Muito além da DefendTex: A nova estratégia de defesa da Austrália por trás da aquisição da Avibras

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Por Henrique Alvarez*

A notícia da venda da tradicional empresa do setor de defesa brasileiro, a Avibras, para a então desconhecida australiana DefendTex, surpreendeu o país no dia 28 de março de 2024. Para além dos impactos estratégicos ao Brasil que a perda da Avibras causaria, surgiram dúvidas sobre quais motivações para fechar esse negócio teria uma empresa menor que a Avibras e de um país que não possui tanto destaque no mercado de defesa. Esse texto busca mostrar o que está por trás dessa movimentação, que vai muito além de uma ação isolada da DefendTex.

A empresa de defesa australiana, diferente da Avibras, não produz armamentos de elevada importância estratégica, como mísseis balísticos e sim equipamentos específicos para guerras assimétricas, como pequenos drones e veículos terrestres não tripulados, munições especiais, além de propelentes para foguetes. O fato de uma empresa menor estar adquirindo uma outra da importância da Avibras tem por trás uma mudança da estratégia de defesa australiana e os novos investimentos que o governo desse país pretende fazer frente aos novos desafios em seu entorno estratégico.

O modelo de Gestão da Indústria de Defesa da Austrália

A indústria de defesa australiana, historicamente, tem grande ligação com seus principais aliados ocidentais, como os EUA e, principalmente, o Reino Unido. Um exemplo é a criação da Commonwealth Aircraft Corporation (CAC), desenvolvedora e fabricante de motores e aeronaves australiana, baseadas em modelos dessas nações. Criada em 1936, com o objetivo de fazer frente a uma possível ameaça expansionista japonesa, a empresa produziu aeronaves que atuaram na Segunda Guerra Mundial, como o caça CAC Boomerang, projeto influenciado pelo treinador americano NA-16. Em 2000, a empresa foi incorporada pela Boeing Austrália, subsidiária da gigante americana de aviação.

CAC Boomerang

Uma especificidade do modelo australiano de gestão da defesa é a existência de um ministério específico para a Indústria de Defesa, submetido ao Departamento de Defesa, que tem como objetivo garantir os meios necessários a Australian Defence Force (ADF) para que ela cumpra sua missão, de acordo com as diretrizes e projetos do Governo Australiano. Para tal objetivo, o governo conta com o Grupo de Aquisição e Sustentação de Capacidades (CASG, na sigla em inglês) que é uma entidade do Departamento de Defesa da Austrália, encarregada da aquisição, gestão da cadeia de suprimentos e manutenção de equipamentos e materiais militares para a ADF, conforme as necessidades apontadas pelo Governo. O CASG possui cerca de 7 mil civis e militares gerindo cerca de 168 projetos de defesa.

O CASG é separado em divisões, como a de Domínio Aéreo, que gerencia a aquisição e o suporte de aeronaves militares e de sistemas aeroespaciais como drones, simuladores, sistema antimísseis e espaciais; A Divisão de Gestão Empresarial, que apoia a implementação das políticas governamentais em conjunto com a indústria de defesa australiana, bem como a gestão das compras de defesa e apoio as empresas na comercialização desses produtos; além da Divisão de Sistemas Conjuntos, que adquire, integra e fornece suporte para sistemas de comando e controle, comunicações, satélite, interoperabilidade tática e guerra eletrônica.

Para estimular a inovação em defesa, o governo criou, em 2016, o Defence Innovation Hub (DIH), sob comando do Ministério da Indústria de Defesa. Com foco em pequenas empresas esse centro conta com 1 bilhão de dólares, até o ano de 2030, para investir em novas tecnologias de defesa em nacionais que desenvolvam novas tecnologias para a ADF. Um exemplo de beneficiária desse centro foi o a empresa Sypaq, que em parceria com o Exército australiano criou o drone de papelão Corvo, fornecido para as Forças Armadas Ucranianas, em guerra com a Rússia. A empresa recebeu US$ 1,1 milhão para desenvolver o drone, que tem como principal característica o baixo custo de aquisição.

A DefendTex, empresa que negocia a aquisição da Avibras, também recebeu recursos do DIH para o desenvolvimento de projetos de defesa, como por exemplo, em 2019, ao receber US$ 2,2 milhões para desenvolver tecnologia de granadas propelidas por foguetes.

A Aukus e a Revisão da Estratégia Nacional de Defesa

Anunciado em 15 de setembro de 2023, a aliança militar entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos é considerado o maior acordo entre essas nações desde a Segunda Guerra Mundial. Com objetivo de proteção em relação a expansão da China sobre a região do Indo-pacífico, esse acordo teve como principal destaque a construção de submarinos nucleares pela Austrália com tecnologia dos EUA, algo que esse país só havia compartilhado anteriormente com os britânicos. Embora os submarinos para a Austrália sejam o item mais caro do pacote, a Aukus também envolverá o compartilhamento de capacidades cibernéticas, inteligência artificial, tecnologia quântica e outras tecnologias submarinas.

A mudança no entorno estratégico da Austrália levou o país a rever sua Estratégia Nacional de Defesa, cuja última grande revisão havia sido realizada em 1986, antes do fim da guerra fria. Se antes a Austrália era considerada um país seguro e longe das áreas de grande tensão global, agora, o país teme o crescimento da influência chinesa e sua capacidade de controle das rotas marítimas nos oceanos índico e pacífico.

Em 24 de abril de 2023, o Primeiro-Ministro Anthony Albanese, Ministro da Defesa Richard Marles e o Ministro da Indústria de Defesa Pat Conroy, divulgaram a Revisão Estratégica de Defesa (DSR-sigla em inglês). O documento, além de expor a nova realidade geopolítica na Oceania e a preocupação em relação ao crescimento do poderio militar da China, estabelece novas prioridades para o setor de defesa. Embora os programas desenvolvidos no âmbito da Aukus sejam a grande prioridade, destaca-se no documento a intenção de investir na indústria nacional e no desenvolvimento local dos meios de defesa. Entre os meios prioritários a serem desenvolvidos nacionalmente, ainda que de maneira parcial, estão sistemas e munições para lançamento de mísseis e foguetes.

