Rio de Janeiro (RJ) – Ao longo de 2 semanas, a Força de Prontidão Aeroterreste (FORPRON Aet), oriunda da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt), realizou seu treinamento simulado, conquistando sua certificação no Sistema de Prontidão Operacional do Exército Brasileiro. Após 4 meses de preparação, o Comando Militar do Leste, órgão certificador, organizou e conduziu exercícios para avaliar o grau de operacionalidade da Bda Inf Pqdt.

De acordo com o Chefe do Preparo da Força Terrestre do Comando de Operações Terrestres, General de Divisão Marcos de Sá Affonso da Costa, o exercício servirá de inspiração para outras Organizações Militares. “É a primeira certificação que nós estamos fazendo das forças de prontidão do Exército. Estamos convictos de que temos uma tropa em ótimas condições de cumprir quaisquer das missões de combate que são previstas para a sua natureza, nesse caso, a nossa Brigada de Infantaria Pára-quedista. Esse modelo será replicado, neste ano, para mais 5 brigadas. Se o projeto der certo, a partir de 2021, já acrescentaremos outras tropas até obtermos um nível de 10 brigadas e mais 14 módulos especializados. Começamos com o pé direito aqui no Comando Militar do Leste. Deu tudo certo e acredito que isso será reproduzido com as adaptações necessárias a cada um dos Comandos Militares de Área”, ressaltou.

O Exercício de Certificação do Estado-Maior da Bda Inf Pqdt e de suas Organizações Militares ocorreu, também, no Centro de Adestramento Leste (CA-Leste), onde o planejamento e a tomada de decisões foram observados, utilizando-se o software COMBATER nessa simulação construtiva. Enquanto isso, os comandantes de pequenas frações já se preparavam na simulação virtual, executando os ensaios das ações no terreno virtual.

Na sequência, a FORPRON Aet executou seu apronto operacional, ficando em condições de iniciar o exercício de campanha. Esse último, de simulação viva, foi realizado no Centro de Instrução de Gericinó, quando a força adestrada combateu uma força oponente, sendo arbitrados por observadores e controladores de adestramento, com o auxílio do Dispositivo de Simulação de Engajamento Tático (DSET).

O treinamento constituiu-se em preparo para a Defesa da Pátria, com a realização de operações ofensivas e defensivas, no âmbito de conquista e manutenção de cabeça-de-ponte aérea, em um cenário de combate convencional.

Após ser considerada certificada, a tropa adentrará na fase da prontidão operacional propriamente dita, ou seja, os militares realizarão a capacitação tática e técnica do efetivo profissional e a manutenção de padrões, até que haja o acionamento para o emprego real ou o treinamento para a verificação do estado de prontidão.

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Matheus Augusto
Matheus Augusto
3 anos atrás

Parabéns exército ! Apesar de tudo nossas tropas mantém seu adestramento, Brasil !

Bitten
3 anos atrás

Está de parabéns o EB, e todos os envolvidos. São ações desse tipo, profissionais e permanentes, q nós dão alento e despertam a confiança na corporação. É tempo de discutir reformas em nossas FFAA que as adaptem as nossas realidades contemporâneas. Discutir se precisamos de uma Força Terrestre com o perfil q tem atualmente, ou se precisamos de uma corporação menor, mais profissional e mais eficiente. É interessante observar q o coordenador fala em “10 brigadas”, o q provavelmente implica em um efetivo de 60 a 70 mil tropas de prontidão. Parece-me o efetivo senão ideal, próximo do ideal –… Read more »

Foxtrot
Foxtrot
3 anos atrás

Na primeira imagem da série de 6 imagens, na costa do combatente com o IA2 é a Alac ou AT4?
E que fim levou o projeto ALAC ?
O problema dos projetos no Brasil é esse.
Se demora desenvolver e quando o faz não se adquire em grandes quantidades a ponto do fabricante evoluir o projeto.
Pois a Alac já carece de inovações como trilhos Picatilly, granada termobárica, e quem sabe um tubo descartável mais leve em materiais compostos.

Alfa BR
Alfa BR
Reply to  Foxtrot
3 anos atrás

Ou é um tubo de AT4 adaptado ou um simulacro com o DSET.

