Grupo que reune potências ocidentais quer frear o programa nuclear iraniano

Estados Unidos, Rússia e França não aceitaram formalmente a participação do Brasil e da Turquia nas negociações sobre um intercâmbio de urânio com o Irã, indicaram os diplomatas nesta segunda-feira (12), sem excluir categoricamente tal possibilidade.

A participação de brasileiros e turcos, que mediaram um acordo sobre troca de combustível nuclear com o Irã, chegou a ser anunciada neste domingo (11), pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Manuchehr Mottaki.

Em declarações à imprensa iraniana, ele disse que o grupo de Viena (Estados Unidos, Rússia e França) havia aceitado a presença de brasileiros e turcos nas negociações sobre a troca de urânio levemente enriquecido de Teerã (3,5%) por combustível enriquecido para fazer funcionar um reator de pesquisas médicas (20%), agora a cargo do Grupo de Viena.

O Grupo de Viena já havia proposto em outubro um intercâmbio nesse sentido controlado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Mas o Irã propôs condições inaceitáveis para as grandes potências, que suspeitam que Teerã pretende desenvolver armas nucleares, o que o Irã desmente.

Brasil e Turquia chegaram a mediar acordo

Oito meses depois, Teerã aceitou a ideia proposta, mas só após a mediação de Brasil e Turquia.

Os países do Grupo de Viena, no entanto, viram com reservas o acordo Irã-Turquia-Brasil e pediram à República Islâmica que esclarecesse alguns pontos.

Durante este tempo, o Irã continuou com suas atividades de enriquecimento, apesar do Conselho de Segurança da ONU votar uma quarta série de sanções econômicas e militares contra o regime iraniano no último dia 9 de junho.

Em 7 de junho, o Irã reconheceu, pela primeira vez, que as novas sanções impostas pela comunidade internacional poderão frear seu programa nuclear polêmico, aí compreendidas as atividades de enriquecimento de urânio, mas que isso não o deterá.

Neste domingo, no entanto, anunciou que produziu 20 kg de urânio enriquecido a 20%, desafiando, assim, a comunidade internacional, que exige o fim do programa

FONTE: AFP, via R7

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Renato
Renato
13 anos atrás

França. Nossa Parceira estratégica…!!!

Tito
Tito
13 anos atrás

Toma Mag, toma Amorim, eeeeeeeeeeeeeeeeee…. tooooooooomaaaaaaaaa Mullaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

MA
MA
13 anos atrás

É Mahmud… Agora é esperar as explosões em Teerã…
Sem mais.

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

As potências não conseguem sair do Iraque, não conseguem sair do Afeganistão e agora arrumam sarna pra se coçarem com o Irã ? Eles não conseguiram fazer a Coréia do Norte deixar de enriquecer urânio e vão conseguir isso lá, num país muito bem armado e com um mundo já cansado de guerras ? O Irã vai fazer sua bomba e ninguém pode impedir..Os EUA tinha que se preocupar mais com o Paquistão que já tem a bomba e pode ter um muçulmano fundamentalista no poder bem mais fácil que o Irã..

ALDO GHISOLFI
ALDO GHISOLFI
13 anos atrás

´Pegando a deixa do André Oliveira, … e o Brasil tinha era de (1) se preocupar mais com suas próprias fronteiras, pois temos grandes problemas junto ao Paraguai, Colômbia e Bolívia e (2) expulsar as FARCs de dentro do país.

MA
MA
13 anos atrás

André… Lembre-se das usinas Sírias.

Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse:
13 de julho de 2010 às 18:21

“O Irã vai fazer sua bomba e ninguém pode impedir..”

Ahahahaha, profético o rapaz hein? Já bate o martelo já, rsrsrs… Deve ter altas fontes em Israel para saber o que Tio Jacó vai fazer, rsrsrs…

Como diria Mané Garrincha: “combinou tudo isso aí com os russos”??? 🙂

A verdade é que se o Irão chegar perto de enriquecer urânio em alta densidade, eu não daria um centavo pela pele do Ahmadinejad e dos aiatolás que regem tal país… Não vai sobrar ossinho nem pra fazer feijoada pra três gajos, rsrsrs…

Vader
13 anos atrás

Prezado Galante:

Off-Topic: dê uma olhada no texto do Estado de São Paulo do link abaixo:

http://defesabr.com/blog/index.php/10/07/2010/hidropirataria-na-amazonia-um-delirio/

Acho que seria interessante se pudesse se tornar um post aqui do ForTe. Mandei-lhe por e-mail também.

