Type 100

Type 100

A China anunciou que o novo tanque de batalha principal Type 100 (também denominado ZTZ-100) está concebido para combater em distâncias além da linha de visada, segundo relatos oficiais e veículos estatais.

De acordo com o Global Times, o Exército de Libertação Popular (PLA) está promovendo uma mudança conceitual nas operações blindadas: o Type 100 é apresentado como parte de uma nova geração de tanques com sensores ópticos, infravermelho e radar, integrados a redes de comunicação que conectam unidades blindadas a aeronaves, artilharia, drones e sistemas de guerra eletrônica.

Durante exercícios combinados de unidade de batalha, comandantes relataram que o tanque usou interfaces de realidade aumentada e sistemas de rede para engajar alvos distantes, sem contato visual direto. Essa capacidade seria possível graças à coordenação entre sensores distribuídos e outros ativos no campo de batalha, que repassam localização e informação de alvos.

O Type 100 foi exibido pela primeira vez no desfile militar de 3 de setembro de 2025, durante as comemorações do Dia da Vitória em Beijing. Segundo fontes, ele pesa entre 35 e 40 toneladas, com blindagem modular e torre não tripulada — o que reduziria vulnerabilidades para a tripulação.

Analistas militares apontam que esse anúncio representa a ambição da China de redefinir a guerra blindada, movendo as operações de proximidade para combates em rede e de longo alcance. No entanto, especialistas ressaltam que muitos detalhes técnicos permanecem obscuros — sobretudo no que tange à eficácia real dos sistemas de sensor, comunicação e coordenação entre plataformas em ambiente de combate.

Enquanto isso, os observadores ocidentais acompanharão de perto os testes operacionais do Type 100 para avaliar se de fato ele pode transformar os paradigmas da guerra blindada — ou se se trata, por ora, de uma proposta promissora, porém não comprovada.■


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Samuel Asafe
Samuel Asafe
4 horas atrás

Falaram que iam fazer caça stealth. Não acreditaram neles

Falaram de mísseis hipersonicos. Não acreditaram neles.

Agora falam de tanques que vão atingir além da linha de visada. Eu não ouso mais duvidar, sinceramente kkkkkkk

Victor
Victor
Responder para  Samuel Asafe
4 horas atrás

eu fico curioso em como isso seria possivel com um projetil de tanque. um missil tem combustivel e um motor para alcançar tal feito,mas como um projetil de canhão vai conseguir isso?

Hcosta
Hcosta
Responder para  Victor
4 horas atrás

depende do que significa linha de visada.

no texto também fala sem contacto visual direto o que pode significar um alvo escondido no terreno (pex, atrás de um prédio) e ter um drone a fazer a aquisição do alvo.

Ou, se for para além da linha do horizonte, o míssil ou usar como artilharia de tiro indireto, algo que não é muito utilizado

“An “indirect fire tank” refers to a tank using its main gun for indirect fire, a tactic where the target is not visible to the gunner, which is now being developed by some nations and has been used historically for specific tasks. While tanks are primarily direct-fire weapons, their ability to elevate their guns and fire artillery-like shells provides a dual-purpose capability, essentially acting as a heavy, mobile artillery piece in certain situations. This approach has been seen in the ongoing war in Ukraine and is being considered by China.” 

Última edição 4 horas atrás por Hcosta
Esteves
Esteves
Responder para  Victor
4 horas atrás

Sim, teoricamente sim. Na prática depende da munição e da velocidade: projéteis lentos ou disparos em alto ângulo ultrapassam a LOS em grau significativo. Projéteis de alta velocidade de tanques modernos têm trajetória muito plana e a ultrapassagem da LOS é pequena.

Última edição 4 horas atrás por Esteves
Joao
Joao
Responder para  Victor
4 horas atrás

O tiro além da visada é “bem possível”.
O Carro precisará “saber” onde o alvo está, o q é “possível” com sensores e por informação em datalink.
Seu computador deverá ter bem registrada as características do seu tiro, para diante das condições metereologicas, poder “mirar”.

Cabe salientar, q dependendo do ângulo do canhão, uma munição flecha do Leo 1 pode atingir 120 km…. A de exercício tem a Manga de Segurança de 35 Km.

