Muito tem se falado recentemente sobre a parceria estratégica do Brasil com a França. Geralmente é mencionada a transferência de tecnologia, a modernização de equipamentos e até a parceria comercial e seus benefícios financeiros para o Brasil, mas fala-se nada ou muito pouco sobre a doutrina militar francesa e uma possivel influência sua nas FAs brasileiras.

Gostaria de tocar no assunto tão pouco debatido e tenho como intenção não uma crítica a determinado país, mas um momento de reflexão para os leitores mais leigos e até militares da ativa brasileiros. De maneira alguma digo que sou expert na matéria, mas trago o ponto de vista de um veterano de combate de alta intensidade, penso que tenho algo a oferecer àqueles que queiram ouvir.

Primeiramente vamos discutir o que é doutrina militar. Antes de tudo vale dizer que influências no processo estratégico são importantes e numerosas, a maioria é relativamente bem conhecida. Um exame detalhado de doutrina militar requer o entendimento de que doutrina tem ou deveria ter um impacto extraordinário no processo estratégico. Doutrina é uma matéria pouco definida, pouco compreendida e quase sempre confusa, apesar de ser de suma importância.

É possível encontrar várias definições de doutrina variando de país a país e corporação a corporação. Talvez a melhor definição, uma que é ao mesmo tempo precisa, lúcida e que não deixa fugir a importância do termo e também uma das mais simples: Doutrina militar é aquilo que acreditamos ser a melhor maneira possível de conduzir assuntos militares.

O uso da palavra “acreditamos” sugere que doutrina é o resultado do exame e interpretação da evidência disponível e também quer dizer que a interpretação está sujeita à mudanças de acordo com novas evidências, circunstâncias e tecnologias que são introduzidas.

A fonte principal de doutrina é a experiencia:: de certa forma doutrina é uma combinação daquilo que foi bem sucedido no passado. Porém, um dos maiores problemas é uma certa tendência dela estagnar-se e aí jaz a preocupação do autor. O pensamento intelectual militar francês não tem sido o estado da arte ou revolucionário há décadas. A experiência francesa após a 1GM reforça a noção do ponto citado, baseados na demonstrada superioridade da defesa durante a guerra das trincheiras, os franceses construíram as fortificações mais elaborados e sofisticadas do mundo, a Linha Maginot. A análise francesa das lições da história no pós-guerra não foi temperada pela mudanca tecnológica dos tempos.

Gostaria de citar alguns exemplos para ilustrar a estagnação ou tendência francesa a não liderar o campo intelectual militar. A Maioria já conhece as lições de 1940 e o fracasso doutrinário e estratégico francês, mas quantos de nós já estudamos sobre as operações francesas contra insurgência na Argélia?

Avancemos um pouco até a Guerra do Golfo, durante a fase da operação “Desert Shield”, o Reino Unido foi capaz de mobilizar 35.000 homens mais rápido do que a Franca foi capaz com seu contigente de 10.000 homens. Entre muitos dos fatores para isso, citados pelos próprios franceses, era uma doutrina logística falha e antiga, em comparação à dos ingleses.

A França em si também não foi a progenitora dos maiores avanços tecnológicos e intelectuais militares dos últimos anos, não foi em seus quartéis que surgiu a ideia e a implantação da debatida “Revolution in Military Affairs”, que sugere conhecimento situacional em tempo real ao comandante, por meios de comunicação, espaciais e inteligência, resumindo o famoso C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computadores, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento). A França não liderou o emprego e desenvolvimento de UAV e UCAVs, “network-centric warfare”, a tendência mundial de emprego de Brigadas, como as unidades de combate principais hoje, ao invés da Divisão, nanotecnologia, capacidades stealth, robótica.

