EUA alertam que Coreia do Norte pode ter até 50 mísseis balísticos intercontinentais até 2035

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A Hwasong-18 intercontinental ballistic missile is launched during a drill

Um míssil balístico intercontinental Hwasong-18 da Coreia do Norte em um exercício em 18 de dezembro de 2023 Foto: Agência Central de Notícias Coreana - KCNA

A Coreia do Norte poderá ter até 50 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) com capacidade nuclear até o ano de 2035, segundo um novo relatório da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) dos Estados Unidos, divulgado nesta terça-feira (13/5). Atualmente, o regime de Pyongyang possuiria 10 ou menos desses artefatos.

O documento, que avalia ameaças atuais e futuras ao território dos EUA, destaca os avanços preocupantes nos programas de mísseis de Coreia do Norte, China, Rússia e Irã, alertando para o crescente risco representado por esses países.

“A Coreia do Norte já realizou testes bem-sucedidos de mísseis balísticos com alcance suficiente para atingir todo o território continental dos Estados Unidos”, afirma o relatório. A previsão para 2035 representa um aumento de cinco vezes no número atual de ICBMs norte-coreanos.

O relatório também apresenta projeções sobre os arsenais de outras potências militares:

  • China deverá contar com 700 ICBMs, frente aos cerca de 400 atuais;
  • Rússia terá aproximadamente 400, um leve crescimento em relação aos 350 atuais;
  • Irã, que hoje não possui ICBMs, pode desenvolver até 60 unidades em pouco mais de uma década.

A definição adotada pelo DIA para um ICBM considera mísseis com alcance superior a 5.500 quilômetros, capazes de seguir trajetória balística e, geralmente, equipados com ogivas nucleares.

As estimativas reforçam o alerta da comunidade de inteligência dos EUA sobre a modernização e ampliação de arsenais estratégicos por países adversários, o que poderá alterar significativamente o equilíbrio de forças nucleares globais e aumentar a complexidade dos desafios de dissuasão e defesa.

A divulgação do relatório acontece em meio à crescente tensão na Península Coreana, marcada por lançamentos frequentes de mísseis por parte de Pyongyang, além de falhas diplomáticas nas tentativas de retomada do diálogo com Washington.

FONTE: The Korea Times

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wilhelm
wilhelm
17 horas atrás

Trouxa foi o Brasil que não desenvolveu quando poderia e ainda fez questão de se humilhar naquele episódio patético da “pá de cal” na Serra do Cachimbo. Agora, nem se quisesse conseguiria desenvolver sem um custo geopolítico extremamente alto, infelizmente.

A única garantia de soberania concreta que existe hoje em dia são armas nucleares. O resto é conversa pra boi dormir.

Guedes
Guedes
Responder para  wilhelm
17 horas atrás

Armas nucleares para usar contra quem? Bolivia? Venezuela? Paraguai?(nesse caso basta desligar Itaipu), contra os EUA de nada serviria…

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Guedes
16 horas atrás

“Armas nucleares para usar contra quem? Bolivia? Venezuela? Paraguai?”

Cara, se é pra “nivelar por baixo”, então cancela os Riachuelos, Gripens e FCT’s.
Pra esses países que você citou acima, F-5, Niteróis e IKL’s dão conta do recado, e com sobra.

“contra os EUA de nada serviriam”

Está servindo pra CN não ter o mesmo “destino” que Afeganistão e Iraque.
E, se serve pra eles, porque não serviria pra gente?

Última edição 16 horas atrás por Willber Rodrigues
Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Willber Rodrigues
16 horas atrás

Pra esses países que você citou acima, F-5, Niteróis e IKL’s dão conta do recado, e com sobra.””””””””” só li verdades

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Willber Rodrigues
11 horas atrás

Willber Rodrigues,alguns realmente acham que nós estamos nos esforçando para se modernizar militarmente para se proteger de nossos vizinhos Hermanos da américa do sul…

são os menores problemas a ameaça a nossa integridade territorial…

Última edição 11 horas atrás por adriano Madureira
José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Willber Rodrigues
9 horas atrás

Perfeito. Por pensamentos como aquele percebe-se o oceano de desafios que o Brasil tem pela frente se algum dia desejar ser soberano.

fewoz
fewoz
Responder para  Guedes
16 horas atrás

Até entendo o que diz o Wilhelm, mas um programa de tal envergadura seria dramático para o Brasil. Gastaríamos valores absurdos do Orçamento com isso (e sabendo como administram “bem”, já podem imaginar o final) e em pouco tempo teríamos pressões internacionais absurdas. As consequências seriam inimagináveis para a população: sanções, e por consequência, aumento da pobreza (num país já tão miserável e desigual) e isolamento internacional.

