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Em 2024, os gastos militares globais atingiram um recorde histórico de $2,72 trilhões, representando um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior — o maior crescimento anual desde o final da Guerra Fria. Este é o décimo ano consecutivo de aumento nos investimentos em defesa, conforme divulgado pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI).

Principais Contribuintes para o Aumento

  • Estados Unidos: Mantiveram-se como o maior investidor em defesa, com gastos de $997 bilhões, representando 37% do total mundial e 66% das despesas da OTAN .
  • China: Com $314 bilhões em gastos, a China consolidou-se como o segundo maior investidor, marcando três décadas consecutivas de aumento nos investimentos militares.
  • Rússia: Registrou um aumento de 38% em seus gastos militares, totalizando $149 bilhões, o que equivale a 7,1% do seu PIB e 19% do orçamento governamental.
  • Alemanha: Elevou seus gastos em 28%, alcançando $88,5 bilhões, tornando-se o maior investidor em defesa da Europa Central e Ocidental e o quarto globalmente.
  • Ucrânia: Destacou-se com o maior peso militar em relação ao PIB, alocando 34% de sua produção econômica — um total de $64,7 bilhões — para defesa.

Tendências Regionais

O aumento nos gastos foi observado em todas as regiões globais, com destaque para:

  • Europa: Um crescimento de 17% nos investimentos militares, impulsionado pela continuidade do conflito na Ucrânia e preocupações com a segurança regional.
  • Médio Oriente: Israel registrou um aumento de 65% nos gastos, totalizando $46,5 bilhões, o maior desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, devido aos conflitos em Gaza e no sul do Líbano.
  • Ásia-Pacífico: Japão aumentou seus gastos em 21%, atingindo $55,3 bilhões, o maior incremento anual desde 1952. A China continuou sua trajetória de crescimento, enquanto Taiwan e Índia também ampliaram seus orçamentos de defesa.

Implicações Futuras

O SIPRI alerta que a priorização da segurança militar por mais de 100 países, muitas vezes em detrimento de outras áreas orçamentárias, pode ter consequências econômicas e sociais significativas a longo prazo. O aumento contínuo nos gastos militares reflete uma tendência global de intensificação das tensões geopolíticas e uma possível corrida armamentista em várias regiões.

Este cenário destaca a necessidade de um equilíbrio entre investimentos em defesa e outras prioridades sociais e econômicas, visando a estabilidade e o bem-estar global.

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Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
23 dias atrás

Chato dizer, mas gasto militar, hoje, é renda de monopólio, não existe pra ‘defesa’ nenhuma mas pra parasitar orçamento federal de estados nacionais submissos aa regra do capitalismo financeiro. Boa parte dos ganhos das empresas dos complexos industriais de defesa dos diferentes países vêm de valorizações de suas ações por expectativas plantadas. O CIM norte americano, especialmente o naval que se consolidou em monopólios, não consegue igualar o output do CIM chinês mas continua sendo um negócio não apenas lucrativo mas rentoso.

Nilo
Nilo
Responder para  Alex Barreto Cypriano
22 dias atrás

Não menciona a A. Sul. Rsrs
Com estaleiros ociosos, a Petrobrás está se mexendo, pretende construir até 2030 25 navios em estaleiros brasileiros, para isso reuniu-se com empresários chineses ontem buscando parcerias.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Nilo
22 dias atrás

Serão os estaleiros operados por lumpa lumpa.

João
João
Responder para  Alex Barreto Cypriano
22 dias atrás

Pensei que fossem pra vencer/ dissuadir de conflitos…
Países de esquerda nem fazem gastos militares….

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
Responder para  João
22 dias atrás

Países falidos não fazem soberanamente gastos de defesa nem nenhum outro.

João
João
Responder para  Alex Barreto Cypriano
22 dias atrás

Prezado
Discordo.
Países sempre fazem gastos com defesa de acordo com as suas ameaças.
Nem sempre, de acordo com suas intenções…. Bolívia não tem condições de reaver o q perdeu, nem a Argentina sobre as Falklands.
Mas pras ameaças, todo país dá seu pulo.
Quando deixa de dar, invariavelmente, a (as) ameaça (s), outrora dissuadidas, tornam a crescer.

Heinz
Heinz
22 dias atrás

Menos no Brasil, aqui o orçamento encolheu e além disso usamos boa parte do pouco que tem para custeio.

Camargoer.
Camargoer.
22 dias atrás

Lembrei da bruxa do desenho do PicaPau… “e lá vamos nós”

É um erro contábil e econômico misturas os “gastos” com Defesa com os “investimentos” em Defesa. É uma artimanha política..

Sem surpresa, recursos para o sistema de saúde e educação público são gastos. Outras despesas sociais são gastos… e gastos com defesa são investimentos.

