Cidade de Deir Ezzor, na Síria, em 2018

Cidade de Deir Ezzor, na Síria, em 2018

Por TC Daniel Mendes Aguiar Santos

Este artigo trata da evolução do cenário mundial pós-Guerra Fria e da sua influência na ‘arte da guerra’, evidenciando o potencial da ‘guerra híbrida’ para a erosão da coesão nacional. Parte-se da premissa de que a política é a ferramenta que dirige o poder no Estado, no intuito de atingir os interesses nacionais, tendo a guerra como instrumento de contingência para o uso legítimo da força. Contudo, o uso da força não se restringe à violência física, podendo alcançar a violência econômica, psicológica, diplomática, etc. (Clausewitz, 1976; Bobbio, 1987).

A guerra sustenta-se pela concreção de uma trindade: a mobilização do povo, a organização da força militar e a direção política. Com a sinergia dessas forças, o Estado enfrenta a ‘fricção’ e a ‘névoa da guerra’, conceitos clausewitzianos, que representam os óbices e as incertezas nos conflitos. O core da trindade está na ‘coesão’. Tal vocábulo reúne quatro significados: aderência; união; qualidade de uma coisa em que todas as partes estão ligadas umas às outras; e harmonia (Priberam, 2019). Sociologicamente, a coesão é o meio pelo qual os indivíduos mantêm-se integrados a um grupo social, compartilhando crenças, ideias, objetivos e ações. Sua antítese é a desintegração social, causa da extinção do grupo social (Bodart, 2016).

Historicamente, a guerra mostra-se em constante evolução (Lind, 2004). Em uma 1ª geração, estão as guerras baseadas no princípio da massa, travadas desde a Paz da Vestefália (1648) até a Guerra Civil Americana (1861), com destaque à concentração de soldados em linhas sucessivas. A seguir, a 2ª geração reúne as guerras centradas no poder de fogo e no combate linear, adotada pela França, durante e após a 1ª Guerra Mundial. Na 3ª geração, estão as guerras baseadas no movimento e na manobra, com o amplo emprego de blindados, aviões e rádio. A Alemanha foi a precursora dessa vertente, antes e durante a 2ª Guerra Mundial, enxergando a não linearidade na batalha.

Isto posto, cabe evidenciar que após a Guerra Fria, a bipolaridade deu lugar a um cenário complexo, deflagrando reajustamentos: Guerra do Golfo, Guerra Civil Iugoslava, guerras na África e conflitos no antigo espaço soviético. Pari passu, os anos 1990 foram palco do encurtamento das distâncias (com a evolução das comunicações e transportes), da intensificação da internacionalização da economia e da percepção do conhecimento como matéria-prima. Logo, o processo da globalização foi acelerado, promovendo a conectividade mundial por meio de uma ‘Revolução Informacional’. Contudo, o ideário da globalização foi impactado pelos atentados terroristas de 11 de setembro (2001) e, a seguir, degradado com o curso das Guerras no Afeganistão (2001), no Iraque (2003) e na Síria (2011).

Neste recorte, observou-se a ascensão de uma 4ª geração, guerras que evidenciam a relevância da tecnologia na composição do poder militar (computador, internet e robótica), alcançando os domínios cibernético e espacial. Ainda, a 4ª geração foi caraterizada pelo robustecimento de organizações terroristas e criminosas, que passaram a desafiar os Estados, arrastando a batalha para uma fricção assimétrica/irregular e implicando no fim do monopólio estatal sobre a guerra.

A seguir, a Guerra da Síria (2011) e a Guerra contra o ISIS (2014) passaram a evidenciar espécies de conflitos que transcendem os espaços geográficos e alcançam fronteiras virtuais, cibernéticas e sociais. Tornou-se recorrente a dualidade advinda da alternância de cenários de ‘guerra’ e ‘não guerra’, além da presença de atores transnacionais no espaço de batalha. Assim, com ou sem o patrocínio do Estado, a capacidade e a letalidade de grupos armados não estatais têm aumentado e, inevitavelmente, instigado modelos de guerra não tradicionais.

