Luiz Eduardo Rocha Paiva
General-de-Brigada, professor emérito e ex-comandante da
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército;
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

“Entre outros males, estar desarmado significa ser desprezível” (“o Príncipe” – Maquiavel)

O desfecho da iniciativa diplomática brasileira no Oriente Médio demonstrou os limites do poder de um país cuja ação na cena internacional só é relevante nos temas da área econômica. Essa limitação revela uma fraqueza que será ainda mais evidente quando entrarem em choque interesses nacionais e os dos países que efetivamente conduzem os destinos do mundo, em função da projeção desses últimos, seja em nosso entorno estratégico, seja diretamente sobre o nosso patrimônio.

Somos uma potência com pés de barro, cuja expressão mundial depende principalmente da exportação de commodities com baixo valor agregado, da prestação de serviços por algumas empresas e instituições e do atrativo mercado interno. Relevância econômica, mas não militar. Há um desequilíbrio interno fruto da indigência bélica; da debilidade nas áreas de educação, indústrias de valor estratégico, ciência, tecnologia e inovação; da crise de valores morais; e da falta de civismo. Desse quadro, emergem graves vulnerabilidades para enfrentar os conflitos que se avizinham.

O mundo ficou pequeno e a América do Sul (AS) é um dos principais palcos de projeção da China, a ser seguida da Índia e da Rússia. O Brasil terá sua liderança regional ameaçada não só por esses novos competidores, pois os EUA intensificarão a presença na AS, a fim de não perder espaços estratégicos para poderosos rivais arrivistas. A China passa a ser diretamente interessada na exploração dos recursos da AS – agrícolas, minerais, hídricos, e outros – incluindo, logicamente, os da Amazônia. Será menos arriscado China, Rússia e Índia unirem-se aos EUA e UE para impor limites à soberania na Amazônia e em outras regiões, visando condições vantajosas no aproveitamento de seus recursos, do que entrarem em conflito entre si. Atrás da projeção político-econômica virá a militar, inicialmente pela cooperação, evoluindo para dissuasão e, possivelmente, para o emprego direto quando os interesses se tornarem importantes ou vitais. O Brasil e os vizinhos são os atores mais fracos e é desse lado que a corda arrebenta. A história é uma sábia mestra e a da China no século XIX, fatiada em sua soberania e patrimônio e vilipendiada pelas potências da época, mostra o que pode acontecer aqui, pois a China era, então, a nova fronteira como hoje é a AS. Os “impérios” de ontem são as mesmas potências de hoje, com algumas novas presenças como a da Índia.

A perda do Acre pela Bolívia em 1903 é um alerta ao Brasil por sua política irresponsável na Amazônia, pois as semelhanças entre o evento do passado e o presente amazônico são preocupantes, particularmente no tocante às terras indígenas (TI). A Bolívia no Acre, por dificuldade, e o Brasil na Amazônia, por omissão, exemplificam vazios de poder pela fraca presença do Estado e de população nacional em regiões ricas e cobiçadas. O Acre, vazio de bolivianos, era povoado por seringalistas e seringueiros brasileiros, respectivamente líderes e liderados, sem nenhuma ligação afetiva com a Bolívia. No Brasil, ONGs internacionais lideram os indígenas e procuram conscientizá-los de serem povos e nações não brasileiras, no que contam com o apoio da comunidade mundial. Portanto, enquanto no século XIX uma crescente população brasileira estava segregada na Bolívia, hoje o mesmo acontece com a crescente população indígena do Brasil, ambas sob lideranças sem nenhum compromisso com os países hospedeiros e sim com atores externos. Ao delegarem autoridade e responsabilidades a ONGs ligadas a nações e atores alienígenas, os governos brasileiros autolimitaram sua soberania como fez a Bolívia ao arrendar o Acre ao Bolivian Syndicate. Décadas de erros estratégicos enfraqueceram a soberania boliviana no Acre, direito não consumado, pois aqueles brasileiros revoltaram-se e o separaram da Bolívia, que aceitou vendê-lo ao Brasil.

