Por Lane Mello – Blog Fatos Militares

Nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial, o M4 Sherman, assim como outros blindados utilizados até então, passou a ser visto pelo alto comando do Exército Americano como inadequado para operações futuras com carros blindados. Este seria o passo inicial que, mais tarde, culminaria no projeto do M41 Walker Bulldog.

Apesar da grande quantidade disponível por conta da facilidade de produção em larga escala, o M4 Sherman, da mesma forma que os demais tanques leves americanos da época, não possuía a blindagem e o poder de fogo necessários para conter possíveis ameaças futuras, como os T-34 russos, que durante a Segunda Guerra Mundial se mostraram eficazes contra blindados alemães e representavam um risco aos interesses dos EUA.

Pensando nisso, desenvolveu-se, então, o projeto do M24 Chafee, um tanque leve, mais ágil que os blindados utilizados até aquele momento e que viria a ser entregue para as tropas americanas a partir de dezembro de 1944.

Chegando em campo em tempo hábil para ser testado em combate, notou-se que o M24 Chafee, apesar de ágil e efetivo, ainda assim não atenderia aos anseios do alto escalão do exército americano.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e, logo em seguida, o início da Guerra fria, ficou ainda mais evidente a necessidade de assumir a superioridade no campo dos blindados, fazendo com que os americanos iniciassem uma busca por um projeto de carro de combate com qualidades adequadas para superar a hegemonia do T-34 russo e, consequentemente, substituir o M24 Chafee.

M24 Chafee do Exército uruguaio durante o desfile de 1960 para a visita do presidente dos Estados Unidos, Eisenhower

O protótipo

Em 1947 é apresentado o protótipo T37 Phase III, com uma proposta de carro de combate moderno, ainda mais leve, porém, mais letal, devido ao seu poderoso canhão antitanque de 76 mm.

Após algumas modificações, o que até então era um protótipo se tornou realidade e passou a ser chamado de M41. Alguns anos depois, em homenagem ao General Walton Walker, morto em um acidente de Jeep na Coreia, seu nome mudou e passou a M41 Walker Bulldog.

Presidente Harry Truman com um protótipo M41, em 1951

O Tanque M41 Walker Bulldog

Linha de produção do M41

Ágil e munido de um poderoso arsenal, o M41 Walker Bulldog carrega traços do seu antecessor, o M24 Chafee. Veloz, estável, versátil e de fácil reparação, tem torre interna totalmente soldada e módulos muito bem equipados. Em contrapartida, possui alto consumo de combustível e é extremamente barulhento tanto para a tripulação, quanto para quem está fora do veículo.

Apesar de sua origem nos Estados Unidos, o M41 Walker Bulldog não chegou a ser utilizado em larga escala para combate real pelos americanos, porém, se mostrou realmente efetivo contra os tanques russos T-54, na Guerra do Vietnã, onde foi amplamente empregado pelos combatentes do Vietnã do Sul, tendo seu batismo de fogo em 1965.

Com espaço para uma tripulação de 4 integrantes formada por comandante, artilheiro, piloto e municiador, o M41 Walker Bulldog conquistou espaço na indústria e no mercado bélico, chegando a ser exportado para diversos países como Taiwan, Tailândia, Somália, Chile e Brasil, atingindo a marca de 5.500 unidades produzidas.

No Exército Brasileiro

Tanque M41 em Laranjeiras, próximo a casa de Jango, em 1964

Até 1960, o Brasil ainda utilizava os tanques M3 Stuart e M3 Lee, já obsoletos à época da Segunda Guerra Mundial, além do notório M4 Sherman, destaque durante o conflito.

A partir de agosto daquele ano, o país recebeu as primeiras unidades do M41 Walker Bulldog através de uma negociação concretizada graças ao Programa de Ajuda Militar, que viabilizou a compra de materiais bélicos de origem estadunidense por parte do Exército Brasileiro.

No total, 368 unidades foram recebidas, tornando o M41 Walker Bulldog o principal carro de combate do Brasil até o ano de 1994, quando os carros M-60 A3 TTS americanos foram adquiridos.