O q muito provavelmente ocorrerá é q alvos distantes não poderão ser “muito duros”.

jaguar
jaguar
4 horas atrás

Não dá para negar que a China está crescendo de forma impressionante no campo militar. Eles estão realmente levando a sério essa modernização, investindo pesado em tudo, desde inteligência artificial até armas hipersônicas, o que coloca eles em um patamar de preocupação para muitos. O país está mirando na liderança não só em termos de número de tropas, mas também de tecnologia, algo que os EUA e outras potências têm que observar de perto.
O Exército Popular de Liberação, PLA já é a maior força terrestre do planeta e está se adaptando rapidamente, com foco em tornar as operações mais ágeis e tecnológicas. A marinha deles, por exemplo, está crescendo e se tornando cada vez mais moderna, o que já começa a mudar o equilíbrio no Pacífico, que é uma região chave. Eles também não estão só se preocupando com o que acontece na Terra, mas já mirando no espaço e na guerra cibernética, um campo onde estão avançando rápido. Resta o brasil acompanhar através de alianças asiaticas e dos BRICS ou se perder de vez !

Esteves
Esteves
Responder para  jaguar
4 horas atrás

O Brasil não faz parte de nenhuma “aliança asiática” e o Brics não se presta pra isso.

Renato Pereira
Renato Pereira
Responder para  jaguar
1 hora atrás

Meu caro…você ia bem até a última frase!

Mas ok, todos tem direito a opiniões próprias e respeito a sua, embora discorde!

Esteves
Esteves
4 horas atrás

Para fogo direto típico de tanque (engajamentos diretos, munição cinética), a “ultrapassagem” da LOS é teoricamente possível mas muito pequena, e a pontaria é tratada levando em conta o bore–sight offset e a balística.

Em condições de depressão/elevação acentuada (teto, vales, encostas) ou com munições explosivas, a variação pode ser mais relevante.

Sistemas de mira modernos compensam tudo isso automaticamente (zero, correções balísticas, sensores de distância).

O bore–sight offset é o desnível(s) entre o eixo do cano (bore axis) e o eixo da mira/linha de visada (sight axis / LOS). Em veículos e armas pequenas a mira costuma ficar acima do cano, logo a mira está acima e o cano fica abaixo da linha de visada (há um offset vertical positivo da mira em relação ao cano).

Esse offset existe por motivos práticos (espaço para a massa do canhão, torre, receptor de mira, equipamentos, segurança) e precisa ser compensado quando a arma é “zeroada” (ajustada) para que o projétil e a LOS se cruzem na(s) distância(s) desejada(s).

Torres não tripuladas como do Type 100 usam computadores de tiro e sensores integrados para fazer esses cálculos em tempo real, centenas a milhares de vezes por segundo.

Esteves
Esteves
3 horas atrás

Quando Esteves jovenzinho era tinha uma namorada lindona.

– Ta avisada. Anda na linha!

Adiantou muito não. Tive que aprumar.

Rodrigo
Rodrigo
3 horas atrás

Tá, mas se estamos falando de disparo além da linha de visada e isso significar solução de tiro por meios externos, como drone, por exemplo, com transmissão de dados via link, isso já seria possível em MBTs modernos, certo? Já há uma explicação clara do que seria disparo além da linha de visada? Sobre estar se tratando de munição ou aquisição de alvo? Pq se for assim (solução de tiro por meio externo) sinceramente, é mera manchete pra enaltecer a China e não algo revolucionário

Josè
Josè
3 horas atrás

Só faltou a “Estrela da Morte”.

Carlos Campos
Carlos Campos
3 horas atrás

Dizendo que esse canhão de 105mm é igual ao um de 120mm isso no caso de APFSDS, e o Japão diz o mesmo de seu L44 do Type 10, ambos usam um projétil que tem “pólvora” mais forte, no caso dos Japoneses eles melhoraram o design da munição para deixar ela mais rápida também. Não sou especialista em canhão, mas um canhão de 105 atirando como um de 120mm parece demais para acreditar, fora o desgaste do cano,

Última edição 3 horas atrás por Carlos Campos
RDX
RDX
3 horas atrás

Uma tese é o emprego de projéteis guiados por laser. Basta um designador de alvo a laser portátil ou instalado em drone ou veículo iluminando o alvo.
Esse conceito atualmente é observado nas munições Krasnopol e Kitolov-2M da artilharia russa. No texto fica claro que os disparos são indiretos, assim como os realizados por peças de artilharia. A novidade seria o disparo pelo canhão 125 mm de um MBT.

Última edição 3 horas atrás por RDX
José 001
José 001
Responder para  RDX
1 hora atrás

Ou talvez, dependendo da elevação do canhão, ele pode ser utilizado como um obuseiro, além de MBT.

