Base de Pakilapi

Manaus (AM) – As Forças Armadas finalizaram a montagem da Base de Pakilapi, que servirá de apoio às ações da Operação Catrimani II, na Terra Indígena Yanomami, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima.

A nova base será utilizada por agências e órgãos de segurança pública na proteção dos indígenas e de suas comunidades na região. A instalação do acampamento temporário, com estrutura planejada para acomodar em torno de 50 pessoas, garante a presença do Estado em uma posição estratégica na Terra Indígena Yanomami.

Para a construção da nova base, foi necessário superar diversos obstáculos. Área isolada, densas matas, pistas precárias, bem como condições que dificultaram o andamento de algumas construções. Tendo em vista a importância do projeto para a execução das atividades, um grande esforço logístico foi realizado, contando com aeronaves da Força Aérea Brasileira (H-36), do Exército Brasileiro (HM-2) e da Marinha do Brasil (UH-15). Além das aeronaves, a missão destacou o comboio terrestre da Força Terrestre Componente para auxiliar na entrega de alimentos, suprimentos, combustíveis, equipamentos e no transporte de equipes médicas. Além disso, o 6º Batalhão de Engenharia de Construção construiu um castelo de água, a fim de fornecer água potável aos alojados.

A inauguração da base é um importante avanço para a Operação Catrimani II, pois permitirá intensificar as ações de patrulha e o esforço de combate ao garimpo ilegal na terra indígena. Para isso, o acampamento provisório contará com camas de campanha, equipamentos de cozinha, geradores de energia, barracas, entre outros itens de sobrevivência.

Comando Conjunto Catrimani II

A Operação Catrimani II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima, no emprego, temporário e episódico, de meios na Terra Indígena Yanomami, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, que visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais.

A Operação obteve os primeiros resultados com a apreensão e destruição de um helicóptero durante ação na Terra Indígena Yanomami nos dias 7 e 8 de abril. Em coordenação com o IBAMA, os militares também inutilizaram equipamentos e desmontaram cinco acampamentos de garimpo ilegal nas regiões de Rangel, Xitei Pupunha e Homoxi.

Os meses de abril e maio foram marcados por mais de duas mil abordagens realizadas pelas Forças Armadas, com participação de órgãos de segurança pública e agências, articuladas com a Casa de Governo de Roraima.

O trabalho de desintrusão das atividades ilegais na Terra Indígena Yanomami é um grande desafio para a Operação, devido à dificuldade de acesso pelas densas florestas, às condições climáticas nem sempre favoráveis neste período do ano e à infraestrutura degradada para pousos de aeronaves. Entretanto, diante de um cenário desafiador, o esforço coletivo das Forças Armadas e demais órgãos tornam as ações possíveis.

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Fëanor
Fëanor
5 meses atrás

Até que enfim!

Antes tarde do que nunca.

Flamenguista
Flamenguista
5 meses atrás

Fico triste com pouca repercussao desta matéria aqui no site. Talvez algumas posiçoes politico ideologicas contrárias a expulsao de garimpeiros ilegais em terras que, legalmente, pertencem aos indios. Para mim, a capacidade de cuidar tb é soberania.

Remer
Remer
Reply to  Flamenguista
5 meses atrás

Vivo a poucos quilômetros (em termos amazônicos) da terra indígena yanomami e posso dizer que a impressão que temos é que todas essas ações são mais midiáticas do que efetivas. Os garimpeiros continuam transitando, os indígenas mais isolados continuam tendo que vir por meios próprios (dias de canoas) em busca de ajuda medica e alimentar, aqueles cujas comunidades não possuem acesso a vias navegáveis sabe Deus como realmente estão. Aqui temos duas realidades quando se trata da população indígena. Temos comunidades já bem integradas a sociedade, que praticam agricultura, pecuária e piscicultura e possuem organização politica individualizadas, com cada comunidade… Read more »

Jagder
Jagder
5 meses atrás

ok

Last edited 5 meses atrás by Jagder
Nativo
Nativo
5 meses atrás

Ha muito que já se deveria ter uma presença militar nestas terras dos povos yanomami.