Atualmente, enxerga-se uma guerra de 5ª geração, que avança a tecnologia da 4ª geração (drones, biotecnologia e nanotecnologia) e apresenta o uso da ‘guerra híbrida’ como um catalizador, conjugando capacidades convencionais, táticas de guerra regular/irregular, ações terroristas, coerção e indução da violência. A ‘guerra híbrida’ tem sido ativada tanto por Estados quanto por atores não estatais capazes de mobilizar o aparto necessário. Em particular, as forças clandestinas de uma ameaça híbrida não podem ser alcançadas por leis internacionais, impossibilitando a limitação da violência e, portanto, ampliando a sua liberdade de ação (Hoffman, 2007).

Esta dinâmica tem alterado as relações de poder tanto de atores conhecidos (ONU, OTAN, e ONGs) quanto dos novos players (crime organizado transnacional, grupos terroristas, movimentos radicais e mercenários). Logo, os Estados passaram a lidar com o robustecimento de organizações clandestinas, crises humanitárias e, principalmente, com ações de erosão que visam degradar a coesão e relativizar a soberania nacional. Sob este ângulo, a ‘guerra híbrida’ nos remete aos escritos de Sun Tzu – ‘A Arte da Guerra’. Nas suas reflexões, o estrategista chinês apresenta “a arte de semear a discórdia”, evidenciando que o principal segredo para vencer consiste em semear a divisão: nas cidades; no exterior; entre inferiores e superiores; de morte; e de vida.

No Brasil, a Política Nacional de Inteligência (2016), atenta ao cenário do século XXI, identificou 11 ameaças à segurança nacional, dentre elas: ações contrárias à soberania, ataques cibernéticos, corrupção, criminalidade organizada, interferência externa e terrorismo. A resposta a tais ameaças vem da conjugação dos meios da nação, acionados pela vontade nacional, na forma do Poder Nacional, integrando as expressões política, militar, econômica, psicossocial e científico-tecnológica. Para isso, a coesão nacional é a amálgama que capacita a obtenção e a manutenção dos objetivos nacionais (ESG, 2009).

Neste sentido, cabe destacar a Diretriz de Comandante do Exército, de 2019, que estabeleceu como primeira premissa “o fortalecimento da imagem do Exército como instituição de estado, coesa e integrada à sociedade”. Neste esforço, o lema do Exército, ‘Braço Forte, Mão Amiga’, é uma ferramenta informacional ímpar para o fortalecimento diuturno da coesão nacional, seja na defesa ou no desenvolvimento do Brasil.

Como conclusão, cabe enxergar que contrariamente às realidades universais da guerra, a sua natureza subjetiva sempre muda, em diferentes ritmos e épocas, indicando que “a guerra é mais do que um verdadeiro camaleão” (Clausewitz, 1976). Portanto, o estudo diuturno da ‘arte da guerra’ é crucial para a defesa do maior capital que um Estado pode ter – a coesão nacional. Fé na missão!

Referências

  • BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
  • BODART, Cristiano das Neves. O conceito de coesão social. Blog Café com Sociologia. Agosto, 2016. Disponível em: https://cafecomsociologia.com/para-entender-de-uma-vez-o-que-e-coesao-social. Consultado em: 06 maio 2019.
  • BRASIL. Decreto Presidencial nº 8.793, de 29 de junho de 2016. Fixa a Política Nacional de Inteligência. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 jun. 2016.
  • CLAUSEWITZ, C. On War. Princeton: Princeton University Press, 1976.
  • DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA. ‘coesão’. [on line] 2019. Disponível em: https://dicionario. priberam.org/coes%C3%A3o. Consultado em: 06 maio 2019.
  • ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico: assuntos específicos. Rio de Janeiro: Escola Superior de Guerra, v. 3, 2009.
  • EXÉRCITO BRASILEIRO. Diretriz do Comandante do Exército. Gen Ex Edson Leal Pujol. 2019. Disponível em: http://www.eb.mil.br/. Consultado em: 06 junho 2019.
  • HOFFMAN, F. G. Conflict in the 21st Century: the rise of hybrid wars. Arlington: Potomac Institute for Policy Studies, 2007.
  • LIND, W. S. Understanding fourth generation war. Military Review, Fort Leavenworth, v. 84, n. 5, p. 12, set. /out. 2004.
  • SANTOS, Daniel Mendes Aguiar et al. A arte da guerra no século XXI. Coleção Meira Mattos: Revista das Ciências Militares, Rio de Janeiro, v. 13, n. 46, p. 83-105, abr. 2019.
  • TZU, Sun. A arte da guerra. Tradução de Sueli. Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM Editores, 2006.

