O grupo de defesa alemão Rheinmetall, com sede em Dusseldorf, revelou o primeiro de três veículos de combate de infantaria Lynx KF41 projetados, desenvolvidos e fabricados para o programa Land 400 Phase 3 de A$ 18,1 bilhões (11,1 MrdEUR) da Comunidade da Austrália.

A Rheinmetall divulgou um comunicado dizendo que o Lynx é um Veículo de Combate de Infantaria (IFV) sobre lagartas de última geração, digitalizado e altamente protegido, construído para atender aos rigorosos requisitos militares da Fase 3 do Land 400. O Exército Australiano precisa de um novo IFV para realizar o combate próximo e derrotar um inimigo nos ambientes mais perigosos e letais para os soldados australianos.

A Rheinmetall está entregando cada um dos veículos Lynx para competir nos testes de teste e avaliação como parte da Atividade de Mitigação de Risco (RMA) a ser conduzida em toda a Austrália ao longo de um período de 12 meses a partir de novembro de 2020.

Se bem-sucedido, a frota Lynx será fabricada em Queensland no novo Centro de Excelência de Veículos Militares de Rheinmetall (MILVEHCOE) em Redbank a sudoeste de Brisbane.

Os testes RMA vão incorporar uma variedade de testes, incluindo letalidade, mobilidade e proteção. O veículo revelado será o foco dos testes de explosão em uma instalação exclusiva da Commonwealth nos próximos meses.

O Lynx foi apresentado em uma cerimônia fechada com parceiros selecionados da indústria australiana no MILVEHCOE. Cada um dos veículos Lynx entregues nos testes RMA incorporará um nível significativo de conteúdo da indústria australiana e os parceiros locais para a oferta da Rheinmetall para o Land 400 Fase 3 serão anunciados nas próximas semanas.

“A Rheinmetall espera demonstrar a capacidade deste veículo de combate de infantaria de próxima geração”, disse o diretor administrativo da Rheinmetall Defense Australia, Gary Stewart. “Acreditamos que o Lynx é o melhor veículo em sua classe e define um novo padrão de proteção e letalidade necessária para sobreviver e derrotar qualquer adversário.

“O Lynx foi desenvolvido para estar posicionado em um nível ideal de maturidade quando a Austrália precisar dele para entrar em serviço – e terá um caminho de crescimento para estender essas capacidades ao longo de sua vida de 40 anos.”

O Lynx foi selecionado pelas Forças Armadas da Hungria para a entrega de mais de 200 veículos no primeiro pedido de lançamento do veículo em todo o mundo. A Rheinmetall Defense Australia exportará torres no valor de A$ 150 milhões fabricadas por australianos – e em breve anunciará novos pedidos de exportação para o programa húngaro, incluindo pedidos para PMEs australianas.

A Rheinmetall está entregando 211 veículos 8×8 Boxer Combat Reconnaissance Vehicles (CRV) para o Exército Australiano depois que o veículo foi selecionado pela Commonwealth após 12 meses de testes de RMA pelo pessoal da Força de Defesa Australiana (ADF) em 2016-2017.

A empresa está estabelecendo uma capacidade industrial local na Austrália para o projeto, desenvolvimento e fabricação de veículos militares que criam empregos duradouros de alta tecnologia para centenas de australianos, localizando experiência em projeto e fabricação em eletroóptica, sistemas de armas, controle de fogo e sistemas de sensores, fabricação de torres, design e fabricação de variantes, integração, sistemas de blindagem, simulação, treinamento e manutenção da frota.

“O projeto, o desenvolvimento e a fabricação do Lynx na Austrália para a ADF serão baseados nos empregos de fabricação avançada em nosso novo MILVEHCOE, bem como em uma forte rede industrial de PMEs em toda a Austrália”, disse Stewart.

Tanto o Boxer quanto o Lynx são modulares. Isso significa que o veículo pode ser dividido em dois, com um módulo de missão em um módulo de acionamento comum. Isso permite a troca de módulos de missão para necessidades operacionais, reduzindo o custo ao longo da vida para a introdução de nova tecnologia e gerenciamento contínuo da frota.

“A Rheinmetall aproveitou todos os benefícios significativos do Boxer e garantiu que eles fossem parte do pacote Lynx KF41”, disse Stewart.

“Nossa parceria com o Exército e a Comunidade Britânica para entregar o Boxer para o Land 400 Fase 2 apresenta a oportunidade de desenvolver uma força de combate completa de veículos blindados para a ADF.”

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Silas
Silas
3 anos atrás

Mais alguém teve a sensação de “cheiro de carro novo” quando viu as imagens?!?! rsrs..

Silas
Silas
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Com certeza, mestre, não somente essa, mas muitas outras…

Caio
Caio
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Feito para ser te resistente, e não muito oneroso.
Perfeito para substituir os m113.

