Feliz Ano Novo? No Norte do país faltam ao EB Artilharia AA, Defesa Anti-Carro e blindados de verdade…

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LMV Iveco

LMV Iveco selecionado pelo EB

Por Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres

O título desse artigo pode parecer um tanto desrespeitoso, mas não é essa a intenção.

Se é verdade que o recente convite das Nações Unidas para que o Exército do Brasil envie um batalhão reforçado (700 homens), de Imposição de Paz, à República Centro-Africana, produziu algum resultado positivo, este foi o de suscitar, na Força, a discussão sobre os meios de que ela dispõe para o cumprimento de uma missão em cenário de guerra real.

Os especialistas da ONU que têm se revezado na visita a organizações militares brasileiras, não fazem rodeios.

Os relatos constantes nos seus relatórios insinuam que temos um Exército apto, apenas, a vigiar fronteiras pouco (ou nada) relevantes do ponto de vista militar – como as que compartilhamos com paraguaios e bolivianos (ou os empobrecidos argentinos). Ou, em resumo: uma Força Terrestre focada na detecção da presença de narcotraficantes e contrabandistas de armas portáteis. Ou em perseguir ladrões de madeira e de gado em pé.

Avaliação drástica demais? Nem tanto.

Nos últimos meses de 2017 o Comando do Exército fez o Ministério da Defesa saber que todas as suas viaturas leves (4×4) empregadas em missões GLO nas vielas dos morros fluminenses são avaliadas como insuficientes pelos peritos militares da ONU.

Ou, em palavras mais claras: não valem um níquel no impiedoso enfrentamento militar do mundo real.

Juízo que diz respeito, basicamente, à falta de capacidade de sobrevivência para os tripulantes: ausência de assoalho em “V” (anti-IEDs), falta de blindagem e de armamento de autoproteção adequados.

O EB comprou 30 e poucos veículos de características expedicionárias LMV (Light Multirole Vehicle) da italiana Iveco, mas só terá como traze-los para o Brasil, na melhor das hipóteses, no meio do ano.

Os blindados de transporte de tropas mais robustos (desempenho confiável em combate) existentes no país não estão no Exército, e sim no Corpo de Fuzileiros Navais: 30 viaturas Mowag Piranha IIIC, fabricadas na Suíça.

Mas a verdade é que questão da inexistência de meios que permitam mobiliar um simples batalhão de Infantaria expedicionário, constitui apenas uma vertente do longo, expressivo conjunto de deficiências com que o Exército Brasileiro (EB) alcança 2018.

Pendências que não apenas se distribuem pelos seus programas de reaparelhamento, também inibem e constrangem projetos operacionais nos campos da Mecanização e da Aviação – dificuldades que só não constituem preocupação mais grave porque o país, de política externa amigável, não enfrenta, em suas fronteiras, ameaças iminentes de parte de forças estrangeiras.

O caso do Norte – Dentro de, aproximadamente, 20 dias – a 26 de janeiro próximo –, a Força inaugura, em Macapá, a 22ª Brigada de Infantaria de Selva – “Brigada Foz do Amazonas” –, que terá um efetivo de cerca de 3.000 homens fornecido pelos três batalhões de Infantaria que irá enquadrar: o 34º da capital amapaense (“Batalhão Veiga Cabral”), o 2º de Belém (“Batalhão Pedro Teixeira”) e o 24º (“Batalhão Barão de Caxias”), sediado em de São Luís do Maranhão.

Mas essa grande unidade já nascerá com carências – ou vulnerabilidades – importantes: (1) a ausência de armas antiaéreas e anti-tanque, (2) a falta de um componente blindado mais relevante que viaturas de transporte de pessoal Urutu ou carros de reconhecimento Cascavel, (3) a deficiência no quesito apoio de fogo – a ser garantido, possivelmente, por algum pequeno conjunto de canhões rebocados de 105 mm –, e (4) a dependência de Manaus – distante 1.084 km (ou 2 horas e 10 minutos de avião) de Macapá – para obter apoio aéreo.