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Antoniokings
Antoniokings
4 anos atrás

E, dentro em breve, teremos (ou já temos) a 6ª geração, não de guerra propriamente dita, mas de conflitos.
Será um cenário onde não serão disparados tiros e sim utilizados um conjunto de pressões políticas e econômicas que tentarão subjugar os adversários.
Pelo menos no que tange às grandes nações.
Já em conflitos assimétricos, poderemos encontrar algumas refregas militares.

JPC3
JPC3
Reply to  Antoniokings
4 anos atrás

Não sei se adianta porque vários países embargados e sob forte pressão política e diplomática continuam aí, alguns fazendo armas nucleares.

Até adiantaria se o povo desses países tivesse poder de escolha, mas em ditaduras não resolve muitas vezes. Com os governantes preferindo ver o povo morrer de fome do que aceitar que perderam.

Antoniokings
Antoniokings
Reply to  JPC3
4 anos atrás

Essa é uma a questão.
O equilíbrio chegou a tal ponto que alguns países ‘protegidos’ não são atacados pela super-potência adversária por causa das greves consequências políticas e econômicas decorrentes disso.

FICO SÓ OBSERVANDO
FICO SÓ OBSERVANDO
Reply to  JPC3
4 anos atrás

Eu acho engraçado e alguns países poderosos e arvoram em ter quantas armas nucleares quiserem e impor aos demais que não tenham no oriente médio os árabes e persas são policiados e não podem ter tais armas enquanto Israel tem centenas de bombas nucleares

Peter nine-nine
Peter nine-nine
Reply to  Antoniokings
4 anos atrás

António, mas isso sempre ocorreu, a diferença é que agora as nações começam a demonstrar-se mais propícias a responder.

Antoniokings
Antoniokings
Reply to  Peter nine-nine
4 anos atrás

Peter nine-nine
Na década de 1940, os EUA adotaram algumas medidas econômicas contra o Japão, bloqueando seu desenvolvimento, e isso levou a uma guerra entre os dois.
Atualmente, os EUA estão tentando algo parecido com a China e estamos assistindo uma guerra comercial.
Sem conflitos militares.
Mesmo porque, atualmente um conflito deste nível, poderia destruir o Mundo inteiro.

Sargento Pincel
Sargento Pincel
Reply to  Antoniokings
4 anos atrás

Concordo com Peter.. isso sempre aconteceu, ou vcs acham que a Pérsia deixava Atenas comercializar com os povos da Asia menor durante o período de guerras? Porem agora os mercados são globais e as potencias precisam ser ainda mais forte politicamente e militarmente para embargar e subjugar outras nações.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Antoniokings
4 anos atrás

Tem razão, vejo isso nos ultimos 40 anos…

Carlos Campos
Carlos Campos
4 anos atrás

Na parte de guerra guerra cibernética acredito que o EB devia melhorar, se sabe que existe uma unidade que só cuida disso, mas não temos noção da capacidade de atuação deles, poderíamos trazer ex membro do 8200 da IDF para nos ensinar ou treinar com eles, a guerra cibernética vai ser tão importante quanto a infantaria no solo.

elcimar marujo
elcimar marujo
Reply to  Carlos Campos
4 anos atrás

é pra ser secreto,porque vc quer que divulguem nossa capacidade pro inimigo.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  elcimar marujo
4 anos atrás

não precisa divulgar tudo, o nós sabemos a capacidade do EB, qual MBT usa, fuzil, Artilharia, Blindados, queria saber a capacidade e não tudo que eles podem fazer, eu sei que a 8200 existe e a NSA existe, mas não sei tudo que eles podem fazer.

Joel Soares
Joel Soares
Reply to  Carlos Campos
4 anos atrás

para o bom entendedor meia ………….

