EUA pedem apoio à Rússia para ação da ONU sobre a Síria

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O Departamento de Estado americano pediu esta terça-feira à Rússia para apoiar uma ação do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, depois que um relatório do organismo anunciou a morte de mais de 5 mil pessoas, desde o início dos protestos, em março. “Francamente, penso que já é passado o tempo para que o Conselho de Segurança da ONU se manifeste”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, aos jornalistas, chamando de “inescrupuloso” o silêncio do órgão da ONU a respeito do regime sírio.

“E voltamos a convidar nossos parceiros no Conselho de Segurança a que se disponham a agir e manifestar pelos inocentes na Síria que estão sofrendo nas mãos do regime, inclusive a Rússia”, afirmou Nuland. A Rússia preside este mês o Conselho de Segurança, composto por 15 membros.

Em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, qualificou de “imorais” as acusações ocidentais de que seu país pretendia bloquear uma condenação do Conselho de Segurança ao regime de Bashar al Assad, na Síria. Em outubro, Rússia e China usaram um raro veto duplo para bloquear uma resolução apoiada pelo Ocidente condenando o regime de Assad. Brasil, Índia, Líbano e África do Sul se abstiveram de votar.

Na ocasião, Moscou afirmou que a ação era unilateral e argumentou, nesta terça-feira, que “grupos extremistas armados” estavam se tornando cada vez mais temerários à medida que crescia a pressão ocidental sobre Assad. Questionada sobre os comentários de Lavrov, Nuland respondeu: “pensamos que é o regime de Assad que é imoral na violência que pratica contra seu próprio povo”.

Nuland afirmou que tem havido “algumas intâncias” da oposição que praticam ataques armados contra o regime, mas o movimento opositor tem sido pacífico, no geral. No entanto, ela afirmou que a Rússia deveria apoiar os pedidos da Liga Árabe para admitir monitores e uma imprensa livre, se quiser apoiar suas alegações de que a violência tem sido praticada dos dois lados.

“É a melhor forma de avaliar o que realmente está acontecendo e garantir uma visão equilibrada que os próprios russos alegam ser necessária”, disse Nuland. Ela sugeriu que Rússia e China estariam cada vez mais isoladas em sua posição com relação à Síria. “O coro de países que apelam para a Rússia, para a China, para alguns dos outros países no Conselho de Segurança, que estavam relutantes antes, está crescendo”, afirmou.

FONTE: AFP

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