Sds.

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Prezado Vader: Minha assertiva é um tanto quanto arriscada, reconheço, mas, levando-se em conta que as potências não conseguiram impedir Paquistão, ìndia e Coréia do Norte de construírem seus artefatos e que Israel, apesar de ter condições técnicas de realizar um ataque, provavelmente não conseguirá realizar tal intento a ponto de interromper o processo de nuclearização iraniano, entendo que é muito pouco provável que o Irã deixe de ter sua bomba.. O grande problema de um enfrentamento Israel Iraque não seria o ataque em si, mas a reação fronteiriça de Hizbolah e Hamas, principalmente o Hizbolah, que conseguiu travar combates… Read more »

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Em relação a essência da postagem, o que a reportagem díz é que as potências recusaram a participação de Brasil e Turquia, mas também não fecharam a porta de forma total. Outro fator que pode ser considerado nesta equação geopolítica é que um ataque israelense ao Irã, além de prejudicar todas as negociações em curso, inevitavelmente conduzirão a uma escalada com o fechamento do Estreito de Ormuz por forças iranianas, fato que, mesmo que ocorra por um mês, será suficientemente forte para conduzir a uma elevação expressiva nas cotações do petróleo, o que, beneficiaria o próprio Irã na ponta final.… Read more »

Bruno Rocha
Bruno Rocha
13 anos atrás

Finalmente quando no negócio que eles queriam nós conseguimos, agora não nos querem.
Deixem eles acabarem de vez com o Irã. Não podemos fazer nada. Essa “comunidade internacional” nem existe.

Enquanto o Irã vira pó, que tal esquecermos essa de “anti americanismo” e virarmos patriotas de verdade. Fazer nossa indústria ressuscitar?!

Vamos falar o que é nosso. Fora o lixo da Imbel.

Bruno Rocha
Bruno Rocha
13 anos atrás

Nossa, quantos erros!

Mas é isso aí pessoal.

Bruno Rocha
Bruno Rocha
13 anos atrás

ALDO GHISOLFI disse:
13 de julho de 2010 às 19:04

Expulsar as ONGs também!

Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse: 14 de julho de 2010 às 12:48 “Outro ponto importante é que um ataque israelense a qualquer país muçulmano, mesmo de etnia Persa, não seria visto com bons olhos por nenhum país muçulmano, árabes principalmente, o que tornaria muito dificil o engajamento e EAU, Qatar, Kuwait, Arabia Saudita e Oman em qualquer combate, além de ser imperioso considerar o fato de que provavelmente Iraque e Afeganistão convulsionem de vez numa ação destas com pesadas baixas para os EUA.” André, não se engane voluntariamente: Israel está forrado de baterias de mísseis Patriot e outros. O Iraque também os têm… Read more »

HMS_TIRELESS
HMS_TIRELESS
13 anos atrás

Ahmadinejad, pode esperar, a tua hora vai chegar…

MA
MA
13 anos atrás

Israel não precisa de aprovação dos EUA. Seus governantes sabem que mesmo se invadirem o Líbano, Síria e o Sinai não haverá grandes consequências… Quando os americanos desocuparem o Iraque, quem vai manter “as coisas no eixo” será seu protetorado sionista. O CS é inútil. Mas Vader, os sistemas de defesa americanos e israelenses não os tornam invulneráveis às possíveis armas nucleares que poderiam ser produzidas pelo Irã. Um ataque terrorista utilizando uma ogiva nuclear contrabandeada do Irã é o grande temor desses países, e algo não tão remoto, dada a atual constituição da cúpula governamental iraniana. Logo, um ataque… Read more »

Vader
13 anos atrás

MA disse: 14 de julho de 2010 às 15:16 MA, veja só: invulnerabilidade de fato não existe. E Israel está bem ciente disso. Mas os sistemas antimísseis de Israel (s.m.j. não apenas Patriot) são os melhores do mundo, dizem até que melhores do que os do USA. Mas tem dois probleminhas em um eventual ataque nuclear do Irão: 1. Ainda que o Irão já tivesse a bomba, o que não tem, uma coisa é ter o artefato, outra bem diferente é instalá-lo numa ogiva. A Coréia do Norte por exemplo tem a bomba e tem o míssil, mas não dispõe… Read more »

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Vader,

A minha manifestação é turvada pela ideologia e a sua é permeada pela mais cristalina verdade ? Aguardemos pois…

Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse:
14 de julho de 2010 às 15:39

Companheiro, é como eu disse: só estou fazendo a leitura como as coisas são, não como eu gostaria que fosse.