Voltada para a divisa (de selva) com a Guiana Francesa – onde os principais problemas são o garimpo ilegal, o narcotráfico e as diferentes formas de contrabando –, a “Brigada Foz do Amazonas” terá, entretanto, uma carga de responsabilidades consideravelmente menor que a da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (“Brigada Lobo D’Almada”), de Boa Vista (RR), que guarnece um pedaço estratégico do território brasileiro, na fronteira com a Venezuela e a República da Guiana

Há pelo menos cinco anos que o Exército tenta reforçar essa unidade (claramente exposta às armas venezuelanas) com (a) veículos blindados da família Guarani – que possibilitariam a criação de um moderno batalhão de Infantaria Mecanizado –, (b) armas anti-tanque em quantidade suficiente para a entrada em operação de, ao menos, uma companhia anti-carro, e (c) a transformação do atual 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado em um Regimento a dois esquadrões – mudança que começou a ser efetivada com a transferência para a capital roraimense de uma quantidade extra de blindados EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu, apta a compor um 2º Esquadrão para o Regimento.

Controle – Não há, porém, notícias de que o EB tenha planejado o estabelecimento de uma unidade antiaérea em Boa Vista – providência que está em curso para reforçar a guarnição da capital amazonense.

A defesa contra ataques aéreos é uma das principais preocupações da cúpula do EB.

Nos últimos 20 anos, a Força dedicou-se a estimular a pesquisa de radares antiaéreos pela indústria privada brasileira, e a acumular experiência no manejo de mísseis de curto alcance importados da Rússia e da Suécia, mas o problema é que acabou não saindo deles – os vetores contra ameaças que se apresentem até 6.000 m de distância.

Mísseis antiaéreos de médio ou longo alcance precisariam do nihil obstat (a expressão latina que significa “nada obsta”) do Comando da Aeronáutica.

E a verdade é que a Força Aérea Brasileira se incomoda, sim, com o desenvolvimento de sistemas antiaéreos de maior alcance que avancem fora do seu controle. Isso no Exército ou na Marinha.

Choque – Além disso, a Brigada de Boa Vista requer poder de choque, e não se sabe se a recente notícia de que o EB planeja importar da Suíça um novo lote de carros de combate pesados Leopard 1 A5 pode se refletir na transferência, para o território roraimense, dos 30 tanques M-60 A3 TTS hoje alocados ao Regimento de Cavalaria Blindado de Campo Grande (MS),defronte à fronteira com o Paraguai.

Nesse capítulo de um eventual reforço à capacidade de resistência da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, há também a questão nunca esclarecida pelo EB acerca do não aproveitamento, em Roraima, de ao menos uma pequena parcela dos 70 obuseiros autopropulsados M-108 que figuram no inventário da Força, distribuídos por unidades dos Comandos Militares do Sul e do Sudeste.

Informações extraoficiais apuradas pelo Forças Terrestres alegam a má relação custo/benefício. Isto é, um custo exageradamente elevado para manter em operação viaturas fabricadas na década de 1970, que requerem manutenção custosa e peças de reposição difíceis de obter, em troca da capacidade de poderem atirar suas granadas a, no máximo, 11,5 km de distância (15 km no caso de munição especial).

O pequeno canhão Oto Melara Mod 56, de 105 mm, que equipa diversas unidades do EB, opera de forma muito mais barata, e com um alcance de 10 km.

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David
David
6 anos atrás

Eu não entendo pq concentrar as nossas forças no Sul se o nosso provável inimigo está no norte, digo, Venezuela e Cia

Leonardo
Leonardo
6 anos atrás

Resumindo meu caro Roberto o EB está ainda pior do que muitos de nós pensamos visto que o EB está sendo usado mais como guarda nacional do que para suas reais funções. Outro absurdo e a Força nacional de segurança que é uma aberração. Sobre a missão na República centro africana eu acredito que os Fuzileiros estão em melhores condições para responder a tal chamado mas ainda muito aquém do que o necessário já que é imposição de paz e não manutenção. Sobre as deficiências das fronteiras está claro que Roraima deveria receber muito mais atenção do que as fronteiras… Read more »

