Drone Altius 600

Uma rede de aeronaves tripuladas e não tripuladas foi usada pela primeira vez para localizar os alvos e guiar os drones até eles

O Exército dos Estados Unidos (US Army) destruiu dois de três alvos, empregando suas novas “loitering munitions” secretas ou “drones suicidas” durante um teste realizado no exercício Edge 21. Uma rede de aeronaves tripuladas e não tripuladas foi usada pela primeira vez para localizar os alvos e guiar os drones até eles.

Dois em cada três drones, oficialmente chamados de Joint Man-in-the-Loop Loitering Munitions, marcaram três alvos simulados – um radar de defesa aérea, uma estação de controle terrestre e um sistema de defesa superfície-ar – e os destruíram durante o exercício. O terceiro veículo estava fora de posição, por isso não foi disparado.

Uma aeronave tripulada com o Sistema de Reconhecimento Aerotransportado e de Inteligência Multimissão de Alvo (ARTEMIS – Airborne Reconnaissance and Targeting Multi-Mission Intelligence System) ajudou a localizar os três alvos antes de as munições serem disparadas. O ARTEMIS apresenta o Sistema de Detecção e Exploração de Alta Precisão (HADES – High-Accuracy Detection and Exploitation System), que inclui sistemas de radar, inteligência eletrônica (ELINT) e inteligência de comunicações (COMINT).

Enquanto isso, um drone MQ-1C Gray Eagle lançou um sistema não tripulado menor no ar. O sistema está equipado com funções de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) para fornecer informações adicionais sobre os alvos.

Detalhes sobre a munição permanecem não revelados, mas o site The Drive relatou que ela foi lançada do solo, tem um design “grande e com asas” e tem sistemas de controle man-in-the-loop, o que significa que um operador humano controla remotamente o drone e o movimenta com o auxílio de imagens capturadas por uma câmera de vídeo embutida até o momento do impacto.

Drone Altius 600 sendo lançado (acima) e em voo (abaixo)

Edge 21
O recente Experimental Demonstration Gateway Exercise (Edge) foi realizado em Dugway Proving Ground, em Utah, de 3 a 14 de maio.

O diretor do Future Vertical Lift Cross-Functional Team, General de Divisão Walter Rugen, disse que se esperava que mostrasse a progressão dos sistemas de sensor para atirador, à medida que o Exército busca executar “Kills chains conjuntas ágeis e eficazes”.

O Edge 21 faz parte da iniciativa mais ampla do US Army, Projeto Convergência, um esforço de modernização do Exército dos EUA projetado para conectar sensores, armas e recursos de comunicação de todos os serviços militares – Força Aérea, Exército, Corpo de Fuzileiros Navais, Marinha, Força Espacial, bem como Forças de Operações Especiais – em uma única rede.

FONTE: The Defense Post / The Drive

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Fabio Araujo
Fabio Araujo
3 anos atrás

Um sistema bem interessante, e parece ser bem leve permitindo ser lançado de paraquedas para apoio de tropas aerotransportadas!

Victor Filipe
Victor Filipe
Reply to  Fabio Araujo
3 anos atrás

Isso parece poder ser instalado em qualquer veiculo com certa facilidade.

carcara_br
carcara_br
3 anos atrás

Existe uma verdadeira corrida em direção a tecnologia de drones, esta muito claro que quem conseguir operar livremente este equipamento no campo de batalha vai vencer.
Não faz sentido mandar seres humanos batalharem contra máquinas, quando a camada de suporte tecnológico cair, cai junto as forças armadas regulares e final da batalha.

Last edited 3 anos atrás by carcara_br
Antoniokings
Antoniokings
Reply to  carcara_br
3 anos atrás

É que o está se observando.
Drones baratos destruindo equipamentos caríssimos.
É a nova tendência.

IgorCav
IgorCav
Reply to  Antoniokings
3 anos atrás

Nada que um Sistema AA de curto alcance não resolva rs.

Renato B.
Renato B.
Reply to  IgorCav
3 anos atrás

Todo o sistema pode ser saturado e drones baratos tem mais chance de conseguir isso.