Velame
Velame
Reply to  Foxtrot
3 anos atrás

É um AT 4 ja utilizado. Ali esta apenas o tubo descartavel para ser usado na instrução. Eu nunca vi esse ALAC. Uma pena mesmo. Concordo com voce.

rdx
rdx
Reply to  Foxtrot
3 anos atrás

O curioso é sempre aparece um AT-4 em exercícios. Aliás, eu pensava que todos os AT-4 (adquiridos na década de 90) já tinham sido desativados e/ou substituídos pelo ALAC. Mas não se preocupem, em caso de guerra, o EB é capaz de produzir milhares de ALAC e MSS 1.2. Esse é o tipo de mentalidade que só existe no EB: a existência de armas virtuais. Como fica o treinamento da tropa e a avaliação do armamento? Como querem exportar essas armas se o nosso próprio exército não faz a devida propaganda. Vai entender.

Alfa BR
Alfa BR
Reply to  rdx
3 anos atrás

Considero erro de maior magnitude o fato de que nem a Brigada de Infantaria Paraquedista nem a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) possuírem dotação completa de Míssil Anticarro. Ambas as GU são componentes da Força de Ação Rápida Estratégica do Exército Brasileiro.

Ao menos as unidades dessas GU deveriam estar plenamente equipadas conforme previsto.

Isso fica ainda pior quando existem estudos de quase 40 anos atrás indicando a necessidade de aquisição desse tipo de arma.

Last edited 3 anos atrás by Alfa BR
Capitain Commando
Capitain Commando
3 anos atrás

Aos amigos foristas integrantes do EB: Como se dá essa Certificação? Há algum Órgão Certificador Internacional ou é só o EB certificando o EB?

Alfa BR
Alfa BR
Reply to  Capitain Commando
3 anos atrás

Após 4 meses de preparação, o Comando Militar do Leste, órgão certificador, organizou e conduziu exercícios para avaliar o grau de operacionalidade da Bda Inf Pqdt.”

Agnelo
Agnelo
Reply to  Capitain Commando
3 anos atrás

Prezado Uma equipe é preparada pelo Centro de Adestramento no que é mais atual nas TTP. Uma tropa deste Centro é preparada também. Ela está sempre pronta pra isso. É a FOROP (Força Oponente). A tropa a ser certificado enfrenta a outra sob os olhares dos avaliadores q tem auxílio dos dispositivos lazer. O preparo, o planejamento, a emissão da ordem, a execução, tudo é avaliado em fichas q apontam o q deve ocorrer. Grosso modo, é isso. A tropa, atingindo os objetivos, está verificada para a operação q está prevista. Cabe ressaltar, q o EB tem nos Centros de… Read more »

Velame
Velame
Reply to  Agnelo
3 anos atrás

“Há tropas famosas em filmes q nunca venceram a FOROP do CA-Leste, por exemplo.” Isso é verdade Agnelo! Sou testemunha de alguns” combates” memoraveis ocorridos no morro do capim, na tavares bastos, na antiga area 3, contra grande parte das tropas especiais militares e policiais do Brasil… A FOROP era osso duro de roer mesmo. Mas isso no antigo CAAdEx… bons tempos… OCA FOROP BRASIL!

Agnelo
Agnelo
Reply to  Velame
3 anos atrás

Memoráveis tempos do CAAdEx!!!!
BRASIL!

Alfa BR
Alfa BR
3 anos atrás

Mais uma vez:

O EB deveria adquirir miras óticas e novos tripés (mais leves e compactos, substituindo o “carrapato”) para as MAG das unidades da Força de Ação Rápida Estratégica, onde a FORPRON Aet está inclusa. Também poderia adquirir algumas M240 para substituir as cansadas MAG nessas OM ou até quem sabe moderniza-las.
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Last edited 3 anos atrás by Alfa BR
rdx
rdx
Reply to  Alfa BR
3 anos atrás

Eu trocaria a MAG pela Minimi 7,62mm

Alfa BR
Alfa BR
Reply to  rdx
3 anos atrás

Na função de metralhadora leve, disparada no bipé, cumpre a função.