Tanques M41 circulando nas ruas do Rio de Janeiro, concretizando a tomada do Governo pelos militares

M41B (Brazilian Bulldog) e M41C Caxias

Em 1978, um programa de modernização foi iniciado com o objetivo de atualizar a frota brasileira de M41, além de nacionalizar alguns componentes. Este programa foi realizado em conjunto pelo Centro Tecnológico do Exército e a empresa de veículos Bernardini e pretendia tornar o M41 Walker Bulldog mais confiável, nacionalizar a manutenção e aumentar seu poder de fogo e seu raio de ação.

Estas modificações incluíram a troca dos motores movidos a gasolina por um motor Scania DS14 a diesel de fabricação brasileira, o que também exigiu o alongamento da seção traseira do casco do veículo para a acomodação do novo motor. Esta variação foi, então, designada M41B (Brazilian Bulldog).

M-41 Caxias e protótipo do EE-T1 Osório em Pirassununga em setembro de 2009 – foto Nunão

Diversas unidades desses blindados sofreram adaptações ao padrão M41B, porém, logo novas mudanças foram necessárias e os veículos passaram por um novo projeto de modernização. A nova versão, de nacionalidade brasileira, recebeu a alcunha de M41C Caxias.

As novas alterações incluíram a adoção de sistemas ópticos de fabricação nacional, melhoria das blindagens frontais, substituição das lagartas, acréscimo de saias laterais, instalação de lança-granadas fumígenas, adaptação de novos compartimentos na parte traseira da torre, substituição do sistema elétrico e modificação do canhão original para o novo calibre de 90mm.

M-41C preservado no Museu Conde de Linhares no Rio de Janeiro

 

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Andre
Andre
1 ano atrás

Muito boa a matéria, belas fotos.

Achei meio estranha a introdução, já que ainda em 1945, na fase final da segunda guerra, estreou em combate o m26, muito superior ao t34, como ficou claro no combates entre os dois durante a guerra da Coreia.

Em 1947 quando foi lançado seu primeiro protótipo, o t34 não era mais uma preocupação para os americanos e o m41 não teria esse objetivo.

Patrício
Patrício
Reply to  Andre
1 ano atrás

Esse tanque é apenas mais um exemplo da falta de tradição americana no setor.
Tanque é assunto para russos e alemães.
E alemães atualmente com ressalvas.

Condor Dois
Condor Dois
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Tanques sao para contencao interna, ja era na guerra de gente grande

Henrique
Henrique
Reply to  Patrício
1 ano atrás

“Tanque é assunto para russos e alemães.
E alemães atualmente com ressalvas.”
.
E a tradição Rússia de ter total desprezo pela vida dos soldados e cozinhar todos eles vivos quando uma projetil qualquer acerta a munição dos mbt deles?

Patrício
Patrício
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Tanto faz.
Vencem as guerras do mesmo jeito.

Andre
Andre
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Qual foi a última batalha vencida pelos usuários de tanques russos?

Carvalho
Carvalho
Reply to  Andre
1 ano atrás

André….Não alimente trolls

Henrique
Henrique
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Eu: o MBT é mal projetado; explode e mata a tripulação toda se for atingido
.
Patrício: “Tanto faz.

temos um nível de rusofobia/ódio por russo exótico por aqui kkkkkk

AMX
AMX
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Meu Deus… que coisa ridícula de se dizer…

Andre
Andre
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Ve-se que vc vive em um mundo de fantasias.

Os tanques russos sempre foram muito bons de propaganda. Nos campos de batalha sempre tomaram cacete. Foi assim na Coreia com o m26 se mostrando muito superior ao t34. Foi assim nas guerras árabes x israel com o Centurion com desempenho muito melhor que o t62 e no Iraque em 1991, com o t72 se mostrando um fiasco frente ao Abrahams na batalha de 73 easting.

Depois da ww2 em apenas uma batalha os taques russos se sairam vitoriosos sobre os ocidentais, além, claro, da batalha de marketing.

Inimigo do Estado
Inimigo do Estado
Reply to  Andre
1 ano atrás

Caramba, comparando M-26 com T-34? Um projeto do final da segunda guerra contra um de 1940?

Andre
Andre
Reply to  Inimigo do Estado
1 ano atrás

Está difícil a leitura e interpretação de texto hein.