A Amazônia brasileira nos pertence por direito, mas só a ocupação e integração farão a posse efetiva. Em poucas décadas, haverá grandes populações indígenas desnacionalizadas e segregadas, ocupando imensas terras e dispostas a requerer autonomia com base na Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, aprovada na ONU com apoio do Brasil. Se não atendidas, evocarão a Resolução que instituiu, em 2005, a Responsabilidade de Proteger, nome novo do antigo Dever de Ingerência. Hoje, há uma forte pressão para transformar TIs em territórios administrados por índios, inclusive com polícia indígena, iniciativa que reúne atores externos e internos, estes uma quinta coluna cuja atuação atende a objetivos alienígenas. Um sem-número de TIs, com maior autonomia que os estados da Federação, comprometerão a governabilidade e a integridade territorial num país que, muitos não percebem, ainda está em formação, pois não foi totalmente integrado.

Não é que a história se repita, mas situações semelhantes em momentos distintos costumam ter desfechos parecidos, para o bem ou para o mal, se as decisões estratégicas adotadas forem similares. Do militar e do diplomata espera-se percepção estratégica capaz de identificar possíveis ameaças, embora longínquas no tempo, antes que se tornem prováveis, pois aí será tarde demais. Cabe a eles, também, a coragem de assessorar o Estado com franqueza, defendendo o interesse nacional mesmo com o risco de afrontar políticas imediatistas de governos de ocasião, que comprometam interesses vitais da Nação. Política exterior é diplomacia e defesa, e nenhuma das duas se improvisa.

No início dos anos 1990, quem alertou para a ameaça à soberania, quando a criação da reserva ianomâmi iniciou o processo de balcanização da Amazônia, foi considerado um visionário. Governos sem visão prospectiva e aptidão para avaliar riscos desprezaram a ameaça e fizeram o jogo das grandes potências, aceitando imposições que vêm criando paulatinamente, por meio de uma exitosa estratégia de ações sucessivas, as condições objetivas para a perda de soberania. Por importantes que sejam outras ameaças internacionais, esta é a mais grave. O resultado será desonroso para o país se sua liderança continuar adotando decisões utópico-internacionalistas-entreguistas, calcadas num discurso politicamente correto, mas moralmente covarde, pois não confessa que se troca soberania por interesses imediatistas ou ideológicos apátridas, camuflados sob bandeiras como a defesa dos direitos de minorias e a preservação do meio ambiente.

Assim, não se trata apenas de fraqueza militar, mas também da ausência de lideranças competentes e de estadistas que tracem políticas e estratégias capazes de limitar ou neutralizar vulnerabilidades. Ao contrário, vêm tomando decisões desastrosas, cujo resultado será a contestação e limitação de nossa soberania na Amazônia, pela via indireta, que dispensará ou reduzirá significativamente a necessidade de emprego do poder militar. Eis o resultado de não ocupar, não povoar, não desenvolver, não defender e não preservar a Amazônia, bem como de segregar ao invés de integrar o indígena aos seus irmãos brasileiros.

É lamentável a sociedade esclarecida, seus representantes e lideranças, em setores decisórios do Estado e em muitas de suas instituições, aceitarem passivamente ou reagirem timidamente à mutilação do país, avalizada por sucessivos governos. Convém ressaltar que esse cenário foi construído, desde o início dos anos 1990, a partir da ascensão ao poder da esquerda, cujos discursos demagógicos e ilusórios de defesa dos bens materiais da Nação, do meio ambiente e dos direitos humanos, de revisão da história e de mudança de valores escondem o propósito real de viabilizar a estratégia gramcista de tomada do poder, pela desagregação da sociedade nacional e o esfacelamento do Estado. É uma esquerda pseudonacionalista – internacionalista de fato – e pseudopatriota – populista de fato, que despreza a história, os feitos, as tradições e os verdadeiros heróis nacionais. Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido.

Para merecer e manter um patrimônio imensamente rico como o brasileiro, onde se inclui a nossa Amazônia, é preciso não um pseudonacionalismo de bravatas, demagógico e xenófobo, mas um patriotismo real e sincero, respaldado numa vontade nacional firme, altiva e corajosa para assumir os riscos dos conflitos que virão e, ainda, lideranças legítimas, confiáveis e efetivamente comprometidas com a Nação. Sem tais atributos, países, ainda que sejam fortes e ricos, não passam de pseudopotências.