Astros 2020

Na página 59 da revisão da Estratégia de Nacional de Defesa, os australianos citam a necessidade de se adquirir o sistema móvel de artilharia de foguetes HIMARS e suas munições. O sistema norte-americano cumpre função similar ao ASTROS II e sua versão mais recente, ASTROS 2020, produzidos pela Avibras. Destacam também a intenção de apoiar mais fortemente o desenvolvimento e aquisição do míssil Precision Strike, junto a norte-americana Lockheed Martin. A Austrália já participa do desenvolvimento dessa arma, que pode ser disparada pelo sistema HIMARS e teria alcance de 499km. Vale destacar que, concluída a aquisição da Avibras, o governo australiano criaria capacidade de produzir seus sistemas de artilharia de foguetes nacionalmente, incluindo o míssil MTC-300, tendo maior independência em relação aos sistemas e munições produzidas em conjunto com seus aliados.

Logo em seguida, há outro ponto interessante da DSR. A redução da aquisição de 450 para 129 unidades de blindados de infantaria, no âmbito do programa LAND 400 Fase 3, que previa a compra de veículos fabricados em parceria com o grupo sul coreano Hanwha. A intenção seria direcionar o orçamento de forma mais equilibrada entre as outras prioridades, como os mísseis de longo alcance e embarcações para desembarque litorâneo.

A seguir, temos outro ponto que chama atenção, principalmente se compararmos com as últimas notícias sobre defesa no Brasil. O texto ordena o cancelamento do programa de aquisição de um segundo regimento de obuseiros autopropulsados, alegando que eles não fornecem o poder de fogo necessário para os novos desafios da defesa australiana. Os recursos economizados com esse cancelamento, além dos provenientes da redução de encomendas dos blindados da terceira fase do LAND 400, segundo a DSR, deve ser empregados para acelerar a aquisição do sistema de artilharia por foguetes HIMARS. Na seção de Finanças e Recursos, inclusive, a DSR deixa clara a recomendação de interromper programas de menor relevância estratégica para direcionar para os prioritários.

Essa reorganização é o extremo oposto do que vemos acontecer no Brasil nos últimos dias, em que a Avibras, que produz sistemas de artilharia de foguetes e mísseis com alcance de até 300km, está prestes a ser vendida para um grupo estrangeiro enquanto o Exército Brasileiro anuncia a compra de obuseiros autopropulsados ATMOS de uma empresa estrangeira, a israelense Elbit.

O governo trabalhista de Anthony Albanese, que assumiu o país em 2022, propôs em campanha a criação da Agência de Pesquisa Estratégica Avançada (ASRA), uma agência de pesquisa e desenvolvimento dentro do escopo da Defesa estabelecida para financiar estudos em tecnologias inovadoras visando à segurança nacional, baseada no modelo da norte-americana DARPA. Segundo o partido, a agência seria o grande elo entre a aliança Aukus e a indústria e universidades australianas.

No entanto, a DSR propôs a criação da Advanced Strategic Capabilities Accelerator (ASCA), que busca agilizar o processo de inovação em defesa, conectando as instituições do setor produtivo com as de pesquisa e desenvolvimento. Com foco nos programas que são prioridade da DSR, a ASCA foi criada três meses após a divulgação do documento.

Vemos, portanto, que a Austrália realiza uma mudança brusca em sua estratégia de defesa e que justificam enormes investimentos. Chama a atenção a quantidade de vezes em que termos como “aceleração” e “velocidade” são citados na nova revisão estratégica dando o tom sobre a intenção de realizar grandes investimentos para desenvolver o mais rápido possível suas prioridades em defesa. Essa aceleração também seria conquistada com a otimização das estruturas já existentes, como o CASG, que deveria ter sua estrutura e atuação revistas para torná-lo mais eficiente.

A aquisição da Avibras cumpre um papel estratégico de domínio de tecnologias prioritárias para a DSR. Seria um atalho formidável para, em pouco tempo, obter boa parte das tecnologias estabelecidas pela DSR como as mais prioritárias. Sem apoio do governo e de um arcabouço estratégico por trás, dificilmente uma empresa menor como a DefendTex teria condições financeiras de adquirir uma empresa tradicional como a Avibras.

Enquanto isso, o Brasil segue com um modelo descentralizado e ineficiente de aquisições em defesa, que não beneficia sua Base Industrial. Seria a hora de repensar nosso modelo para que fosse mais centralizado e integrado, com uma agência específica, gerenciada pelo MD, com civis e militares, que racionalizassem o processo de aquisições para que elas, além de cumprir com o papel operacional das FFAA, respeitassem prioridades estratégicas.


*Professor Henrique Fernandes Alvarez Vilas Porto é mestre em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutorando em Políticas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 mês atrás

“(…) Para tal objetivo, o governo conta com o Grupo de Aquisição e Sustentação de Capacidades (CASG, na sigla em inglês) que é uma entidade do Departamento de Defesa da Austrália, encarregada da aquisição, gestão da cadeia de suprimentos e manutenção de equipamentos e materiais militares para a ADF, conforme as necessidades apontadas pelo Governo.” Já dei essa idéia antes. Algo como o DGA francês, um órgão pra centralizar ao máximo a aquisição de equipamentos e meios que sirvam pras 3 FA’s, e não cada FA’s comprando “picado” algo que só serve pra eles, e a Interoperabilidade que se dane.… Read more »

marcelo
marcelo
1 mês atrás

Infelizmente o Brasil, vai se tornando um anão no comércio internacional, focado somente na venda de alimentos, alguns para serem esmagados e produzidos no destino , e perdendo a capacidade de ser auto soficiente em produtos agregados . lamentavél

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  marcelo
1 mês atrás

Infelizmente, em breve nāo teremos nem isso, dado como há uma agenda obscura de sabotagem ao agro ganhando cada vez mais força e limitará nossa capacidade de produzir.

