Brasília (DF) – Até o dia 7 de abril, o Brasil participa do Exercício Viking 22, maior exercício multifuncional de operações de paz do mundo. A atividade é conduzida pelo Ministério da Defesa da Suécia, em parceria com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e conta, ainda, com a participação das Organizações das Nações Unidas (ONU), da Associação Latino-Americana dos Centros de Treinamento de Operações de Paz (ALCOPAZ) e Rede Brasileira de Pesquisa sobre Operação de Paz (REBRAPAZ). No Brasil, a coordenação do exercício é do Ministério da Defesa e a direção cabe ao Exército Brasileiro, por intermédio do Comando de Operações Terrestres (COTER).

O Brasil, representando novamente a América Latina, sedia pela segunda vez o único sítio remoto do exercício nas Américas. A atividade acontece nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília. Participam nove países da ALCOPAZ: Brasil, Uruguai, Guatemala, Argentina, Peru, Chile, Bolívia, Equador e México; além de integrantes da ONU, de Gana, França e Suécia. Ao todo, o exercício envolve cerca de 1.750 pessoas de 40 países, das quais 276 irão atuar no CMP.

O Exercício Viking 22 tem como principais objetivos a promoção da cooperação e da interoperabilidade entre as forças, organizações e instituições nacionais e internacionais; o adestramento no trabalho dos estados-maiores envolvidos; e a aplicação de conceitos operacionais atuais, refletindo desafios presentes e futuros das operações de paz internacionais.

No auditório do CMP, na manhã da última segunda-feira, 28, o Chefe do Preparo da Força Terrestre e Diretor-Geral do Site Brasil, General de Divisão Gustavo Henrique Dutra de Menezes, realizou a abertura oficial da atividade, apresentando as boas-vindas aos participantes. Na oportunidade, foi realizada uma ambientação geral e foram abordados aspectos sobre a programação do evento, até a sua conclusão no dia 7 de abril.

O Exercício

O Viking 2022 é um exercício de simulação internacional, cuja plataforma de treinamento é projetada para a preparação de civis, militares e policiais destinados a futuros desdobramentos em missões de paz. O exercício constitui-se de um Posto de Comando Central, assistido por computadores conectados em rede e distribuídos remotamente, apoiado por um grande número de nações e organizações parceiras. A atividade também simula situações previstas nas missões de paz da ONU e treina os participantes para enfrentar os desafios do presente e do futuro, em resposta a crises em operações de paz.

Além disso, o Viking 2022 tem a finalidade de promover a interoperabilidade entre as Forças Armadas (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira), as organizações e as instituições nacionais e internacionais envolvidas, contribuindo para o desenvolvimento dos processos decisórios das ações relacionadas às missões de paz, atendendo a necessidade do país em se manter atualizado e preparado. Além do Brasil, outros quatro sítios remotos, localizados no Catar, Finlândia, Bulgária e Suécia atuarão simultaneamente.

Em sua 9ª edição, o Viking 22 facilitará, ainda, o desenvolvimento e a experimentação de futuras capacidades, métodos, conceitos operacionais e melhorias tecnológicas. A primeira edição do exercício foi realizada em 1999.

O Brasil, como signatário da Carta das Nações Unidas, tem contribuído com o esforço internacional para a promoção da paz mundial. A tradição brasileira de mais de 70 anos em missões de paz e os resultados alcançados, mais de 50 operações de paz e missões similares, qualificam o País como um importante ator no contexto dessas operações.

FONTE: Exército Brasileiro

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Allan Lemos
Allan Lemos
2 anos atrás

É uma pena que depois do Haiti, o Brasil tenha abdicado de participar efetivamente de operações de paz, o Congo era uma boa oportunidade mas parece que os militares ficaram com medinho de mandar homens. Mas é uma forma relativamente simples e barata de ganhar prestígio internacional.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
Reply to  Allan Lemos
2 anos atrás

Pergunta para os Haitianos pra ver se eles sentem saudades.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Reply to  Allan Lemos
2 anos atrás

O Brasil não participa por uma única razão: É o melhor do mundo!!!!!. Temos o melhor armamento do mundo!!!!! E ninguém ganha do Brasil na Selva!!!! Quem já está no topo não precisa de marketing.

Nascimento
Nascimento
Reply to  Carlos Crispim
2 anos atrás

Confia! kkkk

João Adaime
João Adaime
2 anos atrás

“O Exercício Viking 22 tem como principais objetivos a promoção da cooperação e da interoperabilidade entre as forças, organizações e instituições nacionais e internacionais;” Isto me lembra quando do terremoto no Haiti, onde o Brasil comandava a Força de Paz naquele país. Após o terremoto, as forças armadas dos Estados Unidos, que nem participavam daquela ação, “invadiram” o país, tomaram o aeroporto e fecharam o espaço aéreo, inclusive pro Brasil. Agiram como se não houvesse mais ninguém por lá. Grande exemplo de cooperação internacional. Se eu fosse o presidente na época, chamava os soldados brasileiros de volta pra casa no… Read more »

Capa Preta
Capa Preta
2 anos atrás

Um dos famosos “exercício boca livre” ou adido militar se quiserem um termo mais técnico.

paulotd
paulotd
Reply to  Capa Preta
2 anos atrás

Vão levar os fuzis FAL enferrujados e as sucatas pro exercício.

Hcosta
Hcosta
Reply to  paulotd
2 anos atrás

Vão sair da base?