Fabio Aguiar
Fabio Aguiar
6 anos atrás

Uns 100 Centauros dariam uma moral na região, uns Karl Gustav e RBS 70 iriam bem a calhar.
Acredito também que dá para negociar com os Americanos uns L 119.
Mas a verdade é que sem dindin não sai nada.

marcelo km
marcelo km
6 anos atrás

David 4 de Janeiro de 2018 at 17:02

Eu não entendo pq concentrar as nossas forças no Sul se o nosso provável inimigo está no norte, digo, Venezuela e Cia

Nenhum general quer ficar suado noite e dia, levar picada de mosquito e pegar malária.
Se pudessem escolher ficariam sempre no Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre.

Gustavo GB
Gustavo GB
6 anos atrás

“E a verdade é que a Força Aérea Brasileira se incomoda, sim, com o desenvolvimento de sistemas antiaéreos de maior alcance que avancem fora do seu controle. Isso no Exército ou na Marinha.”

Farei uma pergunta meio bobinha:
POR QUE NÃO SE UNIFICA AS TRÊS FORÇAS PARA ACABAR DE VEZ COM ESSES CONFLITOS DE INTERESSES?

Lembro que antes da Guerra das Malvinas a força aérea argentina não estava preparada para operar sobre os mares pois essa era a área de atuação da aviação naval. Essa limitação se mostrou desastrosa no decorrer do conflito.
http://www.aereo.jor.br/2016/10/04/o-poder-aereo-argentino-na-guerra-das-malvinas/

Daniel Ferreira
Daniel Ferreira
6 anos atrás

A concentração de meios no sudeste e principalmente no sul se deu pelo fato de o nosso mais significativo rival ao longo do tempo ter sido a Argentina. A Venezuela só se tornou “provável inimigo” há pouco tempo.
E creio que é mais provável que em algum momento mude o regime por lá e eles deixem de ser “prováveis inimigos” do que comece uma guerra com o Brasil. A menos que o comando do Exército seja muito incompetente, se houvesse qualquer iminência de um conflito com a Venezuela, meios já estariam sendo deslocados para Roraima.

tomcat3.7
tomcat3.7
6 anos atrás

Acredito q o EB já esteja se adequando, dentro do possível, no acerto destes pontos críticos citados no teco. A modernização dos Cascaveis e a , mesmo lenta, aquisição dos Guarani’s já darao um fôlego e tanto na região. Os LMV’s tbm deverão ter uma quantidade enviada pra lá pois não dá pra crer q o EB sustente esta situação como está deliberadamente e bem sabemos q nossos podres políticos não ligam pra defesa . Off topic; Acabei de ver um vídeo de equipamento da Cockeril onde mostra um míssil ATGM lançado por seu canhão de 90mm, será q o… Read more »

Renan
Renan
6 anos atrás

É uma piada, quanto mais se conhece o poder bélico nacional, mais me pergunto para que tantos empregados do MD, se não temos equipamentos.

Uma drastica reforma nas forças armadas urgente.
Menos gente mais armas, menos cargos mais tecnologia.

Mais vale um contigente pequeno bem equipado, treinado e em condições de pronto emprego, do que este cabide de emprego gigantesco, pesado sem mobilidade e sem condições de emprego real.
Abraços

Gustavo GB
Gustavo GB
6 anos atrás

O Brasil está sim com carência de veículos blindados porque o Guarani demorou muito para ser concluído e entrar em produção. As velhas cobras da Engesa já sofrem com o peso da idade e estão saindo aos poucos de operação.

Ozawa
Ozawa
6 anos atrás

Em suma, dito pela própria ONU temos uma Gendarmeria que pensa ser um Exército… A sorte do EB é que essas informações não são lidas e sequer assimiladas pela maioria do público leigo e da imprensa não especializada, pois do contrário cairia por terra seu reprisado argumento de não querer se envolver na segurança pública de alguns estados conflagrados da federação por desvio de finalidade… Pela ONU sua capacidade de emprego aponta justamente para essa finalidade: “uma Força Terrestre focada na detecção da presença de narcotraficantes e contrabandistas de armas portáteis, ou em perseguir ladrões de madeira e de gado… Read more »

