Lockheed acelera produção do míssil PrSM para 400 unidades ao ano para o Exército dos EUA

A Lockheed Martin anunciou uma expansão significativa na produção de seu míssil de precisão de longo alcance PrSM (Precision Strike Missile), adotando uma meta de 400 unidades anuais para atender às demandas do Exército dos Estados Unidos. O movimento acompanha a aprovação do programa para entrar em produção em larga escala, após o Exército confirmar a transição para a fase de fabricação plena (full-rate production).
Sob esse novo ritmo, o PrSM será distribuído para plataformas como HIMARS e MLRS, reforçando a capacidade de fogo estratégico das unidades de artilharia móvel.
Expansão industrial e desafios logísticos
Para sustentar o aumento de produção, instalações em Camden, Arkansas, passaram por expansão, com novas linhas de integração e reforço na cadeia de suprimentos. O programa já conta com entregas de mísseis de Capacidade Operacional Inicial (EOC — Early Operational Capability), enquanto a Lockheed posiciona-se para acelerar sem gerar gargalos.
Além disso, a empresa recebeu um contrato de US$ 4,94 bilhões com o Exército dos EUA para avanço do programa PrSM, reforçando o compromisso institucional com o projeto.
Impacto estratégico e operacional
O PrSM representa um salto em relação ao sistema anterior ATACMS, com maior alcance e modularidade. Cada lançador HIMARS poderá transportar dois PrSMs por pod, dobrando a capacidade ofensiva sem alterar a mobilidade ou exigir mudanças na doutrina das unidades.
Com essa produção mais robusta, o Exército pretende reforçar sua dissuasão e prontidão estratégica no contexto de ameaças contemporâneas, especialmente em teatros onde a prontidão de fogo de longo alcance se torna crucial.
Próximos passos
Com a meta já em curso, a Lockheed deverá manter o planejamento escalonado para 2026 e além, ajustando logística, fornecedores e possíveis expansões para atender não só à demanda nacional, mas também ao interesse de aliados — como demonstrado em parcerias já estabelecidas para interoperabilidade e exportação.
A produção de 400 mísseis PrSM por ano marca um dos maiores aumentos de produção do míssil já empreendidos, sinalizando que o projeto foi considerado prioritário no esforço de modernização de capacidades de fogo de precisão do Exército americano.■
Boa tarde! Isso significa, no curto prazo, mais ATACMS disponíveis para Ucrânia. Em futuro próximo alguns desses caindo na cabeça dos russos.
Putinho deve estar mais putinho com essa notícia 👇
Putin adia cimeira Rússia-Mundo Árabe por falta de presenças
A estreia da conferência Rússia–Árabe, prevista para 15 de outubro em Moscovo, foi adiada à última hora por escassez de confirmações de chefes de Estado. O Kremlin via o encontro como peça-chave para sinalizar a aliados e rivais que mantém influência no mundo árabe. Oficialmente, a postergação foi anunciada nesta quinta-feira, com a justificação de que os líderes árabes não podem deslocar-se enquanto avança a proposta Israel–Hamas mediada por Donald Trump. A nova data “dependerá de como evoluir a implementação do plano de Trump”, disse Yuri Ushakov, conselheiro de política externa de Putin, após chamada com o primeiro-ministro iraquiano.Moscovo convidou 22 líderes para um fórum sob o lema “cooperação para a paz, estabilidade e segurança” — e lançou mesmo um site a 3 de outubro. Até terça-feira, apenas alguns tinham confirmado, entre eles o presidente sírio Ahmed al-Sharaa e o secretário-geral da Liga Árabe. “Pesos-pesados” regionais como Mohammed bin Salman (Arábia Saudita), Mohammed bin Zayed (EAU) e Abdel Fattah al-Sisi (Egito) não estavam confirmados. O Kremlin admite remarcar para novembro esta conferência. O adiamento é lido como revés para Vladimir Putin e reflexo do maior interesse de várias capitais árabes em estreitar laços com Trump, que ameaçou com novas sanções a Moscovo e tem elogiado líderes árabes pelo papel nas conversações com o Hamas para o cessar-fogo em Gaza e posterior acordo de paz. Por outro lado, diversos analistas notam que a guerra na Ucrânia tem reduzido a margem diplomática russa no Médio Oriente, enquanto EUA e China expandem influência. “Putin queria mostrar-se líder da ‘maioria global’, mas sem o mundo árabe isso é difícil”, resume o politólogo Andrei Kolesnikov, citado pela Bloomberg.
Vai lá soltar alguns desses, vai.