Luiz Eduardo Rocha Paiva, general da reserva, foi observador militar da ONU em El Salvador (1992-1993) e comandou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (2004-2006); Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil

Subscribe
Notify of
guest

38 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

O texto é um primor em todas as suas premissas. Pena que a conclusão descamba para uma visão distorcida da esquerda brasileira. É justamente essa posição de extrema direita dos nossos velhos generais, que utilizaram as armas contra nosso povo, que afastaram e ainda afastam os investimentos da Defesa de nosso país. Lembro que a direita teve sua chance de criar um país digno para todos os brasileiros. governando antidemocraticamente durante várias décadas, não tendo moral para falar de corrupção, moral e ética. Temos que parar com esse discurso que divide os brasileiros. Reconhecer que um Estado forte e uma… Read more »

Lecen
Lecen
13 anos atrás

O Estado forte é incompatível com o Liberalismo. Ora, o Liberalismo surgiu justamente em contraposição ao Absolutismo, o avô dos Estados fortes do século XX. E caso você não saiba, o Capitalismo é nada mais nada menos que a vertente econômica do Liberalismo assim como democracia é a vertente política do Liberalismo. Chama a Ditadura Militar brasileira de direita é conveniente para a esquerda brasileira, que conseguiu criar o mito de que a combatia com o intuito de restaurar a democracia. Queriam implantar outra ditadura. A árvore genealógica do autoritarismo brasileiro é bastante antiga, surgiu nos 1880s, com o Positivismo.… Read more »

Lecen
Lecen
13 anos atrás

Em suma: a direita de 1964 não é uma direita de verdade. Era de esquerda, tal qual a mesma esquerda que a combatia.

Não existe hoje um único partido que seja de fato de direita no Brasil, nem mesmo de centro-direita. Nenhum dos partidos ou políticos pregam pela diminuição do Estado, diminuição dos impostos, maior liberdade econômica, etc, etc…

Diabos, no Brasil, até o voto é mandatório, o que deveria ser um direito, e não uma obrigação.

Luke
Luke
13 anos atrás

Até que o general estava indo bem, até começar com essa história de governo de esquerda a serviço de um projeto comunista internacional… Há pelo menos uns 30 anos ninguém acredita nesse papo…

Luke
Luke
13 anos atrás

Estado forte não é incompatível com Liberalismo, muito pelo contrário. Oneroso, interventor ou autoritário talvez sejam termos mais apropriados. Os EUA, “terra” do liberalismo e seu maior difusor, são o que são não só pela pujança de sua economia, mas também por possuir um Estado forte, capaz de garantir a seus cidadãos e empresas o ambiente propício para a condução seus negócios em um ambiente de segurança jurídica e estabilidade econômica. Para tanto exerce seu poder, em suas diversas expressões, não só dentro de suas fronteiras, mas também fora delas.

Excel
Excel
13 anos atrás

“Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido” O general resumiu muito bem a essência do movimento socialista. É uma criatura que vive para se auto sustentar, ou seja é o fim e não o meio de um processo. Tanto o movimento político da direita, quanto o da esquerda partem de um pressuposto comum, que é a determinação de que todos os indivíduos são iguais e merecem as mesmas oportunidades, mas enquanto que no movimento liberal a igualdade é o início de um processo, ou seja, reconhece que somo todos iguais… Read more »

Freire
Freire
13 anos atrás

Belo Comentário Sr. General,tem meu apoio em 100%,compramos carros de combate,mas falta modernizarmos a nossa Artilharia pois praticamente não temos esta Arma, se formos invadidos por caças não temos como abate-los em terra.e fuzis novos ex: FN Scar para nosso Infante.
Brasil Acima de Tudo. BRASIL.

Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

O Estado forte a que me referi foi a Noruega. Um Estado que possui bilhões em reservas. Garante que todo cidadão (e não apenas os filhos de uma casta rica) tem igualdade de oportunidade. Garante a todos um mínimo de renda em caso de desemprego ou doença. Possui um sistema tributário que redistribui a renda, ao invés de concentrá-la. O capitalismo é um sistema de trocas, para funcionar todos necessitam possuir uma moeda de troca, visto que se apenas alguns possuírem tudo, não existiram troca, visto que os demais não terão nada para oferecer. Não existe justiça onde uns recebem… Read more »

Biel
Biel
13 anos atrás

“Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido.”