Santamariense
Santamariense
Responder para  RDX
1 hora atrás

“A novidade seria o disparo pelo canhão 125 mm de um MBT.”

O type 100 usa canhão de 105 mm, não de 125 mm.

RDX
RDX
Responder para  Santamariense
1 hora atrás

“Existem dois níveis de armamento principal para o tanque: pesado, usando canhões de calibre 125 ou 105 mm, e leve, usando canhões de calibre 90 ou 76 mm com um sistema de carregamento automático correspondente para cada um.”

Type 100: A visão da China para um tanque moderno – Militarnyi

RDX
RDX
Responder para  RDX
1 hora atrás

125 mm para usuários de tanques Soviéticos/russos ou chineses.
105mm para usuários de Leopard 1, SK-105, AMX-13, AMX-30 etc.
90mm para usuários de Cascavel, AML-90 e Dragoon 300.
76mm para usuários de PT-76.

lucena
3 horas atrás

O que mais impressiona para o mundo … é …. os chineses estão superando os americanos em tecnologia gastando muito menos …é isso que impressiona..rsrs …
.
Então é isso?!! … a tão famosa tecnologia xing-ling ! …. que alguns preconceituosos “entendidos e presunçosos” em armas militar… falam com muito desdém ?!!

Bardini
Bardini
Responder para  lucena
2 horas atrás

Superando os americanos?
Bem-vindo a década de 90:
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Os americanos já desenvolveram um punhado de munições guiadas para seus blindados, inclussive dentro deste conceito aí… E nem adotar, acabam adotando, haja visto que alguns desenvolvimentos tornam-se muito mais performantes que os sensores e links de dados existentes, somando ainda, outras questões, como custo por tiro, o fato de que essas munições tomam espaço de tiros convencionais no rack de munições e que a função pode ser exercida de forma muito mais eficiente por artilharia de tubo e de foguetes e por aí vai…

Última edição 2 horas atrás por Bardini
lucena
Responder para  Bardini
2 horas atrás

Sr.Bardini … quando o senhor se refere … década de 90 …o senhor se refere ao século 20 ?

Santamariense
Santamariense
Responder para  lucena
1 hora atrás

Nããããoooo…é década de 90 do século X…

lucena
Responder para  Bardini
1 hora atrás

A pergunta que fiz para o Sr.Bardini …. foi para alguém que tem inteligência e entendeu na pergunta uma sutileza … que só pessoas como o senhor Bardini compreendo …porque acredito que ele é uma pessoa muito culta e inteligente.
.
Para quem não sabe …rsrsr.. quase unanimidade pelo mundo …até para os estadunidenses …o século 21 será lembrado como o século chinês …com a sua tecnologia xing-ling …gastando menos e fazendo mais …rsrs

Bardini
Bardini
3 horas atrás

Tá, mas não tem nada revolucionário nisso aí…
É basicamente o que um punhado de empresas do lado de cá do mundo, ou vem desenvolvendo ou já tem em portifólio, para oferecer aos seus clientes.
.
A Leonardo, que tem a família de munições Vulcano, para citar um exemplo, tem uma munição de 120 mm que deverá ser empregada pelos novos blindados italianos, nesta função de fogo indireto.
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Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  Bardini
1 hora atrás

e a munição é 105 mm, além de que esse MBT é pequeno, tá mais pra um MMBT, e o desgaste no cano como fica? achei legal, mas nada inovador.

naval762
naval762
3 horas atrás

Alguém viu um desses em combate?

José 001
José 001
Responder para  naval762
1 hora atrás

Ou você não leu toda a matéria ou está com um sério problema de interpretação de texto.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
58 minutos atrás

Faz todo o se tido! Combate além do visual tal como os combates aéreos.

Ademais, mobilidade no campo de batalha tem sido a chave do negócio.
Aliás foi o EB que reintroduziu a mobilidade ao introduzir o EE9 más infelizmente não conseguiu implementar nem o Tamoyo III ou o supra-sumo Osório, para dar o poder de choque necessário

Muitos negam, mas o USArmy se interessou em introduzir o programa Striker 105mm depois de ver o EE9 no EB e sua doutrina.

USArmy está insistindo em MBT de 60t ou mais assim como a Europa, mas guerra da Ucrânia está demonstrando que não importa o peso, a blindagem os MBT’s continuam perdendo para simples RPG’s.

Os chineses estão vendo no futuro. É estão corretos.

Sgt Moreno