Antunes 1980
Antunes 1980
4 anos atrás

Quem planejou os ataques de 11 de setembro, tinha em mente arrastar todas as grandes potências e seus aliados, para uma guerra de logo prazo, onde os desdobramentos e efeitos seriam incalculáveis. Hoje células terroristas transitam entre campos de batalhas convencionais, guerra cibernética, e atuação através de células ativas e inativas. Podendo ficar meses e até anos esperando uma chance de atacar. Conseguir monitorar e prevenir estas ações é o grande desafio dos governos atuais. Hoje terroristas podem estar combatendo no front pelo ISIS, no Iraque ou Síria e meses depois estar assistindo um jogo de futebol em qualquer estádio… Read more »

ELTON R
ELTON R
Reply to  Antunes 1980
4 anos atrás

inevitalvemente a medida que o brasil for se inserindo no tabuleiro da geopolitica global assim como no passado vai enfrentar esse tipo de problema,se na guerra fria tinhamos que combater insurgentes e guerrilheiros de orientação comunista que foram inseridos por potencias estrangeiras.Nada pode impedir que no futuro tenhamos o mesmo problema so que no contexto totalmente diferente

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  Antunes 1980
4 anos atrás

Não vejo razões para os jihadistas se aventurarem por estas bandas, não tem nada estratégico aqui para eles, diferente da Europa, África, OM e América do Norte. O maior problema do Brasil é o tráfico de drogas aumentar seu poderio bélico, aí sim teremos dores de cabeça maiores. A única coisa que pode impedir isso é a descriminalização das drogas. Se continuar do jeito que está, eu não queria estar na pele da polícia ou dos moradores de zonas dominadas pelo tráfico num futuro próximo.

Elton
Elton
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Jhiradistas talvez não mas facções que atuam hoje no Brasil podem muito bem se sofisticarem com ajuda externa e dependendo do interesse da potência estrangeira podem atuar de maneira organizada para desestabilização do governo.

JPC3
JPC3
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Tem vários estudos afirmando que descriminalizar as drogas não resolve. Não tenho conhecimento para afirmar muito, mas segundo algumas pessoas que combatem o tráfico no Brasil alguns países que descriminalizaram se arrependeram ou tiveram aumento na criminalidade.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  JPC3
4 anos atrás

Fonte: Times New Roman. Huehueheueu Pedir informação a quem combate é idiotice, os caras criaram ódio do tráfico, jamais espere qualquer racionalidade dessa gente, suas ações e seus objetivos são puramente sentimentais. Vão continuar como cachorros atrás da própria cauda, sem efeito prático, à não ser o aumento dos cadáveres por causa do mercado negro das drogas. E a questão das drogas é uma questão de liberdade, se eu posso encher minha cara de álcool, Joãozinho também pode encher a cara dele do que quiser. É também uma questão de economia, nunca ouvi falar da Bayer trocando tiros com outra… Read more »

JPC3
JPC3
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Desculpe, mas não deveria fazer piada com o trabalho de profissionais qualificados que não conhece.

Fala sem saber….

Só para o seu conhecimento legalizar drogas não acaba com mercado negro. Talvez no caso do Brasil até diminua a violência, mas no caso de outros países há sim controvérsia sobre a eficácia dessas medidas.

E também drogas não se resumem apenas a maconha.

JPC3
JPC3
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Pedir informação para quem combate e estuda o assunto é “”idiotice”” Deve ser, especialistas em segurança pública, psicólogos e psiquiatras são uns inúteis.

Melhor escutar os usuários ou aquela turma que defende bandido em troca de voto nas comunidades….

Jacinto
Jacinto
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Vamos pegar dados do Uruguai e ver como a taxa de homicídios por 100 mil habitantes evoluiu por lá, sendo importante rememorar que a maconha foi legalizada em 2013.
2012: 7,8 homicídios para 100 mil habitantes
2018: 11,8 homicídios para 100 mil habitantes.
Esses números indicam claramente que a criminalidade no Uruguai não diminuiu após a legalização da maconha; ao contrário ela aumentou substancialmente.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

pra liberar as Drogas antes tinha que privatizar o SUS, pois drogado fica doente psicologicamente, sofre acidentes, adquire várias doenças, ou é agredido, essa conta tem que ser pagos por eles e não pela população.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  Carlos Campos
4 anos atrás

Isso é verdade, assim como fumantes, alcoólatras, diabéticos, hipertensos, todos irão pagar pelos seus vícios e abusos. Perfeito! Liberdade com responsabilidade.