Em quesitos de guerra assimétrica mais uma vez o pensamento francês também nunca foi tido como o estado-da-arte, sendo os ingleses com suas experiências em Borneo e Irlanda do Norte, Vietnamitas contra os americanos e os próprios franceses e agora os próprios americanos com suas experiencias atuais e a reviravolta do cenário estratégico e tático no Iraque (sem contar as Filipinas e as Guerras das Bananas). Todos esses sao geralmente aceitos como os mais experientes em guerra assimetrica, de maior sucesso e de doutrina mais efetiva.

Vejam bem, esses são apenas exemplos para ilustrarmos o ponto de vista do autor. Mais uma vez quero ressaltar que a França não deixa de ser uma potência militar regional e que muitos países devem invejar suas capacidades. Devemos ressaltar também, como já citou o leitor “Hornet” no blog, que a razão de ser da parceria sempre foi o Submarino Nuclear Brasileiro, a futura jóia da coroa estratégica do país.

Então, partindo da concordância de que a parceria comercial, os equipamentos e a transferência de tecnologia são excelentes e de suma importância para o Brasil, o que se diz da parceria estratégica militarmente falando e do risco da absorção de uma doutrina e pensamento militar não acostumado a ser o progenitor de revoluções intelectuais e doutrinárias?

Aproveitemos o conhecimento tecnológico que virá, os equipamentos e sistemas de armas em si, mas devemos ter cuidado com a influência doutrinária. Afinal, já tivemos a influência francesa antes e constatamos que tal doutrina estava defasada e derrotada nos campos europeus. Tivemos que reaprender tudo, desde as organizações de pelotões, até as divisões às pressas com os EUA, durante a mobilização da FEB.

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Paulo Renato
Paulo Renato
14 anos atrás

Uma pergunta off topic, gostaria que alguém me podesse responder.

A França tem armamentos de qualidade para equipar nosso EB ???
Blindados, fuzil etc…

Gostaria de uma resposta dos colegas !!!!

Pq quando sair as compras para o Eb deve ser tudo da terra de Napoleão.

Abs.

Colt
14 anos atrás

Ótimo texto Marine.
Acredito que a maior experiência norte americana em conflitos traz uma seleção natural da melhor doutrina militar.
A exposição é totalmente pertinente uma vez que escolhemos o caminho da cooperação com os Franceses.
Como em qualquer caminho escolhido, é necessário periodicamente estar reavaliando a correção das escolhas, os ganhos realizados, o cumprimento das metas estabelecidas e a necessidade de mudança de rumos.
Uma análise como esta nos lembra que muito embora os Franceses tenham tecnologia militar que nós não temos, isso não significa que podemos entender que sua doutrina é adequada.
É um alerta importante.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Ah só esqueci de mencionar o seguinte, em relação ao post: o Exército Franco-Brasileiro da década de 20 só era bom em duas coisas: caçar cangaceiro e se amotinar.

Sds.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Paulo Renato: o material do Exército Brasileiro só será francês se der lucro pra Odebrecht e grana pro caixa da campanha dos “cumpanheiro” do ano que vem. Se não, pode ser americano mesmo.

Mas fuzil por fuzil, sou mais um pequeno país ao norte da França…

Sds.

Tiago Jeronimo
Tiago Jeronimo
14 anos atrás

Muito bom o texto marine e muito bem lembrado, como exemplo do que você falou podemos usar o 1º GDA que com o treinamento em Dijon para o uso dos Mirage III absorveu em parte se não a doutrina francesa pelo menos expressões que até hoje são usadas pelos pilotos do 1º GDA e que diferem dos outros esquadrões de caça que usam equipamento americano.

Igor
Igor
14 anos atrás

Acho difícil mudar pelo menos a curto/médio prazo. Brasil já fez sua escolha pela escola americana e doutrina não se muda da noite p/ dia.

