Ucrânia quadruplica produção de Stugna-P

A Ucrânia quadruplicou a produção de sistemas de mísseis antitanque Stugna desde o início de 2023. As forças ucranianas estão usando esses ATGMs para destruir o equipamento militar dos russos.
Esta declaração foi feita pelo Ministro das Indústrias Estratégicas, Oleksandr Kamyshyn. Ele disse isso durante uma maratona nacional.
” Em julho, produzimos quatro vezes mais Stugna do que em janeiro. E continuamos a aumentar a produção. Não importa o quanto produzamos agora, não será suficiente “, disse Kamyshyn.
Segundo ele, o Stugna é superior ao US Javelin ATGM em todos os parâmetros técnicos.
Ele observou que o Javelin é uma arma muito boa, mas a Ucrânia quer aumentar a produção de seu próprio produto e no futuro lutar para que nosso produto seja adequadamente representado nos mercados externos.
Kamyshyn também acrescentou que a indústria de defesa da Ucrânia está crescendo rapidamente , em particular como resultado da reorientação das empresas civis para a produção de defesa.
“ É um bom sinal de que o Estado está a reconstruir a economia numa base militar ”, concluiu.
Deve-se notar que o Stugna-P ATGM desenvolvido pelo Bureau de Design Ucraniano foi adotado pelo exército ucraniano em 2011.
O Stugna-P é fornecido em dois calibres – 130 e 152 mm. Com o aumento do calibre, tanto o alcance do míssil – mais de 5 km – quanto a penetração da blindagem aumentaram. Para disparar à noite, o sistema é equipado com um termovisor – o alcance é limitado a 3 km.
Stugna-P provou sua eficácia após o início da invasão em grande escala. Soldados ucranianos usaram esse sistema para destruir helicópteros inimigos e veículos blindados.
FONTE: Obozrevatel
Não é um Javelin ou um NLAW, e dizer que é melhor que um Javelin é um exagero, mas é também um baita míssil, mandou muito tanque e blindado russo pelos ares no início da guerra, se eu não me engano até um Ka-52 ele mandou pelos ares.
De fato, o Stugna tem um alcance consideravelmente superior ao Javelin e, principalmente, em relação ao Nlaw. Porém é um sistema notavelmente maior e mais pesado, sendo mais adequado para utilização em posições já preparadas. Por outro lado, o Javelin e o Nlaw são mais portáteis e possuem a capacidade do tipo “Fire-and-forget”, o que os torna mais adequados para uma defesa mais móvel.
Um seeker terminal e um sistema de integração com drones para aquisição de alvos além do alcance visual, o tornaria mais mortal ainda.
Mísseis AT guiados por comando ou por feixe de laser (2ª G e 2,5ª G) têm o inconveniente de obrigar o operador a ficar durante todo o tempo , do lançamento ao impacto (tempo esse que pode ser de mais de 30 segundos) , seguindo o alvo pelo visor do sistema de mira. Isso introduz uma vulnerabilidade ao sistema porque no lançamento do míssil a posição do lançador pode ser detectada, atacada e neutralizada antes do míssil atingir o alvo.
Esse míssil tem um “lançador/sistema de mira” operado à distância, por controle remoto, que elimina a vulnerabilidade do operador humano, mas ainda assim não reduz a vulnerabilidade do lançador/sistema de mira. Mas já é uma grande sacada e um avanço em relação aos sistemas “tripulados”.
*Os sistemas de 3ª Geração, como o Javelin, eliminam ambas as vulnerabilidades, sendo por isso um sistema mais avançado.
Se não me engano, os russos integraram o Kornet para ser disparado remotamente via drone. Como o exército ucraniano não conta com defesas anti-drone espalhadas pelo front, isso tem pesado e muito contra eles.
E se esse aí tem 5km de alcance, o Javelin têm mais alcance, já para não falar que é dispara e esquece.