Eu disse que o M41 não era uma resposta ao T34 pois em 1947 os EUA já tinham posto em batalha o M26, que como ficou comprovado nas batalhas da Coreia era mais do que suficiente para enfrentar o t34.

Conseguiu entender agora ou precisa desenhar?

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Andre
1 ano atrás

Olá Andre. O T34 entrou em produção em 1940, pesava 26 ton e tinha um canhão de 76 mm. O M26 entrou em serviço em 1945, pesava 41 ton e tinha um canhão de 90 mm. Parece inapropriado comparar o T34 com o M26.

Andre
Andre
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Até tu Camargoer? Um professor com doutorado no Japão demonstrando tanta incapacidade de ler um texto simples, de um parágrafo? Eu disse que estranhei está matéria dizer que o M41 foi desenvolvido como uma reposta ao T34 pois o M26, que já havia estreado em campo em 1945 era mais do que suficiente para combater o T34, como ficou demonstrado nas batalhas da guerra da Coreia. E a comparação cabe pois um foi utilizado para fazer frente ao outro, em batalha. Ao contrário do video game, onde as partidas são separadas por “capacidade” do veículo, na vida real a tripulação… Read more »

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Andre
1 ano atrás

Olá Andre. Desculpe se compreendi errado. Em seu comentário você dizia que o M26 foi superior ao T34 na Guera da Coreia. Como são equipamentos muito diferentes e desenvolvidos em momentos distintos, achei que esta comparação inadequada.

Andre
Andre
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

ué, os dois não se enfrentaram na guerra da Coreia e o M26 não foi muito superior ao T34-85 (que era um bocado diferente do T34 de 1940 com o canhão de 76mm)? Eu apenas citei um fato para mostrar um dos motivos que achei estranho o texto desta matéria afirmar que o M41 tinha como objetivo combater o T34. talvez você tenha confundido eu ter citado um fato com eu ter emitido uma opinião. O m26 ser superior ao t34 é um fato comprovado na guerra da Coreia. Achar que a comparação entre os dois tanques, distantes apenas 4… Read more »

Up The Irons
Up The Irons
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Kings, os russos já perderam quase 1000 MBTs em poucos meses de guerra com a modesta Ucrânia.
O problema é a qualidade ruim dos carros de combate russos ou a doutrina deles que é fraca?

Oráculo
Oráculo
Reply to  Up The Irons
1 ano atrás

De “modesta” militarmente a Ucrânia não tem nada.

Dona do segundo maior exército da Europa, e muito bem equipado antes da guerra, está segurando sozinha a 2° Maior potência bélica do planeta.

Enfrentando um adversário que possui mais armas, blindados, canhoes, misseis, aviões, recursos e força.

Nenhum outro país da Europa conseguiria invadir sozinho o solo Ucraniano.
Somente a Rússia era capaz.

E todos sabem o preço que estão pagando.

Andre
Andre
Reply to  Oráculo
1 ano atrás

“sozinha” sem nenhuma ajuda?

A Rússia é a segunda maior potência bélica exclusivamente por suas armas nucleares. Estamos vendo que em uma guerra não nuclear seus projetos mais recentes não passam de peças de propaganda e quem carrega o pianos são os velhos su25, t72, t64 e até o t62.

T90, su35, t14, su57, terminaror, ficam lindos no desfile.

Patrício
Patrício
Reply to  Up The Irons
1 ano atrás

Deve-se em grande parte às mirabolantes narrativas ucranianas.
A contagem estava em 3.000 e agora caiu para 1.000 (cadê o Orix?)
Arestovich (o Rasputin ucraniano) anunciou que 2.000 russos estavam cercados em Kherson e que os russos deveriam sair daquela província, pois haveria uma grande contra-ofensiva.
Pois bem, os próprios ucranianos desmentiram essa informação e hoje os russos começaram a avançar na região e já estão a 15 km de Nikolaev.
Como se vê, tudo é uma questão de narrativa.
Principalmente em se tratando de ucranianos.

Recruta zero
Recruta zero
Reply to  Andre
1 ano atrás

Mas no Vietnan os M41 do ARNV não se saíram nada mal contra os T54 do NVA .