FRED
14 anos atrás

Marine, primeiramente gostaria de parabenisá-lo pelo seu post, eficiente e claro. Então, após a leitura do texto fiquei com a seguinte dúvida, você menciona a guerra assimétrica da Argélia, mas segundo literatura que tive a sorte de ter em mãos e algumas mais na net, boa parte da doutrina americana na pacificação do Iraque não foi, pelo menos em parte, orinda do pensamento do ten. col. francês argelino David Galula do seu Counter-Insurgency Warfare, T & P? http://www.defesanet.com.br/zz/war_fm3-24.htm Sim, sei da grande resistência inicial do oficialato francês a teoria de um jovem capitão, mas sabemos também que a grande maioria… Read more »

Hardy Har Har
Hardy Har Har
14 anos atrás

De fato a escolha da França é inadequada. Pior que isso só se o Brasil optasse pela influência americana: “The Cost of a Diverse Naval Academy” By BRUCE FLEMING Published 06/14/09 Annapolis Capital http://www.hometownannapolis.com/news/opn/2009/06/14-47/Guest-Column-The-cost-of-a-diverse-Naval-Academy.html Extrato: ———————————– The Chief of Naval Operations Adm. Gary Roughead announced in Annapolis recently that “diversity is the number one priority” at the Naval Academy. … The stunning revelation last week was that the Naval Academy had an incoming class that was “more diverse” than ever before: 35 percent minority. Sounds good, only this comes with a huge price tag. It’s taxpayers who bankroll the military.… Read more »

FRED
14 anos atrás

errata, parabenizá-lo, é o que dar escrever sem ler. 🙂

Hornet
Hornet
14 anos atrás

Marine, muito bom o texto, esclarecedor como sempre. Parabéns mais uma vez! E no caso do acordo do Brasil com a França, e como eu disse, o prof. Raza já disse também, enfim…todos sabem isso hoje: a questão que pesou mais, que foi o definidor, foi o submarino nuclear. Mas existe uma má compreesão sobre isso, que estou lendo em comentários de outros colegas. Existem colegas que estão achando que por causa do sub nuc a França está IMPONDO os demais equipamentos. Não é nada disso. O acordo faz naturalmente com que a França seja a preferida pelo Brasil (e… Read more »

Repsol
Repsol
14 anos atrás

Paulo Renato.
Eu gostaria de ver os FAMAS (fuzis) no EB, hahaha.
Ele é usado na legião estrangeira na amazônia da guiana pow, acho que não ia ter problemas de uso no EB, sei la.
abrçs.

Hornet
Hornet
14 anos atrás

“Os EUA vivem seu momento de revolução marxista onde “grupos étnicos” tomaram o lugar das antigas “classes sociais”.”

??????????????????

Não entendi isso aí, não.

E os EUA estão “caminhando para a desintegração econômica, social e política”?

Estão?!!! Num sabia, não…

enfim…

abraços a todos

WHERMARCHT
WHERMARCHT
14 anos atrás

Franca eo 3 maior pais que deten tecnologia militar e unico dese que apesar do pros e contras se aprocimo de forma aberta
ja o PAIS QUE VC DEFENDE por todo ese tempo tao so foi holyowood pros brasileiros ai
nao vejo pq deveriamos continua no molde dele
esa atitude do governo foi bem sensata coisa que o FHC fantoche ai do PAIS que vc Serve NUNCA FARIA
Brasil tem maturidade de seguir o caminho mais conveniente ,esa maturidade foi conseguida gracas ese belo exemplo que ese Pais que VC SERVE deu

Estranho
Estranho
14 anos atrás

Muito bom o texto. Uma coisa é comprar equipamento militar, outra coisa é usar a doutrina militar de outro país. No caso Sivam o equipamento francês era mais barato e ou igual, ou superior ao do americano. Eles possuem bombas nucleares e um caça de ponta. Os americanos estão levando uma surra no Afeganistão e apanharam e apanham feio no Iraque. Só no afeganistão tem mais de 200 casos de suicídio. Agora os equipamentos deles não são bons? A doutrina pode ser uma furada, mas não quer dizer que os equipamentos sejam inadequados. Existe uma velha frase: “Uma arma não… Read more »