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Eu quero que a ONU se exploda! Se eu fosse presidente daria um jeito de sair dessa instituição porca e corrupta! Mais de 70 mil brasileiros assassinados por ano, as casas dos brasileiros parecem presídios de tantas grades, cercas, vidros e pregos nos muros, muros altos, alarmes, vigias nas ruas, condomínios, alarmes nos carros, seguros, vidro blindado etc… Socialmente nosso país está doente, extremamente violento! As criasnças não podem mais brincar nas ruas de forma saudável…a mídia só mostra violência, a escola parou no tempo e não oferece mais nada produtivo e interessante. Precisamos cuidar da gente, dos nossos irmãos… Read more »

Renan
Renan
6 anos atrás

O Brasil tem fronteira com 11 paises, o minimo que espero como cidadão é que o exercito, tenha proximo a estas fronteiras meios suficientes para repelir adequadamente qualquer ação ostil deste 11 sem a necessidade de ficar realocando meios e materiais de um lado para outro.
Nenhum destes 11 são potencias e devemos ter a capacidade de repelilos sem grande esforço.

Bardini
Bardini
6 anos atrás

Mas o EB é a instituição mais “pés no chão”…

TukhAV
TukhAV
6 anos atrás

Nenhuma novidade. As FFAA estão completamente depauperadas pela concentração dos gastos na folha de salários e pensões. Se o EB já é essa lástima, o que dizer da Marinha de Brinquedo, com mais almirante que navios de guerra, e FAB pilotando caça leve da década de setenta como primeira linha? E não é falta de dinheiro, estamos sempre entre os maiores gastos em defesa do mundo, muito acima de vários países que dão um baile em nossas capacidades.

claudio quadros
claudio quadros
6 anos atrás

M60 poderia reformado 30 mandado para Roraima e bateria astro ja ajudaria muito .

Manuel Flávio
Manuel Flávio
6 anos atrás

Recentemente foi oferecido 20 Leopard 1A5 dos estoques do Exército italiano (+spare parts)ao Paraguay.

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
6 anos atrás

Concordo com Renan 4 de Janeiro de 2018 at 17:56, e vou além: além de muito efetivo e pouco equipamento, são muitas OM redundantes, unidades de ensino, etc., que comprometem recursos para a atividade-fim. Uma força terrestre equilibrada em meios e efetivo, mais enxuta e profissional, sem missões de GLO e ACISO e focada no controle de fronteiras e repressão a eventual agressão estrangeira não seria tão difícil de se alcançar em poucos anos.

jmoura
jmoura
6 anos atrás

acho que o mais preocupante, seja as faltas crônicas de artilharia AA e de ATGW recentes e modernas, culpar salários de militares por essa realidade acho que já foi explicado varias vezes aqui e no PN a respeito, acredito que realmente precisa-se de uma melhor distribuição de equipamento e unidades em um primeiro momento, revermos o ART 144 da CF, para retirar do EB o ônus da segurança publica, e a partir de uma melhor organização das prioridades conforme a estratégia nacional de defesa termos meios adequados de defesa AA a media altura pra que se possa fz frente a… Read more »

Flávio Cardia
Flávio Cardia
6 anos atrás

Acabei de fazer um mapa ilustrativo que mostra exatamente onde cada batalhão (e esquadrão) dos Comandos Militares do Norte e da Amazônia estão localizados e quais são…. mostra exatamente o que a matéria fala…. poderiam até usa-lo na matéria para ilustrar melhor se quiserem!!

comment image?oh=3527a10aa0a56e44c7252b9aab436c09&oe=5AB4C990

Baschera
Baschera
6 anos atrás

Beasil o pais da piada pronta.
Antes, muito antes do Blog Forte existir eu e um punhado de colegas descreviamos estas e outras muitas mazelas das FFAAs….
O Exército, aoesar de todos os pesares, ainda esta melhor equipado que as outras duas forças.
No conjunto… estamos mais ou menos na mesma situação vexatória de antes da II WW. Na épocao EB tinha equipamentos e doutrina francesa.
No mais as FFAAs continuam produzindo centenas de altas patentes na reserva remunerada…que come até 70% de seus orçamentos.
E assim vamos indo…rio abaixo…mas deitados em berço esplêndido, pois em pé cansa.

