Rio de Janeiro (RJ) – Equipes técnicas do Exército Brasileiro e do Exército dos Estados Unidos da América se reuniram para o início das atividades executivas do Acordo de Projeto PA-A-23-0001, destinado a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a produção de munições de morteiro 120 mm de alcance estendido.

O projeto prevê o desenvolvimento de uma munição com tecnologias inovativas, como formulações energéticas de baixa sensibilidade para propelentes e explosivos, novos conceitos de geometria do corpo da granada para melhor performance balística, novos conceitos de motor de propulsão adicional e de tubeiras de exaustão, dentre outras concepções. O objetivo é obter maiores alcances operacionais, menores custos de produção futura e, sobretudo, capacidades de interoperabilidade entre os usuários.

A reunião envolveu representantes de organizações militares dedicadas à ciência e tecnologia de materiais bélicos e integrantes da Base Nacional de Defesa. Foram estabelecidas as diretrizes para os quatro anos iniciais do projeto, acordados com os representantes do Comando de Desenvolvimento de Capacidades de Combate, do Exército dos Estados Unidos. O Plano Inicial de Gestão das Ações Técnicas (Project Management Plan) foi assinado pelos representantes de cada nação.

FONTE: Centro Tecnológico do Exército

Subscribe
Notify of
guest

35 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
4 meses atrás

Tomara que isso vá em frente e, principalmente, que o EB realmente COMPRE essa munição em boa quantidade, e não no pinga-pinga que as FA’s tem costume em comprar equipamentos BR….

Gari
Gari
4 meses atrás

Esse tipo de ação que apoio fortemente, retrofitar sistemas antigos, atualizando o tipo de munição e sistemas. muito menos custo que adquirir sistemas novos e com resultados muitas das vezes superiores. Imagina ao invés de mudar a munição dos 7,62 por 5,56 ou 6,8, simplesmente fosse trocada a pólvora do 7,62 saindo do formato garrafinha pra uma capsula de menor diâmetro? mais munição nos carregadores sem abrir mão do alcance/penetração e muito menos custo. talvez uma atualização no combustível dos foguetes astros fosse possível ampliar o alcance desde as versões menores.

Helio
Helio
Reply to  Gari
4 meses atrás

Oxalá a balística fosse algo tão simples

Henrique A
Henrique A
4 meses atrás

Notícia inesperada (por mim). Tomara que vá em frente; interessante que o USMC usava um morteiro de 120mm igual o nosso mas aposentaram, e o que o US Army utiliza é de alma lisa, toricamente são duas munições de 120mm diferentes para cada morteiro.

Carvalho2008
Carvalho2008
4 meses atrás

Seria muito bom se desenvolvessem uma granada planadora inteligente.

GPS ou termal/imagem

Existe modelo 80mm com quase 30 km de alcance.

Um modelo deste poderia servir de cabeça de guerra para foguetes 127 MM e dar vida a toda uma família de produtos e utilidades, tal como as GLSDBs.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Reply to  Carvalho2008
4 meses atrás

8cm com 30km de alcance? Tem certeza??

carvalho2008
carvalho2008
Reply to  Carlos Crispim
4 meses atrás

comment image

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  carvalho2008
4 meses atrás

Fico pensando no custo x benefício da munição inteligente de artilharia se não compensaria investir em loitering munition para ataques de precisão, o conceito ucraniano da dupla de drones Hunter+Killer parece ter um aproveitamento melhor.

Eu e minhas reflexões…rs

Carvalho2008
Carvalho2008
Reply to  Rafael Gustavo de Oliveira
4 meses atrás

Tem espaço para tudo….mas munição inteligente é absurdamente mais difícil de deter….

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  Carvalho2008
4 meses atrás

Sim….se colocar a municao guiada por IR com um designador de alvo já seria um grande avanço, o que quero dizer que morteiros são armas excelentes pelo custo beneficio, se encarecer demais com sistemas gnss será que não compensa investir em armas de artilharia maiores como munições vagantes e municoes inteligentes para obuseiros?

carvalho2008
carvalho2008
Reply to  Rafael Gustavo de Oliveira
4 meses atrás

Não….