DV
DV
14 anos atrás

O texto tem razão ao afirmar que a compra de materiais não deve, necessariamente, traduzir-se em importação acrítica de doutrina. De resto, acho que as FA’s brasileiras não devem ter doutrina francesa, alemã ou estadunidense, mas doutrina brasileira. Inspiração externa, observação e comparação; absolutamente sim. Mera absorção, não. Nosso TO será sempre diferente dos demais, com particularidades importantes. É importante lembrar também que, modestamente e apesar de nossa história recente pacífica (ainda bem!!), temos alguns núcleos de excelência em nichos específicos de doutrina tática, como combate de selva ou urbano. Além disso, e apesar da falta de equipamento, não acho… Read more »

Dalton
Dalton
14 anos atrás

Nao acho que os EUA estejam apanhando feio no Iraque. Na verdade a guerra já acabou faz tempo e Saddam nem está mais vivo. O que há é uma guerra civil, e os EUA há muito já haviam se comprometido em deixar o Iraque, apenas com a adm Obama o farão mais rapidamente. Para aqueles que acham que os EUA invadiram o Iraque apenas por petroleo, recomendo rever o que o Saddam andou fazendo depois que foi expulso do Kuwait…ele poderia ter sossegado, como fez o Khadafi mas resolveu partir para a provocaçao pura, deu no que deu. Quanto ao… Read more »

John
14 anos atrás

Correção de 2003 a 2007 era no Iraque.

John
14 anos atrás

Que surra estão levado no afeganistão,de 2003 a inicio de 2007 eram em média 150 carros Bombas”atentados” por dia ,para 10 por mês de 2007 a 2008 ainda estão levando surra.Como em Argel, Doutrina Francesa igual as derrotas na indochina,vietnan,na Argélia,redição ao nazismo,so ficam lamentado suas baixas,onde mantém o controle no afeganistão,quem faz a diferança no afeganistão é EUA,INGLATERRA,ALEMANHA,Canada,talvez Italia,viu o que fizeram com os Argentinos na MAlVINAS,EXXCET.AS EX colonias Francesas são um MAR DE ROSA, Invadinos O URUGUAI,PARAGUAI alias acabamos com o PARAGUAI.Somos “pacifico” um dos país mais violentos do mundo.

LBacelar
LBacelar
14 anos atrás

“…mas devemos ter cuidado com a influência doutrinária. Afinal, já tivemos a influência francesa antes e constatamos que tal doutrina estava defasada e derrotada nos campos europeus. Tivemos que reaprender tudo, desde as organizações de pelotões, até as divisões às pressas com os EUA, durante a mobilização da FEB.” Eu tirei o trecho acima do seu texto marine como exemplo, mas eu diversas citações que são expostas mas sem expor tbm a causa e juízo, acabando por desmoralizar demais as FA’s de um país que sem duvida é uma potencia, não regional, as mundial. No caso citado acima, realmente, o… Read more »

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Excelente texto Marine. Estou falando em termos de Exército Brasileiro ok? Das outras Forças honestamente não sei. O Exército Brasileiro tem uma doutrina própria de emprego, que tem algumas semelhanças com a doutrina estadunidense. Por exemplo, o emprego da Brigada como grande unidade mais ou menos independente (depende um pouco da arma). O fracionamento das unidades (Batalhão/Regimento) em Companhias, Pelotões e Grupos de Combate. A composição de GCs e Pelotões com um mínimo de apoio de fogos. Muito do material bélico empregado é igual ou semelhante. Vai por aí. Mas as semelhanças param por aí. O Exército Brasileiro é composto… Read more »