C G
C G
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

Tenho medo de perguntar que plano é esse e ganhar um chapeu de papel alumínio e uma bronca da moderação por sair do tema, se ADM permitir por favor passe um link dessa agenda obscura com o maior plano safra da história!
(Se não permitir pode excluir o comentário moderação, compreendo que não é o tema!)

Last edited 1 mês atrás by C G
DanielJr
DanielJr
Reply to  C G
1 mês atrás

Eu não sei o que seria essa agenda obscura (imagino que seja a produção de fertilizantes e outras ações contrárias ao estabelecimento do agro e sua cadeia nacional de suprimentos). O que EU vejo como “ameaça” ao nosso agro no sentido de competir no mercado internacional. A China e outros países estão investindo na África para melhorar um pouco a infraestrutura e propiciar mais tecnologia para os campos africanos, lá ainda possui muita terra arável, mas sem meios de produção aceitáveis. Rússia, China, EUA e Astrália produzem bastante coisa, mas também tem um bom consumo, não é só o Brasil… Read more »

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  C G
1 mês atrás

Certo, meu caro, nāo há mesmo ONGs na Amazônia que recebem financiamento internacional e que travam projetos importantes como a Ferrogrāo ou pressāo para fazer avançar uma agenda de demarcações de terras para os índios e etc. É tudo invençāo.

É impressionante como o brasileiro médio é fácil de enganar. Pare de se informar pela imprensa chapa branca e talvez um dia você possa aprender as coisas e ganhar um chapéu de alumínio também.

C G
C G
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

Ahhh ok, ONGs, agora sim!

Talisson
Talisson
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

A maior sabotagem ao agro foi abrir mão dos fertilizantes nacionais. E quem fez isso foi a direita liberal.

José de Souza
José de Souza
Reply to  Talisson
1 mês atrás

Inclusive, vejam só, a Avibras…

Wilson França
Wilson França
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

Que delírio.

Sulamericano
Sulamericano
Reply to  Allan Lemos
1 mês atrás

Caro Allan,
O dia que alguns países do continente africano estiverem com um governo mais ou menos estabilizado e com a infraestrutura estrutura (que já está em andamento) montada, pode assinalar que vai ser o fim do Agro negócio no Brasil.

Sergio
Sergio
Reply to  marcelo
1 mês atrás

Sempre fomos , meu jovem.

Um anão moral.

Leia a biografia do nosso glorioso Irineu Evangelista de Souza. O grande Barão de Mauá. Obra magnifica do Jorge Caldeira.

É de chorar de ódio.

O espaço aqui é pequeno pras razões que são muitas e começaram luas e luas passadas.

BraZil
BraZil
1 mês atrás

O Brasil e seu “Destino manifunesto”…

Guacamole
Guacamole
Reply to  BraZil
1 mês atrás

______

COMENTÁRIO APAGADO. O ESPAÇO DE COMENTÁRIOS NÃO É PALANQUE PRA DISCUTIR OS POLÍTICOS DE PREFERÊNCIA OU DESAFETOS DE CADA

Nilo
Nilo
Reply to  Guacamole
1 mês atrás

______

COMENTÁRIO APAGADO. O ESPAÇO DE COMENTÁRIOS NÃO É PALANQUE PRA DISCUTIR OS POLÍTICOS DE PREFERÊNCIA OU DESAFETOS DE CADA UM.

Guacamole
Guacamole
Reply to  Nilo
1 mês atrás

______

COMENTÁRIO APAGADO. O ESPAÇO DE COMENTÁRIOS NÃO É PALANQUE PRA DISCUTIR OS POLÍTICOS DE PREFERÊNCIA OU DESAFETOS DE CADA UM

Jaguar
Jaguar
Reply to  Nilo
1 mês atrás

Galerinha não sabe debater sem política não ? O Brasil é bem acima disto independente de lado !

Mr. White
Mr. White
1 mês atrás

Otimo texto. Gostaria de saber de nossos especialistas se a doutrina brasileira com base na afirmacao “…Essa reorganização é o extremo oposto do que vemos acontecer no Brasil nos últimos dias, em que a Avibras, que produz sistemas de artilharia de foguetes e mísseis com alcance de até 300km, está prestes a ser vendida para um grupo estrangeiro enquanto o Exército Brasileiro anuncia a compra de obuseiros autopropulsados ATMOS de uma empresa estrangeira, a israelense Elbit.” se deve ao tamanho do pais, taticas de guerra, e emprego de equipamentos atuais pela nacao? Ou se deve simplesmente como descrito no proprio… Read more »

Alex_Leite
Alex_Leite
Reply to  Mr. White
1 mês atrás

Prezado White, o texto no tocante a postura que um Estado deve ter está bastante interessante, no entanto quando ele aborda o tema Defesa ele faz uma comparação inadequada. O emprego da Artilharia tubo é diferente da Artilharia de Msl e Fgts, são atividades/empregos que se complementam. A decisão Australiana com certeza está apoiada em um conceito de prioridade, como em todo lugar e na Austrália não deve ser diferente “as necessidades são sempre maiores do que as possibilidades $$$”

DanielJr
DanielJr
Reply to  Alex_Leite
1 mês atrás

A Ucrânia mostrou que ter um estoque de mísseis guiados para alvos mais valiosos em campo é muito útil. Muitas vezes vale mais a pena dar um disparo certeiro contra um bom alvo do que martelar o terreno aleatoriamente para atingir poucos alvos de menor valor. Obviamente a combinação de ambas é a melhor.