Simplesmente Digo:

-Palmas para o general

MA
MA
13 anos atrás

Excelentes comentários! O gen. Luiz Eduardo disse praticamente o que todos nós sabíamos, em suma… Mas, Lecen, acho que você extrapolou um pouco… Positivismo é muito mais uma corrente ideológica-filosófica que uma doutrina política, data do iluminismo e não necessáriamente defende um estado forte. “O Positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim sendo, desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. Tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao domínio teológico-metafísico caracterizado por crendices e vãs superstições. Para… Read more »

Renato
Renato
13 anos atrás

Bem, estado mínimo não significa necessariamente estado fraco. Afinal estado grande e desorganizado resolve menos ainda.

Mas os ideológos que colocam sua ideologia acima da nação existem de ambos os lados, que o digam que querem entregar a amazônia para as corporações estrangeiras.

Vader
Vader
13 anos atrás

Sou suspeito para falar, porque fui eu que indiquei o texto pro Galante, mas:

PERFEITO MEU GENERAL!

Sds.

Lecen
Lecen
13 anos atrás

Os EUA são um caso cássico de estado pequeno.

O Positivismo é sim uma doutrina política e o que falei não foi baseado em achismo. Recomendo a leitura da obra “A formação das almas: o imaginário da República do Brasil” do historiador José Murilo de Carvalho.

Vader
Vader
13 anos atrás

Lecen: o positivismo não necessariamente leva ao estatismo. Pode levar ao liberalismo também. Aliás, eu diria até que o positivismo, que propõe a busca do conhecimento através do racionalismo, DEVE levar à democracia liberal. Ainda que com a chefia de Estado na mão do monarca. MA: o loco mestre, anarquismo uma forma de socialismo? Eita, acho que Bakunin jamais chegou a esse ponto… No mais, o liberalismo é o que chega mais próximo do anarquismo (um regime tão utópico quanto o maldito socialismo/comunismo, em minha opinião). Outros: Estado FORTE não é Estado-Paternalista, nem Estado-Produtor (de bens de consumo), nem Estado-Empresário,… Read more »

Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

Só para constar, eu citei a Noruega. Não tenho nenhum país endividado como modelo. Mostrem um estado liberal (se ainda existe ou existiu, visto que todos adotaram em certa medida as idéias sociais) que seja justo para com todos, ou com a maioria? Todos os princípios constitucionais enfrentam limites na razoabilidade, inclusive a liberdade, que não precisa implicar na miséria dos mais fracos, pois eles sempre existirão. Se somos a favor da liberdade, porque os ditos liberais teriam medo de concorrer com as empresas públicas, desde que submetidas as mesmas regras de concorrência? Qual é o mal de fazer empreiteiras… Read more »

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin
13 anos atrás

Hay Govierno? Soy Contra!

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

O general se apresentou como um opositor do atual governo e uma pessoa rancorosa e anacrônica..Apenas acrescenta ao debate que a sociedade organizada não pode mais se submeter a opinião dos filhotinhos da “Escola das Américas”..Os maiores inimigos da Amazonia foram os cidadãos que estes mesmos generais, no passado, puseram lá..

Se ele acha que pode colaborar com o debate que se canidate a algum cargo público. Ele e a turma dele não tem mais que 2% dos votos do eleitorado brasileiro..

E democracia até onde eu sei é a vontade da maioria expressa nas urnas..

Vader
Vader
13 anos atrás

Walfredo disse: 12 de julho de 2010 às 22:09 “Se somos a favor da liberdade, porque os ditos liberais teriam medo de concorrer com as empresas públicas, desde que submetidas as mesmas regras de concorrência?” Meu caro, empresa pública submetida às mesmas regras de concorrência é um oxímoro: uma impossibilidade lógica. A empresa pública já nasce favorecida, pois nasce sustentada pelo cofre inexaurível (na prática) do Estado. “Para nós consumidores não interessa se é público ou privado, queremos saber o que vamos receber e quanto teremos que pagar.” Claro, perfeito, com razão. Conquanto que a dita empresa pública, para oferecer… Read more »

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Engraçado é que os liberais americanos, na iminência dos EUA quebrarem de vez, foram pedir penico para o estado e para o Sr. Brack Obama e os capitalistas Europeus se socorreram do estado para pagar a conta das farras especulativas que praticaram.

