Condor lança na Interseg primeira arma elétrica incapacitante fabricada no Brasil

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Tecnologia não letal brasileira a serviço das forças de segurança

Na política de segurança pública do Brasil, é cada vez mais recomendada a adoção do uso proporcional da força nas ações de controle de distúrbios urbanos e na redução da espiral da violência, por meio das armas não letais. A brasileira Condor, que está entre os principais fabricantes dessa tecnologia, lança na Interseg – nos dias 22 e 23 de agosto, no Riocentro – a primeira arma elétrica incapacitante do País, a Spark – até então, só Estados Unidos e China tinham expertise para produzir esse tipo de equipamento.

Com a Spark, os agentes da lei passam a dispor de uma moderna tecnologia não letal fabricada no Brasil e que não fica nada a dever às similares americanas e chinesas. Desenvolvida para atender às necessidades das forças de defesa e segurança, a Spark traz novidades em seu design, desempenho e tecnologia.

A nova arma elétrica emite ondas com atuação direta sobre o sistema nervoso central, causando contrações musculares e desorientação mental. Possui dispositivo de dupla ação, que evita acionamento acidental, e dispara dois dardos – com carga elétrica de 50 mil volts/2,8 miliamperes – capazes de neutralizar sem causar lesão permanente ou morte. Possui munições disponíveis para alcance de 6, 8 e 10m, mira a laser, cartucho com trava de proteção, memória digital interna, com hora e data dos disparos efetuados e porta USB para captura de dados armazenados na arma relativos ao seu funcionamento.

Concebida com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), que reconheceu no projeto da Condor iniciativa relevante, a arma elétrica brasileira chega ao mercado como uma vantajosa opção às forças de segurança no que se refere também à relação custo/benefício.

A Spark possui vasta aplicabilidade no controle da lei e da ordem. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, as tecnologias não letais vêm tendo destacado papel na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas da cidade e no restabelecimento da ordem após catástrofes naturais.

Outras tecnologias

A Condor apresentará na Interseg outras novidades não letais, ideais para dispersar conflitos urbanos em locais fechados e situações em que há população civil envolvida, caso, por exemplo, das violentas manifestações que acontecem nas ruas do Reino Unido, especificamente em Londres. Tecnologias como a granada lacrimogênea Bailarina (faz movimentos aleatórios, que impedem sua devolução ao agente da lei), o projetil lacrimogêneo de longo alcance (chega a 120 metros), a granada lacrimogênea de emissão instantânea, a munição de borracha Precision (projetil  não letal com maior precisão no mundo), a família de munições 40mm (são 13 tipos), primeiro rastreador de granada por rádio frequência, entre outras.

As armas não letais têm ampla utilização na manutenção da lei e da ordem, em situações como rebeliões no sistema carcerário, em operações especiais, no policiamento ostensivo e em episódios de calamidade pública.

A Condor, que exporta para mais de 35 países, fabrica seus produtos com base no preceito do uso proporcional da força preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a empresa investe em pesquisa e tecnologia. Afinal, o armamento não letal têm se mostrado um aliado das polícias e das Forças Armadas no combate à violência e à criminalidade.

Conceito não letal

Em seu 8o Congresso, realizado em 1990, em Havana, a ONU produziu um documento em que recomendava a adoção de taecnologias não letais como forma de aplicar o conceito do uso progressivo da força pelas forças de segurança de todo o mundo. Segundo a ONU, a arma de fogo só deve ser utilizada em casos extremos. Sempre que possivel, o objetivo do agente da lei deve ser reduzir ao mínimo a utilização de meios que provocam lesões permanentes e vítimas fatais.

As tecnologias não letais são largamente usadas pelas Forças de Paz da ONU. No Haiti, sua utilização pelo Exército brasileiro tornou-se um case mundial. O perfeito entendimento do conceito não letal vem permitindo que as forças de segurança em todo o mundo disponham de equipamentos cada vez mais sofisticados, eficazes e precisos, que, juntamente com os armamentos convencionais, tornam as missões bem-sucedidas – o uso proporcional da força evita ferimentos graves e poupa vidas.