Andre
Andre
Reply to  Recruta zero
1 ano atrás

O que estranhei foi a introdução do texto colocando o m41 como uma resposta ao t34. O m41 foi um bom veículo que cumpriu bem seu papel

Patrício
Patrício
Reply to  Recruta zero
1 ano atrás

Mas os M-60 israelenses se deram muito mal contra os então tanques soviéticos utilizados pelos árabes.

Recruta zero
Recruta zero
Reply to  Patrício
1 ano atrás

na verdade o conceito de operação israelense na epoca era que as brigadas blindadas não teriam infantaria organica e avançariam sem apoio de IFVs custou caro ja que as divisões blindadas arabes tinham alem dos IFV BMP-1 com infantaria equipada com RPG-7 e AT-3 tambem tinham AAA autopropusada ZSU 23-4 e MANPADS Sa-7 o que dificultava o apoio aereo aproximado dos avioes de ataque.

RDX
RDX
Reply to  Patrício
1 ano atrás

“Ao anoitecer do dia 22, os sírios aceitaram o cessar-fogo proposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Tinham perdido na batalha cerca de 1.150 carros de combate, além dos 1.110 carros iraquianos e aproximadamente 50 jordanianos. Somente nas Colinas de Golan, 867 carros sírios foram recuperados (talvez de maior significado foi o fato de que muitos deles se encontravam em boas condições de funcionamento)… Do lado israelense, cada um dos carros fora atingido numa ou noutra fase dos combates, mas os homens de suas equipes de manutenção demostraram estar entre os grandes heróis da guerra, movimentando-se durante os combates… Read more »

Andre
Andre
Reply to  Patrício
1 ano atrás

Em qual guerra isso aconteceu?

Me lembro dos Centurions dando um cacete nos T62 sírios e dos egípcios tendo algum sucesso em segurar o contra ataque israelense com ATGMs. Mas tanques de origem soviética se dando bem….essa você inventou ontem de manhã.

Henrique
Henrique
Reply to  Andre
1 ano atrás

O M41 foi desenvolvido para substituir o M24 no papel de CC leve, que na doutrina da época era para reconhecimento. A missão dele não era enfrentar outros CC.

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Andre
Andre
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Então você concorda comigo que a introdução do texto está estranha, ao afirmar que ele seria uma resposta ao t-34?

NEMO revoltado
NEMO revoltado
1 ano atrás

Não me lembro aonde li que a mudança de 76mm para 90mm foi feito por um processo de usinagem muito mal feito que destruiu a precisão do canhão.

Agnelo
Agnelo
Reply to  NEMO revoltado
1 ano atrás

Nunca ouvi.
Já vi o tiro e foi NA.

Santiago
Santiago
1 ano atrás

Se o EB fosse um Exército com reserva de dinheiro, poderia manter esses tanques como uma reserva de 2ª linha. ( M41-C, MB3- Tamoyo, M-60A3, EE-T2 Osório) vamos precisar deles.

Sequim
Sequim
Reply to  Santiago
1 ano atrás

Contra quem mesmo?

AMX
AMX
Reply to  Sequim
1 ano atrás

Mais um que julga ter bola de cristal.

Andre
Andre
Reply to  Sequim
1 ano atrás

Contra uzamericanus malvadoes quando vierem invadir a amazônia. Um protótipo do Osório e um do tamoio fariam toda diferença.

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Andre
1 ano atrás

Olá Andre. Você está desatualizado. A moda agora é “usruçomalvadu”. Precisa mudar para ganhar mais “likes”.

Andre
Andre
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Passei da idade de me importar com likes ou com moda.

Você ficou muito triste que saiu de moda achar que tudo que venha dos EUA é ruim?

Apesar que russo invadir a Ucrânia para trucidar a população e explorar seus recursos, nunca sai de moda. Seja com ditador comunistas seja pelo novo ditador e sua mentira de caçar nazistas. Assim que nunca sai de mota sua amada e idolatrada Rússia, e suas antigas colônias comunistas, assinar um acordo para em seguida descumpri-lo.

Andre
Andre
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Passei da idade de me importar com moda ou com likes.