Liberalismo bom é assim: quando dá lucro é deles, quando dá prejuízo é do estado. Essa é a lógica do mercado. Quando tudo dá errado o povo paga a conta.

Vader
Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse: 13 de julho de 2010 às 10:41 Estúpido é o governo que dá socorro a bancos que não prestam, a empresas ineficazes que não vendem e a seguradoras que geriram pessimamente o capital posto à sua disposição por seus clientes. Tinham que quebrar TODAS! Se transformaram em cabides de empregos, antros de privilégios e modelos de incompetência gerencial. Só assim o liberalismo seria salvo da ineficiência e da corrupção. É assim que funciona: não presta? Quebre! E boa. Não existe almoço grátis! Mas é óbvio que o governico democrata do Sr. Obama, bem como das sociais-democracias européias preferiram… Read more »

Henrique Sousa
Henrique Sousa
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse:
13 de julho de 2010 às 10:41

….

André, o povo sempre paga a conta, sempre.

Wilson Figueiredo
Wilson Figueiredo
13 anos atrás

Realmente muito bom o artigo (independentemente de ideologias), gostei mesmo dos parágrafos segundo ao sexto. É inegável o cenário que vemos agora na Amazônia Sul Americana, se “milico ou civil” teve ou não a chance de fazer ou mudar isso tudo que está aí, agora já foi! Mas é a realidade descrita por um profissional. Concordemos ou não com o General Paiva, América do Sul é sim “…um dos palcos de projeção da China, a ser seguida da Índia e da Rússia.” E, claro, nosso “irmão grandão do norte” não vai querer perder espaço. Enquanto nosso projeto de política externa… Read more »

Soldier
Soldier
13 anos atrás

Amigos. Brilhante o texto do General. Este realmente é um grande patriota como muito amigos aqui. Alguns afirmam que mesmo os militares brasileiros entregaram a amazônia aos EUA colocando militares deles lá. Quanta bobagem, meu Deus. Se isso tivesse acontecido, porque quebraríamos em 1974 o pacto militar com os EUA como fez Geisel? Por favor, se toquem! O que o General quis dizer com a esquerda brasileira tem sim um cunho de verdade. A esquerda brasileira acabou com a EMC (EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA) dizendo que era “entulho autoritário” e agora estamos pagando por vermos uma geração de cabeças ocas,… Read more »

MA
MA
13 anos atrás

Vader, nunca disse que Anarquismo era uma forma de Socialismo… Leia meu comentário com atenção e não com raiva!
Disse apenas que algumas correntes do socialismo pregam, ao fim de um processo histórico gradativo, o fim do estado, e é a mais pura verdade!

Abs

MA
MA
13 anos atrás

” O ‘comunismo puro’, no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, tanto na esfera política e econômica da vida.”

Lecen, o livro que indicou não está caro, vou comprá-lo para tomar ciência dessa corrente de pesquisa histórica.
Obgd

Vader
Vader
13 anos atrás

MA disse:
13 de julho de 2010 às 14:59

“Leia meu comentário com atenção e não com raiva!”

Não li com raiva não MA, foi apenas uma respeitosa correção.

Sds.

Marcos Altenhoffen
Marcos Altenhoffen
13 anos atrás

Com todo o respeito pelo general, enquanto nós, brasileiros, e, mais do que isso, enquanto nós, nacionalistas, continuarmos colocando a ideologia (de esquerda ou de direita) acima dos interesses da Pátria, o Brasil continuará dividido e à mercê de seus inimigos externos. Os verdadeiros brasileiros, de direita ou de esquerda, e há que respeitar a opinião alheia, estão de acordo com a necessidade de fortalecer a educação, as nossas empresas públicas e privadas, apoiar a internacionalização de nossas empresas, a pesquisa científica e tecnológica e promover a recuperação da nossa indústria bélica, criminosamente destruída durante os anos Collor e FHC,… Read more »

Marcos Altenhoffen
Marcos Altenhoffen
13 anos atrás

O importante, é que antes, tínhamos a vontade, mas não os meios. Hoje o Brasil tem 12% de relação dívida externa-PIB, 40% de relação dívida interna-PIB (era de 60% no final do governo FHC) e mais que um PIB português, ou seja, 255 bilhões de dólares, em reservas internacionais, sem dever um tostão para o FMI e em situação de país credor dessa instituição.