De fato, aguardemos…

Tic, tac, tic, tac, tic, tac… 🙂

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Jesus, quanta arrogância..

Rodrigo Marques
Rodrigo Marques
13 anos atrás

Acho que o maior erro que um analista desta situação deve evitar, é achar que Israel vá submeter sua existência a decisões de terceiros.

se/quando seus serviços de inteligência provarem ao governo que o Irã está próximo de atingir a bomba, as instalações serão atacadas com ou sem ajuda/consentimento dos EUA. ( Nem comento CS da ONU por este ser um orgão absolutamente irrelevante)

E os países vizinhos estarão se lixando para o Irã.

Finalizando, só espero que os ataques sejam cirúrgicos e que o Irã não se atreva a revidar, assim os inocentes correrão menos riscos.

Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse: 14 de julho de 2010 às 15:55 Arrogância não André, é LÓGICA, a “terrível esmagadora de dochas”. Ou então me responda você: 1. Pra que que o Rei da Arábia, que já tem em seu arsenal nada menos que Eurofighter Typhoon e F-15 Strike Eagle quer mais 72 F-15 Strike Eagle A TOQUE DE CAIXA, além de co-financiar o desenvolvimento do Silent Eagle? 2. Pra que os EAU, que já tem uma Força Aérea considerável (entre outros, com Mirage 2000-9), estão querendo adquirir Typhoon e talvez Rafale? Evidentemente que para se defender dos terriveis habitantes da Lemúria ou… Read more »

MA
MA
13 anos atrás

Vader, a questão do ataque terrorista armado pelo Irã nunca seria uma “operação ofensiva”, eles só recorreriam a isso no caso de terem seu regime ameaçado, de alguma forma. Exatamente pelo motivo que você citou, nem o mais radical dos extremistas quer tomar uma atitude que termine na sua total desintegração. Eu acho (e creio que o governo americano/israelense também) que um ataque desses é muito possível (terroristas têm muito tempo para planejar e são muito criativos, conseguiram até meter um avião comercial no Pentagono, quem diria!). Por isso estamos vendo tamanha pressão para que o Irã desista de seu… Read more »

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Eu considero extremamente improvável que ocorra um embate entre persas e árabes, por mais que o ódio entre sunitas e shiitas esteja em último grau e acho que esse ataque se torna impossível se Israel atacar o Irã… Esta questão é em grande medida um típico esquema imperial de dividir para conquistar. Esse jogo era assim desde Dario e Alexandre da Macedonia e não foi uma invenção do Tio Sam…Ele apenas é mais um a jogar o jogo.. A chave de um eventual conflito não serão exatamente as plantas nucleares, mas o controle do Estreito de Ormuz, a posição estratégica… Read more »

Vader
13 anos atrás

MA disse: 14 de julho de 2010 às 18:25 MA, depois que escrevi que entendi, vc se refere a um atentado terrorista nuclear, com um artefato contrabandeado pelo Irão. Veja, um artefato desses recém desenvolvido não é uma máquina pequena, como demonstram os 4 que a Coréia do Norte tem que, repito, cada um é carregado em dois caminhões separadamente, tendo que ser desembarcado e montado no local da detonação. Então, assim, não é exatamente uma coisa fácil de se passar despercebida. Ninguém conseguiria montá-lo em segredo em uma rua de Manhattan, ou de Jerusalém. Por outro lado, por mais… Read more »

Vader
13 anos atrás

Andre_Oliveira disse: 14 de julho de 2010 às 19:47 “A chave de um eventual conflito não serão exatamente as plantas nucleares, mas o controle do Estreito de Ormuz, a posição estratégica a se controlar neste eventual confronto…” Parceiro, não se preocupe com os navios americanos que levam o petróleo do Iraque não. Eles passarão normalmente, depois que as bombas destruírem as plantas do Irão… Os aiatolás farão as pazes e ficarão pianinhos se quiserem manter suas cabeças acima da terra. Ou a “farra” das bombas continuará… E ademais, o Irão só controla um lado do estreito. E tanto o Tio… Read more »