Sds.

Flávio Cardia
Flávio Cardia
6 anos atrás

“Os blindados de transporte de tropas mais robustos (desempenho confiável em combate) existentes no país não estão no Exército, e sim no Corpo de Fuzileiros Navais: 30 viaturas Mowag Piranha IIIC, fabricadas na Suíça.”

Isso quer dizer que os Guaranis não foram homologados pela ONU para esse tipo de missão??????
São tão inferiores ao Piranha assim?

Ricardo Carvalho
Ricardo Carvalho
6 anos atrás

Caro Roberto, um artigo muito instigativo. Não vou entrar no debate caça fantasma da Venezuela porque ao Norte os vizinhos que tem força e economia para ocupar parcialmente o Brasil são França e Inglaterra, mas lhes faltam motivação já que a ocupação via política é mais barata. Voltándo ao tema do artigo, qual a possibilidade de reversão do cenário descrito tendo em vigor por 20 anos a PEC95/16?

Hammer
Hammer
6 anos atrás

A verdade é que cada vez mais as FFAA serão solicitadas para ações internas e externas e precisará se reequipar com matérias cada vez mais sofisticado, exigindo investimento, profissionalização e principalmente mudanças estruturais e culturais. Como nosso território é gigante e nossos compromissos mundiais são extensos, embora de baixa intensidade, necessário que tenhamos mobilidade estratégica e que esses meios possam se deslocar sob segurança de escoltas aéreas e navais.

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Gustavo GB ( 4 de Janeiro de 2018 at 17:30 ); A rigor, pra isso existe um Ministério da Defesa ou entidade similar… A função de órgãos assim é coordenar os esforços das entidades militares de seus países. Unir estruturalmente as três forças é impossível, haja visto as diferenças dos meios onde atuam e das especificidades que isso requer. Talvez, no futuro seja possível que a tecnologia permita conceber novos equipamentos que permitam reduzir a quantidade de braços armados, mas enquanto houver a necessidade de navios e submarinos no mar, veículos blindados em terra, e aviões nos céus, então haverão… Read more »

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

O autor foi extremamente infeliz quando afirma ¨E a verdade é que a Força Aérea Brasileira se incomoda, sim, com o desenvolvimento de sistemas antiaéreos de maior alcance que avancem fora do seu controle. Isso no Exército ou na Marinha.¨A FAB NUNCA se incomodou com isso. Pelo contrário, o COMDABRA era o ÚNICO comando realmente combinado ativado em tempo de paz, com membros da MB e do EB no seu Estado-Maior. E a Defesa Antiaérea, no EMC, SEMPRE foi chefiada por oficial artilheiro do EB. A criação dos GAAD (Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa), como o próprio nome diz,… Read more »

Paulo
Paulo
6 anos atrás

A falta de equipamentos modernos é sabida por todos. Até por mim que sou apenas curioso.
Antes que queiram me avacalhar, claro que precisamos de equipamentos atuais, novos e modernos.
A grande questão, para mim, é o cenário que o EB atua no momento. Um cenário que não tem.nada haver com uma zona quente de guerra. Muito mais assemelhada a uma zona de guerrilha. Daí acho que para o cenário atual até temos algo.
Para um cenário dos outros exércitos da AL, ainda conseguimos algo.
Já para outros cenários, precisamos de muito.

sub-urbano
sub-urbano
6 anos atrás

Se não fosse a barreira ideológica que separa as nossas FAs da realidade poderia até ser cogitado o substituto natural dos antiquados Leopards. Mas o preconceito é muito grande. Chega a ser ridiculo.

Do substituto eu falo do Type-96B chinês.

Nem dá pra entrar no assunto da Conscrição também, outra farsa. Todas as guerras externas apelaram para as malandragens tipicas de brasileiros.

A guerra do paraguai mesmo foi vencida por praças negros e oficiais gaúchos, pessoas que o brasil não tinha muito apreço, uns por serem escravos e outros por serem separatistas.