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Existe uma esquerda nacionalista, e eu faço parte dela, e existe uma esquerda entreguista, que eu abomino.

Da mesma forma existe uma direita entreguista, que eu abomino, e existia uma direita nacionalista, que eu respeito, e que foi responsável por muito de bom que tempos hoje no país.

O atual governo está associando a política desenvolvimentista perdida na década de 70, com a política social séria, que fez com que 60 milhões de pessoas evoluíssem de classe social no Brasil.

As duas coisas andam juntas..

Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

Soldier e Andre_Oliveira, Acredito que vocês resumiram com maestria a questão. Realmente, como não poderia deixar de ser, tanto a diretia como a esquerda tem brasileiros de valor. Portanto, ambas estão sujeitas a cometer erros e acertos. Justamente por isso, que acredito que o melhor sistema é um misto dos dois, nem tanto à terra e nem tanto ao céu, busquemos o caminho do meio, do equilíbrio. Uma estatal não precisa ser um cabide de emprego, mas se é, não é apenas gente de esquerda que gosta de empregar parentes. Devemos no entanto lembrar que uma empresa privada também pode… Read more »

MA
MA
13 anos atrás

Walfredo,
Perfeito.

Vader
Vader
13 anos atrás

Walfredo disse: 13 de julho de 2010 às 18:41 “Uma estatal não precisa ser um cabide de emprego, mas se é, não é apenas gente de esquerda que gosta de empregar parentes.” Claro que não. Mas é a doutrina esquerdista que aprecia a criação de estatais. Quantas estatais foram criadas no governo PSDB? Que me lembre, nenhuma. Quantas foram criadas no PT? 12. Isso mesmo DOZE! Milhares de cargos para preencher com tudo que é comparsa e parente. E o pior não é nem isso: o pior é que empresas públicas que antes funcionavam bem, como os Correios e a… Read more »

Cor Tau
Cor Tau
13 anos atrás

Errar é humano……..Colocar a culpa em alguém é estratégico……

Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

Vader, Tanbém sou a favor da livre-concorrência, tanto sou a favor, que acho que o governo também tem o direito de participar do mercado para garantí-la. O combate a cartéis é muito difícil, por isso eles existem aos milhares em nosso país (já notou que o preço da gasolina não muda de posto para posto). Você acompanhou o último lançamento de ações do Banco do Brasil? Já comprou suas ações? Não perca a oportunidade, o banco estatal está bombando. Lembro que as contas apresentadas por empresas privadas nem sempre correspontes à realidade (lembra da Exon e da Sadia?). Sou acionista… Read more »

Vader
Vader
13 anos atrás

Walfredo disse: 14 de julho de 2010 às 8:56 “Tanbém sou a favor da livre-concorrência, tanto sou a favor, que acho que o governo também tem o direito de participar do mercado para garantí-la.” Não, então vc não é a favor da livre-concorrência coisa nenhuma, pois não existe livre-concorrência com o governo. Concorrência com o governo é concorrência viciada. O empresário quando mete seu dinheiro numa empresa, sua frio, não dorme à noite, acorda às 05 da manhã e vai pra empresa fiscalizar as contas, fica o dia inteiro enchendo o saco, querendo saber, correndo atrás, enfim, trabalhando. Já ouviu… Read more »

Pete
Pete
13 anos atrás

Vader meu caro, nao poderia ter dito melhor !

Voces se esqueceram meus caros irmaos brasileiros, que muito do que se orgulha o governo de hoje é fruto de seu antecessor.

Voces se esqueceram … mas eu me lembro muito bem !

Walfredo
Walfredo
13 anos atrás

Devemos verificar a correção de nossas premissas para tentar adivinhar o futuro. No meu caso, vejo o passado e constato os dados do presente, para fazer meus investimentos. O fato é que a vários anos o setor público vem se modernizando, com a contratação dos melhores cérebros, via concurso público. Todos sabem que para passar em um concurso precisa estudar muito. Vários órgãos estão pagando cursos em Harvard, Yale, Stanford e outras para seus melhores quadros. Órgãos como a Embrapa tem sua reputação e qualidade, reconhecidas em todo o mundo. O BNDES talvez seja o melhor banco de desenvolvimento do… Read more »