Pois foram dadas muitas terras para uma popular pequena de indígenas e principalmente, terras de fronteiras.

Espero que este acampamento temporário, se torne uma base efetiva, com um número bem maior de soldados.

Guacamole
Guacamole
5 meses atrás

Fazem um baita texto como se fosse tão dificil como montar uma base lunar.

Vamos ser francos.

Para qualquer um que já foi em camping, se pegarmos todos os foristas do Forte, a gente monta uma “base” como aquela em uma 2 horas no máximo.

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Amigo, pelo jeito vc nunca pisou na Amazônia.

Leandro Costa
Leandro Costa
Reply to  Rinaldo Nery
5 meses atrás

E nem nunca acampou de verdade no meio do mato. Acho que só em ‘camping’ mesmo.

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

E passa repelente. E vai no Mac pra comer.

Chris
Chris
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

Se você acha mais facil fazer uma base numa floresta do que num deserto.. Vc pode tentar arrancar uma árvore.

Mas quem esta choramingando ? A missão foi dada e foi cumprida.

Rapaz… Se ha um força brasileira que ate as grandes potências respeitam… Vivem ate vindo ao Brasil, para receberem treinamento de guerra e de sobrevivência na selva. É o nosso exército, nas condições da Amazônia.

Last edited 5 meses atrás by Chris
Leandro Costa
Leandro Costa
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

Esse não é o ponto. O EB vai montar base aonde quer que seja mandado que monte a base.

Leandro Costa
Leandro Costa
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

E quem disse que EUA, Rússia, China ou quem quer que seja que deseje instalar uma base aonde não existe qualquer infraestrutura não passa por dificuldades logísticas? Pesquise um pouco sobre as bases no Afeganistão, por exemplo, e verá que não foi um passeio no parque, mesmo com toda a logística do Mundo disponível, equipamentos especializados, etc. É muito válido pontuar os desafios enfrentados para que pessoas como você, que não tem a mínima noção desses desafios, possam entender o que foi feito e o que foi superado. Inclusive eu acho que ainda foram breves demais na matéria, quem sabe… Read more »

Amilton
Amilton
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

Ele deve ter experiência de ter acampado várias vezes com uma barraca do gugu no jardim de casa…

Joao
Joao
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

Sério?
Tem noção?
Acho q não…

Bernardo
Bernardo
Reply to  Leandro Costa
5 meses atrás

Vc citou 3 exemplos de forças armadas com capacidade expedicionária. São pouquíssimas no mundo e a nossa não é uma delas. Não tem comparação possível entre a logística dos EUA e do Brasil. Aliás nem entre a dos EUA e desses outros países, quanto mais com o Brasil.
E também não teria razão de ter essa logística, nosso objetivo nunca foi ter força expedicionária perene. Se concorda ou não, aí é outra história, mas nunca foi o objetivo oficial.

Chris
Chris
Reply to  Rinaldo Nery
5 meses atrás

Os famosos críticos de videogame…

Aposto que so no primeiro pulo de paraquedas no meio das árvores ja iriam amarelar… Imagine terem que rancar ate árvores para abrirem clareiras !

Enquanto quem esta la… Ao contrário dos bonequinhos do Free Fire… Ate com a malária precisam lidar !

Senhor Maskarado
Senhor Maskarado
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Na teoria e muito fácil….

Amilton
Amilton
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

“Vamos ser francos.

Para qualquer um que já foi em camping”

Eu juro que ri ALTO aqui.

Joao
Joao
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Misericórdia…..
Muito sem noção….

Richard Stallman
Richard Stallman
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Na verdade essa questão de bases sempre me interessou, mas nunca vi livros e nem sei se tem algum padrão a seguir na hora de construir ou tudo é feito com base no olho mesmo.