Hcosta
Hcosta
3 anos atrás

Mas qual é a grande vantagem destes sistema quando comparados com um Hellfire?
É a sua capacidade de “loitering”, ou seja, de ter mais tempo de voo, de pairar sobre o alvo?

carcara_br
carcara_br
Reply to  Hcosta
3 anos atrás

Isso implica em capacidade de reconhecer e atacar de forma quase autônoma possíveis ameaças.

willhorv
willhorv
Reply to  Hcosta
3 anos atrás

Eu acredito que, o mesmo é lançado diante de uma fonte inquestionável que há alvos…portanto, reconhecimento em profundidade vai determinar isso. Posto isto, estes drones, além de permanecer on station fornecendo reconhecimento e detecção efetiva de alvos, um é eleito seguindo alguma determinação de prioridade, seja por ameaça, valor ou opção tática, e kabum…lá se vai uma peça inimiga neste, que se mostra cada vez mais complexo, um jogo de xadrez 3D. E ganha quem tem mais recursos e meios.

Agnelo
Agnelo
3 anos atrás

Muito interessante!
Acompanhar esse desenvolvimento ditará o quanto deverá se investir em outros meios e o quanto serão válidos no futuro.
Mas deve-se salientar q a GE e a GCiber cada vez mais estão tomando uma proporção enorme de sensibilidade.

Não dá pra ter uma máquina de guerra em drones e robôs com todo o sistema sem a devida proteção, obviamente.

Zorann
Zorann
3 anos atrás

E os caras aqui que vivem com pensamento de meados do século 20, considerando modernização da “couraça”, com 8X8, modernização/substituição dos Leo 1…. como prioridade 1.

Mk48
Mk48
3 anos atrás

Não me surpreenderá se brevemente for noticiado aqui que a China possui um sistema semelhante.

Santiago
Santiago
Reply to  Mk48
3 anos atrás
Foxtrot
Foxtrot
3 anos atrás

Já escrevi aqui há tempos atrás. Ao invés de nossos militares ficarem reinventando a “roda quebrada”, deveriam é concentrar esforços no que funciona. Drones suicidas é uma arma relativamente barata frente aos mísseis, eficiente e fáceis de fazer. Aqui no Brasil mesmo já temos tecnologias nacionais e equipamentos para tal façanha. Acho que nossos militares e indústria deveriam concentrar forças em um programa mobilizador para produção de sistemas de armas, e deixar de lado a fabricação de plataformas de combate (blindados, aviões, navios etc). O mundo já está na era das armas de energia dirigida, e nós até hoje não… Read more »

Rafael Gustavo de Oliveira
Rafael Gustavo de Oliveira
Reply to  Foxtrot
3 anos atrás

Se não tivermos maturidade em guerra eletrônica de nada vai adiantar o Brasil fabricar esse tipo de drone….essas tecnologias precisam evoluir paralelamente. Vão derrubar nossos drones igual a mulecada faz com as pipas…rs (se ainda não roubarem, o que seria uma vergonha…) Acredito que a construção de drones, quanto mais subsistemas forem implantados, mais caro ele se tornará, será que o alvo que você quer emprega-lo compensa o gasto? Por outro lado se você o fabricar economizando nesses subsistemas, a chance de você não cumprir o objetivo crescerá, ou pior, poderá abater um alvo errado (esses operadores orientais se importam… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Rafaelvbv
Antunes 1980
Antunes 1980
3 anos atrás

USA chegou atrasado nesta tecnologia. Rússia, Israel e Turquia já operam a 2 anos drones suicidas.

Walter
Walter
Reply to  Antunes 1980
3 anos atrás

Que eu me lembre, já vi estudos e testes de drones suicidas feitos pelos EUA la nos anos 90.

ALISON
ALISON
Reply to  Walter
3 anos atrás

Estudo e muito diferente de operar caro torcedor…

IgorCav
IgorCav
3 anos atrás

Sonho do G Exp do mecão.