Edson Parro
Edson Parro
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Mas esses aí já contribuem, periodicamente, para o Sistema Universal de Saúde!
Liberdade com responsabilidade, exatamente!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Diabéticos e Hipertensos?????? E patrulhismo…

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  Ricardo Bigliazzi
4 anos atrás

O abuso do consumo de certos alimentos industrializados podem causar essas doenças. Se o fulaninho não pode usar o SUS por que encheu a cara de cocaína e está pagando o preço por seus vícios, beltraninho também não pode usar para tratar a cirrose adquirida pelo abuso de álcool, nem da diabetes pelo abuso no consumo de açúcares, e nem a da hipertensão ou o colesterol alto pelo abuso de certos alimentos gordurosos. É igualdade segundo o Estado né meus amigos? Podem patrulhar os drogadinhos, mas os alcoólatras, fumantes, comedores de doces e gorduras e usuários de medicamentos tarja preta… Read more »

nonato
nonato
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Está faltando a sociedade apoiar o enfrentamento ao tráfico.
Hoje em dia, a mídia, alguns políticos, algumas instituições parecem aliadas do tráfico e informações inimigos da sociedade.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  nonato
4 anos atrás

Podem colocar Deus nesta guerra, vai perder e feio. É a guerra do parasitismo e do totalitarismo estatal contra o empreendedorismo e a inovação, muito embora traficantes gozem de um monopólio concedido pelo estado.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
Reply to  Defensor da liberdade
4 anos atrás

Caro Colombelli,

As FARC tem grande parte de seu financiamento através do tráfico de drogas, contra isso seu governo conservador/cristão/testosterona high/blábláblá nada pode fazer. Se insistirem nesta guerra continuarão a amargar milhares de inocentes vítimas da violência criada pelo mercado negro das drogas, incluindo sua amada PM.

Jacinto
Jacinto
4 anos atrás

Texto muito interessante, sobre tema de altíssima relevância e bem escrito. Eu compreendo que o conflito contra o Isis e a guerra na Síria são usados como exemplos de guerra híbrida, mas acredito que o que se passa na Ucrânia também é um caso de guerra híbrida.

Gabriel BR
Gabriel BR
Reply to  Jacinto
4 anos atrás

Na verdade é preciso diferenciar “Guerra hibrida” de “Guerra Assimétrica”, na guerra hibrida um dos atores não é estatal. Guerra Assimétrica é algo na linha das “guerras brasílicas” e sim fomos nós brasileiros que a inventamos!

Evgeniy (RF).
Evgeniy (RF).
Reply to  Gabriel BR
4 anos atrás

Na verdade é preciso diferenciar “Guerra hibrida” de “Guerra Assimétrica”, na guerra hibrida um dos atores não é estatal. Guerra Assimétrica é algo na linha das “guerras brasílicas” e sim fomos nós brasileiros que a inventamos! —- Na guerra na Síria, há uma enorme presença do estado do lado dos opositores do regime de Assad. Caças turcos abateram um combatente sírio alguns anos atrás. Os grupos turcos contam com o apoio direto da Turquia, tanto como assessores e voluntários, quanto como armas. E não apenas grupos turcomanos. A Turquia ocupou parte do território sírio. Grupos curdos são apoiados pelos americanos.… Read more »

JPC3
JPC3
Reply to  Jacinto
4 anos atrás

Acho que a Ucrânia sim, guerra assimétrica como a participação de uma força regular dando apoio e cobertura. Muitas vezes até participando das batalhas.

Delfim
Delfim
4 anos atrás

Eu pessoalmente acho estranho o Exército ser usado para fins que não a guerra convencional.
Um dos fatores do despreparo argentino e consequente derrota em 1982, foi o fato de suas FA’s serem usadas na repressão interna, o que levou a uma derrota perante um poder militar externo.
Uma instituição deveria ser criada especificamente para essas novas formas de guerra.

