Primeira missão do radar foi realizada em Parintins, no Estado do Amazonas

Parintins, 28 de agosto de 2023 – A Embraer e o Exército Brasileiro (EB) concluíram com sucesso o primeiro teste experimental do radar M200 Vigilante em ambiente representativo, incluindo o deslocamento do equipamento na aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira. A operação do radar foi realizada no Aeroporto Júlio Belém, em Parintins (AM), ao longo dos meses de junho e julho. A Prefeitura Municipal de Parintins e os administradores dos Aeroportos Júlio Belém e de Viracopos (Campinas-SP), também apoiaram a iniciativa.

A localidade foi escolhida em virtude do Festival Folclórico de Parintins, evento que implica um aumento expressivo no tráfego aéreo da região. Milhares de visitantes acessaram a cidade neste ano por meio do Aeroporto Júlio Belém, totalizando mais de 800 operações de pousos e decolagens em uma semana. O radar M200 Vigilante foi transportado pela primeira vez em um KC-390 da FAB, em um trajeto de três horas entre Campinas e Parintins.

O sensor acompanhou o tráfego aéreo em um raio de 200 km do aeroporto, de forma ininterrupta, paralelamente ao trabalho dos controladores de voo do CINDACTA IV, órgão da FAB responsável pela coordenação aérea na região Norte.

“O Festival Folclórico de Parintins apresentou uma oportunidade de testar o desempenho do M200 Vigilante em um ambiente desafiador, como é o da Amazônia. A operação conjunta da Embraer com o Exército e a Força Aérea comprovou a versatilidade, agilidade, precisão e robustez do equipamento já em sua primeira operação. Estamos muito satisfeitos com os resultados que constituem um passo importante na transição para emprego efetivo e operacional futuro em proveito das Forças Armadas no Brasil e exterior”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

“Estamos orgulhosos em participar e contribuir com este relevante evento na região amazônica. Ao longo de mais de 15 anos de desenvolvimento na área de sensores, a parceria entre o Exército e a Embraer tem construído a autonomia tecnológica dos agora radares digitais, conhecidos como phased array. Realizar este exercício experimental foi mais um passo importante na comprovação de características técnicas do M200 Vigilante, que ampliará as capacidades da nossa tropa, mantendo a operação continuada com o apoio da Base Industrial da Defesa (BID)”, afirma o General de Exército Achilles Furlan Neto, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro.

O radar M200 Vigilante é um sensor de médio alcance voltado para aplicações de Vigilância Aérea e Alerta Antecipado. Utilizando técnicas avançadas de processamento, é capaz de detectar e rastrear posições e trajetórias, além de classificar os alvos detectados. Possui um sistema integrado de geração de energia, que lhe garante autonomia de operação por até 48 horas, ademais da facilidade de transporte por plataformas terrestres e aéreas.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.

Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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AguiCunha
AguiCunha
7 meses atrás

Muito bom! Logo será capaz de produzir outros de maior capacidade. Será que está prevista a instalação de radares definitivos em posições estratégicas do país?

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  AguiCunha
7 meses atrás

Se fizer um maior perde a mobilidade que é sua principal característica…em outras palavras é um produto excelente sob medida

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Reply to  Rafael Gustavo de Oliveira
7 meses atrás

Maior em capacidade de detecção.

Fernando Botelho
Fernando Botelho
Reply to  AguiCunha
7 meses atrás

Acho que agora o foco da Embraer deve ser na otimização/miniaturização de alguns componentes.

Heverton Ribeiro
Heverton Ribeiro
7 meses atrás

De uma matéria de 2021: “De acordo com informações do CTEx, o radar primário banda S, com varredura totalmente eletrônica em azimute (“phased array” ativo), é capaz de detectar um alvo de 2,5 m² a 150 km de distância, possui um teto de cobertura de 15 km e está preparado para receber o IFF (“identification friend or foe”, ou “identificação amigo ou inimigo”, em português) modo 4 do Projeto IFFM4BR, da Força Aérea Brasileira (FAB). Seu baixo peso permite que seja transportado por uma viatura de transporte especializado (VTE) 6X6 VOP1 MAN Constellation 31.320, sendo todo o sistema aerotransportado por aeronaves… Read more »

Robson Rocha
Robson Rocha
7 meses atrás

Boa notícia. A inclusão de tecnologia nacional de ponta ao trabalho de vigilância aérea é um passo importante para um futuro sistema de defesa antiaérea com menor dependência de equipamentos estrangeiros. Sucesso a Embraer e ao EB com sua família de radares!

