Ao assisnar um acordo em Bruxelas na última sexta-feira (14), o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi acusado de dar os primeiros passos rumo a uma única forma militar para toda a Europa. Na ocasião, todos os 27 países membros da União Europeia prometeram fortalecer a capacidade do continente para enviar contingentes de forma rápida e eficiente no caso de futuras crises.

As nações se comprometeram a considerar a cooperação por toda a Europa sempre que formularem suas estratégias individuais de defesa. O Reino Unido já tem um tratado formal com a França para o compartilhamento de conhecimentos, em especial na parte de porta-aviões. No entanto, o premiê britânico afirmou em reunião da Câmara dos Comuns hoje: “nós jamais apoiaremos [a ideia de] um exército europeu”. A declaração vem após a reação negativa dos membros conservadores do Parlamento, que atentaram para a possibilidade de o acordo recém-firmado inibir a defesas individuais da Grã Bretanha.

Cinco países – Alemanha, Espanha, França, Itália e Polônia – já estão se preparando para formalizar uma estrutura de comando militar conjunto e uma central de operações. “Se alguém realmente acredita que é do interesse da nossa nação passar nossas defesas para as mãos daqueles que administram o euro, então precisamos de um exame psiquiátrico”, disse na última sexta feira o membro da ala conservadora do Parlamento britânico, Douglas Carswell.

O presidente da França, Francois Hollande, afirmou na sexta-feira que seu país é favorável a uma “defesa europeia”. “Há uma disposição para o fortalecimento da capacidade de defesa e para desenvolver uma indústria europeia no setor”, disse. “Queremos atuar na Europa. Para que sejamos ouvidos no plano internacional, os recursos de defesa são fundamentais. Sendo assim, concordamos em cooperar e realizar missões conjuntas”.

FONTE: The Telegraph (Tradução e adaptação do Forças Terrestres)

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