Itaipu sofre ‘desligamento total’ e provoca apagão no País
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, informou que houve um ‘desligamento’ total da Usina de Itaipu na noite desta terça-feira. A queda teria provoado um efeito cascata em outras linhas do Sistema Integrado Nacional. O ministro afirmou que 14 mil megawatts foram desligados, possivelmente por causas atmosféricas, e consequentemente outras linhas de energia foram afetadas. O apagão atingiu 12 Estados mais o Distrito Federal.
NOTA DO EDITOR: O apagão mostrou novamente como o Brasil é vulnerável em sua infraestrutura, tanto do ponto de vista econômico quanto no estratégico. Itaipu certamente seria um alvo perfeito para um inimigo do Brasil. É preciso criar redundância no sistema elétrico brasileiro e também um sistema de defesa para proteger esse ponto estratégico fundamental do País.
Realmente é um ponto muito sensível de nossa infra-estrutura.
Não só a usina mas as linhas principais que deixam ela. A queda de algumas torres de transmissão deixam boa parte do Brasil no escuro.
Qual seria a estratégia adequado para defender a usina?
O EUA sempre temeram um ataque aos seus sistema de transmissão de energia e gás por parte de terrorista no norte do país durante o inverno.
Ahahaha, já já vai aparecer gente falando que foi obra “dus americanu” pra prejudicar a popularidade do “prevfidente”…
Mas que tá estranho tá. O Brasil precisava é de usinas nucleares, espalhadas pelo território, para dividir a responsabilidade com Itaipú Binacional, porque deixar uma única usina, ainda mais na fronteira, responder por 30% da energia do país é uma temeridade.
Mas isso interessa a bem pouca gente…
Sds.
Mais sobre o apagão, do G1:
‘O sistema voltou à berlinda’, afirma especialista e ex-diretor da Petrobras – Para Ildo Sauer, só evento climático raríssimo explicaria apagão. – ‘Lições da década de 90 e do início dos anos 2000 não foram aprendidas.’
O apagão que deixou vários estados brasileiros sem luz na noite de terça-feira (10) revela um problema na gestão do sistema elétrico brasileiro para o professor de eletrotécnica e energia da Universidade de São Paulo Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia da Petrobrás.
“Os gestores não cumpriram seu papel. As lições da década de 90 e do início dos anos 2000 não foram aprendidas”, afirmou ele ao G1. “O sistema voltou à berlinda, infelizmente”, disse ele.
O blecaute ocorreu às 22h13 da noite de terça. A região mais afetada foi a Sudeste – São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo ficaram totalmente sem energia. Em Minas Gerais, houve apagão total nas regiões do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata, mas em partes de Belo Horizonte a luz não caiu durante a noite. A falta de energia também afetou o interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, o interior da Bahia e partes de Pernambuco. Do outro lado da fronteira, o Paraguai, que também recebe energia de Itaipu, ficou às escuras, em consequência do que usina de Itaipu chamou de “efeito dominó”.
Segundo Itaipu, por volta das 6h40, 18 das 20 unidades geradoras produziam energia para o Brasil e o Paraguai
Para Sauer, apenas um “evento da natureza raríssimo” pode ser uma “explicação aceitável” para o problema.
“O sistema elétrico é para ser muito confiável. Não era uma hora de excesso de demanda. Um problema climático normal ou uma falha normal não justifica, porque a operação deveria ter transferido a carga”, afirma.
Para o professor, também pode ter ocorrido um erro humano. “É um problema de gestão ou um erro de operação. Falha humana acontece, mas ainda assim, se foi isso, é um problema de gestão. Não é para acontecer”, diz Sauer. “A luz amarela está acesa. É um alarme”, afirmou.
Sds.
Felipe,
A capacidade de geração total no Brasil está em torno de 100 mil megawatts.
Itaipu entra com 8 mil megawatts dos 50% brasileiro e o restante é comprado ao Paraguai.
Portanto a queda de 14 mil megawatts representou cerca de 14% da capacidade instalada de geração elétrica do Brasil.
É grave, mais vamos pensar com o número mais aproximado, de 14% a 15% da capacidade.
Abç,
Ivan.
Ontem a noite estava em BH pegando um avião para Brasilia/Fortaleza, em nenhum momento percebi este apagão. Fui para um hotel e só foi saber do ocorrido pela manhã!!