Ui, na cara não …kk
O trump não enviou nenhuma arma além dos pacotes que já haviam sido anunciados pela gestão biden, com exceção de misseis patriots, pode ter certeza que com o estoque baixo(incluindo o do ATACMS), agora não vai ser diferente.
Uma duvida, será q a versão anti-navio ja esta incluinda nesse pacote? Ela foi testada oficialmente em jun do ano passado.
Ótima pergunta para o Mestre Bosco.
Provavelmente não.
Só em 2027 ele estará operacional.
Por enquanto o USA vai depender do SM-6 e do Tomahawk Block V para a função antinavio.
Achei a Ogiva de 90kg fraca, o Exocet tem uma ogiva de 160kg mesma coisa o MANSUP, e o MANSUP pode ser lançado de um caminhão com POD para mísseis, então o Brasil está perdendo tempo em não vender um sistema assim
Carlos,
A ogiva do PrSM foi pensada para neutralizar alvos táticos.
A doutrina americana de emprego de mísseis de alta velocidade é diferente da doutrina da China ou Rússia.
Os americanos empregam seus mísseis de
alta velocidade contra alvos de pele fina, de tempo crítico.
Pequenas givas de penetraçã/alta fragmentação são ideias nesses casos e não precisam ser pesadas.
A vantagem é que se consegue fazer um míssil ultraleve, pesando só 1 t, com alcance de 500 a 600 km e velocidade de Mach 5.
Um Iskander M , com ogiva de 500 kg, com capacidade antibunker/antiestrutura , pesa 4 t para o mesmo alcance.
Os alvos preferenciais do PrSM são lançadores de mísseis SS, radares de defesa AA, lançadores de mísseis de defesa AA, centros de comando, e alguns alvos fixos de alto valor, vulneráveis à ogiva, como por exemplo navios atracados, pátio de base aérea lotado, hangar que se sabe guardar uma aeronave de alto valor, etc
Num próximo governo, que não seja vermelhinho, Mestre Bosco para Ministro da Defesa! kkkkkkkkkk òtimo fim de semana Bosco!
Rsss
O PrSM é trajetória balística né? incrível essa velocidade, tinha esquecido que ele tinha esse perfil de voo quase hipersônico
O projeto nacional com capacidade similar é o MTC-300, que possui uma ogiva de 200 kg e alcance de 300 km com potencial para chegar a 500 km.
RDX,
Mas o diferencial é o tempo de reação. O míssil americano é eminentemente empregado contra alvos relocáveis, já o brasileiro é mais apropriado a atacar alvos fixos.
Há basicamente 3 tipos de alvos: fixos, relocáveis e móveis.
Os fixos sempre estarão no mesmo lugar (rsss , óbvio, ).
Os relocáveis podem mudar de posição entre o momento do lançamento e a chegada do míssil.
Os móveis estão em movimento durante todo o processo.
O PrSM é pensado para atingir alvos fixos e relocáveis, de tempo crítico.
Contra alvos relocáveis ele conta com seu baixo tempo de reação e sua alta velocidade (e com um pouco de sorte).
Não consta que ele tenha uma capacidade de receber atualização da posição do alvo em voo via data-link a partir de uma plataforma avançada ou satélite.
Na distância máxima (500 km) ele levaria uns 6 ou 7 minutos para atingir o alvo.
O MTC-300 contra o mesmo alvo levaria cerca de meia hora. Nesse meio tempo as chances do alvo mudar de posição ou se por em marcha é bem maior.
E a ogiva de 200 kg HE é bem interessante contra bunkers e estruturas, sendo mais indicada contra alvos fixos.
O ideal para atingir alvos
relocáveis e de tempo crítico é que o míssil tenha baixo tempo de reação, alta velocidade (super ou hipersônico) e data-link para caso o alvo se mova ele possa ser atualizado após o lançamento.
Se tiver baixa velocidade o ideal é que tenha data-link. Um exemplo é o Tomahawk Block IV.
Alvos fixos podem ser engajados por mísseis subsônicos dotados de ogivas poderosas.
Alvos móveis, no mar ou em terra, o ideal é ter um data-link e um seeker que possa trancar no alvo que se move.
Havia sido informado anteriormente, bem anteriormente falando que o alcance de 300Km seria a distância máxima para exportação e que o míssil em questão tinha condições de um alcance de até 1000Km. Se isso procede não sei, até por conta do combustível que creio seria outro. Enfim isso tudo estava ou está lá na AVIBRAS, não se teve mais informações do protótipo.