Mas pelo visto você deve ter ficado muito triste que não está mais na moda né?

Apesar que “usruçomalvadu” parece nunca sair de moda, principalmente no que se refere a Ucrânia.

Henrique
Henrique
Reply to  Santiago
1 ano atrás

Os M41 são muito velhos e inferiores. A modernização deles não foi perfeita, ele não ficou muito bom, a modificação do canhão foi uma gambiarra que o tornou bem medíocre.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Será que podemos comparar com a modernização que estão fazendo no Cascavel? Um veículo obsoleto que nada adianta modernizar, é perda de tempo e dinheiro.

Wilson Look
Wilson Look
Reply to  Carlos Crispim
1 ano atrás

Eu diria que não.

As modernizações dos M3 Stuarts e M41, deram o conhecimento para a Bernardini projetar e construir um tanque nacional no Tamoyo(e eu diria inclusive que o X1A2 também entra como tanque nacional, já que diferentemente dos antecessores não usava nenhum componente dos M3 Stuarts).

Inimigo do Estado
Inimigo do Estado
Reply to  Santiago
1 ano atrás

Mas já temos uma reserva de segunda linha, se chama Leopard 1a5, ou alguém em sã consciência acha que os léos bateriam os Abrams na operação pólvora de Biroliro?

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Santiago
1 ano atrás

Olá Santiago. São equipamentos obsoletos. Creio que nem mesmos os velhos M60 servem para segunda-linha. O melhor é serem usados com sucata (preservando alguns em um ou outro museu militar). Temos que repensar a estrutura de nossas forças armadas. Uma boa discussão é o tipo de equipamento usado pelo CFN, essencialmente uma divisão de combate que deveria estar pronta para emprego expedicionário. Outra discussão é sobre o qual a validade estratégica de ter unidades do EB mal equipadas espalhadas pelo país ao invés de menos unidades com maior mobilidade e equipamentos mais modernos?

Neural
Neural
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Na guerra qualquer coisa que atira é útil.. Lá na Ucrânia estão usando os T-62 com sucesso, fora os BMP-1 projetos antigos e defasados mas estão lá encarando combate.. O 76mm do M-41 ainda é útil contra infantaria e veículos de transporte como BMP, M-113, Marder..

Sequim
Sequim
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Pois é, professor. Querer colocar CCs obsoletos como segunda linha é decretar desde o início a morte das tripulações dessas velharias. Como segunda linha os Leos 1A5BR modernizados e olhe lá. Defendo que o País seja ousado e adquira um lote de uns 200 CCs de última geração (Leo 7) novos de fábrica que servirão por 30 anos no mínimo e complete o restante da força com CCs não tão modernos ( uns 100 Marders) , mais uns 120 Leos 1A5BR modernizados. Estaríamos bem servidos.

Last edited 1 ano atrás by Sequim
Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Sequim
1 ano atrás

Olá Sequim. Pois é. Eu ainda ainda tenho dúvidas sobre o caminho a ser tomado, por exemplo entre uma ampla modernização dos Leo1A5, aquisição de um carro de combate mais novo de segunda mão ou aquisição de um modelo novo de fábrica. Minha tendência seria a comprar de um carro de combate de segunda-mão que passasse por uma modernização. Sobre o tamanho desta frota, acho que 200 veículos parece de bom tamanho. Eu tenho muita dificuldade em aceitar mais do que isso além de considerar desnecessário manter um segunda linha. Parece mais adequado manter uma frota de 200 carros de… Read more »

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Sequim
1 ano atrás

Olá Sequim. Há uma visão muito equivocada na qual o Brasil precisa firmar alianças diplomáticas ou militares para conseguir acesso a equipamentos militares de primeira linha. Na verdade, aconteceu o contrário. Os principais fornecedores de equipamentos militares de primeira linha foram majoritariamente europeus (fragatas Niterói, submarinos Oberon, IKL 209, Mirage III, F39, etc). No caso dos carros de combate, o Brasil recebeu excedentes dos EUA. Até mesmo os M60 foram cedidos em um momento no qual o EB havia escolhido o Leopard. Sinceramente, desconheço qualquer aliança militar que possa ser de interesse do Brasil.

