Avibras: Comissão de Finanças debate proposta de desapropriação da empresa aeroespacial

Astros AV-MTC da Avibras
A empresa projeta, desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados realizará, na quarta-feira (15), audiência pública sobre o Projeto de Lei 2957/24, que propõe a desapropriação, por utilidade pública, da Avibras Indústria Aeroespacial S.A.
O debate será realizado às 11 horas, no plenário 4, a pedido do autor do projeto, deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), e da deputada professora Luciene Cavalcante (Psol-SP).
O objetivo é avaliar os impactos econômicos, fiscais e estratégicos da proposta.
Os deputados ressaltam que a empresa é uma das poucas do país com capacidade tecnológica e industrial voltada ao setor de defesa, responsável pela produção de sistemas de mísseis, foguetes e soluções aeroespaciais.
Eles afirmam ainda que a crise financeira da companhia ameaça milhares de empregos e o domínio nacional sobre tecnologias sensíveis, fundamentais para a autonomia do Brasil em sua política de defesa.
Segundo Boulos, em 2021, o valor da dívida da Avibras era de R$ 641 milhões, a maior parte com a União. “A possibilidade de venda da Avibras a empresas estrangeiras pode prejudicar a segurança nacional e a defesa do Estado”, alerta o deputado.
“Cabe a esse Parlamento agir para indicar uma solução factível ao destino dessa empresa nacional tão importante para o nosso País.”
- Tema: Realidade da Avibras Indústria Aeroespacial e a soberania nacional
- Local: Anexo II, Plenário 04
- Início: 15/10/2025 às 11:00
- Situação: Convocada
Convidados:
1) ROBINSON FARINAZZO, Capitão de Fragata da Reserva da Marinha do Brasil
2) LUÍS NASSIF, Jornalista do Jornal GGN (Confirmado)
3) ALEXANDRE GALANTE, Jornalista do Poder Naval (Confirmado)
4) RODOLFO QUEIROZ LATERZA, Analista e escritor geopolítico, Mestre em Segurança Pública
(REQ 82/2025 CFT, do deputado Guilherme Boulos, subscrito pelo deputado Professora Luciene Cavalcante)
FONTE: Agência Câmara de Notícias
vai lá Galante, representa tudo que conversamos aqui há anos, não podemos esquecer que nenhuma tecnologia de armamento estratégico foi repassada pelo exterior, o Astros foi fruto de muito estudo e suor brasileiro…uma vez desmantelada, dificilmente teremos capacidade de voltar a operar um armamento desse.
Não esqueça de dizer também que uma empresa cujo governo não compra e não deixa vender seus armamentos não tem condições de se manter e muito menos garantir um produto competitivo no mercado internacional e principalmente o que ocorre com a Avibras atualmente é só um reflexo do que se passa com a indústria nacional de defesa como um todo….abraço
Deixa comigo! valeu 🙂
Olá Galante. Seria o caso de fazermos um seminário aqui ou coisa assim para discutirsmos a Avibras antes de você ir lá?
Aparentemente, é isso aí.
Desapropriar a empresa, “transferir” seus produtos e patentes pra empresas como SIATT, pagar os funcionários, e “seguir o baile”.
Qualquer tentativa de injetar grana nessa emoresa e apostar em seu retorno é perca de tempo / dinheiro.
Perdoa a dívida com a união e assume a empresa em troca. Simples assim.
Farinazzo vai pela linha da estatização, até onde eu imagino. Como será a posição dos outros convidados? E dos políticos envolvidos nisso?
Será que não surge uma corrente para repassar/vender as partes atraentes (basicamente documentação, ferramental e propriedades intelectuais) para outra empresa mais saudável?
O Estado absolver uma empresa de um produto só vai dar muito prejuízo, inclusive o EB já pagou por coisas que não recebeu.
Seria melhor transferir o sistema ASTROS e munições para uma empresa que englobe isso em um portfólio de produtos já existentes e pronto.
O problema é que estatizar vai fazer a Avibrás cirar uma Imbel 2, mas desta vez, nas costas do contribuinte.
O negócio é repatir ela, pegar o que dá pra salvar, de preferência pra outras emoresas BR, especialmente a SIATT ou MacJee, garantir novos contratos com o EB e demais Forças, pagar direitos trabalhistas dos trabalhadores que foram afetados e ficaram sem salário, e deixar o “resto” morrer mesmo.
Incrível como parlamentares de direita se mantiveram distantes desse assunto.
Um reconhecimento do trabalho de décadas da trilogia, infelizmente em se tratando de Brasil temos que ser cautelosos com as expectativas, mas sonhar não custa nada!