Thom
Thom
6 anos atrás

O EB deveria mandar o Astros 2020 e comprar esses helis de ataques, tão sonhado.
Sobre a defesa antiaérea, cada força deve saber o que necessita. Creio que a SAAB está aí para construir um projeto junto com a MDBA.
Astro, Guarani e RBS 70, já uma bela força, juntando isso uns Leo 1A5.
Se no EB está assim, imagina nas outras forças. rs

tomcat3.7
tomcat3.7
6 anos atrás

Fato é que o texto não leva em conta o amadurecimento do projeto Guarani e suas possibilidades modulares e bem a modernização dos Cascaveis e ou novo VBR.

jorge domingos
jorge domingos
6 anos atrás

arma anti tanque na selva do norte ( amazônia ) ?
desculpe, tem engano aí !
tanques de guerra não fazem parte no T.O em selvas .
Aliás a selva em combate para defesa é a maior arma , desde que tenha um exercito treinado para tanto – espécie de anti guerrilha. Os americanos , com toda sua tecnologia , perderam a guerra no Vietnã .

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

Jorge, o Estado de Roraima é um pampa. Esqueci o nome correto do biosistema. Selva só ao cruzar a divisa com o Estado do Amazonas. Já voei muito por lá.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
6 anos atrás

Tomcat, o texto acerta em não valorizar o Guarani, dado que o EB comprando 42 unidades por ano também não o valoriza.
E, apesar do conceito modular, até agora só temos a versão com canhão 30mm (10 unidades) e as armadas com metralhadoras. Outras versões apenas nas telas dos computadores, por ora e pelos próximos anos.
Jorge, há cerrado em Roraima e áreas de selva desmatadas (pastos, plantações, etc) onde esse tipo de armamento pode ser empregado

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

Faltou um pouco mais de pesquisa e embasamento pra esse Roberto Lopes. ¨O pessoal da ONU veio aqui e disse….¨ Dizer que o EB é uma Gendarmeria é um termo um pouco forte. Entendo como um insulto. E nem sou do EB.

Felipe Morais
Felipe Morais
6 anos atrás

Jorge, a parte nordeste do estado do Roraima, possui terreno apto à operação com carros de combate. É o lavrado de Roraima. Pesquisa o estado de Roraima no google maps e verá que e justamente em parte da fronteira com a Venezuela e com a Guiana. Imagino que a logística do restante do país para a região seja extremamente difícil, especialmente para veículos de grande porte. Em caso de conflito, acho difícil deslocar algo do restante do país para lá em prazo hábil, especialmente se estiverem concentradas no sul/sudeste. É compreensível a estrutura de nossas FA’s serem voltadas para a… Read more »

Ozzy
Ozzy
6 anos atrás

O papel de ser tropa de paz da ONU não é a função tipica do Exercito. Em um guerra normal, digamos assim, o trabalho é feito pela infantaria a pé após a artilharia ter batido o terreno. Nas missões da ONU os capacetes azul servem apenas como alvo, já que a ONU coloca trocentas restrições de engajamento e ataque. Daí porque ter veículos blindados contra IED não é tão importante para um exercito convencional como é para os alvos, digo soldados, da ONU. E daí porque tambem é um erro falar em gendarmeria, quando na verdade nosso exercito está mais… Read more »

Agnelo
Agnelo
6 anos atrás

Senhores. Vamos lá. – As Vtr não são aptas. Não, por isso o LMV. Marruá é para zona de retaguarda e logística. – os Guaranis têm tido de sobrevivência do mais moderno, e foi feito para superar o Piranha. Ou a falta de missão de guerra levou a essa avaliação, ou estão querendo empurrar piranha goela abaixo… – As Bda Selva são incompletas, pois a primeira missão delas é presença do Estado na Amazônia. Segundo, autoridade de um Of Gen em regiões tensas. O primeiro nível de atuação é de um TC, Cmt de unidade, o outro era um Gen… Read more »

