Por Rodolfo Queiroz Laterza [1]

1 – Introdução

No curso do conflito militar entre Rússia e Ucrânia, se tornou conhecida e bastante mencionada a atuação da empreiteira militar WAGNER GROUP, comandada por Yevgeny Prigozhin, que possui fortes ligações com o Kremlin.

Embora referenciado em batalhas como Soledar, Bakhmut, Popasna, Zaiteve, Uglerdarsk, os quais teve protagonismo operacional na expulsão de unidades de combate ucranianas, pouco é conhecido a respeito da PMC WAGNER.

Este ensaio buscará analisar as características operacionais, forma de atuação, sistema de recrutamento e o contexto de surgimento do WAGNER GROUP.

2 – O que são as PMC

Empreiteiras militares privadas (conhecidas pelo acrônimo PMC – Private Military Contractor) cresceram e ampliaram seu espectro de atuação e alcance em conflitos militares a partir das intervenções militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, notadamente através da destacada e bastante notória atuação da empresa Blackwater.

Na verdade, qualquer empreendimento de segurança militar destina-se a servir doutrinariamente para o contratante (em geral Governos) não como uma ameaça, mas como uma ajuda aos contingentes militares locais estacionados em um determinado país ou região para finalidades militares e operacionais diversas de suporte às formações de combate regulares, em variados teatros de operações que abrangem insurgências ou conflitos de baixa, média e alta intensidade.

A recente proliferação de PMCs pode ser atribuída a quatro fatores:

  1. O fim da Guerra Fria resultou em responsabilidade setorizada pela paz e segurança de áreas conflagradas por instabilidades políticas, sociais, étnicas e sociais definidas por causas complexas, ao invés de um sistema de segurança baseado na presença permanente e estabilizadora de uma potência mundial;
  2. Estados menos poderosos que não podiam garantir sua própria segurança criaram uma demanda por recursos militares privados para produzir essa segurança;
  3. As superpotências da Guerra Fria reduziram seus exércitos permanentes. Em 1994, os Estados Unidos, por exemplo, reduziram suas forças em aproximadamente 30%; a Rússia na reforma militar de 2008-2010 reduziu fortemente seu contingente, para um exército com efetivo de apenas 360 mil soldados.
  4. O colapso da União Soviética desencadeou condições econômicas deprimidas em seus antigos Estados clientes. A fim de obter moeda estrangeira para reconstruir seus países, esses Estados venderam ativos lucrativos da antiga União Soviética, incluindo equipamento militar, para nações ocidentais não alinhadas e com interesses comerciais próprios.

Ademais, pela experiência e análise das guerras no Iraque e no Afeganistão, sabemos que a participação de empresas militares privadas também atenua a perda em confrontos de soldados das Forças Armadas e, portanto, baixas oficiais estatais. Afinal, os funcionários de uma PMC costumam receber as tarefas mais perigosas: escoltar comboios que transitam por áreas ameaçadas; guardar e defender instalações avançadas relacionadas à infraestrutura crítica; capturar e manter pontos e posições importantes – até que os militares oficiais cheguem para controle de área; proteger comitivas de jornalistas e pessoal de TV engajados na cobertura oficial de um conflito militar.

Tais funcionários de empresas militares privadas morrem com muito mais frequência do que militares oficiais, contingentes do exército ou forças regulares de ocupação. No Afeganistão, a título de exemplo, de acordo com informações confiáveis, pelo menos duas vezes mais “contratados privados” morreram do que soldados americanos. Só que o Estado não os atribuiu a perdas militares nem contabiliza como baixas oficiais, mitigando os efeitos negativos e críticos da sociedade e elite dirigente diante de perdas humanas.

Frequentemente, os funcionários dessas PMC são chamados de mercenários pela mídia ocidental.  Entretanto, mais precisamente, esse conceito é usado estritamente em um contexto político. O mercenarismo é ilegal do ponto de vista do Direito Internacional e do Direito Positivo de vários Estados-Nação, sendo um termo que evoca conotações negativas.  Um mercenário, em sentido simplificado, é aquele que vende sua habilidade de matar e seus serviços militares para receber recompensas materiais, em geral não sendo enviado por canais contratuais formalizados com o Estado para desempenhar funções oficiais.