A matéria termina com um alerta do Sipri que o aumentos gastos com defesa ocorrem com a redução nos gastos em outras áreas.. geralmente sociais, com graves consequências futuras.

Existem investimentos com defesa.. claro. Já coloquei que para o Brasil, o desenvolvimento do Kc390 foi um investimento… por outro lado, os países que estão comprando o Kc390 (talvez exceto Portugal) são gastos.

Pagamento do pessoal ativo, inativo, custeio, munição, aquisição de equipamentos, contratação de serviços.. são gastos com defesa.

Seria uma tolice ignorar a necessidade de um determinado nível de gastos em defesa, assim é uma tolice defender a redução de gastos sociais.. mas é razoável defender a redução dos juros da dívida pública..

Acho que a sociedade civil precisa se mobilizar para reduzir os gastos com defesa. Este começo de século se parece muito com o começo do Séc.XX. Se a condução da política externa for deixada aos cuidados dos “falcões”, seremos todos prejudicados.

Para um carpinteiro, chave de fenda é martelo.

Para um carpinteiro, panela é martelo, sapato é martelo, relógio é martelo, smarphone é martelo…

Deixar as decisões sobre defesa para quem é treinado para pensar na guerra é como deixar o carpinteiro escolher a ferramenta.

Gustavão
Gustavão
Responder para  Camargoer.
22 dias atrás

Prefiro carpinteiro no ministério da defesa.
Colocar general ou político meia boca para ganhar apoio no congresso não está dando certo para defesa do país.
Melhor defesa no Brasil nesse momento e melhorar o escoamento de mercadorias e pessoas, é fundamental investir em infraestrutura logística, otimizar processos e explorar novas tecnologias desenvolvidas Nacional. Isso inclui aprimorar a malha rodoviária, ampliar a rede ferroviária, promover a intermodalidade e aprimorar a gestão de portos e aeroportos.
Não podemos confundir gastos com investimentos, o querem implementar hoje são gastos.

juggerbr
juggerbr
22 dias atrás

Números oficiais nunca são os números verdadeiros, como saber quanto realmente um país alocou de recursos em defesa? EUA tem orçamento secreto, Coréia do Norte, China, Rússia e outros, mentem descaradamente, e está tudo certo, é do jogo.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  juggerbr
22 dias atrás

O Sipri usa fontes abertas de vários tipos. Relatórios do Governos, leis orçamentárias, notícias em mídias especializadas

Como eles fazem este levantamento há décadas, possuem uma grande experiência e fontes tradicionais, Há bastante tempo eles ajustam os números ano a ano.

De qualquer modo, o erro na coleta de dados dos EUA são os mesmos erros na coleta dos números da China, Alemanha, Rússia,.. etc. então mesmo que existam números escamoteados, ainda assim são comparáveis porque a mesma metologia é usada para todos os países.

Isso se chamar erro sistemático

Existem países, como a Coreia do Norte, que o Sipri deixa a planilha em branco por falta de dados confiáveis.

Estimativas são números aproximados que servem de guia para tomar decisões. É muito difícil acertar os números com exatidão em qualquer tipo de estimativa. Em ciência é melhor um número aproximado que nenhum número.

Neste caso é a mesma ideia.. números mesmo que tenho 5% ou 10% (acredito que o Sipri tenha um erro menor que isto) ainda servem para comparação. Por exemplo, os EUA gataram, segundo o Sipre, US$ 997 bilhões.. poderiam ser US$ 900 bilhões.. poderia ser US$ 1 trilhão, é praticamente a mesma coisa. A China gastou US$ 314 bilhões.. poderia ser US$ 330 bilhões ou US$ 300 bilhões.. é a mesma coisa…

isto dá a dimensão que os EUA gastam o triplo que a China…

No cado da Ucrãnia e da Russia é saber que a Ucrânia gasta 1/3 de sua riqueza com a guera e a Rússia cerca de 7%… se a Rússia gasta 6% ou 8% ou 10%, é a mesma coisa.

É como estimar quanta gasolina tem no tanque e quando será preciso abastecer antes de ficar na estrada

Luís Henrique
Luís Henrique
22 dias atrás

O Brasil tem um território que representa + de 6% do mundo (área terrestre)
O Brasil tem uma população que representa 2,6% da população mundial.
O Brasil tem uma economia que representa 2,4% da economia mundial (PPP).

E nos gastos militares o Brasil representa 0,7% dos gastos militares mundiais.

Algo de errado não está certo.

Última edição 22 dias atrás por Luís Henrique
Welington S.
Welington S.
Responder para  Luís Henrique
22 dias atrás

A primeira problemática é que uma parcela considerável do soldo é destinada à folha de pagamento e, a segunda, a política brasileira não está nenhum pouco interessada em projetar poder militar. Sempre que possível, congelam-se os recursos existentes e, em seguida, as forças ficam chupando o dedo e tendo que reorganizar tudo para o futuro.