Flávio Cardia
Flávio Cardia
6 anos atrás

Temos 10 Grupos de Artilharia de Campanha no CMS e quanto só temos 1 no CMA e 1 no CMN.
Por mais que a “ameaça” sempre tenha sido a tríplice fronteira sul, já deu tempo de melhorar isso pelo menos.
Cavalaria o Norte todo só tem dois Esquadrões sendo que um é só experimental, e só opera com Urutus (ainda não tem Cascavéis).
E o Esquadrão de Aviação só conta com míseros 4 BlackHawks

tomcat3.7
tomcat3.7
6 anos atrás

Agnelo, parabéns pelo excelente e bem embasado comentário;
– os Guaranis têm tido de sobrevivência do mais moderno, e foi feito para superar o Piranha. Ou a falta de missão de guerra levou a essa avaliação, ou estão querendo empurrar piranha goela abaixo…
Este trecho reflete o que eu já imaginava pelo fato do Guarani ser mais novo e como mencionei anteriormente ele ainda tem muito a crescer como projeto modular que é.

Manuel Flávio
Manuel Flávio
6 anos atrás

Nery,

Aquela vegetação é denominada de Campos Gerais. E pega justamente a metade norte do Estado.
Ali é necessário que haja tropas blindadas e mecanizadas, que hoje em dia falta.

Cinturão de Orion
Cinturão de Orion
6 anos atrás

Cel Rinaldo Nery. “Jorge, o Estado de Roraima é um pampa. Esqueci o nome correto do biosistema. Selva só ao cruzar a divisa com o Estado do Amazonas. Já voei muito por lá.” Complementando a colocação correta do Colega, em Roraima, onde servi bons anos de “pernas” EB-FAB (Buffalo e Hzão) no antigo CFR/2o BEF (atual 7o BIS), o terreno é caracterizado 1) ao Sul (Divisa com o Pará e com o Amazonas), a Oeste e a Noroeste do Estado (Divisa com o Amazonas e Fronteira com a Venezuela), por Selva primária e/ou secundária, a Norte (Fronteira com a Venezuela),… Read more »

seal
seal
6 anos atrás

Enquanto o Brasil fica nessa de força de paz, os cara da ONU vem aqui inspecionar as organizações do EB e sai esculachando ainda. E ainda tem gente que subestima os equipamentos venezuelanos. A venezuela pode estar na penúria, mas seus militares ainda estão funcionando, senão já tinham abrido o bico. Eu sempre achei os carros dos CFN mais capazes. Artilharia com 10 Km de alcance? Até a argentina tem o dobro disso. A área do lavrado de Roraima já era pra ter um esquadrão de cavalaria mecanizado para dar apoio de fogo em caso de invasão, pelo menos segurar… Read more »

Roberto F Santos
Roberto F Santos
6 anos atrás

Pra mim isso tudo dito não é novidade, esse nosso exercito é um cabide de emprego, um certo numero de Generais, tantos Coronéis, Major, Capitães, Tenentes, Sargentos e…..Recrutas, muitos recrutas para garantir a lotação dos demais. Fora isso é um exercito de passa-fomes, despreparados mau equipados. Um amigo meu Major do 7 GAC em Olinda me respondeu a seguinte pergunta : Fulano quanto de munição tu tens pra atirar com teus ganhões se acontecesse uma guerra hoje , Resposta , 1 hora de tiro direto, depois acabou. Esse é nosso EB um paiol de uma hora de combate. Ou muda… Read more »

Bardini
Bardini
6 anos atrás

Guerra não acontece da noite para o dia. Se for detectada a possibilidade, todo o parque industrial capaz vai produzir munição, a rodo. Temos uma grande capacidade…

Dodo
Dodo
6 anos atrás

“autor foi extremamente infeliz quando afirma ¨E a verdade é que a Força Aérea Brasileira se incomoda, sim, com o desenvolvimento de sistemas antiaéreos de maior alcance que avancem fora do seu controle. Isso no Exército ou na Marinha.¨A FAB NUNCA se incomodou com isso. Pelo contrário, o COMDABRA era o ÚNICO comando realmente combinado ativado em tempo de paz, com membros da MB e do EB no seu Estado-Maior. E a Defesa Antiaérea, no EMC, SEMPRE foi chefiada por oficial artilheiro do EB. A criação dos GAAD (Grupo de Artilharia Antiaérea de Autodefesa), como o próprio nome diz, destina-se… Read more »