Quanto a um ministro Ucraniano vir tentar ganhar vantagens económicas, para um míssil nacional, até acharia normal, se estivessem em tempos de paz, agora fazê-lo sobre os parceiros do Ocidente, que os salvaram de cair logo na primeira semana, já estou com o que disse o MOD Britânico, que os Ucranianos deveriam se mostrar mais agradecidos e já não é a primeira vez, mas de outras vezes foi para favorecer os EUA sobre os Europeus, anunciando abates dos Patriots e não divulgando os dos Mamba/Aster30 e dos Íris/T, bem como nos veículos Blindados, tem que se ser justo com todos, ou divulgam tudo ou não divulgam nada.
Ucranianos e Russos possuem basicamente os mesmos modus operandi e vivem segundo o mesmo mitos. Não é de estranhar que mais cedo ou mais tarde essas diferenças para a “filosofia britânica” apareçam em atitudes como essas…
Bosco, ele não é completamente fire-and-forget como o Javelin ou Nlaw. Ele usa um sistema de guiamento por feixe de laser que é emitido pelo lançador, igual ao nosso MSS 1.2, onde o operador mantém o laser do lançador sobre o alvo para o míssil chegar nele.
As duas grandes diferenças entre o Stugna-P e nosso Mss 1.2 é a ogiva do primeiro, capaz de perfurar 1100mm de blindagem e o controle do míssil ser feito por um console, o qual pode ficar a 50 metros de distância do lançador ligado por um fio.
A ogiva do MSS 1.2 não é em tandem e o alcance é bem menor. Em desempenho o MSS 1.2 lembra muito a versão inicial do Milan. O esperado para um projeto da década de 80.
Digo, lembra muito a segunda geração do Milan.
Diego,
Obrigado!
Sim, eu sei! Eu quis dizer é que como o operador fica distante do lançador operando a mira por controle remoto ele fica mais protegido no caso do lançador ser engajado.
No caso de um “fire and forget” , como o Javelin , após o lançamento o atirador pode se evadir .
Por isso o Brasil feve produzir em massa o MSS1.2 que faz anos que está testes eternos kkk
Ele é os morteiros de 120mm, e o mansup tem que sair dos nosso eternos projetos e entrar em produção
Se não me engano foram produzidos 42 unidades divididas entre as FAA
Fez muito cacareco russo voar pelos ares.
Interessante a parte sobre estrutura uma industria de defesa.
O nosso MSS 1.2 deveria adotar a solução usada nesse sistema ucraniano que possibilita o operador ficar a uma certa distância da arma, já que o míssil do MSS 1.2 precisa ser guiado durante todo o trajeto até o alvo e isso deixa o operador bastante exposto
Mandou muito russo para 7 palmos do chao kk
Fico imaginando os funcionários na linha de produção esperando um Kalibr mandar tudo pelos ares a qualquer instante
Matéria interessante sobre os ATGMs ucranianos.
https://www.globalsecurity.org/military/world/ukraine/groundforces-modernization-atgm.htm
Destaque para esse trecho:
“Stugna” has a quasi-top attack, which “Cornet” does not have. In general, based on the results of the battles, it is possible to safely say that the “Stugna” is the most dangerous anti-tank weapon in the hands of our soldiers, and most of the Russian tanks were destroyed precisely by the operators of this complex.
Os ucranianos iniciaram o conflito armados com cerca de 800 lançadores nacionais (Stugna-P e Corsar), 150 Javelin e 1000 lançadores da era soviética (Fagot, Konkurs e Metis). Curiosamente, 68% dos mísseis da era soviética apresentavam pane durante o disparo.
Daqui a pouco a Russia explode a linha de produção igual fez com o R360 rs
“daqui a pouco” rpz quase 2 anos de guerra kkkkkk. Só mais 3 dias e eles tomam Kiev, mais 3 dias e chegam na Polônia, mais 3 dias e chegam a Lisboa
Funcionou bastante, Moskov lá no fundo do mar não pode mentir.