Já um funcionário de uma empresa militar operando oficialmente como pessoa jurídica de direito privado com vínculo contratual perante uma estrutura estatal como um Ministério da Defesa é precisamente a pessoa por ela enviada para o desempenho de funções oficiais e de interesse do Estado contratante. Esta empresa em si nada mais é do que uma organização contratada comum (no sentido jurídico) que cumpre a ordem de seu empregador – o Estado, seja em concorrência pública, parcerias público-privadas ou atos formais contratuais diversos mas juridicamente validados pelo ordenamento daquele mesmo Estado. Não é por acaso que no mundo anglo-saxão, que foi o primeiro a criar empresas militares privadas ainda no século XX, é utilizado o termo contratados militares privados para os funcionários de uma PMC, em detrimento da palavra “mercenário”.

Na Rússia, o mercenarismo é proibido e punido com penas longas – de 7 a 15 anos. No entanto, em dezembro de 2018, pessoalmente, o presidente Vladimir Putin, durante sua coletiva de imprensa anual (ou seja, na frente de todo o povo), separou um do outro:

“Agora sobre Wagner e o que as pessoas estão fazendo. Podemos proibir totalmente as atividades de segurança privada, mas assim que fizermos isso, acho que eles virão a você com um grande número de petições, exigindo a proteção desse mercado de trabalho. Se esse grupo “Wagner” violar alguma coisa, o Ministério Público deve fazer uma avaliação legal.”

Obviamente, a linha aqui é muito tênue e depende muito de quais ordens de qual empregador a organização militar contratada executará. Mas é justamente nesse sentido que a PMC “Grupo Wagner” se posiciona como uma empresa militar especializada em trabalhar “na proteção armada” de navios no Golfo de Áden e áreas propensas à pirataria do Oceano Índico; escolta e proteção de comboios terrestres, funcionários de empresas e empreendimentos de qualquer forma em áreas com alta atividade terrorista e com instabilidade na situação política; dar suporte a operações de segurança e de pacificação em operações militares estatais.

De acordo com declarações de vários especialistas em Inteligência militar russa, o Kremlin gostou muito da ideia de fazer como os americanos em relação ao emprego de PMCs em teatros de operações variados, pois tais contratações pelo Estado diluem os custos políticos, sociais e humanos das operações que passam a ser suportados por empresas privadas e não diretamente pelo Estado, sendo uma tendência crescente a expansão internacional das empreiteiras militares em locais de instabilidade geopolítica. No âmbito da Rússia, em 2012-2013, tais empreendimentos militares  começaram a tentar coletar veteranos de combate com nomes diferentes e enviá-los para testes nos locais onde era importante para o governo russo e sua comitiva indicarem sua presença.

Inicialmente foram criadas várias organizações militares, onde foram recrutados veteranos das guerras da Chechênia, forças especiais e aqueles que serviram como instrutores de forças especiais. Eles foram testados nas repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk na resolução de “problemas especiais”, neste período já em processo de reunião e consolidação de todas as organizações sob o controle formal de Yevgeny Prigozhin e  dentro do empreendimento “Wagner PMC”.

3 – Surgimento e crescimento

O chamado “Wagner PMC” é, na verdade, uma marca guarda-chuva, nome comum de vários grupos paramilitares privados (formações constituídas em estruturas de destacamentos e esquadrões) de combatentes criados na Rússia desde 2013. Essas forças privadas armadas realizaram tarefas no interesse geopolítico do governo russo e de governos e estruturas corporativas de países como Bielo-Rússia, Armênia, Síria, República Centro-Africana, Sudão, Líbia, Moçambique, dentre vários outros países não identificados.

O Wagner Group tem sua sede em Hong Kong, com faturamento anual estimado em centenas de milhões de dólares a partir de contratos firmados com inúmeras estruturas governamentais de distintos países.

A PMC Wagner Group foi financiada, entre outras coisas, por dinheiro de contratos que as empresas de Prigozhin receberam e recebem do exército russo (fornecimento de alimentos e rações secas), bem como parte da receita de empresas protegidas no Oriente Médio (Síria principalmente) e no interesse de vários países da África (envolvendo neste caso contratos para a proteção da produção de petróleo, exploração de ouro, dentre outros minerais).

A título exemplificativo, pela implantação de instrutores russos junto com o exército do Mali e pela proteção de oficiais de alto escalão, a República do Mali pagou à PMC Wagner declarados 9,1 milhões de euros.