Walt Patterson, autor do livro Keeping the Lights On – Towards Sustainable Energy (”Mantendo as Luzes Acesas – Em Direção à Energia Sustentável”, em tradução livre), afirma que, mesmo países ricos sofrem com a mesma vulnerabilidade. A distancia de Itaipu para os grandes centros consumidores da energia gerada lá é muito grande. Qualquer problema numa da linhas de transmissão causa esse problema.
Ele cita grandes blecautes ocorridos em 2003 – nos Estados Unidos e no Canadá, em agosto, quando 55 milhões de pessoas foram afetadas, na Dinamarca e na Suécia, em setembro, com 5 milhões afetados, e na Itália, no fim de setembro, com 55 milhões afetados – como exemplo do problema.
O Problema não foi em Itaipu, mas sim no sistema de transmissão em São Paulo. Acredito que tão logo seja feita uma verificação mais detalhada, verão que houve uma falha na proteção em uma linha ou em uma subestação que acabou derrubando todo o sistema que como sabemos são interligados.
Alguém esperava uma reação diferente da administração? Quando muito vão montar um comissão para esclarecer o assunto.
Estamos reduzidos a isso!!!
A questão estratégica está relegada a segundo plano. Mesmo porque pra esse pessoal longo prazo deve ser o carnaval, e médio prazo o natal!
Falando seriamente, não era uma hora de excesso de demanda, uma falha normal não justifica o ocorrido, muito menos um problema climático. Nesses casos haveria uma transferência de carga.
Cerca de 15% da energia cortada provocou o corte em mais de 50% do sistema!!!
Precisamos descolar dessa gente, discutir e planejar o País, precisamos de visão de Estado, não de visão de Governo. Infraestrutura estratégica deve ser pensada permanentemente e o mais longe possível dos oportunistas de plantão.
Isso tudo está parecendo cada vez mais com um engôdo.
Se fosse por causas atmosféricas a energia não teria voltado na mesma noite. Para uma torre de transmissão falhar ela precisa de algo muito grave que necessitará de reparos. Além disso ele não iria voltar tão rápido. Foram 3 falhas ao mesmo tempo e isso é muito improvável.
Realmente é muito fácil colocar a culpa em descargas atmosféricas. É importante lembrar que essa usina tem 40 anos os raios no Brasil existem desde sempre. Só agora isso aconteceu?
Essa história pra mim não cola. Para quem assistiu o Jornal Hoje de globo e viu o metereologista do INPE falando viu que até ele duvidou dessa desculpa. Todo mundo sabe que a notícia de um ataque cibernético no Brasil colocaria a atenção da população e do mundo voltada para o Brasil. Demonstrar que somos vulneráveis e que também podemos se alvos de ataque é bem problemático, principalmente sabendo que a candidata do presidente foi a responsável por colocar nosso sistema de energia em “ordem”.
Não podemos nem devemos nos conformar com essa desculpa que foi dada até que apresentem provas de que foi o que se diz ser.
Para um sistema afetado por descargas elétricas ou ventos fortes ele não poderia ter voltado com tanta rapidez.
A omissão da verdade é muito conveniente para a situação.
Invincible em 11 nov, 2009 às 15:21:
“sabendo que a candidata do presidente foi a responsável por colocar nosso sistema de energia em “ordem”.”
Amigo Invincible, sorte que o Sargentão colocou o sistema em ordem neh? Senão, imagina o que teria acontecido conosco???!!!
De fato ela realmente colocou o sistema em Ordem.
Mas que isso vai de encontra a imagem dela… Isso vai!!!
Felipe Cps em 11 nov, 2009 às 9:15
“Ahahaha, já já vai aparecer gente falando que foi obra “dus americanu” pra prejudicar a popularidade do “prevfidente”…”
AmericanU que nada… isso foi coisa do Serra porque a Dilma subiu nas pesquisas… 🙂
[]s
PS: óbvio que foi uma piada.
A empresa de energia do Paraguai, que não tem implicações políticas neste caso, deu a letra, informando que o defeito ocorreu na região metropolitana de SP, numa linha de 440.000V, e por algum motivo o relé de proteção não funcionou causando reação em cascata.