Qual a chance de contornar isso? A meu ver, investimento em grande quantidade de mísseis balísticos de longo alcance com alto poder de destruição convencional + submarinos. O Brasil receberia certa pressão (como aconteceu quando os EUA vetaram a transferência de know-how ucraniano para o programa de foguetes brasileiro), mas isso não chamaria tanto a atenção quando se comparado a um programa nuclear pleno.

wilhelm
wilhelm
Responder para  fewoz
11 horas atrás

Por isso que eu disse que é praticamente inviável hoje em dia.

Quem fez, fez.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  wilhelm
9 horas atrás

Não, ainda existe uma brecha que pode inclusive estar próxima. Mas somos especialistas em perder oportunidades.

Última edição 9 horas atrás por José Joaquim da Silva Santos
Bosco
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 hora atrás

Países que terão armas nucleares em 10/15 anos:
Japão
Taiwan
Coréia do Sul
Irã
Arábia Saudita
Turquia
Polônia
Ucrânia
Alemanha
Canadá


Países que se quiser podem ter armas nucleares em 6 meses:
Japão
Coreia do Sul
Ucrânia
Irã

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Guedes
11 horas atrás

Nossa, esse seu pensamento é muito simplista e bem raso meu caro…

Você acha mesmo que nossos vizinhos são ameaça para nosso território?!

As verdadeiras ameaças amigo, estão bem acima de nós no oceano atlântico e pelo oceano ártico e mediterrâneo…

E para eles que devemos ao menos tentar nós preparar para se defender.

Não serão os cimarrón uruguayo, Dogo Argentino ou Terrier Chileno que virão para cima de nós em um futuro distante, serão os Pit Bull, Mastim Napolitano e até pastores alemães…

wilhelm
wilhelm
Responder para  Guedes
11 horas atrás

“contra os EUA de nada serviria…”

Imagina o tamanho do eco que existe na cabeça dessa criança pra falar algo assim.Se bem que, pensando melhor, talvez até uma criança seja capaz de perceber que armas nucleares servem mais de dissuasão do que qualquer outra coisa, no contexto atual do mundo.

Dá uma pesquisada nos países com armas nucleares que os EUA invadiram e vem aqui nos contar depois.

Macgaren
Macgaren
17 horas atrás

O jeito é invadir agora.

comenteiro
comenteiro
Responder para  Macgaren
17 horas atrás

Acredita no seu potencial. A defesa deles é fraca.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Macgaren
16 horas atrás

Invadir um país armado até os dentes, mesmo que com material velho, e de terreno montanhoso vai sair bem caro, ainda tem que combinar isso com os Chineses

Juca
Juca
Responder para  Carlos Campos
13 horas atrás

Ao primeiro sinal de invasão americana da Coreia do Norte, Seul e Tóquio serão dizimadas.

Nunca jogue contra alguém que não tem nada a perder.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Juca
12 horas atrás

Com o que a CN dizimaria o japão?

Com os mig29 antigos ou os submarinos costeiro deles barulhentos?

CS faz sentido porque receberiam castigo de artilharia.

Juca
Juca
Responder para  Macgaren
12 horas atrás

A família de mísseis Hwasong é mais do que capaz. Eu apostaria no Hwasong-12.

Macgaren
Macgaren
Responder para  Juca
9 horas atrás

Resumo, a Coreia do norte sendo atacada e eles jogariam misseis no japão?

Tem sentido? Não deveria repelir o ataque?

Última edição 9 horas atrás por Macgaren
Bosco
Responder para  Juca
3 horas atrás

O Japão tem capacidade de defesa contra os mísseis norte-coreanos baseada nos seus mísseis navais SM-3 e Patriot.

adriano Madureira
adriano Madureira
Responder para  Juca
10 horas atrás

E talvez Guam e Diego Garcia ainda iriam de brinde…

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Última edição 10 horas atrás por adriano Madureira
José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Carlos Campos
9 horas atrás

Ele é Troll, nem deveria responder.

fewoz
fewoz
Responder para  Macgaren
16 horas atrás

O problema não são os EUA. Eles estão muito longe e com certeza dariam conta dos mísseis, que demorariam tempo considerável para chegar no continente americano (Lembremos que os EUA possuem bases em diversos lugares, que interceptariam estes mísseis bem antes de chegarem nos EUA continental). O problema é a Coreia do Sul, que está à mercê da artilharia norte-coreana.