No Brasil, essas tecnologias eram, até 2007, restritas às Forças Armadas, PMs e Polícia Civil. Hoje, as empresas de segurança privada já são autorizadas a adquirir armamentos não letais.

Spark em detalhes

  •  Munições disponíveis para alcance de 6, 8 e 10m
  • Baterias recarregáveis
  • Travas Ambidestras
  • Exclusiva chave de neutralização
  • Tecla de ejeção do cartucho
  • Número de série específicos na pistola e cartuchos
  • Mira a laser

Novidades não letais que estarão no stand da Condor na Interseg

Granada lacrimogênea de emissão instantânea – Foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade. Atua por saturação de ambientes através da geração instantânea de uma nuvem de CS. É dotada de um chip (I-REF) que possibilita a rastreabilidade da granada, mesmo após o seu acionamento.

Projetil lacrimogêneo de longo alcance
–  Cartucho cal. 40 mm, foi desenvolvido para emprego em operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade.
O projetil é lançado a distâncias médias de 120 metros, por cima de obstáculos como muros e barricadas, com objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos de infratores da lei pelo efeito do agente lacrimogêneo.

Rastreador não letal I-REF – O sistema de rastreamento possibilita às forças de segurança fazer o controle logístico de seus estoques. O novo dispositivo é inviolável, e qualquer tentativa de adulteração torna o artefato inoperante. Por meio de um mecanismo eletrônico avançado, instalado no corpo do produto, é possível rastreá-lo mesmo após seu funcionamento. Trata-se do primeiro no mundo que rastreia granadas, inclusive as já detonadas, com base em sinais de radiofrequência.

Munição Soft Punch/AM-470 – Foi desenvolvida para ser usada a curta distância (a partir de 5 metros). Por ter um projetil que se expande ao atingir o alvo e não penetra na pele, a munição não oferece perigo à integridade física do infrator da lei. O cartucho calibre 37/40 mm com projetil de impacto expansível é indicado para operações de controle de distúrbios e combate à criminalidade – é utilizada pelas missões de paz da ONU.

Munição de borracha Precision – É a munição de borracha (calibre 12) com a maior precisão no mundo a uma distância de 20 a 30 metros. Desenvolver uma bala de borracha com maior eficácia vinha sendo um desafio para os fabricantes de vários países, e a Condor saiu na frente com a Precision. Assim, o agente da lei passa a contar com a precisão de uma munição não-letal a uma distância três vezes maior, permitindo às forças de segurança combater a violência com maior eficiência e menor letalidade. A Precision pode ser utilizada em qualquer arma calibre 12.

Granada lacrimogênea Bailarina – Foi assim apelidada porque, ao tocar o solo,  salta e faz movimentos aleatórios, espalhando o gás em grandes áreas. A principal vantagem é o fato de o seu movimento impedir que o infrator a jogue  de volta em direção ao agente da lei, como é comum em operações policiais.

Família de munições 40mm – Com sistema de propulsão especialmente desenvolvido, aliado ao uso de lançador de cano raiado (também fabricado pela Condor), a família de munições não letais 40 x 46 mm proporciona alta precisão nos disparos, possibilitando enfrentar diversas situações do dia a dia com eficiência, segurança e respeito aos direitos humanos. São 13 tipos diferentes de munições incapacitantes antipessoais de impacto controlado, que proporcionam ao agente da lei o controle de distúrbios de toda a ordem.

Spray de pimenta (espuma e gel) – O spray de pimenta – versões espuma e gel – foi desenvolvido para atender a operações onde se deseja incapacitar pessoas de forma direcionada, sem contaminar o ambiente e os demais presentes no local da ação. O espargimento do agente pimenta concentra seus efeitos na ardência sobre a pele e fechamento involuntário dos olhos, mas a irritação das vias respiratórias é consideravelmente menor, o que possibilita sua utilização em ambientes fechados.

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