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  Robson Rocha
7 meses atrás

Me lembro bem uma frase do Bruxo…dizia assim….”eles estão deixando a gente sonhar”…com a politica nacional eu creio em atitudes, torço pelo meu Brasil e gostaria muito que matérias como essa mostrasse as autoridades civis estão sendo convidadas a “ver” o que a industria tem a oferecer, mesmo que esses sujeitos sujem seus sapatos italianos de um pouco de poeira/lama.

Kommander
Kommander
7 meses atrás

Dinheiro tem! O que falta é uma boa gestão de recursos e vontade de fazer. Esse radar com tecnologia nacional é de extrema importância, só de não ficar dependendo de tecnologia estrangeira, já é um ganho exorbitante.

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
7 meses atrás

Nosso país com características continentais e uma das maiores fronteiras do planeta os sistemas com capacidade aerotransportaveis são de grande valor, sabemos que é quase impossível fechar o espaço aéreo, mas levar ao inimigo a dúvida de onde está a bateria limitaria suas operações e nos dá grande capacidade dissuasoria….não é só alcance de míssil/radar que se faz uma artilharia antiaerea ser eficiente, fiquem de olhos nos sistemas ofertados de médio alcance com capacidade aerotransportaveis esses estarão em vantagem.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
7 meses atrás

Produção de radares é uma das áreas extremamente importantes para a soberania nacional. Aproveito e abro um parênteses. Radar é caro. Quando se discute artilharia antiaérea muitos dizem que preferem que a mesma viatura tenha instalados o radar, canhão e mísseis, mas isso não é muito inteligente. O radar brasileiro Saber M-60 custa cerca de R$ 2,5 milhões. O radar sueco Giraffe X1 custa US$ 2,3 milhões. Pensando no sistema da SAAB proposto ao Exército Brasileiro. Uma coisa é comprar 6 radares e montar seis grupos com mais seis veículos com mísseis cada. 42 veículos no total e 6 radares.… Read more »

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  Rafael Oliveira
7 meses atrás

É xará, uma pena o SABER não ter uma versão mobile, ficar fazendo a equipe montar e desmontar o equipamento não é eficaz para tropa motorizada….faltou a BRADAR apresentar uma solução assim…ponto para SAAB.

Dragonov
Dragonov
7 meses atrás

E recentemente a FAB foi ao mercado para comprar radares.
Não seria mais prático, esperar o término do M-200 e adquirir o mesmo ?
“Médio alcance”?
Sério? Para mim, 200 km é distância para mais de metros kkk.
Parabéns CTEX/ Embraer.
Isso sim, é a verdadeira indústria de defesa nacional.
Agora, que venham os mísseis nacionais.
O ideal seria o CTEX terminar seu míssil de médio alcance (que não me lembro mais o nome), em cooperação com a Embraer, SIATT, Avibras.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Dragonov
7 meses atrás

Essa compra da FAB foi efetivamente realizada?

Se não me falha a memória os radares do SIVAM, comprados pelo FHC, tem alcance de 400km. Então tem bastante espaço para evoluir.

Dragonov
Dragonov
Reply to  Rafael Oliveira
7 meses atrás

Não sei se foi efetivamente confirmada, mas estava nas vias de fato.
Sim, sempre há espaço para evolução, mas 200 km já é mais que média distância, isso não há como negar !

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Dragonov
7 meses atrás

Eu vi que a FAB iniciou a licitação, mas depois não vi notícias de que teve interessados, de que algum foi escolhido e de que o contrato foi assinado, por isso acho que ainda não há vencedor definido.