Você é um profeta cara, só que ao contrário hoje os russos explodiram uma linha de produção, só que era deles e ficava em Moscou, mas segundo a mídia estatal era uma fábrica de fogos de artifício, mas achei muito estranho as pessoas do redor da fábrica relataram projéteis de artilharia voando pra tudo que é lado, você sabe me informar se na Rússia usam projéteis de artilharia como fogo de artifício?
Relataram que era uma fábrica de equipamentos ópticos e afins. Esses russos e seus apoiadores são os maiores comediantes do planeta hoje em dia.
Os ucranianos fizeram uma reportagem mostrando a linha de produção do R360, alguns dias depois os russos descobriram o lugar e kalibraram a fabrica kkk é oq eu sempre digo, é só não se envolver com uma aliança militar contra a Russia q seu país não é destruido pela Russia, é simples assim.
No caso vocÊ quer dizer que é só não estar vivo que a Rússia não vem atrás de você, certo ?
Quanta piada em um comentário, com tom de piada. No final, o humorista não é Zelensky e sim você (ganhou o nariz de palhaço), parabéns.
Se não me engano esse sistema foi oferecido ao EB em 2019, alguns foristas até ficaram brincando dizendo até que era um sistema antiquado, que não servia pra gente. Mas o tempo é o senhor da razão, e mostrou que é um sistema excelente, até helicóptero o sistema já derrubou.
A Russia era aquele fortão da escola, resolveu caçar briga com outro garoto nem tão fortão assim( Ucrania) e agora tá passando vergonha na briga, e os outros garotos fortões( USA, otan etc) perderam o medo. Que lástima pros russo…….
Perderam o medo KKKK se tivessem perdido já teriam lançado uma guerra oficial faz décadas mas ninguém vai fazer Isso 🙂
Zorro?
EDITADO:
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Tem vídeo de um T72-B3 resistindo a dois impactos desse míssil, não acho tão bom assim. Melhor que o Javelin forçou demais a barra, o Javelin ataca por cima, é bem mais tecnológico esse dai. Diria que hoje seria Kornet-EM>>Javelin>>>Stugna=Kornet antigo
O que seria esse EM?
a sigla não sei, mas o Kornet antigo usa o mesmo sistema do Stugna, feixe a laser que tem que ficar mirando no alvo até o impacto. O Kornet EM foi desenvolvido em 2013, ele é fire-and-forget igual o Javelin, disparou pode sumir. O alcance e a potênca da ogiva foram melhorados, o Kornet não tem top attack, mas ganha do Javelin no alcance e a potência da ogiva é a maior do mercado.
Kornet-EM, Kornet ATGM atualizado com sistema de orientação por feixe de laser e um alcance de 8 ou 10 km. Existem dois mísseis diferentes. Um míssil antitanque padrão com ogiva HEAT em tandem tem um alcance de 8 km. Ele penetra 1 100-1 300 mm atrás do ERA ou 3-3,5 m de concreto. O segundo míssil tem uma ogiva termobárica e um alcance de 8 km. O terceiro míssil tem uma ogiva de fragmentação de explosão e um alcance de 10 km. Embora pareça que o Kornet-EM está disponível apenas na forma de veículo montado.
https://www.militarytoday.com/missiles/kornet.htm
O Stugna-P possui 5 km de alcance e penetra 800 mm de blindagem, desempenho parecido com o Konkurs-M.
Kornet-EM e Stugna-P são primos pois descendem do Konkurs da era soviética. Ambos são guiados por feixe de laser.
Sim mas a diferença crucial é que o Kornet EM atualizado é fire and forget, igual o Javelin. Isso é uma característica que melhora e muito a chance de sucesso.
Neural,
O Kornet EM não tem nada a ver com o Javelin e com o sistema fire and forget.