109F-4
109F-4
1 ano atrás

Faz algum tempo que li (não lembro a fonte) que um lote deles foi doado ao Uruguai

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  109F-4
1 ano atrás
Camargoer.
Camargoer.
1 ano atrás

Olá a todos. A imagem do M41 é indissociável da imagem do EB. Aliás, acho que as fotos do M41 com aquele símbolo antigo do EB (um enorme círculo branco com o cruzeiro do sul dentro) se tornou a imagem clássica do golpe de 64. Um dos carros de combate mais esquisitos (na minha opinião) é M3 Lee. Às vezes eu acho legal, ás vezes eu acho horrível, ás vezes acho um clássico. E olha que sou fã de modelos estranhos, como o Lighting inglẽs, o bombardeiro Victor e o Citroen DS 1953.

Neural
Neural
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

O Brasil já teve um projeto de tanque muito decente, baseado no M-41 mas melhorado a ponto de ser quase outro. MB-3 Tamoyo. Era a melhor opção pro EB, produto nacional feito pela Bernardini, mas infelizmente o Collor destruiu tudo

LucianoSR71
LucianoSR71
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

O amigo já assistiu o filme Sahara de 1943 c/ Humphrey Bogart? Ele é um comandante de M3 Lee batizado de Lulubelle, que se torna uma das figuras centrais do filme.

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  LucianoSR71
1 ano atrás

Olá Luciano. Sou fã do Bogart. Tem um outro filme no qual ele faz o papel de um capitão da marinha muito legal também (https://www.youtube.com/watch?v=3OcS-Y6gL1I). Toda vez que assisto “Casablanca” e “O tesouro de Sierra Madre” fico mais fã.

LucianoSR71
LucianoSR71
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Esse é clássico do homem das bolinhas? No Brasil, salvo engano, ganhou o título de Nave da Revolta.

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  LucianoSR71
1 ano atrás

Olá Luciano. Sim. Este filme

Cristiano GR
Cristiano GR
Reply to  LucianoSR71
1 ano atrás

Gosto de filmes antigos. Vou procurar. Valeu pela dica.

José Luiz
José Luiz
Reply to  Camargoer.
1 ano atrás

Também tenho esse gosto por máquinas exóticas. Em termos de carros de combate com desenho bem diferente eu cito o francês AMX 50, o soviético IS3 e para não ficar me alongando não um carro de combate mas o M 50 Ontos e o Scorpions britânico são bem interessantes.
Agora vou sugerir uma matéria sobre o Tamoio, aliás pode ser em vários capítulos pois tem muita história. Ele foi ofuscado pelo Osório, mas o Tamoyo sim foi o verdadeiro projeto nacional de carro de combate. Merece ser lembrado.

Wilson Look
Wilson Look
Reply to  José Luiz
1 ano atrás

Acredito que as matérias desse site são um bom começo sobre o Tamoyo: https://tanks-encyclopedia.com/coldwar/brazilian-tanks

É inclusive o único lugar com dados reais sobre a blindagem do Tamoyo 1.

Inimigo do Estado
Inimigo do Estado
1 ano atrás

Para vermos o atraso do Brasil como característica indissociável da nossa mentalidade. Enquanto o mundo usava T-62, M-60, AMX-30, o Brasil ainda operava M4 e M3 Lee kkkkkkkkkk.

É um buraco chechelento de cabides de empregos mesmo este país. Verdadeira zona.

Sequim
Sequim
Reply to  Inimigo do Estado
1 ano atrás

Se utilizarmos essa mesma lógica enquanto alguns países já tinham feito sua reforma agrária, o Brasil luta até hoje contra o latifúndio e contra o trabalho escravo agrário, frutos de uma estrutura agrícola secularmente arcaica.

