao passado.

Abração

Cinquini

Cinquini
Cinquini
14 anos atrás

Falando em Trapalhões, o Mussum era cabo da FAB antes de se aventurar no Samba aonde fez muito sucesso, mas isso vc deve saber pois sua área de pesquisa é música popular 🙂

Cacildes!!!!!!

Cinquini

Hornet
Hornet
14 anos atrás

Grande Gafanhoto Cinquini,

sim, sem dúvida. Acabou sendo um registro deste tipo de equipamento das nossas FAs, uma vez que a TV ainda engatinhava nesta época e o cinema ainda era um dos meios mais eficazes para se registrar os costumes e a vida de época em imagem e som. Concordo plenamente.

A parte da mulherada foi só uma zuação…hehehe

Sobre o Mussa…sabia sim…só no forévis!!!…hehehe

abração

VirtualXI
VirtualXI
14 anos atrás

É isso aí. Esse é o cinema nacional.

Jacubão
14 anos atrás

P… Sir, acabei te tomar uma porrada da dona Maria quando abri a primeira foto e babei o teclado.