Iveco cria divisão de veículos de defesa e investe R$ 75 mi em nova unidade em Sete Lagoas

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Marina Rigueira

A Iveco anunciou na tarde desta segunda-feira que vai criar uma divisão de veículos militares cuja primeira ação será gerenciar o projeto do Veículo Blindado de Transporte de Pessoal (VBTP-MR), veículo anfíbio, que a empresa desenvolve em conjunto com o Exército Brasileiro. Nomeada Iveco Veículos de Defesa, a nova divisão começa com um investimento de R$ 75 milhões para a construção de uma unidade produtiva dentro do complexo industrial da Iveco, em Sete Lagoas.

A nova área produtiva ocupará uma área de 18 mil metros quadrados e vai acolher a produção seriada das 2.044 unidades do VBTP já encomendadas pelo Exército, que está prevista para começar no segundo semestre de 2012. A expectativa é que a nova unidade crie 350 empregos diretos e os novos empregados serão treinados para tarefas especializadas e raras no mercado, como solda de aço balístico.

A Iveco apresentou ao governador Antonio Anastasia, o protótipo do VBTP-MR, batizado de Guarani. O governador de Minas Gerais destacou a importância do novo investimento da Iveco para a geração de empregos no estado e lembrou que, além de servir ao Exército Brasileiro, a unidade da empresa no Estado poderá exportar parte de sua produção.

“Estamos vendo a Iveco expandindo sua produção, abrindo uma nova unidade de negócios, a Iveco Veículos Defesa. Uma nova tecnologia. Em um primeiro momento, o Exército Brasileiro já contratando mais de 2 mil veículos. O investimento servirá de plataforma para outros veículos de defesa. Servindo não só ao Exército Brasileiro, mas para exportação, o que gera empregos, divisas e aquilo que é mais importante, valor agregado ao produto mineiro”, afirma Anastasia. O Exército Brasileiro já contratou a fabricação de 2 mil unidades do veículo.

Além do blindado, a nova unidade de negócios trabalhará na adaptação especial de caminhões Iveco para o uso militar, como já faz na Europa. O primeiro protótipo do VBTP-MR será exibido na Latin America Air & Defence (LAAD), a maior feira militar da América Latina, que começa no dia 12, no Rio de Janeiro. Após a exibição, o protótipo segue para o campo de provas do Exército Brasileiro em Marambaia (RJ), para um período de testes. Ao mesmo tempo, a Iveco Veículos de Defesa iniciará a construção de um lote piloto de 16 veículos previstos no período de desenvolvimento.

Tecnologia em Minas

Acompanhado do presidente da Grupo Fiat na América Latina, Cledorvino Belini, do comandante do Exército Brasileiro, general Enzo Martins Peri, e do presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, o governador assistiu à apresentação do novo projeto da Iveco e foi conhecer o modelo do veículo que ficou estacionado, pela manhã, na Praça Cívica, em frente ao Palácio Tiradentes na Cidade Administrativa.

Antonio Anastasia lembrou que Minas Gerais, por meio da fábrica de helicópteros da Helibras, em Itajubá (Sul de Minas), já fornece produtos de alta tecnologia para as Forças Armadas. “Tudo isso é muito positivo para a economia de Minas e para a economia do Brasil. A determinação do nosso Governo é diversificar e agregar valor aos produtos de nosso Estado. E não há dúvida alguma que a indústria de veículos blindados, não só insere tecnologia e conhecimento, mas garante sustento à Iveco na possibilidade de novos saltos”, disse o governador.

Desenvolvimento regional

O presidente da Iveco Latin América, Marco Mazzu, ressaltou nesta segunda-feira que, nos últimos três anos, a Iveco modificou radicalmente o perfil produtivo de Sete Lagoas, baseado até então na produção de ferrogusa. Com a instalação da montadora do Grupo Fiat, a cidade se transformou no segundo pólo automotivo do Estado. Hoje, segundo o presidente, a Iveco emprega diretamente cerca de 2,6 mil pessoas e outros 5 mil indiretas. A empresa também responde por cerca de 35% da arrecadação municipal, segundo o prefeito de Sete Lagoas, Mário Márcio Maroca.

O município tem investimentos previstos de R$ 2,15 bilhões, entre 2003 e 2011, em projetos públicos e privados, com a geração de 6,6 mil empregos diretos. Os principais setores que estão recebendo os investimentos são a siderurgia, indústria têxtil, transporte, segurança, saneamento, metalurgia, comércio, automotivo e agroindústria.

FONTE: Estado de Minas/Economia / FOTOS: Omar Freire/Imprensa MG

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Baschera
Baschera
13 anos atrás

Esta torreta da foto é da Ares ou a da Elbit ??

Sds.

Bronco
Bronco
13 anos atrás

É um sistema UT-30, da Elbit.

Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Mesmo nos países do primeiro mundo são poucos os veículos de combate que possuem um sistema eletroóptico/imagem térmica independente para o comandante da viatura.

Vader
13 anos atrás

Sim, bonito ficou. Resta saber todo o resto.

Mas eu preferiria que as superfícies laterais fossem inclinadas. Dois metros de chapa reta é um alvo considerável.

Sds.

rsbacchi
rsbacchi
13 anos atrás

Un veículo perfeito.

Não tenho a minima critica.

Devo dar os parabens ao pessoal tecnico do exército e da IVECO.

Um sucessor mais que digno do EE-11 Urutu!

Bacchi

Mauricio R.
Mauricio R.
13 anos atrás

Sinceramente não estou vendo nada de mais. Aliás acho até que o que o EB está fazendo, vai na contra mão do mercado. Tão esperando exportar isso aí??? Esperem deitados então, pois o que não falta hoje no mercado, são designs de viaturas blindadas. Stryker, Patria, Pandur, Piranha, etc… Esse aí é somente mais um, e sendo 6 X 6, leva uma tremenda desvantagem. Prá que criar algo do zero??? Melhor e mais barato seria aproveitar algum dos mtos designs existentes e partir de um veículo, se não um em franca produção, ao menos um em que os custos de… Read more »

Wagner
Wagner
13 anos atrás

A Iveco é multinacional, ou ela tem participação de capital nacional ??

Ela é da Fiat ??

Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Vader,
Como pode-se observar que há o que parece ser seteiras de tiro no “habitáculo” e as mesmos não podem ser vistas do lado de fora, eu creio que a aparente falta de inclinação se deva a placas de blindagem espaçada adicionais afixadas à estrutura externa.
Vale lembrar que qualquer nível maior de proteção blindada (por exemplo, contra uma carga HEAT) para esse tipo de veículo de combate só pode ser atingida com o acréscimo de blindagem modular (espaçada, reativa, gaiola, etc).

Antonio M
Antonio M
13 anos atrás

Não gosto das hélices, principalmente devido a exposição.

Não poderiam ser hidrojatos?