Agnelo
Agnelo
Reply to  Delfim
4 anos atrás

Prezado
Bom dia
Não se entende mais a guerra como convencional ou não.
Há ações de alta e baixa intensidade, ao mesmo tempo que ocorre pacificação, apoio à Def Civ etc.
É o Amplo Espectro da Guerra Moderna.
As Forças Armadas de todo mundo estão verificando isso. Como ser preparado para Alta Intensidade, baixa, pacificação e GLO?
Hoje, não se prepara como antes, sendo o preparo baseado em Capacidades.
Sds

Matheus Santiago
Matheus Santiago
Reply to  Agnelo
4 anos atrás

O que ele quis dizer é que não acha eficiente um Exército ser usado para fins de guerra híbrida, já que a ação militar seria justamente a última parte do cenário em que todos os métodos não-convencionais foram usados e não obteve êxito. Pense bem, as guerras não são mais declaradas e, tendo começado, seguem de acordo com um modelo desconhecido. O foco dos métodos aplicados de conflito foi alterado na direção do amplo uso de medidas políticas, econômicas, informativas, humanitárias e outras medidas não-militares – aplicadas em coordenação com o potencial de atingir o objetivo de conquistar aquilo que… Read more »

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Delfim
4 anos atrás

Caro Delfim, os Argentinos perderam apenas para uma das 5 forças mais bem treinadas do Planeta, foi só isso que aconteceu.

100nick-Elã
100nick-Elã
Reply to  Ricardo Bigliazzi
4 anos atrás

Que quase apanhou dos argentinas, nação subdesenvolvida.

Cavalo-do-Cão
Cavalo-do-Cão
4 anos atrás

Nos dias de hoje na maior parte dos casos basta uma mala bem recheada de dinheiro para as pessoas certas que vc toma um país sem disparar um único tiro…

Gabriel BR
Gabriel BR
4 anos atrás

Na verdade a guerra sempre foi hibrida e nesses últimos tempos o que mudou foi a sofisticação e proporção do envolvimento de “instrumentos não convencionais” na totalidade do conflito. Por exemplo: O que chamamos de Fake News existe a milênios e o que mudou foi a sofisticação dos meios pelos quais ela é propagada…enfim a guerra é um fenômeno politico , com causa politica , viabilizada pela politica…

Munhoz
Munhoz
4 anos atrás

Me lembro do Sivam quando tinha um processo nos EUA onde foi detectado irregularidades, a própria CIA colocou panos quentes para na afetar um aliado, agora com o governo de esquerda com a história da URSAL etc a CIA não mediu esforços para colocar o barbudo na cadeia. Lembro da visita à sede da CIA pelos dois heróis do Brasil, lembro das declarações recentes (vazadas das conversas no Telegram) de que o FHC é um aliado etc etc Conclusão é tudo farinha do mesmo saco nessa sacanagem!! Não sou de esquerda nem de direita, mas também não sou tonto ao… Read more »

Zé
4 anos atrás

Acho estranho esses textos dos militares Brasileiros, cheio de dedos para não melindrrar os comuno-globalistas . Por isso, sempre parecem monumentos teórico ao nada. Ora, dentro da própria politica Brasileira existe toda uma corrente centro e esquerda que outra coisa não fazem do que desagregação pela corrupção e pela criação de inúmeras divisões artificiais no território e no povo. Uma ameaça, o trafico e consumo de drogas, responsável por 80% da violência que mata 60.000 por ano , deveria ser combatida firmemente, mas o EB nem quer ouvir sobre isso. Um fator de coesão e defesa da Pátria, decisivo atualmente,… Read more »

Tiago
Tiago
4 anos atrás

Essa imagem me lembrou, a grande mídia nunca mais falou da Síria né?

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
4 anos atrás

Tudo muito bonito, mas alguém reparou que a idéia de guerra se expandiu a ponto de não se diferenciar de dinâmicas sociais? Chegamos ao ponto em que tudo é expressao de guerra, da disputa pela biqueira de fumo passando pela eleição do síndico até a submissão de operadores e decisores da economia e politica nacionais a interesses exógenos. Chegou-se à essa hibris justamente pelo condão do tal globalismo, que apaga fronteiras, explora brutalmente recursos naturais e translada ou mata populações inteiras sob os mais descabidos pretextos nobilitantes. O Estado nacional coeso é apenas uma ilusão retrospectiva…

Agnelo
Agnelo
4 anos atrás

Muito Excelente!
MMHPD!!