Dodo
Dodo
6 anos atrás

Roberto f.santos,essa palhaçada de 1h pra combate ja foi desmentida centenas de vezes,tem qje ser muito ignorwnte pra continuar mandando essa,duvido que sequer conheça esse “comandante do 7GAC de olinda”. Recomendo que pesnquise um video no youtube chamado “operaçao aco 2017”,mais de 90 horas de exercicos de combate com os blidwdos leopard( https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=%23&ved=0ahUKEwiBi8C33b_YAhXLnJAKHWMpCaQQwqsBCCcwAA&usg=AOvVaw0VTJzWxrN8ZFOD4xbU2nov ) ,e por favor pare de repetir essa asneira sem cabimento que isso é coisa de ignorante mau informado,vai pesquisar os equipamentos e as capacidades de seu exercito antes de sair comentwndo por ai. Me poupe,nenhum exercito no mundo tem essa historia de municao de 1h,basta ver… Read more »

Cinturão de Orion
Cinturão de Orion
6 anos atrás

Seal
“… A área do lavrado de Roraima já era pra ter um esquadrão de cavalaria mecanizado para dar apoio de fogo em caso de invasão, pelo menos segurar o tranco até chegar reforços.”

Roraima tem um (12o) Esqd CMec há mais de 30 (TRINTA) anos, instalado dentro do Quartel do então 2o BEF (atual 7o BIS) e com seus próprios Pavilhões (Cmdo, Svç, Alojamentos, Garagens para Vtr 1/4 e 3/4 ton, Cascavel, Urutú, etc.).

Desconheço se a 1a Bda Inf Sl esteja sendo preparada para receber mais um Esqd, como expansão para um futuro RCMec.

Dodo
Dodo
6 anos atrás

Roberto F Santos,o senhor falou tanta besteira que me recuso a tentar minimamente te esclarecer,sugiro apenas que assita a esse video de uma operacao de treinamento de combate de MBT’s do EB(operacao aco 2017)
Ps.foram mais de 3 dias de disparos e exercicios continuos de engajamento de carros de combate,segue o link
https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=%23&ved=0ahUKEwiBi8C33b_YAhXLnJAKHWMpCaQQwqsBCCcwAA&usg=AOvVaw0VTJzWxrN8ZFOD4xbU2nov
Ou o senhor esta mentindo de forma clara ou o senhor so é leigo no assunto,o que claramente me parece ser a opcao dado que sustenta esse papinho de 1h de guerra que nao sei de onde saiu

Flávio Cardia
Flávio Cardia
6 anos atrás

Dodo, quando vem com o bordão “munição pra 1 hora” vc ainda se da o trabalho de responder???

TukhAV
TukhAV
6 anos atrás

Para saber quem está certo nessa história é só pegar o [péssimo] estado de nossas forças quando elas foram demandadas: Guerra do Paraguai >> Segunda Guerra Mundial >> Guerra da Lagosta. Agora transponha essa realidade para os dias de hoje e confirmarmos que o Sr. Roberto não falou nenhuma besteira. O problema de Banânia é que cada um pensa em se locupletar com as tetas da Viúva e ainda por cima fica arranjando desculpas esfarrapadas. Daqui a pouco surge um iluminado dizendo que não tem déficit na previdência. kkkkkk

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6 anos atrás

“Agnelo 4 de Janeiro de 2018 at 21:32 Senhores. Vamos lá.” Muito bom comentário, mostrou conhecimento de causa, mas, ainda assim, muita coisa pode ser feita na situação que o EB se encontra hoje. Hoje o maior problema que existe na força é o excesso absurdamente grande de altas patentes e graduações, uma chefia ou subchefia de sei lá o que poderia facilmente ser comandada por um oficial com ECEME sem este necessariamente ser Of Gen, resultado: Muitos Generais Também temos os famosos “vampiros”, classe de militares que após a reserva ainda retornam a Força como PTTC para “sugar” o… Read more »