Samuel
Samuel
14 anos atrás

O fato do Brasil ter com a França uma cooperação estratégica de fato muda as coisas. Vimos uma outra via para que cheguemos ao patamar de potência regional, sem necessariamente corrermos para os pólos tradicionais, EUA e Rússia. Tal como fizeram Chaves e Uribe. Estamos seguindo uma terceira via, uma pavimentada por nós mesmos, mais com ajuda dos franceses. O Brasil sempre, em suas relações internacionais, busca a desvinculação de seu discurso com a política externa norte-americana, pelo fato de sermos diferentes e termos interesses diversos, simples. Buscamos um avanço tecnológico e um reforço me nosso parque industrial, e para… Read more »

GERSON VICTORIO
GERSON VICTORIO
14 anos atrás

Marine,

primeiramente meus parabéns….muito interessante o tema e sua abordagem que nos faz repletir um pouco sobre estratégias e esquecer um pouco o Hardware.

Felipe Cps,

belo post!!…resumiu bem a ideia daquilo que acredito ser nosso Exército.

Gerson

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Excelente texto. Más temos que relevar também que a campanha americana no Iraque não foi coberto de sucesso por muitos erros na condução do pós guerra. Um deles foi desmontar o setor público Iraquiano como professores, funcionários públicos administrativos de médio e auto nível e até mesmo as FFAA’s foram desmobilizadas deixando pessoal militar (bem treinados ou não) totalemente livres para “combater” juntos com os insurgentes. Nem mesmo os museus e sítios históricos do Iraque foram preservados deixando que saqueadores quebrassem ou roubassem para todo o sempre relíquias da antiguidade principalmente dos povos persas e mesopotâmicos. Somente com a chegada… Read more »

Marine
Marine
14 anos atrás

Fred, Desconheco o oficial frances citado por voce, mas o ponto e que com certeza houve franceses que tinham a nocao correta do que fazer na Argelia, o problema e que o alto-comando e por definicao a doutrina francesa simplismente nao funcionou na Argelia da mesma maneira que os sovieticos agiram no Afeganistao. Felipe Cps e Hornet, Excelente o comentario seus! Soldier, Voce esta absolutamente correto com relacao ao Iraque, a partir de 2006 quando estive la houve uma enfase enorme para a reducao de baixas civis na populacao e a partir do famoso “surge” fomos capazes de finalmente estarmos… Read more »

Wolfpack
Wolfpack
14 anos atrás

Marine, Admiro seu ponto de vista e o respeito, niguém melhor para falar de doutrina militar do que quem já viveu o dia a dia de prpeparação, mais preparação, treinamentos e mais treinamentos e o combate real nas Forças Americanas. Porém, não acredito que as Forças Brasileiras apresentam como objetivo importar doutrina Francesa, Sueca, Alemã, Inglesa ou Americana. Nossas FFAA apresentam tantas diferenças com estas forças citadas que torna difícil qualquer comparação. O Brasil está firmando um acordo estratégico com a França mais vinculado ao fornecimento de uma tecnologia que outros países não demonstram ofertar neste momento. A troca é… Read more »

Li_ne
Li_ne
14 anos atrás

Primeiramente, parabéns pelo post, Marine!

Realmente você nos fez refletir sobre a questão doutrinária militar e também estratégica da França e do nosso Brasil. Espero que todos gostem, entendam o ponto de vista do nosso autor e amigo e complementem o post, contribuindo para maior riqueza de detalhes sobre o assunto abordado.

Um abraço da amiga Li_ne.

Semper fi!

Wolfpack
Wolfpack
14 anos atrás

Pessoal,
Atenção para o novo fuzil Imbel abaixo:
http://sistemasdearmas.blogspot.com/
Abs

Dalton
Dalton
14 anos atrás

Wolfpack…

uma coisa digo com certeza: se os americanos tivessem um vizinho problematico e poderoso como a Alemanha nazista, eles nao teriam esperado pelo setembro de 1939 para dar inicio a um programa de construçao armamentista sem pareo na historia e que foi muito aumentado após Pearl harbor.

abraços

Marlon
Marlon
14 anos atrás

Interessante o texto. Só gostaria de lembrar que, em tempos mais remotos, a França revolucionou sim a doutrina militar.
Alguém aí já ouviu falar em Napoleão Bonaparte?