Talvez até pequenos enxames de pequenos drones sejam mais úteis em campo, quando se enfrenta alvos móveis blindados, pois são mais certeiros e baratos. A artilharia de tubo seria melhor para atingir tropas em campo aberto e destruir construções grandes (cidades).

Bernardo Santos
Bernardo Santos
1 mês atrás

Prefiro a avibras falida do que entregar de bandeja pra outro país, toda a tecnologia que o dinheiro público muitas vezes financiou não pode ser em vão. O governo não poderia buscar formas de resolver os pagamentos atrasados é ” tirar” a tecnologia da avibras e passar para outra empresa tipo a Akaer?

MMerlin
MMerlin
Reply to  Bernardo Santos
1 mês atrás

A AVIBRÁS é uma empresa privada mas estratégica na área de Defesa.
Mesmo sendo estratégica, o Governo não pode “bancar” as dívidas deste empresa, assim como de nenhuma outra, de modo individual.
O que deveria ocorrer era outra empresa nacional, com real competência administrativa, financeira e gestão de projetos partir para uma aquisição total da empresa.
Se fosse pela Embraer D&S seria de longe o ideal.

Ruas
Ruas
Reply to  MMerlin
1 mês atrás

A Odebrecht Defesa estava caminhando para ser um player na área de defesa também e poderia, agora, comprar tranquilamente a Avibras. Mas a Guerra Híbrida chamada Lava Jato destruiu tudo.

MMerlin
MMerlin
Reply to  Ruas
1 mês atrás

Odebrecht não…
Depois de tudo o que se envolveu, independente de estar também recebendo benefícios (tanto criminal quanto financeiros) da instância maior da nossa Justiça, não seria o ideal como destino final dos projetos da empresa.

Mr.White
Mr.White
Reply to  MMerlin
1 mês atrás

CPNJ não comete crime, quem comete crime é CPF, que os responsaveis sejam presos e que a empresa seja salva, falar em corrupção como se fosse algo exclusivo da Odebrecht é demonstrar uma ingenuidade infantil, a propria VolksWagen estava envolvida no maior escandalo de corrupção da Europa, o DieselGate, e foi salva pelo governo Alemão, assim como a Boeing, Lockheed, Raytheon nos EUA que constantenmente estão envolvidas em escandalos mas são salvas pelo governo. Não se extermina empresas estratégicas dessa forma.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Ruas
1 mês atrás

Não tenho dúvidas que se a Odebrecht tivesse comprado a Avibrás o atual governo compraria baterias Astros para o EB, MB, FAB e até para a PF e PRF.
Certamente a empresa passaria a ter um faturamento bilionário e um lucro extraordinário.

C G
C G
Reply to  Rafael Oliveira
1 mês atrás

Pois é e analisando pela atual notícia isso seria ótimo, acredite se quiser mas a Lockheed faz lobby monstruoso junto ao governo americano e a linha que separa isso da corrupção é pra la de tênue, agora colhemos os frutos da insanidade da lava jato, jogamos o bebê fora junto com a agua suja do banho!

MMerlin
MMerlin
Reply to  C G
1 mês atrás

São dois pontos diferentes aí. Lobby é uma coisa e corrupção é outra. Não duvido que exista corrupção no mercado de Defesa americano. E também sei que, se o grupo Odebrecht assumisse total controle da AVIBRÁS, seria melhor para todos e, provavelmente, os principais problemas se resolveriam, teoricamente. A influência desse grupo, em qualquer governo (e não exclusive apenas deste) sempre foi forte, o que é um diferencial. A opinião expressada ali foi pessoal. Prefiro que uma Embraer assuma, devido a idoneidade desta empresa. A outra em questão foi acusada de corrupção, assumiu que agiu como tal, fez delação premiada… Read more »

Last edited 1 mês atrás by MMerlin
Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  C G
1 mês atrás

Lobby é uma coisa. Corrupção é outra.
A lava-jato mostrou que as empreiteiras, associadas a políticos, saquearam bilhões da Petrobrás.
Para a esquerda, condenar as empreiteiras a devolver o dinheiro surrupiado é algo ruim, pois prejudica as empresas, os empregados e a economia, mas, para qualquer pessoa com senso de Justiça, é o mínimo que deve ser feito.

Alexandre
Alexandre
Reply to  Rafael Oliveira
1 mês atrás

Lobby é a corrupção com verniz neoliberal! O Legislativo, um dos três poderes, é constituído em sua maioria por representantes diretos ou indiretos do Capital! O Capital é o grande sócio do Estado! O ridículo é a pequena burguesia achar que é o Capital!

Eduardo Pereira
Eduardo Pereira
Reply to  Ruas
1 mês atrás

A Odebrecht defesa foi criada para proporcionar mais espaço para a realização de negócios, se é que vc me entende. Vendo que o governo federal iria gastar dinheiro na defesa, e sabendo que compras militares não precisam passar por licitação (ainda que isso não seja propriamente um problema para empreiteiras) ela entrou nesse setor. Na área de submarinos, após o governo fechar o acordo com a DCN francesa esta, obviamente sem nenhuma influência do governo, “escolheu” a Odebrecht para ser sua parceira no pais. Ela então construiu a base naval e o estaleiro de Itaguaí e ainda criou a Itaguaí… Read more »

Antônio fonteles lira
Antônio fonteles lira
Reply to  Eduardo Pereira
1 mês atrás

Empreiteiras são investidoras e viram nesse ramo um ótimo negócio. Por trabalharem com construção civil não significa que não podem investir em outros ramos contratando engenheiros especialistas em petróleo, gás e naval.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Antônio fonteles lira
1 mês atrás

A qualidade dos navios produzidos pelos novos estaleiros confirma que elas não tinham capacidade para tal. Uma estrada com buracos é ruim, mas continua funcionando como estrada. Um navio com buracos afunda.