RDX
RDX
1 ano atrás

Algumas curiosidades sobre os M41 do EB: 91 M41 foram transformados em M41B (depois transformados em M41C). 1 M41B recebeu o canhão Cockreill do EE-9 para testes. No final, o EB decidiu pela opção financeiramente mais barata e transformou o canhão original 76mm em 90mm. Curiosamente, o desempenho do canhão 76mm era superior ao do canhão 90mm adaptado. A versão com canhão 90mm foi denominada M41C. Em 1982, o EB comprou 53 M41A3 no Japão (excedentes do US Army) para canibalizar. A Bernardini transformou 323 M41 em M41C. 57 M41C tinham o cano do canhão mais curto (mesmo comprimento do… Read more »

Wilson Look
Wilson Look
Reply to  RDX
1 ano atrás

Uns detalhes adicionais, o canhão de 76mm era de alta pressão, tendo condições de empregar munições cinéticas enquanto em 90mm era de baixa pressão limitado as munições químicas como a HEAT. As diferenças de comprimento se deve há que depois percebeu-se que o comprimento não influenciava no comportamento da munição. Dos recursos do que seria a versão final do M41C todos foram usados no Tamoyo, sendo o canhão, as saias laterais, a blindagem adicional, visão noturna e telêmetro laser no Tamoyo 1 e 2 e a adição de blindagem composta e o computador Ferranti no Tamoyo 3. Outro detalhe sobre… Read more »

Thiago Santos
Thiago Santos
1 ano atrás

Esse aí no War Thunder é bom demais!

Bardini
Bardini
1 ano atrás

Quanta gente falando coisas absurdas, sem considerar a importância estratégica de possuir uma reserva blindada… . Reserva blindada custa dinheiro de pinga para ser mantida, se comparada ao seu valor estratégico. . O simples fato de existirem unidades focadas na manutenção de uma reserva blindada, gera unidades equipadas para o reparo, que são de fundamental importância no momento que ocorrer o atrito em um conflito. O quadro de mecânicos por exemplo, é uma reserva tão importante quanto a do material que estão manutenindo. E isso para não entrar nas questões de ter uma reserva blindada sendo conservada via contrato com… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Recruta zero
Recruta zero
Reply to  Bardini
1 ano atrás

Mas uma reserva blindada só seria viável se houvesse um amplo programa de nacionalização e padronização de sistemas críticos como:motor,transmissão e suspensão e investimento massivo em veículos para transporte pesado para transporte e evacuação de blindados.

Bardini
Bardini
Reply to  Recruta zero
1 ano atrás

Investimento e nacionalização disso ou daquilo, é algo que deve ser feito quando o blindado é adquirido, quando ele é primeira linha. Logo, não existe necessidade de realizar “amplo programa de nacionalização e padronização de sistemas” para anteder uma reserva…
.
Além dos meios, o ferramental específico, existente para manter as unidades de primeira linha, também vai para reserva.
.
Não é necessário “investimento massivo em veículos para transporte”. Estes meios logísticos existem.

Recruta zero
Recruta zero
Reply to  Bardini
1 ano atrás

Como qualquer veículo de largatas um blindado não pode sair da área de estocagem e se deslocar sozinho até a zona de combate que pode ser de dezenas há centenas de quilômetros,usar cavalo mecânico comercial para esse tipo de tarefa em tempo de paz e uma coisa mas com trechos interditados de estradas e pontes danificadas tendo que usar desvio em estradas secundárias de terra batida seriatotalmente diferente tanto que mesmo o Us army usa veículo dedicado para transportar o M1,a nacionalização e importante pois depender de peças que podem não estar disponíveis em quantidade pode prejudicar a disponibilidade,com a… Read more »

Bardini
Bardini
Reply to  Recruta zero
1 ano atrás

Os B Log estão capacitados a transportar o que já existe no inventário… . Ninguém vai ficar sentado, esperando sua estrutura logística ser destruída para então começar a mobilizar suas forças no terreno… . Conflitos não acontecem do dia para a noite, como bizonhos imaginam… . O US Army tem de transportar um MBT de quase 70t. Isso demanda equipamento especial, assim como demandaria investimento do EB, se este tivesse um MBT de quase 70t. O EB precisa de algo como o HET para transportar Leopard 1? Não. Nós conseguimos tranpostar os Leopard 1, enquanto estes estão na ativa. Logo,… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Bardini
Neural
Neural
Reply to  Bardini
1 ano atrás

Melhor opção pro Brasil é um blindado de até 45 ton.. Já tem estudos do EB indicando isso. Pra nós o ideal seria o T-90 ou o type 90 Japonês se quisermos um tanque mais ocidentalizado.

