OH-58D Kiowa
OH-58D Kiowa, dotado de rotor de quatro pás

Roberto Lopes

Editor de Opinião da Revista Forças de Defesa

O Departamento de Compras do Comando de Aviação do Exército Argentino marcou para esta terça-feira (02.06) a abertura dos envelopes com as propostas das empresas que, no âmbito do processo licitatório nº21/2015, se propõem a oferecer a logística de transporte, da Itália para a Argentina, de 19 helicópteros Agusta Bell 206.

O material a ser trasladado inclui dez sistemas de metralhadoras pesadas e cinco macas para aeronaves, além de um lote de peças de reposição para os aparelhos e acessórios aeronáuticos.

Parte das aeronaves deverá reforçar os meios de que dipõem os responsáveis pelo Curso Conjunto de Pilotos de Helicópteros (CCPHEL), ministrado pela Escola de Aviação do ExDestaqueército Coronel Arenales Antonio Uriburu, sediada no Aeródromo Militar Campo de Mayo, na Província de Buenos Aires.

Um segundo lote de aparelhos Agusta Bell servirá à transformação do Escuadrón de Aviación de Exploración y Ataque 602 em Batalhão de Helicópteros de Exploração e Ataque 602 (BHEA 602).

O Exército argentino do Batalhão de Helicópteros de Assalto 601, dotado de aeronaves Super Puma, Bell 205 e 212, além de UH-1H. Mas essas aeronaves são mais apropriadas ao transporte de pequenos destacamentos e às missões de apoio aéreo aproximado (close air support).

Os helicópteros (construídos na década de 1980), as metralhadoras, as macas e os suprimentos compõem uma compra de valor estimado em 22 milhões de dólares.

Kiowa – Os argentinos também tentam, há mais de um ano, articular a aquisição de um pequeno número de helicópteros de ataque OH-58D Kiowa, aparelhos que permitiriam à nova unidade aérea do Exército desenvolver certa capacidade de combate anti-tanque e, até, de combate ar-ar.

O OH-58D é um aparelho com rotor de quatro pás – mais silencioso que a versão C, que o precedeu, de rotor de duas pás – preparado para fazer voos “colados ao chão” (nap-of-the-earth), e apto a receber lançadores de mísseis ar-terra AGM-114 Hellfire ou disparadores de mísseis Stinger configurados para o combate ar-ar.

À época em que ele foi oferecido aos argentinos – final de 2013 – ele também foi proposto pelo governo americano ao Exército brasileiro, mas o Comando da Aviação do Exército, com sede em Taubaté, dispensou a oferta.

Para cumprir as tarefas de reconhecimento fotográfico do teatro de operações – antes cumpridas por aeronaves OV-1 Mohawk, de procedência americana –, os generais argentinos estão estudando a adaptação dos bimotores austríacos Diamond 42, construídos em material composto.

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Wellington Góes
Wellington Góes
8 anos atrás

Para o EA os Kiowa está bom demais, seria uma ótima aquisição, mas para o EB, se objetivo for um helicóptero de reconhecimento armado, o melhor a fazer é aproveitar a modernização dos Esquilos/Fennecs e fazer as instalações dos equipamentos, teríamos assim um helicóptero com capacidades equivalentes, sem bagunçar ainda mais a logística de manutenção do EB.

Até mais!!! 😉

Iväny Junior
8 anos atrás

Os 206 argentinos mais armados do que os Panther brasileiros.

Ah vá.