C G
C G
Reply to  Rafael Oliveira
1 mês atrás

Se vc soubesse a qualidade dos navios produzidos pela COSCO na mesma epoca não estaria falando bobagem!
É esse discurso vira lata que impede a gente de competir internacionalmente, é preciso começar, a transpetro precisa de pelo menos mais 10 VLCC, e aí patriotas, vamos alugar o Brasil?

Dudu
Dudu
Reply to  Eduardo Pereira
1 mês atrás

A Odebrecht não é uma empreiteira. É um conglomerado de engenharia. A participação de conglomerados de engenharia no setor de Defesa, acontece no mundo todo, até na meca da indústria belica, o EUA. Da so uma pesquisada quem é o fabricante do A-10 War Dog? Uma empreiteira. O problema da representacao do governo estadunidense ( Lava Jato) no Brasil com a Odebrecht foi que além dela ter sido escolhida para receber a tecnologia de submarinos francesa, construir o complexo industrial naval de Itaguaí e ser a acionista majoritária do mesmo, ela também estava negociando a produção do S-125 Pechora, do… Read more »

Mr.White
Mr.White
Reply to  MMerlin
1 mês atrás

O governo pode “bancar” atraves de encomendas, assim como todos os países fazem, e é isso que o governo deveria fazer, gerar um numero suficiente de encomendas para a Avibras no setor de defesa para que ela consiga superar o passivo que tem.

Oliveira
Oliveira
1 mês atrás

Acho é bom. Continua comprando material de prateleira de estrangeiros que é melhor e mais barato. Vamos chegar bem longe assim.

C G
C G
Reply to  Oliveira
1 mês atrás

Ahh sim, com o atual planejamento é melhor mesmo, sem mudança ampla e estrutural fica difícil!

Filipe Prestes
Filipe Prestes
1 mês atrás

Pra quem duvidava, tá clara e explícita que a aquisição da Avibrás seria predatória. Esta serviria apenas como trampolim tecnológico para os australianos e nada além disso.

Zorann
Zorann
Reply to  Filipe Prestes
1 mês atrás

E eles estão certos. Cada um com seus problemas. Eles estão cuidando do deles

Mr.White
Mr.White
Reply to  Zorann
1 mês atrás

Por isso a venda tem que ser vetada, assim como os Italianos vetaram a venda da Microtecnica

Palpiteiro
Palpiteiro
Reply to  Filipe Prestes
1 mês atrás

Você achava que a fundação Melinda Gates que iria comprar?

Cleiton
Cleiton
1 mês atrás

Mas o problema não é a soja. Parabéns para quem produz soja e consegue ser uma referência mundial .e para os outros que não produzem soja e nem nada que pode ser exportado para sermos referência dizer oque para eles ? .

Akhinos
Akhinos
1 mês atrás

Ué, geral ama o agro aqui, vcs acham mesmo que os grupos de interesse por de trás do agro não iam capturar o orçamento? Vocês realmente acham que precisamos de R$ 400 bilhões anuais de plano safra? Um setor com um nível de produtividade comparável a indústria chinesa? Não chorem não, vão lá construir míssil com soja camaradas. E qdo o governo vier falar de política industrial, vcs podem vir aqui chorar chamando ele de comunista e de corrupto. Qdo a marinha tenta construir uma base industrial naval o que acontece nesse blog? As viúvas vem todas chorosas falando de… Read more »

Zorann
Zorann
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Vc é contra o financiamento do setor mais produtivo do país? Não precisa dizer mais nada.

Akhinos
Akhinos
Reply to  Zorann
1 mês atrás

Não é financiamento, é subsídio. Países ricos fazem uma coisa que é lenda aqui em Banânia, eles tiram subsídio de setores que realizaram catching-up tecnológico. Mas aqui nessa várzea o setor que faz catching-up tecnológico não satisfeito com todos os incentivos que recebeu do Estado, vai lá e captura ele. Foi assim com todos os setores que fizeram catching-up no Brasil. Café, Borracha, Agribusiness e mais recentemente petróleo. É por isso que o Brasil vive preso num lock-in de desenvolvimento faz 40 anos. E ai vem pessoas igual vc ___________________ dizer que tem que dar mais incentivos mesmo para o… Read more »

Antônio fonteles lira
Antônio fonteles lira
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Acho lindo um brasileiro chamar o país de banania, várzea….só uma pergunta: porque vc ainda está aqui?

Alex_Leite
Alex_Leite
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Esse é o nosso maior problema, as pessoas não conseguem separar a visão ideológica de uma visão de ter um Estado Soberano, me desculpe mais comentários como este só reforçam a pequinês brasileira.

Bruno
Bruno
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Amigo, vc está certíssimo, mas não adianta tentar explicar o óbvio, a grande maioria não só aqui mas em todo o país age como se fossem NPCs de vídeo game, através de uma programação da qual sua mudança está nas mãos do “programador”.

MMerlin
MMerlin
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Pessoal reclama de empresas relacionadas ao agronegócio, como cooperativas e produtores.
Mas incrível que sempre e literalmente de “barriga cheia”. Acho que deve ser produção residencial, rs.
Aproveitando, viagem de carro pela América do Sul.
Comparem e diversidade de alimentos disponível no Brasil com outros países locais.
Nada se iguala ao nosso país.
E o setor é “só” responsável por 1/4 do PIB nacional.