Como metralhadora de apoio executando fogo sustentado, montada no tripé, não.

rdx
rdx
Reply to  Alfa BR
3 anos atrás

É incompreensível que a bda Pqdt ainda use MAG com tripé.

Alfa BR
Alfa BR
Reply to  rdx
3 anos atrás

Não há problema em ainda usa-las montadas em tripés, forças leves de muitos países ainda utilizam metralhadoras dessa forma (EUA, Reino Unido, França, Austrália…).

Nessa configuração é possível prover fogo sustentado batendo alvos a distâncias maiores do que apoiando no bipé. Por isso uma mira ótica com aumento também seria bem-vinda.

O problema está nesses tripés “carrapato” (ou “aranha”) que pesam o mesmo que as metralhadoras.

Um tripé como M192 em uso nas FA’s americanas seria um substituto adequado. Pesa 5kg (menos da metade do nosso) e é mais compacto.
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Alfa BR
Alfa BR
Reply to  rdx
3 anos atrás

E o mercado oferece soluções para facilitar a vida das guarnições e aumentar sua efetividade:

https://soldiersystems.net/2014/02/05/shot-show-mmi-outdoor-mag-pack-updates/

Velame
Velame
Reply to  Alfa BR
3 anos atrás

A REMAX na versão 7,62mm utiliza a M240. Tem um artigo na T&D que fala sobre isso. Talvez não fosse tão difícil assim substituir a velha dona MAG. Acredito que isto deva estar na pauta, mas chegamos em um ponto em que ha tantas prioridades que fica dificil resolver todas de uma vez… Mas estamos caminhando senhores, miras óticas ja temos em boa quantidade nos IA2. E não só na brigada. Vejo varias soldados de unidades pé preto aqui na vila com IA2 com miras holograficas. O Exercito esta fazendo o que pode. Mas são muitas frentes para bater, e… Read more »

Santiago
Santiago
3 anos atrás

Muito bom. Devagar o EB vai se modernizando e vencendo a resistência das amarras da 2º WWII. Em tempo: Off Topic

Rússia faz grande Exercício Militar e coloca países fronteiriços em alerta como Armênia,Azeibarjão e até a ucrânia.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/07/russia-faz-megaexercicio-militar-de-surpresa-e-coloca-ucrania-em-alerta.shtml

Paulotd
Paulotd
Reply to  Santiago
3 anos atrás

Mag é boa,robusta igual o FAL, precisa, bem manutenida plenamento usável e eficiente.

Trocaria somente pela MG3 devido a maior cadência..

rdx
rdx
Reply to  Paulotd
3 anos atrás

O problema da MAG é o peso…e não faz sentido substituir a MG3 porque ela é orgânica dos Leopard.

Muitos exércitos estão substituindo essas excelentes metralhadoras pelas modernas Minimi, Negev e MG5 7,62mm.

Joli Le Chat
Joli Le Chat
3 anos atrás

Nossas forças armadas usam Windows? O Windows que vem com os computadores mesmo?
Ou tem uma versão especial, sem a telemetria?

Francisco Lúcio Sátiro Maia Pinheiro
Francisco Lúcio Sátiro Maia Pinheiro
3 anos atrás

Que apetrechos são esses nos capacetes doa soldados parecendo algo eletro óptico? É para visão noturna?

Bardini
Bardini

É um sistema usado para treinamento.comment image
.
Se tu notar, na ponta das armas também tem um dispositivo fixado, na forma de um “retângulo preto”. Esse dispositivo emite um sinal durante o disparo da arma. Se esse sinal atingir um infante, já era pro cara…

Last edited 3 anos atrás by Bardini
Agnelo
Agnelo

Esse dispositivo capta o lazer q daí dos dispositivos das armas.
Assim, o OCA (Observador, Controlador e avaliador), por meio de um aparelho, sabe quantos tiros atingiram o militar, quem, se foi de “raspão” ou se foi fogo amigo.
Desta forma, treinamento fica mais real e exige a utilização das técnicas corretamente.
Sds

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás

Treinar é sempre bom , estarem preparados é sempre melhor!