Mas claro, com a suposta incompetência norte-coreana no conflito com a Ucrânia (Há relatos de que suas táticas são antiquadas, do estilo da Segunda Guerra), fico com dúvidas se eles realmente são tão poderosos como imaginamos…

De qualquer forma, algum estrago seria feito na Coreia do Sul, especialmente em sua capital, Seul.

Bosco
Responder para  fewoz
3 horas atrás

Os sul-coreanos têm meios de defesa contra os balísticos norte-coreanos que se não forem totalmente eficazes são capazes de mitigar os danos.

fewoz
fewoz
16 horas atrás

OK. E o que vão fazer sobre isso? Aplicar sanções? Hahaha

A Coreia do Norte, mesmo com imensa pobreza, chegou num ponto de não retorno. Nada mais a detém e nada indica que isto mudará. Isto sim é soberania de verdade. Poucos países no mundo possuem real soberania.

Se os EUA não fizerem nada, os coreanos continuarão na sua. Já estamos há décadas assim e nada mudará, nem mesmo a longo prazo.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  fewoz
16 horas atrás

Concordo.
Sejamos extremamente sinceros aqui: não há NADA que os EUA possam fazer pra mudar isso.
Sanções? Ameaças de invasão? Exercícios militares próximos a costa da CN?

Já fizeram tudo isso a rodo, e deu em nada.

comenteiro
comenteiro
Responder para  Willber Rodrigues
15 horas atrás

O Trump admira o Kim e sempre diz que tem ótimas relações com ele. Vai dar nada não.

Bosco
Responder para  Willber Rodrigues
2 horas atrás

O problema da CN é a extensão territorial e a capacidade de ser varrida do mapa num ataque preventivo caso um mais louco que o Trump assuma a Casa Branca.
A CN pode ser destruída sem sequer saber o que ocorreu.

Meia dúzia de B-2 ou de B-21 com bombas B61 … 2 ou 3 B-52/AGM-86/LRSO …. 2 Tridents II/W-76/W-88 … e adeus CN.
A bem da verdade devido à extensão territorial e à proximidade com a CS
sequer os EUA precisariam utilizar armas nucleares para desarmar a CN.
Só como exemplo, um míssil como o atual PrSM, lançado do MLRS ou do HIMARS a partir da CS cobre toda a CN e leva menos tempo para chegar ao alvo do que um veículo transportador/eretor/lançador (TEL) leva para elevar o míssil a partir de um ponto estático.
Ainda que o ataque não parta da CS , os EUA podem utilizar os bombardeiros B-2 ou B-21 armados com mísseis SiAW e HACM para desabilitar toda a CN instantaneamente.
Ou utilizar submarinos armados com o IRCPS (Mach 17) com pelo menos 3000 km de alcance com capacidade de atingir os TEL coreanos e até mesmo atingir a tampa de silos reforçados sem precisar utilizar arma nuclear para desabilitar um ICBM baseado em silo subterrâneo.
Nenhuma operação é 100% eficaz e alguns mísseis norte-coreanos poderiam ser lançados mas em 2035 os EUA estarão mais protegidos e poderiam dar conta do ataque residual do mesmo jeito que podem dar conta do ataque em 2025;
*O melhor à CN seria apostar em mísseis balísticos baseados no mar e torcer para que dentro de 20 ou 30 anos não ocorra nenhum avanço disruptivo na tecnologia antissubmarino.

Nilo
Nilo
Responder para  fewoz
16 horas atrás

De fato. Gostei ou não do Kim, sabe valer sua soberania rsrs
Aqui nos temos da esquerda a direita, um sobe a rampa de Brasília com bandeira de EUA outro serve de menino de recado do Zé Lascado e ainda acha graça.

Vitor
Vitor
Responder para  Nilo
10 horas atrás

Esse da rampa é pseudo patriota cara da pior espécie vende até às calças

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
16 horas atrás

Pessoal fala ( com razão ) das nukes da CN, mas ninguém cita o fato de que toda a área metropolitana e industrial de Seul ( uma das áreas mais densamente populosas do mundo ) está ao alcance da artilharia de tubo da CN.