Akhinos
Akhinos
Reply to  MMerlin
1 mês atrás

Minha dissertação de mestrado é sobre agribusiness, Embrapa e trajetória tecnológica da agricultura nacional. Eu não tenho absolutamente nada contra o Brasil ser uma super potência agrícola. Mas aqui nessa Terra as pessoas entendem tudo de maneira binária, se eu sou contra o governo dar privilégios para o agro que não precisa, é pq eu quero que o Brasil tenha uma agricultura pior que a do Zaire. Deixa eu botar os pontos nos is, o que salvou o plano real foi o aumento de produtividade que acabou com os surtos inflacionários brasileiros causados por desaparecimento alimentar. Quem tem mais de… Read more »

C G
C G
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

E outra sobre essa questão do financiamento publico do agro que vc abordou, uma fabrica de sapato capilariza o dinheiro para 50 funcionarios facilmente, e uma fazendo de soja, qual o tamanho dela?
O agro é otimo pro pais sim mas o dinheiro percorre um caminho muito verticalizado quando saímos da agricultura familiar para os latifúndios!
O processo de reindustrialização do país deveria ser muito mais presente na política pública, a gente não pode simplesmente descartar a industria de defesa da conta pq é privada!

MMerlin
MMerlin
Reply to  C G
1 mês atrás

“…processo de reindustrialização do país…” De acordo. E perdemos a melhor oportunidade disto quando começou o processo de criação e implementação da indústria 4.0, que começou 20 anos atrás mas demorou uns 10 de aprendizado, lá fora. O conceito da automatização, mesmo trazendo benefícios de produção e qualidade, assusta. Principalmente quando o objetivo principal é a geração de empregos. O que é o correto. Então, a saída era gerar técnicos especializados. O que demanda investimento e tempo de maturação do mercado. A Europa, principalmente Alemanha, rapidamente identificaram essa necessidade e logo no início dos anos 2000 já começar a trabalhar… Read more »

Rafael Pinheiro Machado
Rafael Pinheiro Machado
Reply to  C G
1 mês atrás

Uma fábrica de sapatos não compra 20 tratores e 10 colheitadeiras todo santo ano. Não compare botequim com uma empresa gigantesca que move muitos setores da economia. Esqueça essa bobagem de verticalização do dinheiro.

Jorge Cardoso
Jorge Cardoso
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

A tua soberba é absurda.

JHF
JHF
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Outro nível. Parabéns pela sua capacidade de argumentação e lastro cognitivo ao debater o problema.

Rafael Pinheiro Machado
Rafael Pinheiro Machado
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Estudou 15 anos mas não descobriu a diferença entre subsídio e empréstimo com garantia real da terra.

Nilton L Junior
Nilton L Junior
1 mês atrás

Pais que tem soberania tutelada da nisso, deixa sua indústria de defesa ser desmontada inclusive pelo laranjas.

Zorann
Zorann
Reply to  Nilton L Junior
1 mês atrás

Nós é que deixamos o Brasil ser isto que ele é. A minha geração deixou o país mergulhar na corrupção, onde oque interessa, são os interesses individuais de quem governa e legisla nesse país.

A responsabilidade é nossa.

C G
C G
Reply to  Zorann
1 mês atrás

Eu não sei qual sua geração mas eu tenho a sensação que o ápice da corrupção foi nos anos de AI5 onde denunciar qualquer coisa era no mínimo temerário, o ponto a se abordar é o desmonte da coisa publica, estão a décadas martelando que “o que é publico é ruim, o que é privado é perfeito” e no final perdemos a mão sobre isso, os gafanhotos secam o país atrás de lucros imediatos pois não ha um plano de 50 anos (publico), apenas uma política feita para agradar acionistas, esperta é a China que achou esse equilíbrio!

Zorann
Zorann
Reply to  C G
1 mês atrás

Ai CG vc já partiu para o lado ideológico. Não é nesse sentido que fiz meu comentário. Independente do lado ideológico que você está, o nós contra os outros não está levando o país a lugar algum. O equilíbrio é necessário. Oque estamos vendo no país é de responsabilidade nossa: por ação e/ou omissão

Zorann
Zorann
Reply to  Zorann
1 mês atrás

Aliás, completando. Só o povo que se ilude com esta conversa do nós contra os outros. Lá em Brasília, tanto os nós, como os outros, se vendem em troca de interesses individuais.

C G
C G
Reply to  Zorann
1 mês atrás

Vc diz que eu parti para um lado ideologico pela referencia a ditadura? Na verdade nao foi idiologico e sim uma referencia de que a corrupção ja fui muito maior e provavelmente tem diminuido ao longo do tempo apesar de ainda ser considerável, o Brasil sendo uma democracia a M as vezes bate no ventilador mesmo e isso tem sido utilizado para demonizar o que é público, a tal estratégia do capital se apoderar do que é publico. Um país como a Rússia possui planejamento de longo prazo e pujante indústria militar mas eu aposto que os níveis de corrupção… Read more »

Last edited 1 mês atrás by C G
Akhinos
Akhinos
Reply to  Nilton L Junior
1 mês atrás

Ng tutelou a gente kra, tem que parar com essas groselhas conspiracionistas. A gente só é um povo burro pra caramba mesmo e aqui é mto facil criar espantalho. A esquerda tem o imperialismo americano e a direita lesada tem o suposto comunismo.

No final são só os mesmos gatos gordos comendo tudo e os trouxas na internet brigando pra ser amiguinho imaginário de alguma super potência que nem sabe em que lugar do mapa ficamos.

DanielJr
DanielJr
Reply to  Akhinos
1 mês atrás

Você está certo, ninguém fez nada aqui, nós mesmos nos fazemos. Basta ver alguns dos “projetos estratégicos” que não foram pra frente por nossa incompetência e jogamos a culpa em terceiros, isso até aparece em algumas explanações de oficiais das FFAA. Coisas do tipo “tal país não nos deixou comprar antenas e componentes, não nos forneceu determinado processo industrial ou matéria prima”, como que, na vez desses países, eles desenvolveram as coisas, muitas delas sequer existia. Aqui gastam uma bala de dinheiro, acontece alguma coisa assim, choram pra imprensa e usam isso como desculpa para abandonar o projeto e começar… Read more »

Sérgio Cintra
Sérgio Cintra
1 mês atrás

Com qual objetivo estratégico “externo” está se esvaziando a potencial capacidade de defesa do pais?
Está é a pergunta q devemos fazer a congressistas “vendidos”.
Ao executivo e judiciário da alta corte já conhecemos, mas aos parlamentares q teoricamente representam o povo tudo concordam!
Onde está o “polvo” onde os seus tentáculos os alcançam?