Um jipe levissimo conseguiria atuar como um Obuseiro de 30 ton….eis a questão….e como é simples….pode ser diluido e movimentado extremamente rapido no campo de batalha….ele pode facilmente se infiltrar atuar e evadir…

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  carvalho2008
4 meses atrás

Em um contingente de operações especiais sim….em um pelotao de morteiros de uma OM comum não

Last edited 4 meses atrás by Rafaelvbv
Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  Carvalho2008
4 meses atrás

“Tem espaço para tudo”

É importante citar que as munições inteligentes são primordiais na guerra urbana, as lições que os EUA tiveram no Afeganistão e Iraque onde em muitas ocasiões o apoio de fogo nas operações foram interrompidas ou limitadas, pois não havia evacuação dos civis ou este inimigo estava fortemente abrigado, portanto a diminuição dos projéteis inteligentes já é uma nova realidade.

Mamute
Mamute
4 meses atrás

Se precisar de um calculador, Ch PÇ, Atr, Mu, Remu e Telmtr, estou sempre pronto.

Guacamole
Guacamole
4 meses atrás

Esse projeto, eu não tenho dúvida nenhuma que irá pra frente.
E digo mais. Será prontificado em tempo recorde que irá fazer os membros do Força espantados.

Um dos motivos é porque é os Estados Unidos que estão bancando. E o outro é que é mais fácil mover um morteiro pela floresta do que um obus em caso de guerra “com um certo alguém”.

Gustavo
Gustavo
4 meses atrás

Sinceramente fico pensando será que vale pena aumenta orçamento militar,munição e coisa básica , artilharia, até Internet está sendo contratada do setor spacex um braço do pentágono. Estamos muito atrasados e nas três forças, falta de amor ao país, ou é submissão.
Internet, munição, artilharia, radares, sistema de comunicação GPS, motores.
E o mínimo.
Do que adianta se gabar de formar engenheiros ime, ITA, nas federais, e não consegue isso.

Guacamole
Guacamole
Reply to  Gustavo
4 meses atrás

As FA brasileiras são a guarda nacional dos Estados Unidos aqui.
Se os Estados Unidos disser “pula” as FA vão retrucar “o quão alto você quer que eu pule”. Infelizmente é isso.

Kommander
Kommander
Reply to  Guacamole
4 meses atrás

Infelizmente tenho que concordar.

Snake
Reply to  Guacamole
4 meses atrás

Tá de vira latisse não é fácil mesmo

adriano Madureira
adriano Madureira
Reply to  Guacamole
4 meses atrás

Claro,nossos militares são confiáveis beagles… Quando se falou em adquirir pantsir e até S-300 para o Brasil, só foi washington rosnar que nossos políticos e militares puseram o rabo entre as pernas… E essa desculpinha de quê nossa doutrina é ocidental,não cola,foi cagaço mesmo… Se fala muito em soberania mas é só pura ilusão, Não somos como a Turquia, que comprou o equipamento russo e recentemente rejeitou a proposta dos EUA de enviar o sistema de defesa russo S-400 para a Ucrânia: “A proposta dos EUA foi rejeitada porque tentava interferir na soberania turca”, disse Mevlut Cavusoglu, Ministro das Relações… Read more »

João
João
Reply to  adriano Madureira
4 meses atrás

Cara
troca de roupa de baixo…

O Pantsir não atendia as 3 forças…
Não é só doutrina e, graças a Deus, muito menos balela.
Não só tecnicamente, mas na interoperabilidade com outros meios da Forças e entre as Forças.

Graças a Deus não fomos de Pantsir…

Que se compre algo realmente bom e integrável a absolutamente tudo o q temos.

