O Museu Militar Conde de Linhares, na Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro – RJ), deverá abrigar a segunda sede e o acervo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB

Abaixo, texto do ESCLARECIMENTO AO PÚBLICO INTERNO NR 001, de 27 DE JANEIRO DE 2009, divulgado no site do Exército Brasileiro, e que diz respeito a um problema muito sério que vem enfrentando a Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB), com dificuldades para manter a “Casa da FEB”, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O Blog das Forças Terrestres torce para que a iniciativa dê resultado, para que a memória e a história da FEB e de seus integrantes continue a ser celebrada, estudada e perpetuada nesta segunda casa, que se somará à tradicional sede da Rua das Marrecas.

“Em razão de recentes matérias divulgadas por órgãos de imprensa e de mensagens veiculadas na rede mundial de computadores a respeito da situação da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB), o Centro de Comunicação Social do Exército informa que, fruto de entendimentos entre a Diretoria da Associação e o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), ex DEP, foram adotadas as seguintes medidas de apoio:

a. Por parte do DECEx (ex-DEP)

Criação de uma segunda sede da ANVFEB no Museu Militar Conde de Linhares (MMCL) para onde será transferido o acervo histórico.

b. Por parte da ANVFEB

Aguardar a aprovação, do Ministério da Justiça, de pequenas alterações em seu Estatuto, transformando-a em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), de acordo com a Lei 9.790, de 1999, o que permitirá o apoio financeiro por órgãos públicos.

O MMCL, localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, dispõe de um espaço para exposição e apoio técnico de museólogos e restauradores. Conta também com uma sala à disposição dos integrantes da ANVFEB, onde poderão receber visitantes e acompanhar as comitivas em visita. O Museu incorporará a designação de “Casa da FEB”, dada à atual sede da ANVFEB, na Rua das Marrecas, no centro do Rio de Janeiro. As obras no MMCL, com recursos oriundos do Ministério da Defesa, estão em andamento.
Com a mudança do acervo para o MMCL, a sede da ANVFEB, na Rua das Marrecas, continuará disponível para abrigar a Diretoria e destinar o restante do espaço liberado para locação, gerando recursos próprios.

Gen Div ADHEMAR DA COSTA MACHADO FILHO – Chefe do CCOMSEX”

Fonte: CCOMSEX Fotos: Nunão – aspectos do Museu Militar Conde de Linhares

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João-Curitiba
João-Curitiba
15 anos atrás

Somos conhecidos como um povo sem memória. Basta observar que alguém dá um golpe na praça, foge, passa um tempo e então ele retorna e retoma a sua vida normalmente. Acredito que muito pouca gente hoje no Brasil saiba o que foi a FEB, quem foram os pracinhas, o que eles fizeram. A iniciativa é ótima, mas não vai contribuir para aumentar a divulgação da FEB. Isto só será possível se as autoridades se empenharem pessoalmente. Não adianta eles marcharem no 7 de Setembro. Os espectadores vão ficar se perguntando quem são aqueles velhotes e só. O que é preciso… Read more »

Vinícius D. Cavalcante
Vinícius D. Cavalcante
15 anos atrás

Infelizmente, isso que ocorreu com este museu da FEB foi uma vergonha. Se fosse alguma ONG picareta (daquelas que recebe para fazer e não faz ou que descaradamente funciona numa salinha e só lava dinheiro), um “Viva Rico” da vida ou mesmo MST, nossos parlamentares já deveriam ter parido um jeito de provir ajuda financeira para que a instituição mantivesse aberto o seu pequeno museu. Eu conheço o Museu e a Associação e sei que ele se veria em brancas nuvens apenas com uma fração da verba do Governo (se não me engano advinda da PETROBRAS) que recebe a útilíssima… Read more »

Nunão
Nunão
15 anos atrás

Pois é, João, e comprovando sua teoria sobre a importância normalmente dada a assuntos relacionados à nossa memória, parabenizo você por ser o ÚNICO até agora a comentar essa notícia, hehe…

Saudações!

AJS
AJS
15 anos atrás

Sim, deveria ocorrer um resgate histórico dos grandes feitos nacionais, os Febianos por exemplo, foram maltratados já antes do seu regresso à Pátria em 1945.

VirtualXI
VirtualXI
15 anos atrás

Aproveita pra mandar também os leopard 1A1, digamos uns 2 exemplares e o resto faz uma doação para a Gerdau fabricar vergalhões de ferro.

João-Curitiba
João-Curitiba
15 anos atrás

AJS Li num livro da Bibliex o depoimento de um ex-pracinha que tão logo acabou o desfile no Rio de Janeiro para comemorar a vitória e a volta da FEB, que eles foram simplesmente deixados à própria sorte. Quem era de outro lugar, ficou no mais completo abandono até mesmo para voltar pra casa. Algum deles é convidado a dar palestras? Algum deles já ministrou alguma aula para recrutas e aspirantes? Quantos são entrevistados no rádio, jornal e TV? Eles representam uma memória viva que não estará por mais muito tempo entre nós, infelizmente. Será que toda esta experiência vai… Read more »

Nunão
Nunão
15 anos atrás

João, da mesma produtora do “Senta a Pua” há o documentário “A Cobra Fumou” (mas na minha opinião o primeiro é um trabalho com melhor resultado que o segundo, apesar de seus méritos).

Marcus
Marcus
15 anos atrás

Em Campinas, a EsPCEx tem íntimo contato com a Associação dos Expedicionários Campineiros. Por conta disso, inclusive, está em fase de acordo que o Exército assuma a Associação, uma vez que seus membros são cada vez menos presentes e/ou incapacitados de dirigir a Associação. Expedicionários campineiros também são convidados para solenidades oficiais, palestras e outras ocasiões — estimulando-se o contato com os cadetes, que chegam a entrevistar os pracinhas. Infelizmente, esse quadro é excessão… (E vale lembrar que Campinas não tem monumento à FEB, salvo uma pedra abandonada num certo local). Fico feliz pela notícia! O Exército não ficou acomodado,… Read more »

maria aparecida de oliveira
maria aparecida de oliveira
14 anos atrás

Gostaria de poder ter acesso as fotos dos pracinhas da Paraiba 32 e 45.Tem uma senhora perdida da familia 40 anos e nao se recorda de muitas coisas.Mas diz q seu pai serviu na guerra nao sabe q ano.Como tenho tentado ajuda-la, pensei em buscar aqui as fotos , quem sabe reconheceria seu pai. Ele era da Paraiba mas nao sabe o certo cidade .Onde morava quando separou deles era mamanguape. Tenho procurado mas nao estou tendo exito.O pai dela se chamava Manoel Gomes da Silva , é o q ela diz. Se alguem pudesse me ajudar ficaria muito grata.… Read more »

Eduardo
Eduardo
14 anos atrás

Estou fazendo uma pesquisa, sou estudante de história, estudo na bahia e quero estudar a documentaçào dos militares deixadas sobre a guerra de canudos. Preciso de alguma respota se o editor do site pode me ajudar.

Nunão
Nunão
14 anos atrás

Eduardo, Como um dos editores, o que sugiro para você é entrar diretamente em contato com o serviço de documentação do Exército (através do site), e pesquisar também o que há de historiografia a respeito, para entrar em contato, a partir dessa historiografia, com autores que já estudaram a documentação que você pretende acessar. E, a partir daí, recortar o seu objeto de pesquisa buscando o diferencial que você pretende colocar em relação à documentação. Em caso de ainda ter dúvidas, entre em contato pelo e-mail blogs@naval.com.br, solicitando que a dúvida seja encaminhada para um dos nossos editores em especial,… Read more »