C G
C G
Reply to  Sérgio Cintra
1 mês atrás

A resposta é muito mais mundana, nossas FA não compram em volume suficiente!

Adriano madureira
Adriano madureira
1 mês atrás

Uma laranja australiana querendo comprar uma manga brasileira…

rui mendes
rui mendes
1 mês atrás

Os Submarinos Australianos do Aukus, não vão ser com tecnologia Norte-Americana, mas Norte-Americana e Britânica, aliás os submarinos nucleares Australianos, resultantes do Aukus, na primeira fase serão Vírginia class, alugados pelos EUA e entretanto os Britânicos, vão começar a construir uma nova class de SSN’s, que irão substituir os Astute class no UK e entrar ao serviço na Austrália também, como class Aukus, penso que li, que será por volta de 2040.

Rodrigo Fermiano
Rodrigo Fermiano
1 mês atrás

Infelizmente esse desinteresse na área da defesa nacional começa pela própria população brasileira (maioria), se perguntar pra alguém na rua: o que é a Avibras? Arrisco dizer que de cada 10 pessoas, 8 não saberão do que se trata. Portanto o buraco é muito mais embaixo… É mais uma empresa de importância estratégica para o Brasil, que está indo ralo abaixo e isso é lamentável, mas mais lamentável ainda é que ninguém dá a mínima.

C G
C G
Reply to  Rodrigo Fermiano
1 mês atrás

A gente ja viu coisa parecida com a Engesa ou a Bernardini, ninguém pode alegar surpresa!

Talljard
Talljard
1 mês atrás

Um plano bem planejado de atrapalhar os árabes, a indonésia e o brasil… Tudo pensado no G7…

Agora aos amigos da Otan, compre a sobra e se adaptem ao menu do tio Sam.

https://youtu.be/IpbFlwAq7rY?si=dND6KUae1-3VO-LU um vídeo de onteontem falando das armas europeias

Marcos Firmino
Marcos Firmino
1 mês atrás

Eu acho que o professor Henrique fez uma boa análise, porém acredito que esteja enganado quanto ao Astros e o MTC-300 porque ambos são propriedade intelectual do EB, logo, mesmo que a Avibrás seja adquirida pela empresa australiana eles não poderiam fabricar os equipamentos.

DanielJr
DanielJr
Reply to  Marcos Firmino
1 mês atrás

Eles não precisam fabricar os equipamentos, basta eles descobrirem como é fabricar os equipamentos. O ASTROS nada mais é que um caminhão (fácil de obter) com o sistema de foguetes em si, esse sim a parte difícil. Os equipamentos eletrônicos e subsistemas, muitas vezes são obtidos de empresas terceiras, como o radar, por exemplo. Basta pegar os engenheiros, técnicos e outras pessoas chave, dar uma chance de levar a família para a Austrália, salário em dólar. Depois, substituir os caminhões Tatra por outro de outra marca, substituir os equipamentos eletrônicos atuais por outros (ou até ser os mesmos, vai saber).… Read more »

Dudu
Dudu
Reply to  DanielJr
1 mês atrás

Vai levar tudo isso a preço de banana.

Marcelo De Luca Penha
Marcelo De Luca Penha
1 mês atrás

O Brasil é o país dos erros estratégicos … não me espanta esse ser mais um. Mas é grave … muito grave. A Avibrás é ou era, um celeiro de cérebros, que é ou era o seu maior ativo. Desenvolver projetos de técnologia de ponta exige mentes selecionadas e bem preparadas. Isso leva muito tempo para concentrar e capacitar bem como exige muito investimento financeiro (dinheiro) para manter e fazer florescer na forma de bons projetos. A Avibrás conseguiu fazer isso … mas o Brasil e a maioria do povo brasileiro não percebem e nem valorizam essas qualidades em uma… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Marcelo De Luca Penha
MBK
MBK
1 mês atrás
RDX
RDX
1 mês atrás

Enfim, os nossos políticos lesa-pátria conseguiram aniquilar a nossa indústria de defesa nacional, um ramo da economia tão importante quanto o agronegócio e o petróleo. O fim da Avibrás representa o fim da era da produção de armamentos nacionais de alta tecnologia e valor estratégico. Sobrará a fabricação de material sob controle estrangeiro (Iveco, Ael, DefendTex etc) e de baixa tecnologia (basicamente pistolas e fuzis de qualidade duvidosa e munições) Lembrando: O Brasil já desenvolveu simultaneamente 2 tanques. Poucos países atualmente dominam essa tecnologia. A poderosa Índia, por exemplo, conseguiu alcançar o Brasil nessa área 30 anos depois e com… Read more »

Last edited 1 mês atrás by RDX
DanielJr
DanielJr
Reply to  RDX
1 mês atrás

1- O Osório era um juntado de componentes importados, o tanque indiano possui ou possuirá quando em produção, componentes nacionais (motor, etc). Muuuuito mais difícil de ser fabricado. 2- Pode ser o projeto mais inovador e avançado do mundo, se o projeto industrializado (ASTROS) não for continuamente atualizado, será obsoleto e seu fabricante ficará para trás. Projeto não concluído não adianta nada, infelizmente. O FOG-MPM já ficou na história, outros produtos a pronta venda já são melhores, e estão disponíveis. A nossa indústria de defesa tem os mesmos problemas que as nossas faculdades de pesquisa, estão desconectados com a indústria,… Read more »

Jagdv44
Jagdv44
1 mês atrás

Tava dando sopa. Se não fosse os australianos, seriam os árabes ou chineses.
Parabéns aos envolvidos.