Vader
Vader
13 anos atrás

giap49 disse: 15 de julho de 2010 às 11:21 “se for para Israel só bombardear as intalações nucleares iranianas, é melhor os sionistas jogarem uma bomba nuclear em Teerã logo, porque não se bate em cachorro e o deixa vivo para te morder depois.” Eu concordo contigo. Acho que Israel deveria mesmo varrer o regime iraniano do mapa. Mas eles não o farão. Apenas destruirão as instalações nucleares iranianas, como fizeram com as iraquianas. Até porque Israel é uma democracia, cujos líderes tem que prestar contas a seus governados. _______ Eu dono da verdade? E quando foi que eu disse… Read more »

Vader
13 anos atrás

MA disse:
15 de julho de 2010 às 16:32

“Em 1999 você diria que um terrorista conseguiria sequestrar um avião comercial e meter ele no Pentagono, o centro estratégico americano?”

Hehehe MA, no auge da Doutrina Delta (1998) do EB estudávamos possibilidade de emprego de aviões em atos terroristas contra uma certa potência beligerante, hehehe… mas o alvo principal era a Disneylândia, rsrsrs…

Andre_Oliveira
Andre_Oliveira
13 anos atrás

Inserindo a discussão num ambiente mais lógico, mais sério, e, afeito ao jogo das probabilidades, típico dos Jogos de Guerra, coisa que se estuda nas escolas militares, pois eles sabem que conflitos contam com o princípio da incerteza como regra, entendo ser interessante a seguinte discussão: 1 – Israel ataca as plantas nucleares iranianas e tem sucesso em destruí-las. O que ocorre: 1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ? 1.2 – As forças Iranianas perdem ou não a capacidade de operar ? 1.3 – O Estreito de Ormuz permanece aberto, ou caso seja fechado, por… Read more »

MA
MA
13 anos atrás

Oliveira,
E qual a chance de um ataque dessa magnitude dar errado? Com certeza posteriormente haveria uma grande tensão na região, ataques do Hamas (pfffff…) e uma crise diplomática mundial. Mas, ao menos, haveria um grande alívio para estes países, e este alívio seria o fim do programa nuclear iraniano…

O ganho compensa os riscos, nesse caso.

Rodrigo Marques
Rodrigo Marques
13 anos atrás

Andre, 1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ? A tendência é se fortalecer, visto que o que essa ditadura mais precisa pra se sustentar é um inimigo externo…. 1.2 – As forças Iranianas perdem ou não a capacidade de operar ? Acho que bases aéreas deverão ser atacadas se o Irã revidar, a princípio somente as plantas nucleares serão atacadas, o que já vai ser um esforço tremendo ( se implementado apenas por Israel) 1.3 – O Estreito de Ormuz permanece aberto, ou caso seja fechado, por quanto tempo será desta forma ? O Estreito… Read more »

Fernando Sinzato
Fernando Sinzato
13 anos atrás

“1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ?

A tendência é se fortalecer, visto que o que essa ditadura mais precisa pra se sustentar é um inimigo externo….”

A questão é: O regime dos Aiotolás fortalecido representará perigo para a comunidade internacional?

Eles se consideram ocidentais?

Existe o risco de aproximação com a China abrindo caminho para um choque de civilizações?

Fernando Sinzato
Fernando Sinzato
13 anos atrás

Perceberam que o Reino Unido e nem China se pronunciaram…

LEANDRO-
LEANDRO-
13 anos atrás

O boicote aos esforços do Brasil e Turquia para resolver o impasse criado pelo progaram nuclear iraniano foi nada mais que uma jogada geopolitica das potencias (clube nuclear) O mundo visto da concepção das potencias, tem os qos que mandam e os que obedecem, no caso o grupo de viena são os que mandam e o resto do mundo obedece e não é nem um pouco interessante nem razoavel para eles que novas potencias emergentes começem a atuar no teatro da geopolitica mundial,eles sabem que mais cedo mais tarde paises com Brasil, Turquia, India dentre outros irão sem duvidas participar… Read more »