Bosco
Responder para  Willber Rodrigues
1 hora atrás

Mas a CS não tem artilharia e só vai ficar assistindo o vizinho atirar enquanto ela só morre?

sub urbano
sub urbano
15 horas atrás

A título de comparação os americanos afirmam ter 400 ICBMs operacionais hoje. Todos baseados em silos. Os russos, coreanos e chineses são móveis.

sub urbano
sub urbano
Responder para  sub urbano
15 horas atrás

Lembrando q esses cálculos não levam em conta os SLBMs lançados de submarinos, mísseis de cruzeiros armados com ogivas nucleares, bombas nucleares de aviação e, no caso da Coreia do norte, as supostas mochilas nucleares q vão no cangote dos homens-rãs em infiltrações submarinas (uma ameaça as cidades costeiras do Japão e Coreia do Sul, do jeito q eles tem disposição até os EUA kkk)

Bosco
Responder para  sub urbano
2 horas atrás

Os americanos possuem mais 240 ICBMs navais (SLBMs) .
Para a CN tanto faz se os mísseis são fixos ou móveis devido ao pequeno tamanho do país é muito difícil os móveis terem sua posição desconhecida.
Os americanos privilegiam silos fixos por conta de que os utilizam como “esponja” de um hipotético primeiro ataque russo já que demandaria de uma a duas ogivas nucleares para desabilitar cada silo/míssil de um total de 1500 ogivas à disposição dos russos que “ainda” seguem o tratado START (pelo menos até dezembro de 2026).
Vale salientar que a quantidade de silos é de 450 para 400 ICBMs Minuteman , havendo um rodízio entre eles. Ou seja, de 450 a 900 ogivas russas das 1500 permitidas teriam que ser direcionados só para a força de ICBMs americana caso os russos implementem um primeiro ataque.
Já os americanos, se implementarem um primeiro ataque contra os russos ou chineses , o faria com a “perna” aérea da tríade e não com seus ICBMs/SLBMs.
Os Minutemans seriam lançados só no caso de uma resposta a primeiro ataque massivo de ICBMs/SLBMs dos russos.
Os Tridents são mísseis de “reserva” para preservar a capacidade nuclear americana pós primeiro ataque devastador que já teria igualmente devastado o agressor.

adriano Madureira
adriano Madureira
11 horas atrás

50?1 Bom para eles…

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
8 horas atrás

Coréia do Norte alerta que EUA podem ter até 400 mísseis balísticos intercontinentais até 2035.

Bosco
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 hora atrás

Tem muita gente que acredita no “desespero” americano por conta desse tipo de declaração e acham que os americanos estão paralisados de terror e escondidos debaixo da cama.
O pessoal não percebe que os EUA está avançado em projetos de defesa de todos os tipos e principalmente contra ameaças balísticas e hipersônicas contra seu território e desenvolvem um capacidade de ação global baseada em armas convencionais e o objetivo deles é tornar as armas nucleares obsoletas até 2050 ou 2060.
Enquanto os chineses se gabam de aumentar seu arsenal nuclear os americanos deverão chegar no final desse século com no máximo umas 300 armas nucleares.
Já tiveram 35000 e hoje têm menos de 5000 e … descendo.
Hoje a única resposta rápida americana contra uma ameaça nuclear a nível global é utilizando seus ICBMs e SLBMs com “ponta” nuclear. No futuro, dada à precisão dos mísseis, as “pontas” poderão ser convencionais.
Se hoje um silo subterrâneo para ser desabilitado obriga um detonação nuclear graças ao CEP deficiente, no futuro próximo a precisão será tamanha que um veículo de reentrada sequer precisará ter material explosivo convencional, bastando o impacto na “tampa” do silo. para destruir o ICBM em baixo.
Lançadores TEL móveis será atingidos por mísseis de alta fragmentação.
Há 30 anos uma arma nuclear era reservada para cada SSBN inimigo e hoje não mais. O Mk-48 dá conta do recado.
O Golden Dome do Trump irá possibilitar neutralizar ICBMs/SLBMs inimigos a partir do espaço antes de serem lançados (destruindo o TEL) ou na fase de impulso ainda sobre o território do agressor.
Toda declaração “desesperada” americana visa tão somente justificar perante a opinião pública (eleitores/pagadores de impostos) o gasto com defesa que já supera 1 trilhão por ano.
Os EUA estão preocupados com os 50 ICBMs norte-coreanos? Sim! Mas estão achando isso ruim? Nâo.