Suécia treina guerra com drones em exercício da OTAN na Letônia inspirado no conflito da Ucrânia

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Riga, 27 de agosto de 2025 – As Forças Armadas da Suécia, em conjunto com as Forças Armadas da Letônia e aliados da OTAN, realizaram na Letônia o exercício Baltic Trust, voltado para o emprego e combate a drones em cenários que simulam a guerra na Ucrânia.

O treinamento reuniu militares suecos de todas as áreas de defesa, integrados a unidades letãs, para testar sistemas, capacitar operadores e desenvolver táticas conjuntas contra ameaças aéreas não tripuladas. Além de tropas, representantes da indústria de defesa sueca e estrangeira participaram do exercício, contribuindo com novas tecnologias e soluções.

“Este é o primeiro de uma série de exercícios para consolidar rapidamente unidades com capacidade integrada de combate com e contra drones, além de proteção e compartilhamento de informações. As lições reforçam o valor da informação ágil e robusta em combates dinâmicos e de rápida evolução”, afirmou Anders Lagö, chefe de guerra eletrônica e desenvolvimento antidrone da Escola de Comando e Controle sueca, e gerente do projeto DEMO UCAV do Exército.

Entre os cenários praticados estavam a detecção, interferência e destruição de drones inimigos, uso de drones para neutralizar outros drones em voo, ataques a tropas terrestres, sistemas de proteção individual contra drones e o gerenciamento de informações em combate multidomínio.

Segundo Lagö, a experiência também destacou a maturidade das soluções suecas no setor: “Um dos principais fornecedores de sistemas antidrone afirmou que as soluções da Suécia eram as mais completas que já havia visto. Avaliaremos agora os resultados para acelerar ainda mais nosso desenvolvimento nessa área.”

O exercício Baltic Trust reforça a cooperação regional no flanco norte da OTAN e busca adaptar rapidamente as forças armadas às lições trazidas pelo conflito em andamento na Ucrânia, em que os drones se tornaram protagonistas no campo de batalha moderno.■

FONTE: Forças Armadas da Suécia


 

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Fred
Fred
1 mês atrás

Fico pensando como será o futuro nessa questão. A guerra na Ucrânia mostrou que drones podem ser construídos aos milhares, de vários tipos diferentes. Se tornaram uma ameaça onipresente no campo de batalha. Os traumas dos soldados mostram também o evidente terror e choque psicologico de longo prazo que provocam.

O que será feito para conter os drones? Auto canhões portáteis com radares miniaturizados e munições auto explosiva de proximidade integrados em veículos e com a infantaria? Só guerra eletrônica e interferência? Drones anti drone ou caça drones?

Gostaria de ouvir a galera que sabe mais sobre essas questões “prevendo os cenários”…

Colombelli
Colombelli
Responder para  Fred
1 mês atrás

Armas PEM.

carcara_br
carcara_br
Responder para  Fred
1 mês atrás

Vou fazer uma previsão
Local A é capaz de produzir 1.000.000 drones por anos ar/mar/terra
Local B é capaz de produzir 300.000 drones por ano…

B nem entra em guerra com A porque a consequência é semelhante a utilização a armas de destruição em massa. Vão ser seres humanos brigando com robôs absolutamente indiferentes.

Bosco
Bosco
Responder para  carcara_br
1 mês atrás

Indiferente mesmo é o ser humano.
Se brincar a IA vai ser mais cautelosa e… piedosa.

LUIZ
LUIZ
Responder para  Fred
1 mês atrás

Aquela guerra de videos games e rambos da vida real estão ultrapassados.

Bosco
Bosco
Responder para  Fred
1 mês atrás

Fred,
A interferência eletrônica (tanto no sinal do GPS quanto nos sinais de comando do drone) era considerada uma técnica barata e eficaz mas atualmente existe a necessidade de destruição física do drone dado aos avanços demonstrados na Guerra na Ucrânia.
Drones com link de fibra ótica e com IA são particularmente imunes à interferência.
Em relação à destruição física dos drones, dada a imensa variedade deles, de drones pesando algumas centenas de gramas até os que pesam algumas toneladas, se faz necessário a utilização de diversos meios combinados, que vão desde o fuzil do infante dotado de mira apropriada, passando por metralhadoras, canhões, mísseis, drones caçadores, lasers de alta energia, pulso de micro-ondas, etc.
Só como exemplo nas forças armadas dos EUA esses são os meios hard kill anti drones ora empregados a partir do chão.
metralhadoras M-240 e M-2
Canhão M-230 de 30 mm com munição de explosão aérea ou com espoleta de proximidade
Foguete guiado de 70 mm APKWS
Mísseis Stinger, Longbow, AIM-9X, Tamir
Drone antidrone Coyote 2
Laser de allta energia de 50kW
*Claro que drones maiores, de grande porte, podem ser engajados por sistemas de alto desempenho como o Patriot.

Os meios navais são:
canhões Phalanx de 20 mm, Mk-38 de 25 mm, Mk-46 de 30 mm, Mk-110 de 57 mm, Mk-45 de 127 mm
Laser de alta energia de 60 kW
Mísseis Stinger, RAM, Sea Sparrow, ESSM, Longbow , SM-2 e SM-6
Drones antidrones Coyote 2 e Roadrunner

Os meios aéreos são:
Metralhadoras M-2, M-240 e Minigun
Canhão Vulcan de 20 mm, canhão M-230 de 30 mm, canhão M-197 de 20 mm, GAU-12 e GAU-22 de 25 mm.
mísseis AIM-9 L/M/X, Hellfire, Longbow, JAGM , Stinger ATAS, AIM-120 A/B/C/D, AIM-7 Sparrow
Foguetes guiados APKWS

Fred
Fred
Responder para  Bosco
1 mês atrás

Obg a todos, principalmente Colombelli e Bosco.

Groosp
Groosp
Responder para  Fred
1 mês atrás

Será uma mistura de tudo isso. No outro extremo temos algumas unidades de infantaria e de guarda de bases aéreas usando espingardas com munição de tiro ao prato (chumbo fino). Tanto espingardas esportivas quanto espingardas táticas. Seria a última linha de hard kill. Depois disso só cercas e redes de proteção.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Fred
1 mês atrás

Um bande de soldados em campo armados com XM-214já dariam aquela força…

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