Lucas Calabrio
Lucas Calabrio
14 anos atrás

Prezado Marine Post muito interessante, e meus parabéns! Marine sou civil e portanto curioso e muito provavelmente um palpiteiro ( me esforço para não ser), mas salvo engano para cada situação utiliza-se determinada estratégia para alcançar o seu objetivo que é a eliminação do problema. Colocastes as seguintes definições: 1-Doutrina militar é aquilo que acreditamos ser a melhor maneira possível de conduzir assuntos militares. 2-A fonte principal de doutrina é a experiência O estudo da história militar das nações que se tornaram potências, se faz necessário para observações dos erros e acertos, mas necessário é observar os erros, pois são… Read more »

Ivan
Ivan
14 anos atrás

Marine, Parabéns pelo texto sensato. Os grandes soldados da história foram aqueles que reuniram a cultura e a experiência profissional (de combate). Concordo com sua preocupação. A doutrina francesa desde o final da I Grande Guerra sempre esteve no mínimo uma guerra atrasada. Vc deu alguns exemplos, mas vou enfatizar um que sempre me deixou intrigado. Na II Grande Guerra a França estava pronta para lutar a I Grande Guerra novamente. Por esta razão foi derrotada. Tinha bons carros de combate como os Char B e Reanout FT, em quantidade semelhante aos alemães (talvez maior) e com poder de fogo… Read more »

Lucas Calabrio
Lucas Calabrio
14 anos atrás

Prezado Hardy Har Har

Tenho a seguinte percepção: o processo do declínio do império norte-americano já teve o seu ínicio,e acredito que começou no Vietnã junto com o caso Watergate.
Abraço

Carlos .50
Carlos .50
14 anos atrás

O problema é a falta de opção.

Os EUA é a ÚNICA AMEAÇA real de invadir,ocupar para Rapinar nossas riquezas.

A IV frota dos EUA de um lado e as Bases Colombianas do outro lado.

Nos invadirem para Rapinar,é questão estratégica de “Quando e Como”.

Lucas Calabrio
Lucas Calabrio
14 anos atrás

Prezados
site muito interessante
http://www.esg.br/uploads/2008/12/resg-46.pdf

Alex
Alex
14 anos atrás

Querer ilustrar uma suposta inferioridade francesa em doutrina militar, usando como exemplo a doutrina francesa na segunda guerra é no mínimo tendencioso, ainda mais quando o autor do texto tenta elogiar a doutrina militar britanica, não podemos nos esquecer que a doutrina militar inglesa não era muito diferente dos franceses no início da segunda guerra, aliás quem foi também humilhantemente derrotado na França junto com os franceses, usando uma doutrina militar similar? Aliás só não foram também invadidos pela Alemanha simplesmente porque a Inglaterra é uma ilha e a Alemanha não tinha os meios materiais para isso. Exemplos bem sucedidos… Read more »

Hardy Har Har
Hardy Har Har
14 anos atrás

Prezado Lucas Calabrio, Desculpe pelo uso das siglas. Sua identificação foi precisa. Note que uso o MCPON como representante de um conjunto abrangente de militares com elevada capacitação profissional cuja escolha por mérito está seriamente comprometida. Do que cito nos comentários acima o mais bem documentado é o caso Ricci (discriminação na promoção de bombeiros – ver opiniões de Alito e Scalia para ter uma idéia precisa do que está acontecendo), porém mais nociva e menos conhecida é a magnitude da discriminação no ingresso nas carreiras de “colarinho azul.” Uma vez discriminando no acesso a uma carreira não existe necessidade… Read more »

Cap Gancho
Cap Gancho
14 anos atrás

Caro Lucas Calabrio.