Gelson
Gelson
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Infelizmente, este ainda não é adequado para a avançada doutrina de combate que o EB desenvolveu, baseado em sua vastíssima experiência em múltiplas campanhas mundo afora. Não transporta nove fuzileiros…não serve!

Capa Preta
Capa Preta
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Parece que nossos generais Chep Foose já estão muito felizes com seus “novos” M113.

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
Reply to  Capa Preta
3 anos atrás

Não estão não, é que não tem dinheiro para trocar tudo de uma vez com a logística necessária.

Charles
Charles
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Alexandre e demais Leitores….exatamente e foi com isso que fiz meus comentários dias atrás sobre situação dos atuais blindados apesar dos parcos recursos e dos esforços do EB…

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

Por mim teriam, mas quem assina o cheque não sou eu, o Namer seria ótimo também.

André Lourenço
Reply to  Alexandre Galante
3 anos atrás

É mais uma opção para o exército, claro, com um outro canhão de 120mm e linha de montagem aqui.

Bardini
Bardini
Reply to  Silas
3 anos atrás

Se tem que ver a fábrica que a Rheinmetall montou na Austrália, pra “apertar os parafusos”…
.
https://www.youtube.com/watch?v=p4IYVuNXHfc

Last edited 3 anos atrás by Bardini
Silas
Silas
Reply to  Bardini
3 anos atrás

Eu trabalho numa empresa alemã de robótica, posso dizer que já vi muita coisa na indústria, podem falar o que quiserem, mas que os alemães manjam muuuuito de mecânica, isso podem ter certeza…

MMerlin
MMerlin
Reply to  Silas
3 anos atrás

Não só manjam muito de mecânica, como também de processos, projetos e controle de qualidade.

Tutu
Reply to  Bardini
3 anos atrás

Mds, Até a pintura externa da fábrica é moderna e arrojada.

MCruel
MCruel
Reply to  Bardini
3 anos atrás

O chão da fábrica é mais limpo que o chão do hospital da minha cidade..!

Last edited 3 anos atrás by MCruel
Mercenário
Mercenário
Reply to  Silas
3 anos atrás

Silas,

Dá uma olhada no concorrente sul-coreano, o Redback.

https://www.hanwha-defense.co.kr/eng/products/antiaircraft-artillery-as21.do

Mercenário
Mercenário
Reply to  Mercenário
3 anos atrás

No caso do Lynx, interessante notar a presença do Iron Fist hard kill system.

https://www.gd-ots.com/protection-systems/active-protection-systems/iron-fist-light-active-protection-system/

Claudio
Claudio
3 anos atrás

Quais seriam as chances de um Osório 2.0?
Ou mesmo um tamoyo ou charrua 2.0?

joão Fernando
joão Fernando
Reply to  Claudio
3 anos atrás

Graças a Deus nenhuma. Chega de querer carro exclusivo ao preço de blindado de ultima geração, chega de meia duzia de caças ao preço de F22…

sub urbano
sub urbano
Reply to  Claudio
3 anos atrás

Um dos joinhas foi meu.

Defensor da liberdade
Defensor da liberdade
3 anos atrás

Que máquina, só perde em beleza para o Kaplan.
Isso sim seria pólvora de qualidade para o EB, não aquele trambolho do meio do século passado do M113.

Entusiasta Militar
Entusiasta Militar
3 anos atrás

Pois é Posso estar falando besteira … afinal, Nao sou especialista em blindados, mas eu sou um dos que também acham que o caminho que o EB deve seguir seria baseado em uma grande força de blindados IFV, apoiando um numero menor de Carro de combate.
Alias, imagine se o nosso novo carro de combate for baseado numa arquitetura/engenharia de um IFV teríamos uma maior comutabilidade e interoperabilidade entre os meios terrestres.

Maurício Veiga
Maurício Veiga
Reply to  Entusiasta Militar
3 anos atrás

São situações e veículos distintos, um pode vir a apoiar e complementar o outro mas não substituir, precisamos de ambos e em grandes quantidades…

Entusiasta Militar
Entusiasta Militar
Reply to  Maurício Veiga
3 anos atrás

E onde você leu no meu comentário, que eu disse “substituir” um MBT por um IFV ? eu disse usar os IFV para “apoiar” o futuro carro de combate.

Além disso, que ninguém sonhe que com a saída do Leopard 1A5 e do M-60A3 de serviço, o Exercito Brasileiro vá comprar outros 200 ou 300 MBT caros para o lugar.

Alias, muito tem se dito, que o caminho da cavalaria do EB é pensado em um Carro de combate médio com um canhao 120 mm

Last edited 3 anos atrás by Entusiasta Militar
Cristiano. de Aquino Campos
Cristiano. de Aquino Campos
Reply to  Entusiasta Militar
3 anos atrás

Completando você amigo, cujo chaci seja a base de uma familia de vai de MBT, IFV, porta morteiro e etc. Querem um guarani só que sobre lagartas.

Flanker
Flanker
Reply to  Cristiano. de Aquino Campos
3 anos atrás

Barbaridade….chassi com “c”???