Essa notícia deixa os fanboy “excited”.
Sem dúvida.
Off-Topic:
Trump anuncia tarifa de 100% sobre a China a partir de novembro

Presidente americano afirmou que decisão é reação ao controle de exportação adotado pela China aos bens lá produzidos.
O presidente americano Donald Trump anunciou, através de sua rede social Truth Social, que vai taxar todos os produtos chineses em 100% e que irá adotar controles de exportação sobre “qualquer e todo software crítico”.
A declaração acontece poucas horas de ameaçar cancelar a reunião marcada com o líder chinês, Xi Jinping, que seria realizada na Coreia do Sul.
“Acaba de ser revelado que a China adotou uma posição extraordinariamente agressiva em relação ao comércio, ao enviar uma carta extremamente hostil ao mundo, declarando que, a partir de 1º de novembro de 2025, iria impor controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica — e até mesmo sobre alguns que nem produz. Essa medida atinge todos os países, sem exceção, e foi obviamente planejada por eles há anos. Trata-se de algo totalmente inédito no comércio internacional e de uma vergonha moral no relacionamento com outras nações”, disse ele em trecho da publicação.
A declaração veio após Trump ameaçar novas medidas comerciais contra a China, citando os “hostis” controles de exportação impostos por Pequim sobre minerais de terras raras. Trump também afirmou que não via “razão” para manter a reunião planejada com Xi à margem da cúpula da APEC, na Coreia do Sul, ainda neste mês, embora o prazo anunciado para a entrada em vigor das novas tarifas ainda deixe espaço para que o encontro ocorra antes disso.
“Diante do fato de que a China tomou essa posição sem precedentes, e falando apenas em nome dos Estados Unidos, e não de outras nações que também foram ameaçadas, a partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo de novas ações ou mudanças por parte da China), os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% sobre a China, além de quaisquer tarifas já em vigor. Também em 1º de novembro, serão impostos controles de exportação sobre qualquer e todo software crítico”, disse ele.
As tarifas planejadas por Trump elevariam os impostos de importação sobre produtos chineses para 130%, já que, atualmente, há cobrança de 30% sobre os produtos importados do país asiático. A alíquota é um pouco abaixo do nível de 145% imposto no início deste ano, antes de ambos os países reduzirem as tarifas em uma trégua que visava avançar nas negociações comerciais.
Antes da reunião planejada, tanto os Estados Unidos quanto a China haviam adotado medidas para restringir o fluxo de tecnologia e materiais entre os dois países. Essas ações foram vistas como tentativas de ganhar vantagem nas negociações.
Na ação mais recente, a China impôs novas taxas portuárias a navios americanos e iniciou uma investigação antitruste contra a Qualcomm, após novas restrições à exportação de minerais de terras raras, essenciais para a fabricação de motores, semicondutores e jatos de combate.
O anúncio coloca em dúvida não apenas a agenda da viagem de Trump à Ásia, que incluía o encontro com Xi na cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) ainda este mês, mas também o futuro das negociações sobre a recusa da China em comprar soja dos EUA, o que tem prejudicado os agricultores americanos.
“A declaração veio após Trump ameaçar novas medidas comerciais contra a China, citando os “hostis” controles de exportação impostos por Pequim sobre minerais de terras raras. Trump também afirmou que não via “razão” para manter a reunião planejada com Xi à margem da cúpula da APEC, na Coreia do Sul, ainda neste mês, embora o prazo anunciado para a entrada em vigor das novas tarifas ainda deixe espaço para que o encontro ocorra antes disso”.
O Uncle Sam deseja ávidamente por as mãos nas terras raras de qualquer nação,seja Ucrânia,Brasil,Groelândia ou China,e é isso que está por trás dessa Guerra de tarifas, que não passa de uma cortina de fumaça.
Não é por acaso que ele vem ultimamente pegando no pé de três países dos BRICS: Que são a China, o Brasil e a Índia,que são os maiores detentores de tais minerais.
No mais recente resumo de commodities minerais divulgado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), com dados de 2024, a China é o país que possui a maior reserva de terras raras do mundo, com 44 milhões de toneladas.
Em seguida, aparece o Brasil, com 21 milhões de toneladas, e a Índia, com 6,9 milhões de toneladas,e que juntos somam aproximadamente 25% das reservas globais.
Washington quer a exclusividade na aquisição do minério no Brasil,conversar sobre tarifas é apenas desculpa.
Por falar em China:
https://www.youtube.com/watch?v=g_VyzoNM3Zk&t=376s