Argentinos planejam padronizar defesa antiaérea com o sistema RBS-70

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RBS 70 NG - foto Saab

RBS-70-NG-01b

O Ministério da Defesa argentino examina a possibilidade de encomendar 27 sistemas de defesa antiaérea RBS-70, fabricados pela SAAB Bofors Dynamics, da Suécia.

A ideia foi proposta ano passado pelo Exército, que ficaria com nove lançadores. Os restantes seriam divididos, em quantidades iguais, entre a Infantaria de Marinha e a Força Aérea Argentina. O plano é padronizar a defesa antiaérea de curto alcance com o material sueco.

No passado os fuzileiros navais argentinos receberam oito sistemas RBS-70, para que pudessem se familiarizar com o equipamento.

O RBS-70 é uma arma de defesa antiaérea portátil tipo MANPADS (man-portable air-defense system, no jargão em inglês), projetada para operar sob as mais diversas condições climáticas, com pouco ou nenhum apoio logístico. O conjunto do pedestal, equipamento de pontaria e vetor não pesa mais do que 87 kg.

O míssil é apontado por meio de um feixe de laser. Cortando o espaço com rapidez equivalente a duas vezes a velocidade do som, ele gasta apenas 19,2 segundos para alcançar seu alvo a uma distância (máxima) de 8 km.

AT-4 na Argentina

AT-4 – Entre os dias 16 e 20 de março, a Escola de Infantaria Teniente General Pedro Eugenio Aramburu, do Exército argentino, ministrou, em suas instalações do Campo de Mayo, um curso para a operação de outro produto SAAB Bofors: os lançadores de foguetes antitanque AT-4CS B, adquiridos pelo governo de Buenos Aires em 2014.

As aulas ficaram a cargo de técnicos da empresa sueca e de instrutores da força terrestre argentina.

O sistema AT-4 é uma das armas antitanque de curto alcance mais conhecidas e bem sucedidas do mundo. O foguete vem dentro do tubo de disparo. Ele transporta uma carga explosiva de 440 gramas e tem alcance eficaz entre 300 m e 500 m. Após o disparo, o tubo é descartado.

A designação “CS” quer dizer confined space (espaço confinado) e se refere a uma versão do AT-4 em que o propelente foi projetado para entrar em combustão mesmo estando o operador da arma no interior de uma edificação, ou entre as paredes de uma área urbana.

Nesse caso, o objetivo é conferir, aos destacamentos de infantaria, a capacidade de destruir ou deixar fora de ação veículos blindados e fortificações.

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Soldat
Soldat
10 anos atrás

Inglesezinhos se preparem..hehehe…

Ótima aquisição pelos Hermanos.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Só pra citar um exemplo, e totalmente off-topic, os britânicos há muito abandonaram o canhão AA e hoje utilizam somente mísseis para sua defesa antiaérea.
E por incrível que pareça, também não utilizam mísseis de média altitude, mas só de baixa altitude (Rapier, Starstreak e Stinger).
Essa situação só irá mudar com a introdução do CAMM-L, com alcance de 25 km, no lugar do Rapier, e já se fala de uma versão ER desse mesmo sistema, com o dobro do alcance.
Obs: O exército britânico adquiriu alguns sistemas Centurion, baseado no canhão Phalanx, mas na função C-RAM, e não, “anti-aérea”.
Só a Marinha Real é que utiliza mísseis de defesa de área (Aster 15 e 30) e canhões (Goalkeeper e Phalanx), além dos mísseis de defesa de ponto Sea Wolf, e futuramente irá operar o Sea Ceptor (CAMM-M)).

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Vale salientar que as forças de terra dos EUA (exército e Marines) não usam mais canhões AA, salvo o sistema Centurion com função C-RAM.
Os últimos foram o GAU-12 de 25 mm usado no LAV-AD dos Marines, mas que já não está mais em uso há pelo menos uma década.
O Vulcan, nas versões rebocada e autopropulsada, foi o último canhão AA do exército, e já não é usado há décadas.
O Brasil ainda insiste com seus canhões AA rebocados, que fora no desfile de 7 de setembro, são pouco úteis tendo em vista não terem seus diretores de tiro plenamente operacionais e não terem projéteis que maximizem sua função AA, como a munição 3P dos 40L70.
Com a introdução do sistema de mísseis RBS-70 no EB, poderíamos começar a trocar esses vetustos canhões por esses mísseis.
Só pra comparação, um 40L70 pesa 5 t (sem a diretora de tiro, que deve pesar outras 5 t) e tem alcance de 4 km.
Como citado no artigo, o RBS-70 pesa menos de 90 kg e tem o dobro do alcance.
A única vantagem do canhão é que quando combinado a uma DT radar, pode operar “todo o tempo”, ou seja, inclusive em tempo muito ruim, como chuva torrencial. Vale salientar que nesse tipo de “tempo”, é raro que ocorra ataque aéreo em baixo nível e portanto, é uma situação de ocorrência rara, que em nada desmerece o míssil.
Se ainda combinarmos esses mísseis com veículos leves e radares de vigilância, como o SABER, e teríamos uma boa cobertura no nível baixo.
Com a introdução de maior quantidade de lançadores do RBS-70 no EB, adicionados aos Iglas, poderíamos dispensar os canhões de 35 e 40 mm, manter os Gepards, para a defesa de nossos forças de manobra, e se vier mesmo o Pantsir, seria usado para defesa estratégica.
Futuramente, o CAMM(L) poderia dar cobertura à média altitude aos Gepards e às forças de manobra.
Os canhões AA que estavam em franca decadência frente aos sistemas de mísseis, hoje ressurgem mas na forma de armas C-RAM e C-PGM, sem serventia pro nosso atual cenário. Os mais antigos, com função AA precípua, podem ser bem substituídos por mísseis portáteis.