Cristiano. de Aquino Campos
Cristiano. de Aquino Campos
Reply to  Entusiasta Militar
3 anos atrás

A ideoa do exército esta mais para um chaci qie sirva tanto como MBT como para IFV. Ou seja, esta mais para um CV-90 do quê para uma dupla MBT E IFV dedicados.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  Entusiasta Militar
3 anos atrás

Por mim nem MBT teríamos, íamos de Centauro 2 120mm, com um IFV sobre lagartas de última geração.

Bardini
Bardini
Reply to  Carlos Campos
3 anos atrás

Viagem na maionese.

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
Reply to  Bardini
3 anos atrás

A principal ideia do EB parece ser ir de CV90120 ou Ascod 2 com canhão 120mm. Não sei como seria com o Lynx, mas não seria uma má ideia.

Cristiano. de Aquino Campos
Cristiano. de Aquino Campos
Reply to  Diego Tarses Cardoso
3 anos atrás

A vantagem do CV90120 e que logisticamente, ele casa perfeito com os CV90040 ou CV90030 que substituiriam os M-113.

Tomcat4,2
3 anos atrás

Que máquina viu, a baba escorre pela barba !!!

Heinz Guderian
Heinz Guderian
3 anos atrás

Em termos de comparação, qual o veículo mais parrudo? Puma ou Lynx?

Bardini
Bardini
Reply to  Heinz Guderian
3 anos atrás

O Puma é superior.

Heinz Guderian
Heinz Guderian
Reply to  Bardini
3 anos atrás

Obrigado por responder.

Junior
Junior
Reply to  Heinz Guderian
3 anos atrás

O Puma é superior e bem mais caro também

Blind Mans Bluff
Blind Mans Bluff
Reply to  Heinz Guderian
3 anos atrás

O Puma eh um IFV mais complexo, porem melhor, soh saberemos depois que os dois sejam colocados a prova de combate real. O Puma eh um excelente IFV, recheado de eletronica, porem carissimo tambem. Pelo seu peso, podemos ter uma ideia do seu nivel de protecao e mobilidade. Como blindagem modular, pode chegar ate a 43 toneladas e um motor diesel de ate 1.100hp. Como referencia um T-90 tem ate 48 tons e tambem por volta dos 1.100hp de potencia. Ate recentemente o Puma nao tinha nenhum missel anti-carro integrado. Ate onde sei, o Spike ainda esta em fase de… Read more »

Alfa BR
Alfa BR
3 anos atrás

Imaginem nossos BIBs dotados com uma maquina dessas…

Diego Tarses Cardoso
Diego Tarses Cardoso
3 anos atrás

E o Puma, morreu ?

Bardini
Bardini
Reply to  Diego Tarses Cardoso
3 anos atrás

Puma é KMW.

Capa Preta
Capa Preta
3 anos atrás

Daqui uns 40 anos quando ficar velho a gente arruma uns 8 para equipar nosso exército.

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
Reply to  Capa Preta
3 anos atrás

Quatro para usar até o osso,e quatro como fonte de peças.

Gabriel BR
Gabriel BR
3 anos atrás

Das possibilidades do mercado que mais me agradam são Ascod 2 e o CV90MIV

João Girardi
João Girardi
3 anos atrás

Um blindado que eu gostaria de ver substituit o M113 nos RCB e nos BIB é o CV9040. Considero ele um VBCI perfeito pro Brasil. Sei que não vai acontecer mas não custa sonhar.

Carlos Alceu Gonzaga
Carlos Alceu Gonzaga
3 anos atrás

Minha opinião é que devemos caminhar para o CV90 com base no seguintes aspectos:
1. Nossa relação com a indústria Sueca;
2. Histórico militar em combate;
3. A versão CV9030 usa canhão Bishmaster similar ao utilizado na TORC 30;
4. A capacidade de transporte de tropa de infantaria embarcada (8) próxima do gc padrão EB (9) – não será difícil a adaptação;
5. Diversas versões desenvolvidas e testadas.

Juarez
Juarez
Reply to  Carlos Alceu Gonzaga
3 anos atrás

Minha opinião e que em primeiro lugar deveriamos saber de onde vão sair os recursos para comprar, manter e operar vtrs caras, complexas e de alto custo de manutenção. Se hoje, mal e porcamente se remenda e se empurra M 113 e Leo 1A5 como vão comprar e manter estes???
Vocês leta o custo do projeto???

Cristiano. de Aquino Campos
Cristiano. de Aquino Campos
Reply to  Carlos Alceu Gonzaga
3 anos atrás

E tem a versão CV90120, que é um MBT médio como quer nosso exército com quase todas as peças das outras versões.

Luiz Floriano Alves
Reply to  Cristiano. de Aquino Campos
3 anos atrás

O M 113 não foi deixado de lado. ainda é nuito útil como transporte em qualquer terreno, portador de morteiros e radares móveis, ambulâncias etc…