Portugal vai produzir 50 milhões de munições por ano em fábrica em Alcochete

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A idD Portugal Defence, holding pública do Estado dedicada à área da defesa, planeja construir uma fábrica de munições de pequeno calibre em Alcochete com capacidade para produzir 50 milhões de projéteis por ano. O investimento previsto é de cerca de 40 milhões de euros, com parte dos recursos financeira pelos fundos nacionais e comunitários.

O projeto, já concluído em termos de estudo de viabilidade, será submetido ao Governo nos próximos meses. Segundo o presidente do conselho de administração da idD, Ricardo Alves, a fábrica também permitirá exportar munições para países da OTAN, além de reforçar o abastecimento das Forças Armadas portuguesas.

A unidade industrial está prevista para Alcochete, nas imediações do Campo de Tiro da Força Aérea. Além de ampliar a capacidade produtiva nacional, a nova fábrica contribuirá para a reestruturação da cadeia de defesa do país, encerrando um longo período sem produção local desse tipo de material.

Espera-se ainda criar aproximadamente 70 novos postos de trabalho com a instalação da fábrica, entre operadores, técnicos e cargos administrativos.

Tal projeto insere-se na estratégia nacional de reforço da autonomia industrial de defesa, buscando reduzir dependências externas e garantir maior capacidade operativa própria para as Forças Armadas.

O âmbito da parceria deverá incluir uma contribuição entre 35% e 60% por parte do Estado para o investimento total, segundo fonte ligada à idD.

A produção planejada de 50 milhões de munições por ano eleva Portugal a um nível similar ao de importantes produtores na Europa, sinalizando a reativação de um setor estratégico que estava praticamente inativo.

O projeto também reforça a cooperação com entidades da OTAN, garantindo o cumprimento de compromissos de fornecimento logístico em cenários de mobilização conjunta.

A localização em Alcochete oferece vantagens logísticas, já que o Campo de Tiro da Força Aérea ali situado possui vasta área e infraestrutura adequada para ensaios, verificações e segurança na manipulação de munições.

O retorno à produção nacional de munições é visto como uma medida estratégica para aumentar a resiliência industrial e operacional do país, reduzindo a dependência do mercado externo em matéria-prima crítica para a defesa.

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GBento
GBento
1 mês atrás

Quando eu li “munições”, meu cérebro automaticamente leu Ricochete ao invés de Alcochete.

Manel
Manel
Responder para  GBento
1 mês atrás

Deviam investir na paz e deixar a guerra para os desconhecidos

Guacamole
Guacamole
1 mês atrás

Para se ter uma ideia desse número, isso equivale a 50 milhões de munições que o exército brasileiro isa para treinar os praças e soldados.

Carlos
Carlos
Responder para  Guacamole
1 mês atrás

Quantas pessoas a União tem que alimentar nos quarteis? E quantas pessoas o estado português tem que alimentar? No Brasil existe o serviço militar obrigatório, em Portugal só vai à tropa quem quer. Há quase 50 anos que foram desmanteladas as fábricas de munições de Moscavide e a fábrica de armamento de Braço de Prata, porque a guerra do Ultramar tinha acabado, mas como existem muito invejosos no mundo, Portugal e outros países europeus têm que se rearmar para poderem viver em paz. Isto também serve de resposta ao comentário anterior

Última edição 1 mês atrás por Carlos
Felipe M.
Felipe M.
Responder para  Carlos
1 mês atrás

“mas como existem muito invejosos no mundo, Portugal e outros países europeus têm que se rearmar para poderem viver em paz”.
Devia ser cobrada uma taxa para lermos esse tipo de baboseira aqui.
Cadê o tio Trump, gente fina, pra taxar essas pataquadas comentadas na trilogia?

Coitadinhos dos europeus. Nem foram, por séculos, até menos de 40/50 anos atrás, o grande barril de polvora no mundo…nem são responsáveis, direta ou indiretamente, pela maior parte dos conflitos existentes no mundo…nem estão envolvidos em boa parte desses conflitos…nem vivem de apontar o dedo sujo para quem não segue a cartilha deles…coitadinhos dos europeus, só querem viver em paz, enquanto incendeiam o resto do mundo…

rui mendes
rui mendes
Responder para  Felipe M.
1 mês atrás

Se insistes em tratar e insultar, todos os Europeus por igual, em vez de responderes à pessoa que fez o comentário e até se indentificou e preferes insultar todos, eu também sei insultar, e tu que criticas e insultas os Europeus por muitas coisas do passado, passas um paninho a quem faz o mesmo actualmente e se forem do teu grupinho de herois (pena criticares os teus próprios militares e és fanzinho de outros militares de outros países) ter carácter forte, também é, defender uma actitude, sempre, e não variando, conforme quem a tem.

Última edição 1 mês atrás por rui mendes
Carlos
Carlos
Responder para  Felipe M.
1 mês atrás

Quem tem Trump como aliado não necessita de inimigos.

Europeus são do teu ponto de vista, os maus da fita, mas uma coisa que todo mundo vê, toda a gente quer viver na UE, sejam da América Latina, da África, do Oriente Médio, do subcontinente indiano ou da Ásia, todo o mundo que viver onde existe a melhor repartição de riqueza e justiça social. Mas a Europa é um continente pequeno e não pode receber todo o mundo, como tal não te apoquentes porque um dia poderás viver na UE e não necessitas de mostrar toda inveja que tens.

Gabriel BR
Gabriel BR
1 mês atrás

50 milhões de munições é bastante coisa.
Com uma boa estratégia comercial é possível obter lucros interessantes atendendo demandas da OTAN e aliados.

Manuel Ramalho
Manuel Ramalho
1 mês atrás

Mas de que munições estamos a falar ?? E porque razão as vendas serão/seriam só para países NATO ??

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Manuel Ramalho
1 mês atrás

A NATO é composta pelos Estados mais ricos do mundo, mas acho que não será difícil flexibilizarem para países aliados.

BraZil
BraZil
1 mês atrás

Nossa, o que vai ter de troca de “droga por bala” entre as facções das republiquetas sul americanas e as dos patrícios. Submarinos e barcos voltarão lotados…

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
1 mês atrás

E porque é que parte da nossa contribuição para a NATO não pode ser também em munições e fardamentos fabricados em Portugal. Parece que somos dos melhores na Europa na confecção de têxteis.