Faltou este assunto a ser abordado:

A INDUSTRIA DAS GUERRAS:Muitos Negócios, LUCROS Fartos e 100% Garantidos pelo FED(Banco Central dos EUA)

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2009/09/454695.shtml

Os atentados de 11 de Setembro as Torres gêmeas,foram alertados 3 meses antes(Vários e Fortes indícios e movimentos) a Camarilha do G.Bush nada fizeram para impedir.

Tanto que sabiam,que 2 meses antes dos atentados, os Donos das torres gêmeas fireram um SEGURO de MAIS 3 BILHÕES de Dólares.

Roberto Valadares Caiafa
14 anos atrás

Caros amigos A 15 anos, espaços de discussão como este simplesmente nem existiam. A 15 anos, programas de reaparelhamento das FAs BR sequer seriam tidos como possíveis. Evoluímos, e sim, temos doutrina. E temos muitas incoerências nesta doutrina. Queremos ter uma aviação naval de asas fixas, mas temos um porta-aviões de 1963 e caças de ataque leve analógicos fabricados em 1977. Um navio francês operando aviões americanos (isso quando funciona). Operamos blindados M-60 no EB, mas todo mundo sabe que os Leopard são muito melhores. Os M-60 só vieram por que foi uma compra de governo a governo, na era… Read more »

konner
konner
14 anos atrás

[” Felipe Cps em 18 set, 2009 às 10:02 “]

BRAVO !! BRAVO !! BRAVO !!

Lucas Calabrio
Lucas Calabrio
14 anos atrás

Prezado Hardy Har Har
Essas siglas comentadas são as seguintes?
MCPON = Master Chief Petty Officer of the Navy
SCOTUS = Supreme Court of the United States
Sds

slmp
14 anos atrás

Estou de pleno acordo com o discurso sobre doutrina militar independente do material bélico que devamos utilizar,sempre tendo em mente que ter armas de países que de subito podem impedir-nos de
adquirir componentes vitais para plena utilização,são um empecilho,
nos faz pensar cada vez mais valorizar nossa “inteligentsia”,como soe a uma nação que se destina em breve a despontar entre as maiores potências do planeta.Por isto entre outros motivos sou simpatizante
das opiniões de:
DV , LBacelar ,Felipe e Wolfpack em 18 set.

Leco
Leco
14 anos atrás

A doutrina ‘americana’ do exército brasileiro que substituiu a francesa só foi boa numa coisa: golpes militares, toturas de cidãos brasileiros e censura à imprensa e aos artistas….

Isso é que é ‘doutrina’ boa !!!!!

Leco
Leco
14 anos atrás

Digo: cidadãos brasileiros

Wolfpack
Wolfpack
14 anos atrás

A França no Norte da África e em suas Colônias ultramarinas mostrou do que é capaz. Se alguma delas pensar em Liberté, égalité, fraternité que o seja com consentimento da República Francesa senão o pau come e o sangue correrá como já aconteceu. Amigo, Franceses e Americanos são exelentes em uma coisa, propaganda. De resto são movidos pelos mesmos objetivos, não sejamos inocentes. A História mostra isso e queiramos ou não. Se um Estado se mostra fraco os Lobos tomam conta. Por isso a Águia Americana segura em sua garra direita um ramo de Oliveira e a defende com 13… Read more »

Hardy Har Har
Hardy Har Har
14 anos atrás

“Não entendi isso aí, não.” Você não entender as coisas não me surpreende, Hornet. Que você seja capaz de ler um artigo desse (sendo que você nem imagina que esse tipo de coisa está acontecendo) onde fica claro que os EUA estão reduzindo significativamente o nível de inteligência médio de suas próprias forças armadas e ainda consegue responder com tamanha obtusidade, nada se pode se esperar de você além dos constantes sumários dos talking points que você absorve, recicla e reescreve com eloquência inversamente proporcional à originalidade. Você transpira medo de informações não-ortodoxas. Não quer ver, não quer saber, só… Read more »