Ayrton
Ayrton
1 mês atrás

Como assim a AVIBRAS vai para o controle do governo Australiano????
Uma empresa brasileira privada com ótima tecnologia de defesa que vai se tornar uma empresa estatal Australiana, é isso???
O que tem a AVIBRAS que as Forças Armadas Brasileira não se interessa porém, um país do outro lado do mundo quer???
Veja o cenário em um futuro não distante:) O Brasil importando da Austrália equipamentos de defesa produzidos pela AVIBRAS.
ABSURDO!!!!

Antonio Palhares
Antonio Palhares
1 mês atrás

Brasil. O eterno lambe botas que nunca será independente. Que não sabe pensar de forma estratégica e de elites entreguistas. Basta ver e aprender com a situação da Ucrânia Enquanto países que há pouco tempo eram mais pobres que nós. Hoje estão na vanguarda. India, China e Coreia do Sul. Até o Irã e Coreia do norte são mais bem geridos nas suas defesas que este João grandão bobão.

RODES
RODES
1 mês atrás

ler os comentários e ver que alguém veio defender a odebretch kkkkkkk

rip brazil

DanielJr
DanielJr
Reply to  RODES
1 mês atrás

Pois é. Pode fazer qualquer barbaridade e não deverá sofrer as consequências. Podem pegar bilhões de reais de forma irregular, depois basta prender um cara e tudo bem, não precisa devolver nada.

Orivaldo
Orivaldo
1 mês atrás

Todo mundo no Mundo se Armando e no Brasil uma empresa de defesa essencial falindo

Carlos Campos
Carlos Campos
1 mês atrás

Concentrar as aquisições em único orgao é bom, porém o fundamental que é o dinheiro não tem, pra mim um fundo investissem em ações boas que pagam dividendos seria o ideal, assim todo ano existiria a tão sonhada previsibilidade de recursos.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
1 mês atrás

Vamos mesmo entregar?

Dudu
Dudu
1 mês atrás

Dos “oficiais” que pagam R$ 5 bilhões em 12 helicopteros estrangeiros e entregam R$ 30 bilhões nas mãos de uma maquiladora transnacional para soldar e apertar parafusos so pra dizer que tem ‘uma fábrica de blindados’ em estado da arte, nao se deve duvidar que uma empresa nacional com a importancia da Avibras seja vendido a preço de banana a um primo rico dos seu patrão.

Carlos R Silva
Carlos R Silva
1 mês atrás

Acho que o Brasil tem que ser potência industrial, precisa ser ecológico, então o agro não precisa crescer mais. Os empregos industriais e tecnológicos exigem mais educação. No tempo do café, o Brasil pulou do café para a industria. Sou contra desestatizar refinarias, fertilizantes. Avibrás pediu recuperacão judicial em 2022, é particular, porque este governo tinha de salvar? A esta altura tem que ver custo beneficio. São 2 tipos de politicas no Brasil. Defendo uma base industrial estatal e evolução de impresas particulares. Outro lado defende que o governo invista, entregue ao particular e se estiver o governo pegue de… Read more »

Carlos Roriz Silva
Carlos Roriz Silva
Reply to  Carlos R Silva
1 mês atrás

Desculpem os erros pelo dedo. Devia ter aumentado mais. Errata, empresas, enxugar gelo na gíria, só, Embrapa, pesquisadora, refletir, no começo e no fim.

Neural
Neural
Reply to  Carlos Roriz Silva
1 mês atrás

Entregando uma empresa estratégica dessa a preço de banana, Brasil sendo Brasil

ANTONIO JOSE CAMPOS DA COSTA NETO
ANTONIO JOSE CAMPOS DA COSTA NETO
1 mês atrás

Isso é uma loucura. Vender uma empresa estratégia pra um país que não tem nenhuma relação com a gente e nenhum interesse nacional e ainda do âmbito anglo-saxao. É melhor estatizar ou o governo assumir, não vai ser privatizada.

Mr.White
Mr.White
Reply to  ANTONIO JOSE CAMPOS DA COSTA NETO
1 mês atrás

O governo anterior era entreguista, o atual é bundão, ou seja, dois lixos

BrunoFN
BrunoFN
1 mês atrás

E é isso , nem um pio de la nem de ka , ainda anda meio obscura tal negociata mas e a nossa realidade ,Avibras ”brasil” esta pra fechar , n? 500 funcionarias em ”férias” sem data para volta ou estudando formas de acordos nos débitos ,Brasil fadado a sua insignificância de sempre … onde nossa elite se blinda cada vez mais , e custando mais e mais ,sem retorno algum para a população …temos o agro que cada vez mais ,se volta pro mercado internacional … o ”fods” o Brasil …temos um judiciário mais caro e ineficiente do mundo… Read more »

Dudu
Dudu
1 mês atrás

Do exército no qual os “oficiais” pagam R$ 30 bilhoes para uma empresa transnacional montar uma maquiladora e chamar de “fabrica” para soldar e apertar parafusos de blindados , R$ 5 bilhões em 98 caça-tanques de alumínio, R$ 4,9 bilhoes em 12 helicopteros Black Hawks, mais de R$ 1 bilhao em 36 obuseiros montados em caminhões, elegantemente calados de ‘autopropulsados’, e que só comprou seus primeiros Astros através de abate de dívidas tributárias que a empresa tinha com a Receita Federal, nao duvido nada que uma companhia com as competências e capacidades da Avibras seja entregue a preço de banana… Read more »

SGT Max Wolf
SGT Max Wolf
1 mês atrás

Preparem porque na Austrália tenho um contato la da área de engenharia e infelizmente o plano e mudar toda AVibras para la, é meus amigos Brasil enterrando mais uma empresa nacional!