O Kornet EM é guiado do mesmo jeito das outras versões , por rastreio de feixe laser (laser beam rider) , ou se preferir, “cavalgadura de laser feixe”. A diferença é que em vez do alvo ser acompanhado por um operador humano ele é acompanhado automaticamente pelo sistema de imagem da unidade de controle num modo conhecido como “auto tracking”. O alvo , depois de ser selecionado pelo operador humano, passa a ser rastreado sem a intervenção humana.
Esse sistema funciona parecido com o ACLOS (comando automático para a linha de visada) , só não sendo porque não atua por “comando” e sim por cavalgadura do feixe laser.
O Javelin é guiado por conta própria. Ele tranca no alvo utilizando seu seeker de formação de imagem antes de ser lançado e depois de lançado ele se dirige ao alvo e não depende mais da unidade de controle.
Ué entáo ele é fire and forget do mesmo jeito. O operador trava o míssil, dispara e se manda. A eletrônica do missil faz o trabalho.
Não! No caso do Kornet não é a eletrônica do míssil e sim a eletrônica da unidade de lançamento e comando. O sistema do míssil é igual para todos.
Ele não é fire and forget porque continua conectado à unidade de lançamento via o feixe laser, que é o que lhe mostra o caminho a seguir até o alvo já que ele não tem seeker.
E o operador não se manda, fica o seu posto. O sistema de auto tracking só facilita a vida dele mas ele continua em posição.
Basicamente há 3 sistemas de mísseis quanto ao modo de operação (relação do míssil com o lançador).
1- atire e esqueça. Ex: Javelin, Igla, Exocet , NLAW…
2- atire e siga. Ex: MSS 1.2, Kornet, Tow,..
3- atire e atualize: Ex: Spike NLOS, AIM-120…
Dando uma amostra a nossa indústria bélica. Agora que vamos entrar na guerra da Criméia, novo fronte, poderíamos vender munição a Ucrânia, e honrar as calças de nossos Pracinhas.
Nas primeiras semanas da guerra, lembro-me que surgiram na net alguns vídeos de uma unidade ucraniana que usava esse míssil contra as colunas blindadas russas que tentavam cercar Kiev. O visor tinha marcações em letras árabes, pois aquele sistema teria sido originalmente produzido para exportar para a Argélia.
Dava para ver o operador a selecionar os alvos entre os vários veículos das colunas, sendo a prioridade sempre os TOS lançadores de foguetes termobáricos e só depois os tanques, devido à devastação que aqueles podiam causar.
Lembro-me de um lançamento que falhou porque foi colocado um novo míssil no lançador antes do míssil anterior ter atingido o alvo, cujos movimentos no lançador fizeram o operador perder o contacto entre o feixe laser e o alvo, o que originou uma discussão.
No início da guerra, via muitos vídeos que iam surgido na net, sobretudo no Reddit, mas depois fiquei deprimido com tanta morte e destruição sem sentido e perdi o interesse neles.
Off topic, mas nem tanto, já que a matéria é sobre mísseis. Parece que os mui amigos norte coreanos andaram invadindo uma indústria de mísseis da Rússia: Exclusive: North Korean hackers breached top Russian missile maker | Reuters
A primeira frase da matéria já permite ver do que se trata: “ An elite group of North Korean hackers secretly breached computer networks at a major Russian missile developer for at least five months last year,…”
Cinco meses…tá mais com cara de encomenda. O camarada Kim precisava modernizar seus mísseis, a Rússia precisa de dinheiro (quem não precisa?), fez-se negócio.
E se não foi em dinheiro, pode ter sido aqueles lotes de munição de artilharia que o Shoigu foi buscar que pagaram a fatura.
“Segundo ele, o Stugna é superior ao US Javelin ATGM em todos os parâmetros técnicos.”
É por esse tipo de comentário que ucranianos, pouco a pouco, estão ganhando antipatia.
Provavelmente os EUA e Europa devem estar fechando a torneira das armas para Ucrânia agora que o dinheiro das exportações de trigo acabou.