Romênia modernizará defesa antiaérea com sistema SPYDER israelense

A Romênia oficializou um dos maiores acordos militares de sua história ao escolher a israelense Rafael Advanced Defense Systems para fornecer seu novo sistema de defesa antiaérea de curto e curtíssimo alcance (V/SHORAD). O contrato, ainda pendente de assinatura final, está avaliado em cerca de € 1,9 bilhão (aproximadamente US$ 2,2 bilhões), sem incluir impostos, e integra o ambicioso plano romeno de modernização das suas defesas aéreas.
O acordo contempla a aquisição do sistema SPYDER (Surface-to-air PYthon and DERby), solução móvel “tudo em um” que reúne radar 3D, rastreamento eletro-óptico, comando e controle, e lançadores de mísseis no mesmo veículo. Capaz de disparar mísseis Python‑5, com alcance de 40 quilômetros, e Derby, com alcance de 80 quilômetros, o SPYDER pode abater desde aviões e helicópteros até drones e mísseis de cruzeiro voando a baixas altitudes.
A nova rede V/SHORAD será um complemento estratégico às defesas de longo alcance já em operação no país, incluindo as baterias Patriot e o sistema Aegis operado pelos Estados Unidos na base de Deveselu. O SPYDER substituirá os envelhecidos lançadores Hawk, fortalecendo a postura de defesa em múltiplas camadas da Romênia. Até o momento, o Ministério da Defesa não detalhou quantas unidades serão adquiridas nem a configuração exata das forças, mas espera-se que o pacote inclua diversos conjuntos de disparo, radares, veículos de apoio e um número significativo de mísseis Python e Derby.
A Romênia planeja reduzir os custos do investimento por meio de esquemas de cofinanciamento da União Europeia, como o programa ASAP (Act in Support of Ammunition Production) e o EDIRPA (European Defence Industry Reinforcement through the Common Procurement Act). Segundo o acordo, a Rafael precisará subcontratar parte do projeto para empresas europeias, com prioridade para a indústria romena. A empresa israelense já possui experiência nesse tipo de integração industrial através de parcerias como a do consórcio Eurospike, que produz mísseis antitanque.
Em nota oficial, o Ministério da Defesa Nacional da Romênia afirmou que o programa V/SHORAD vai “proporcionar cobertura ampliada contra mísseis de cruzeiro, drones e aeronaves de asa fixa ou rotativa em baixas altitudes.” Para analistas militares, a aquisição “preenche uma lacuna crítica” na defesa aérea romena, aumentando a capacidade de dissuasão do país e fortalecendo o flanco leste da OTAN.
O SPYDER, já utilizado por aliados da aliança como a República Tcheca e o Marrocos, é totalmente interoperável com as redes de defesa da OTAN, e sua aquisição reforça a posição da Romênia como um dos pilares de segurança na região, especialmente em meio às tensões crescentes no leste europeu.
Pelo valor com certeza se trata de algumas dezenas de sistemas completos.
Pelo tamanho da Romênia (comparável ao estado do Paraná), terão boa parte do território coberto por essas defesas.
Aí vemos o quanto é irreal para o Brasil, um contrato desse tamanho, conversão simples: 12 bilhões de reais. Fora da realidade Brasileira, sem chances.
Sistema muito interessante, e já testado em combate. Se não fosse o atual governo, seria um forte concorrente numa futura licitação do EB.
Prefiro Barack MX,mas com esse desgoverno;esqueçam qualquer coisa para a defesa.
Espero que esse pesadelo de desgoverno acabe e suma para o bem do Brasil.
Eu concordo plenamente com vc, mas li aqui nos comentários que “nem Israel utiliza o sistema Spyder”, então quem testou em combate?
Sistema tão bom q nem mesmo Israel utiliza.
Argumento meio ingênuo, você não acha?
Prefiro o sistema Italiano do outro post.
Excelente compra!
O SPYDER é meu sistema favorito e defendo a aquisição dele desde 2020.
E foi oferecido há não muito tempo para o Brasil!
Vantagens:
– Utiliza mísseis consagrados e que a FAB conhece há tempos
– Possui bom preço em relação a sistemas da mesma categoria
– Intercepta alvos a até 80 km de distância e 16 km de altitude na versão LR
– E agora tem capacidade de abater mísseis balísticos táticos
737,
Esse desempenho é relativo aos mísseis no modo ar-ar em condições ótimas.
Há uma degradação de desempenho quando lançados da superfície.
Muito provavelmente o sistema Spyder tenha um alcance horizontal máximo de uns 30 km e vertical de uns 10 km para a versão convencional e uns 50 km/15 km para a versão de alcance estendido
Obrigado pelas informações, Bosco!
Não fique muito tempo sem aparecer por aqui 🤝🏻
Na apresentação da Rafael tem uma imagem detalhada com alcance horizontal x altitude de cada sistema, inclusive aparece uma versão com 160km/25km mas sem mais detalhes.
https://www.rafael.co.il/wp-content/uploads/2024/09/spyder-family-air-defense-systems.pdf
Vários sistemas sup-ar modernos utilizam dois mísseis combinados num mesmo lançador, um com buscador IR e outro radar.
Alguns deles são:
NASAMS: AIM-120 e AIM-9X
SPYDER: Python V e Derby
MICA: RF e IR
M-SHORAD: Stinger e Hellfire Longbow
Enduring Shield: AIM-9X e Tamir
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O míssil naval americano SM-2Block IIIB inaugurou o conceito de adotar dois seekers (radar semiativo e IR) num mesmo míssil e atualmente o sistema israelense David’sSling com o míssil Stunner (radar ativo e IIR) inaugurou o conceito aplicado em um sistema terrestre.
Precisamos de um sistema que tenha mobilidade suficiente para deslocar-se por todo país de forma multimodal e que tenha um bom desempenho em todos nossos biomas.
Acredito que sistemas cuja versão de médio alcance utilizam booster (curto alcance estendido) nos daria grande flexibilidade e que esse disponibilize integrar o radar nacional seria a melhor escolha….nisso já riscaria vários sistemas modernos que teoricamente seriam orfertados.
Pelo que entendi, o alcance de detecção e engajamento é importante, mas não é tudo…esperar o momento e ligar uma bateria em regiões onde um inimigo não imagina que tivesse, nos daria capacidade de emboscar aeronaves inimigas com grande sucesso presumo.
Não se esqueça que o atual governo é Antissionista, jamais compraria esse ótimo sistema Spyder, lamentavelmente.
Estes alcances estão meio superestimados. Mas é um bom sistema.
Antes de pensarmos em defesa antiaérea com mísseis em terra, devemos unir forças para ter mais caças, mais Gripen
Já temos 10 gripados, vai ficar por isso mesmo, estão substituindo os Mirage 2000, que também eram uma quantidade pífia, o Brasil só precisa que funcione bem o GTE, a democracia depende disso, o resto é maria mole.