Marcos Bishop
Marcos Bishop
Responder para  Welington S.
22 dias atrás

Uma conta interessante seria saber quantos por cento do pib cada pais gasta com folha.
Pode ser que no Brasil os gastos com folha sejam páreos com os outros países em termos de percentual do pib.
Caso essa suposição seja verdade o que falta é aumentar o orçamento de defesa

João
João
Responder para  Marcos Bishop
22 dias atrás

A pesquisa tem de ser bem feita, pois nem sempre, melhor dizendo, quase nunca, a folha de inativos e pensionistas contam nos gastos de Defesa, como aqui.

João
João
Responder para  Luís Henrique
22 dias atrás

Prezado
Esses dados não representam para Defesa, se não embasados nas consequências que eles têm.
– O território brasileiro é grande e com muitas áreas q podem “dar entrada” ao Brasil. Austrália e Canadá, não. China, nem tanto. EUA menos e Rússia bastante.
– População, influência na capacidade de proporcionar “homens em armas”, sem prejudicar muito as outras necessidades. A Austrália, pela sua política externa, os compromissos q assumiu, pode se envolver em conflito, e tem um exército pequeno. A Itália tem um exército grande, pelo tamanho da população e do território, comparados a nós.
– PIB… quais ameaças? Quais compromissos influenciam?

Pra tudo em Defesa tem um sempre presente “depende”.

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  Luís Henrique
20 dias atrás

Não e gastos os problemas mas sim onde gastar tem pensionista aqui que e um absurdo a elite militar e famílias militares do Brasil vivem numa verdadeira mamata principalmente quem serviu na época da ditadura falo isso por que conheço e convivo com gente assim que se deu bem financeiramente na época de conchavo político da época a maioria foi indicação ou emprego de cabide pra ganhar e etc e o Brasil está terrível paga ou nem paga uma mixaria pra quem e aspirante ou soldado querendo ser militar(os que tem sonho de verdade)

Quem de fato que gosta de servir gosta das áreas defesa e as demais que a englobam são essas pessoas com essa paixão de dever de servir de proteger e os que tem habilidades gerais e gostam de conhecimento e afins mas eles (militares / políticos ) preferem dificultar e ainda existe conchavo pra por quem eles querem lá dentro tem oficial aí que tá velho barrigudo e não aguenta correr 5 km sem morrer e ainda se gaba de ser militar enche a boca mesmo e etc e nunca foi pra uma conflito nem urbano muito menos de guerra são poucos e olhe lá não adianta só ter orçamento.

Tem que ter orçamento + planejamento pesado e o governo e suas estruturas federais, estaduais, municipaos tem que ser reescritas ou remodelada do zero a sociedade civil tem que mudar também tem que mudar tudo se um dia queremos ver o Brasil avançando rápido igual a china e afins mas isso depende de força de vontade e isso não e tudo há um sistema dominante no Brasil de elites econômicas políticas e etc que mandam e desandam nesse gigante bobão que e nossa nação.

O único jeito e usando talvez a força civil como pressão sobre políticos ou a na base da força , democracia em votos não funciona 100% ainda mais se o povo está sofrendo engenharia social que gera pelotização de ambos lados .

Enquanto isso o congresso que e talvez uns dos maiores problemas do país fica lá numa boa o povo tem que se juntar pegar suas ideologias e jogar no buraco e agir e mudar na marra se democraticamente não for possível.

Última edição 20 dias atrás por Senhor Maskarado
IBZ
IBZ
22 dias atrás

Em países sérios isso se traduz em modernização e aumento das capacidades das suas forças armadas. Em países como o Brasil isso só significa mais dinheiro pra pensões das filhas dos ofíciais.

João
João
Responder para  IBZ
22 dias atrás

Bilu bilu bilu …

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Responder para  IBZ
20 dias atrás

Quem deu downvote deve ter parente militar e se sentiu ofendido

Mas realmente há uma mamata antiga que não foi extirpada de pensionistas das FAA do Brasil uma galera com cabeça pequena que não quer que o país avance e ainda vivem na guerra fria.

Wilson França
Wilson França
22 dias atrás

Calma, galera. O último lugar do mundo que vai ter guerra é a América do Sul. Por isso que nem aparece na matéria.
Foi assim na Primeira Guerra, foi assim na Segunda e vai ser assim na Terceira. As coisas importantes acontecem no hemisfério norte.
Melhor a gente ficar quietinho aqui mesmo, sem chamar muita atenção, neutro, amigo de todo mundo, pra não sobrar problema pro nosso lado.

Manus Ferrum
Manus Ferrum
19 dias atrás

Hiram Maxim sorrindo no inferno.