Helio
Helio
Reply to  João
4 meses atrás

Bom é o patriot 🤭

Leoncio Luis de Souza
Leoncio Luis de Souza
Reply to  Guacamole
4 meses atrás

Também penso que é isso mesmo

Nilo
Nilo
Reply to  Gustavo
4 meses atrás

Investimento pesquis em desenvolvimento de novas tecnologias sempre é bom.
“…Do que adianta se gabar de formar engenheiros ime, ITA, nas federais, e não consegue isso…”
Na verdade os engenheiros devem se gabar, afinal só a Boeing contratou 470 profissionais que atuavam nas companhias brasileiras, sendo cerca da metade deles da Embraer, abriu Centro de Engenharia no Brasil integrado justamente por serem bons, alto investimento do Estado Brasileiro, na formação, afinal quantos destes vieram de faculdades federais, curso gratuito e mais uma bela ajuda de custo.
https://br.advfn.com/jornal/2023/12/briga-por-engenheiros-entre-boeing-e-companhias-brasileiras-como-embraer-entra-em-nova-fase-na-justica

Pragmatismo
Pragmatismo
4 meses atrás

A batalha por Avdiivka a intensificar-se e o blog cri cri cri

sergio 02
sergio 02
Reply to  Pragmatismo
4 meses atrás

Pois e cara, tb estou sentido falta de matérias sobre esse tema aqui no blogue, a contra ofensiva russa já tomou o dobro de km quadrados, que a contra ofensiva ucraniana, que os russos já estão no centro de Avdiivka e na zona industrial da cidade, já a relatos de rendições de ucranianos, que a ucrânia já começou a convocar tropas para formar um 3º exercito, para a guerra, e que reuniões secretas estão acontecendo entre membros da Otan e um certo Proeminente general ucraniano.

Carlos Campos
Carlos Campos
Reply to  sergio 02
4 meses atrás

fora que o Biden tá implorando pra ajuda ser aprovado logo, muito ruim a situação atual, mas como é inverno os Russos não vão andar muito

Carlos
Carlos
4 meses atrás

Esse morteiro utilizado pelos EUA são muito parecidos com os CFN do Brasil, que se eu não me engano é Israelense.(Modelo 120 K6A3)

wwolf22
wwolf22
4 meses atrás

e depois qnd o Brasil for vender a munição terá de pedir permissão ao patrão para tal venda…

Zoe
Zoe
Reply to  wwolf22
4 meses atrás

Ônus e Bônus… faz parte.

Bispo
Bispo
4 meses atrás

Morteiros continuam a ter importância, vide Ucrânia. Penso que os EUA estão mais focados na produção de munição do que nas “inovações” dos mesmos. Face a Ucrânia: forças russas tomaram o controle da zona industrial de Avdiivka, e o uso de munições de fragmentação russas resultou em “grandes perdas” para as forças ucranianas. Continuando a “pá de cal” em etapas, meio que orquestrado: o congresso EUA não aprovou os U$60Bi que o Biden queria dar a Ucrânia em armamentos… tic tac … Trump favoritíssimo para vencer em 2024. Penso que Zelensky tem que considerar seriamente um plano B , asilo… Read more »

Fabio Araujo
Fabio Araujo
4 meses atrás

Excelente notícia, o morteiro de 120mm é uma arma que dominamos tudo desde a fabricação do morteiro a fabricação da munição. Agora estamos dando um paço importante com esse projeto de munições de longo alcance.

Mauro Cambuquira
4 meses atrás

Só uma pergunta de leigo. Os EUA precisa de uma parceria com quem quer que seja para produzir munições? Eu sei que a Guerra da Ucrânia, mostrou se que os estoque de 155mm tão escassos. Sei…

danieljr
danieljr
Reply to  Mauro Cambuquira
4 meses atrás

Dessa forma eles colocam algo melhor para um parceiro, no caso, o Brasil. Vão desenvolver uma munição melhor que deverá funcionar em vários modelos de tubos, como o Brasil fabrica os tubos, terá um conjunto “moderno”. Também será útil para países que não podem trocar suas armas de artilharia, morteiros, mas somente ao trocar o tipo de munição, o desempenho será melhorado. Os EUA ainda terão mais fábricas dessa munição espalhadas pelo mundo, certamente o Brasil fabricará em escala, então, em emergência, existe mais uma linha de produção existente. Basta olhar a demanda e a logística de munição para a… Read more »

Helio
Helio
4 meses atrás

Vão vender até a imbel com a desculpa de ter “parceiro internacional” agora?