Principais veículos de mídia dos EUA rejeitam novas regras de credenciamento impostas pelo Pentágono

Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Grandes veículos de comunicação norte-americanos, incluindo a Fox News, recusaram-se a assinar o novo acordo de credenciamento de imprensa imposto pelo Departamento de Defesa dos EUA — antiga empregadora do atual secretário de Defesa, Pete Hegseth — uniu-se a CNN, ABC News, CBS News e NBC News em um comunicado conjunto afirmando que a política “restringe a capacidade dos jornalistas de manter o público informado sobre questões cruciais de segurança nacional” e “ameaça proteções jornalísticas fundamentais”.
O novo regulamento, anunciado por Hegseth no mês passado, condiciona o acesso de repórteres ao Pentágono à assinatura de um termo que proíbe a publicação de qualquer informação não previamente autorizada para divulgação — mesmo que não seja classificada. Aqueles que não aceitarem as regras não receberão credenciais de imprensa.
Reação da imprensa e impacto político
Além dos grandes canais de TV, o site POLITICO também rejeitou as exigências, afirmando que elas “violam proteções da Primeira Emenda” e limitam a transparência jornalística. Veículos como The Washington Post, The New York Times e The Atlantic igualmente se recusaram a aderir à política. Até o momento, apenas a One America News Network anunciou publicamente que aceitou as novas regras.
A medida foi amplamente interpretada como uma tentativa de limitar o acesso da imprensa a informações sensíveis, ampliando tensões entre o governo e jornalistas. O presidente Donald Trump defendeu a postura do secretário de Defesa, dizendo que “a imprensa é muito desonesta” e “perturbadora para a paz mundial e a segurança nacional”.
Pentágono endurece relação com a mídia
As novas regras de credenciamento seguem uma série de medidas controversas tomadas pelo Pentágono ao longo de 2025, incluindo a retirada de espaços de trabalho de diversas redações dentro do edifício-sede, como The Washington Post, The New York Times e POLITICO.
Hegseth minimizou as críticas e classificou as regras como “de bom senso”. “Se assinarem o credenciamento, não vão tentar convencer soldados a violar a lei passando informações sigilosas. Estamos apenas protegendo a segurança nacional”, afirmou.
O impasse aprofunda o conflito entre a administração atual e a imprensa, e pode redefinir os parâmetros de acesso jornalístico ao Pentágono — um dos espaços mais sensíveis do governo dos EUA.■
(…)O novo regulamento, anunciado por Hegseth no mês passado, condiciona o acesso de repórteres ao Pentágono à assinatura de um termo que proíbe a publicação de qualquer informação não previamente autorizada para divulgação — mesmo que não seja classificada. Aqueles que não aceitarem as regras não receberão credenciais de imprensa. (…)
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Essa regulamentação vai de encontro a tudo que o ocidente prega como por exemplo …transparência com a coisa pública, se com a imprensa levando ao conhecimento público todas as informações que acontecem no pentágono já ficava a desconfiança de corrupção e superfaturamento com projetos…como é o caso do projeto F-35 ..imagine agora.
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parece que defender a integridade do governo americano em relação a coisa publica aos poucos vai ser uma aventura herculana….principalmente para mídias especializadas em assuntos militares como é a trilogia… bem vido a era Trump.
Se colocar o clima pre-guerra como ponto de partida, vai ver que cada vez mais a sociedade está sendo preparada para um sigilo que eles acham “necessário” para preparativos de enfrentamento sério. O ministério “da guerra” trocou o nome por algum motivo real.
Mas vc não defende a causa pública em nenhuma das ditaduras que apoia.
Ora! Não entendi.
Era para vc apoiar essas medidas do Governo Trump que o deixa mais alinhado com os métodos empregados pelas suas ditaduras favoritas.
Phutha queoParhiu,
Isso é uma hipocrisia sem proporção onterior.
O laranjão mete taxas no Brasil, porque como desculpa deseja qué o Brasil, mantenha a liberdade de expressão nos meios americanos que aqui operam.
Mas lá, na casa dele, aonde realmente o cara pode fazer o que desejar com os pelos da cueca, então lá, o laranjão quer por cabresto.
Interessante…
Sgt Moreno
Acho que você não entendeu o artigo.
As regras é só em relação aos convidados a entrar no Pentágono.
E as regras não impõem que as decisões do Pentágono não possam ser criticadas pelos jornalistas.
“…um termo que proíbe a publicação de qualquer informação não previamente autorizada para divulgação — mesmo que não seja classificada.”
…
Assinar este termo equivale na prática a se tornar um porta-voz acrítico do Pentágono.
Mas é só o jornalista não assinar.
Aí ele pode criticar o Pentágono a vontade.
Devíamos saber as regras de credenciamento de jornalistas nos ministérios da defesa da China, Rússia, Coreia do Norte, Irã, Venezuela, Cuba… para termos como comparar.