Fernando "Nunão" De Martini
Reply to  Dragonov
7 meses atrás

Até onde sei, a licitação recente da FAB é para uma quantidade pequena de radares bem específicos, do tipo móvel, instalados em veículos terrestres. Ou seja, não é esse tipo de radar da matéria (o qual, ainda que seja aerotransportável, não foi projetado para instalação e integração em veículo terrestre – ainda que possa ser no futuro). Não creio que essa pequena compra da FAB seja algum desprestígio ao M-200 ou a radares nacionais, pois ela compra radares fabricados no Brasil há muito tempo. Os radares originais que compunham os Cindactas, por exemplo, vêm sendo substituídos por novos, fabricados aqui,… Read more »

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

Apesar de ser uma compra de apenas dois radares móveis é uma compra de R$ 224 milhões. Em se tratando das nossas Forças Armadas, é um valor considerável.

A integração do radar Saber M200 em um caminhão não me parece um grande desafio técnico. O problema seria o alcance do radar e, talvez, outras características dos radares.

Sinceramente, não sei se é justificável a escolha da FAB por radares estrangeiros e a “pressa” em sua aquisição. Há tantas necessidades na FAB que eu gostaria de saber porque essa é uma prioridade no momento.

Fernando "Nunão" De Martini
Reply to  Rafael Oliveira
7 meses atrás

Sim, esse é um bom tema para acompanhar. Como, pelo que vi, a demanda por esse tipo específico de radar é muito antiga, não sei se cabe exatamente a questão da pressa.

De qualquer forma, procurei mostrar que, em contrapartida a essa possível compra de radar no exterior, há dezenas de aquisições de radares fabricados no Brasil, apenas para contextualizar e ajudar na discussão.

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Fernando "Nunão" De Martini
7 meses atrás

Sim, entendi e de acordo.
Os novos radares dos aeroportos são nacionais o que é um belo incentivo para nossa indústria.

Joao Henrique
Joao Henrique
7 meses atrás

Oi, para aumentar a escala de produção, este radar poderia ter uma versão naval que substitua o TRS-4D nas Fragatas Almirante Tamandaré (considerando que devem ser encomendadas mais dos que as 4 já definidas) ?

Ou ele não substituiria e sim complementaria ?

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Joao Henrique
7 meses atrás

Olá João. Muita gente fala em escala de produção, na maioria das vezes de modo inapropriado. Escala de produção é importante na produção de bens de consumo, como por exemplo roupas, sapatos, eletrodomésticos.. até mesmo de bens mais caro como veículos. A produção em escala demanda uma linha de produção. Produtos que são produzidos sob encomenda, como este radares ou mesmo aviões de combate, a escala tem impacto marginal no custo. ainda que tenha impacto no faturamento da empresa. Perceba que produzir 10 ou 20 radares terá impacto quase zero na escala de produção, ainda que signifique dobrar o faturamento… Read more »

Rafael Oliveira
Rafael Oliveira
Reply to  Camargoer.
7 meses atrás

Caro Camargoer,
Tem razão quanto aos produtos que são praticamente artesanais, de forma que não há, de fato, uma linha de produção.

Porém, é importante falar em escala de produção para que seja economicamente inteligente desenvolver um produto e fabricá-lo, seja ele financiado pelo Estado ou pela empresa. Não faz sentido investir em algo e depois não fabricá-lo ou fabricá-lo em uma quantidade ínfima que não compense o investimento.

AMX
AMX
7 meses atrás

Boa notícia.
Achei de um valor simbólico bem grande e interessante: as Forças, a Embraer, a Amazônia, o festival e o turismo que atrai.

Possui um sistema integrado de geração de energia”. Por curiosidade, qual seria esse sistema? Gerador diesel?

GRAXAIN
GRAXAIN
7 meses atrás

A habilidade de “enxergar” é essencial, porém a habilidade de “derrubar” é a verdadeira carência atual. Espero que as duas avancem juntas, dada a debilidade da Defesa Aérea nacional.

Marcelo Danton
Marcelo Danton
7 meses atrás

Esse Radae pode operar embarcado em Navios ou nas futuras corvetas?

Fernando "Nunão" De Martini
Reply to  Marcelo Danton
7 meses atrás

Marcelo,
Você já fez essa pergunta no Poder Naval e ela já foi respondida. Creio que o Poder Naval é o local mais indicado para continuar a discussão a respeito de eventual navalização do equipamento.

Luis Oliveira
Luis Oliveira
7 meses atrás

Alguem tem informações sobre o Gaivota X da Marinha?