Kiev expulsa adido militar russo por espionagem

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ClippingA Ucrânia ordenou ontem a expulsão de um adido militar da Rússia, dizendo tê-lo “flagrado” recebendo informações confidenciais sobre a cooperação do país com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante a revolta armada que Kiev diz ser dirigida por Moscou.

O Ministério das Relações Exteriores ucraniano declarou que o diplomata foi detido no dia anterior e declarado persona não grata no país. Ele não teve sua identidade revelada pelas autoridades. O serviço de segurança da Ucrânia disse se tratar de um oficial de inteligência russo que vinha coletando informações sobre “a cooperação militar e política entre Ucrânia e Otan”.

“No dia 30 de abril, ele foi flagrado recebendo material confidencial de sua fonte”, disse uma porta-voz do serviço de segurança da Ucrânia, Maryna Ostapenko. Ela descreveu a fonte como um coronel das Forças Armadas ucranianas.

Maryna disse que o adido foi entregue à embaixada russa com ordens de partir. No entanto, ela afirmou não saber se ele já havia deixado o país ontem. Não houve resposta imediata de Moscou, que, como Kiev, comemorou ontem o feriado de 1º de maio.

O comunicado da chancelaria não deu detalhes sobre quais atividades de cooperação seriam essas e se elas estavam ligadas à ocupação de prédios públicos e de delegacias por milícias pró-Moscou no leste da Ucreânia.

A expulsão do diplomata russo evocou lembranças da Guerra Fria, com o Ocidente manifestando crescente preocupação sobre o avanço dos militantes pró-Rússia no leste da Ucrânia procurando tranquilizar aliados na região.

Em Moscou, a agência de notícias RIA Novosti disse que “dúzias de helicópteros de ataque” – identificados como Mi-28N Night Hunter e Ka-52 Alligator –apoiados por helicópteros militares de transporte, “iniciaram o treinamento de voos regulares nos céus da região noroeste da Rússia”. A agência atribuiu a informação ao coronel Oleg Kochetkov, porta-voz do Distrito Militar Ocidental da Rússia. O texto da agência se referiu ao “incremento da presença militar da Otan na região”. “A imprensa nas antigas repúblicas soviéticas do Báltico, assim como Alemanha, Polônia e Grã-Bretanha têm expressado preocupação com a segurança após a decisão da Rússia de estacionar a 15.ª brigada (do Exército) nas proximidades da fronteira da Otan”, afirmou o texto. /NYT e REUTERS

FONTE: Estadão

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Soldat
Soldat
9 anos atrás

E isso mesmo se a Otan ta enviando tropas para a fronteira com a Russia a Russia usando a logica tem que mandar tropas para a fronteira da Otan simples não!!!!!