Felipe
Felipe
Reply to  Richard Stallman
5 meses atrás

Existem manuais para determinados tipos de instalações

Caravaggio
Caravaggio
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Para qualquer um que já foi em camping, se pegarmos todos os foristas do Forte, a gente monta uma “base” como aquela em uma 2 horas no máximo.”

Claro que o Guacamole nunca acampou na vida.

Guacamole
Guacamole
Reply to  Guacamole
5 meses atrás

Acho engraçado os comentaristas aqui. Os mesmos que veem as FA gastando fortunas em projetos que não vão pra frente, decisões erradas de aquisição de produtos estrangeiros ao invés de nacionais, a total falta de coordenação e falta de materiais bem como gastos exorbitantes com folha de pagamentos, ficam impressionados com meia duzia de barracas e um gerador no meio do mato. Realmente, eu sabia que a régua no Brasil era baixa pela sindrome de cachorro, mas não sabia que era tão baixa assim. Sim senhores, vocês estão certos. Esta base é um feito da construção civil digna das piramides… Read more »

Heinz
Heinz
5 meses atrás

Excelente notícia, deveriam ter uma base fixa ai. Olha ai mais uma vez a importância de se ter um helicóptero peso pesado nas FA pra fazer o transporte para estas áreas inóspitas do nosso país.
Uns 12 chinooks já resolveriam 70%.

Gabriel
Gabriel
Reply to  Heinz
5 meses atrás

Entendo seu ponto, mas o custo operacional seria muito alto

A compra de mais H225M já ajudaria bastante, até por ser feito aqui e já operarmos faz tempo

Bernardo
Bernardo
Reply to  Heinz
5 meses atrás

ótima aeronave, mas totalmente fora do nosso orçamento. todas as grandes “de carga” feitas nos EUA (chinook e os outros maiores) são muito caras, poucos países no mundo tem condições de operar.
seria mto mto dificil e olha que helicóptero é um dos bens mais aproveitados pelas forças armadas pq serve pra tudo, se bobear, colocam até pra ajudar no combate à dengue.
ninguém ia querer assinar esse cheque por mais que a gente queira (por falar nisso, salvo engano vem uns chinooks usados pro mercado em breve).

Angus
Angus
5 meses atrás

Vou ajustar o texto, conforme acredito que deveria ser: “Manaus (AM) – As Forças Armadas finalizaram a montagem da Base de Pakilapi, que servirá de apoio às ações da Operação Catrimani II, em Rorarima, em coordenação com o Governo Estadual, para apoiar os povos Indígenas Yanomami”. como comparação, assim que está escrita a matéria: “Manaus (AM) – As Forças Armadas finalizaram a montagem da Base de Pakilapi, que servirá de apoio às ações da Operação Catrimani II, na Terra Indígena Yanomami, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima”. Como comparação, outro trecho de texto, de apoio do Exército, mas no… Read more »

Zoranm
Zoranm
5 meses atrás

Acho importante ter bases no meio dessas tribos que são cooptadas por ONGs com segundas intenções.

E não existe só yanomami de índio no Brasil. Há outras reservas em região de fronteira que necessitam de bases di exército.

Há tribos na Amazônia que fecham estradas a noite, cobram pedágio para veículos poderem passar em rodovias estaduais que passam próximas de suas reservas. Algo ilegal e que as autoridades fazem de conta que não acontece.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
5 meses atrás

Existe uma falha das autoridades brasileiras com os garimpos. Não tem que ter garimpos ilegais. O governo tem que estabelecer onde e em quais condições o ouro deve ser tirado. Este ouro tem que ser comprado pelo governo e incorporado às nossas reservas. Impedir o ouro tirado ser contrabandeado. Os indios devem ser protegidos e tutelados pelo estado e serem atendidos pelos programas sociais. Isto que o Exército está fazendo merece todo apoio . Tem que ser assim.