Nando Gomes
Nando Gomes
4 anos atrás

Enfrentamos um cenário pior no Brasil, porque aqui tudo que visa o nacionalismo popular e taxado como “comunismo” e a classe média, a bucha de canhão dos Lemmans da vida, instaura desde o primeiro momento a luta em defesa de tudo o que a verdadeira elite quer. É passado essa coisa de tomar as fábricas e afins, o que precisamos aqui é agir como o G8 age lá fora, ou melhor, como Trump age nos EUA, COM APOIO INCONDICIONAL da nossa direita: O país em primeiro lugar. O interessante é ver que o que recebe aplausos de nossa direita e… Read more »

JPC3
JPC3
Reply to  Nando Gomes
4 anos atrás

Cansamos de ser roubados pela esquerda e direita, com corrupção extrema nunca vai ter união. Nem limpar os partidos dos corruptos os caras fizeram. Porque nem podem pois estão todos comprometidos.

Se elegeram para mudar o país, acharam que eram donos do Brasil e se apropriaram do sistema corrupto em benefício próprio.

Os caras fazem apologia aberta ao comunismo e escolhem uma vice do partido comunista, além de pregar a luta de classes….

Querem ser taxados de quê?

Carvalho
Carvalho
4 anos atrás

Já faz um tempo que afirmo que milícias e movimentos “independentistas” nas nossas fronteiras do Paraguai, Bolívia e Colômbia são nossas principais ameaças. Assim, tenho afirmado que precisaremos de uma força de infantaria mecanizada de maior envergadura, em detrimento das Bgda Bld, que vão ficar eternamente chafurdando em Saicã. Pois bem, agora ao ponto: Muitos têm criticado, e com certa razão, o tamanho do EB e suas “regalias”. Mas este texto me faz pensar na importância de termos um exército com grande capilaridade e penetração na sociedade, inclusive com a “massa salarial” que lhe dá suporte. Vou pensar nisso com… Read more »

Mgtow
Mgtow
4 anos atrás

Aqui no Brasil essa coesão da sociedade festa cada vez mais distante. A propria mula que usa a faixa de presidente alimente diariamente o confronto entre brasileiros. Sem falar que o seu grupo e apoiadores estão se lixando para questão de soberania. lutam pra sermos vassalos de Israel e EUA. L A M E N T A V E L

Mgtow
Mgtow
4 anos atrás

*sociedade estÁ cada vez mais distante..CORREÇÃO

nonato
nonato
4 anos atrás

Com todo respeito ao autor, não gosto desse tipo de texto. Não diz nada com nada. É comum esse tipo de texto, com enumerações extensas, supostas verdades universais e pouco conteúdo ou análise. Aprendi algumas coisas com o texto. Mas me parece muito texto para pouco conteúdo. O que aprendi: sobre a coesão e as divisões internas – nos estados unidos e no Brasil grupos de extrema esquerda estão tentando desestabilizar governos para tentar impor suas “ditaduras”. Não se trata de meras críticas ou de oposição. É perseguição noite e dia e com a desinformação como meio de confundir a… Read more »

Luciano
Luciano
4 anos atrás

Temos aqui uma interessante proposta de análise, em linhas gerais, da evolução da guerra como prática social. A linha abordada pelo autor foca na guerra como uma prática do Estado, que a linha de Clausewitz. Isso se vincula, como ele defende, a ideia de nação e é um reflexo do período ao qual o prussiano viveu,especialmente no contexto europeu. Muitos dos elementos que ele coloca da guerra híbrida já existiam isolados em outros momentos da história da guerra, porém a combinação dos mesmos é, talvez, a grande singularidade. No entanto, ele nao leva em conta a abordagem do John Keegan… Read more »

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
4 anos atrás

O livro A Terceira Guerra Mundial lançado em 1980 pelo General Sir John Hackett, já tratava sobre o assunto.

Segue o jogo…

Soares
Soares
4 anos atrás

O povo do gorro preto tem feito muita merda ultimamente.
Os conflitos serão longe das áreas urbanas?
Tu leu isso em algum lugar ou é resultado de um lampejo de criatividade???

Impaciente
Impaciente
Reply to  Soares
4 anos atrás

Provavelmente o objetivo seja esse, acabar com o espírito combativo, uma forma de guerra assimétrica!