Sequim
Sequim
Reply to  Bardini
1 ano atrás

Bardini, concordo. Por isso que uma força blindada de 200 CCs tipo Leo 7 +100 Marders modernizados e 120 Leos 1A5BR modernizados como segunda linha + quantos caça-tanques (Centauro II ?) pudermos ter daria ao EB uma força blindada de respeito.

Velho Alfredo
Velho Alfredo
Reply to  Bardini
1 ano atrás

Prezado Bardini Quem, regionalmente, estaria melhor q nós para um conflito? As FFAA tem de ter o suficiente para inibir alguém de nos atacar. Além de não termos reais problemas com nossos vizinhos, eles também não tem Poder de Combate como o nosso. Desculpe, mas discordo dessa parte. E, realmente, há necessidade de um efetivo de “frente” e “retaguarda” em condições de ser empregado e de ser mobilizado. Por isso, a manutenção de pessoal, do sistema de ensino e adestramento são essenciais. No mais, estamos em “boas” (ou adequadas) relações com Europa, EUA, China e Rússia. Também com árabes, israelenses… Read more »

Nacionalista brasileiro
1 ano atrás

O caso M41 é emblemático de uma situação que se estende desde que os civis, preparados, nacionalistas e altivos do Império foram alienados das posições de decisão sobre os destinos e assertividade do Brasil no cenário mundial. Foi necessário um governo civil, sério e nacionalista, para impor ao exército um CC minimamente descente, no caso, o M60. Nesse ponto vem a pergunta: “Mas como o Brasil estava em plena década de 90 do século XX, utilizando como seu principal carro de “combate” um CC obsoleto e risível da 2º GM? Que só servia, como visto na foto acima, para assustar… Read more »

Charlie
Charlie
1 ano atrás

Pode parecer idiota o que eu vou perguntar, mas porque o EB assim como outros países na época, não optou pelo M-47 ou M-48?

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Charlie
1 ano atrás

Olà Charlie. (bravo, alfa…). Os M41 pesava metade de um M47/M48 e era equipado com um canhão de 90 mm (enquanto o M41 tinha um canhão de 76 mm). De fato, teria sido uma arma formidável para o EB nas décadas de 60/70. Contudo, e preciso lembrar que o M41 foi fornecido ao EB no âmbito do acordo de assistência militar Brasil-EUA, que previa a transferência de material excedente dos EUA. Ele foram transferidos para o EB ao longo da década de 60 para substituir os M3 e M4 (obsoletos). Apenas para contextualizar, no mesmo período que os EUA forneciam… Read more »

Carvalho2008
Carvalho2008
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1 ano atrás

Quando das versões do M41C, o Brasil já dispunha de um canhão 90 MM, esteiras da empresa NovaTracao, Motor Diesel…etc….uma época em que blindados mais simples poderiam e estariam 100% nacionalizados pela Tríade Engesa, Bernardino, Novatracao e DF Vasconcelos…

Camargoer.
Camargoer.
Reply to  Carvalho2008
1 ano atrás

Olá Carvalho. Você tem razão sobre o M41C. Lembrando também que as versões mais novas do Cascavel tambeḿ possuiam o canhão de 90 mm. O que eu comentei com o Charlie (bravo alfa) foi que a escolha do M41 para o Brasil foi feita pelos EUA no âmbito do acordo de assistência militar (sic) entre os dois países.

Charlie
Charlie
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1 ano atrás

Obrigado pelo esclarecimento 🙂

capao pintado
capao pintado
4 meses atrás

Eu lembro desses carros ainda na versão original com seu tudo longo de 76 mm passando proximo a minha casa em rosario do sul nos anos 1976, 77…o rugido dos motores continental a gasolina azul era fantastico

capao pintado
capao pintado
4 meses atrás

quando entrei para o exercito, a bernardini ja havia feito a transição de gasolina para diesel, o que acabou comprometendo a originalidade dos carros que a partir dali, não paravam de quebrar eixo piloto e rebentar mangueiras de oleo. uma pena pois sempre pelo menos metade dos carros estavam indisponiveis…