A primeira dessas unidades paramilitares privadas foi o chamado “Corpo Eslavo”, que em 2013 recrutou cerca de 270 ex-militares e funcionários das agências policiais russas, a maioria deles com experiência de combate em “pontos quentes” de conflito, como Norte do Cáucaso, onde uma atuante insurgência Islâmica terrorista de natureza ideológica wahhabista atua desde o fim da Segunda Guerra da Chechênia. Além disso, em 2013, foram empregados na Síria para proteção de instalações petrolíferas controladas pelo regime sírio.

Destacamentos da PMC Wagner também guarnecem  filiais pertencentes a empresas russas nos setores de  petróleo e minerais  na Síria, Líbia, República Centro-Africana, Nigéria, Sudão e Venezuela, além de outros países não identificados. Esta é a proteção de infraestrutura crítica situada em zonas de guerra. Patrulhamento, trabalho operacional com residentes locais, segurança de perímetro, incursões nas aldeias vizinhas, cujos habitantes podem representar uma ameaça ao objeto de proteção, também compreendem parte do escopo de atuação da PMC WAGNER em locais em que atuam.

Entretanto na África, especialmente na Líbia e no Sudão, os combatentes do Wagner Group participaram ativamente de batalhas e operações militares. Na República Centro-Africana, por exemplo, pacificaram vários assentamentos não controlados pelo presidente Touadéré e realizaram ataques de contra insurgência nas províncias daquele país.

Na Líbia, os combatentes da PMC WAGNER estão apoiando as forças leais ao general Khalifa Haftar.

Muitos desses mesmos empregados apareceram em 2014 na Crimeia como parte dos destacamentos paramilitares de “pessoas educadas” que desarmavam as tropas ucranianas. Inspirados pela vitória, eles foram para o sudeste da Ucrânia, em Donetsk e Lugansk, nos primórdios do conflito de Donbass.

Nesta região, eles começaram a montar o núcleo do chamado “Wagner PMC”, que era chefiado então pelo ex-GRU (Diretório de Inteligência Militar das Forças Armadas Russas) Tenente Coronel Dmitry Utkin com o indicativo de “Wagner”. Já no verão de 2014, carros utilitários com as letras W pintadas nas laterais foram vistos no Donbass – uma letra pela qual foi possível identificar inequivocamente os combatentes do referido grupo.

Veterano das guerras da Rússia na Chechênia, acredita-se que Utkin fundou a Wagner e a batizou com o nome de seu antigo indicativo de chamada de rádio, sendo posteriormente comandado como veremos por Yevgeny Prigozhin, um rico empresário apelidado de “chef de Putin” porque fornecia comida para o Kremlin.

Durante o conflito de Donbass, o embrião da  PMC WAGNER teria executado tarefas especiais, como a eliminação de comandantes de unidades de combate dentre as fileiras separatistas, dentre as quais  Alexander Bednov (conhecido como “Batman”), Alexei Mozgovoy, Pavel Dremov e outros comandantes de campo do DPR e LPR,  que tentaram se rebelar contra os líderes das autoproclamadas repúblicas aprovadas por Moscou e atuavam com excessiva autonomia e agiam em esquemas supostamente criminosos, como desvios das cargas materiais fornecidas por Moscou.

Prigozhin liderou várias divisões do PMC Wagner, mas após problemas operacionais na Síria, ficou com o comando direto do financiamento e a administração da empresa, sendo que os oficiais da Diretoria Principal do Estado-Maior assumiram a liderança da estrutura militar e de combate do grupo.

A preparação e base dos PMCs na Rússia até 2021 foram realizadas no campo de treinamento de Molkino, no território de Krasnodar. Em 2021, parte das unidades estava estacionada no Centro de Treinamento de Forças Especiais em Gudermes (Chechênia).

Atualmente no teatro de operações da Ucrânia, acredita-se que cerca de 20.000 contratados da PMC WAGNER estejam lutando em favor da Rússia, notadamente na região de Donbass, onde mais recentemente expulsaram forças ucranianas de Soledar e de assentamentos limitrofes a Bakhmut, cidade industrial considerada essencial para se cortar as comunicações e fluxo logístico das Forças Armadas da Ucrânia – FAU na linha de defesa estruturada para neutralizar ataques às cidades de Konstantinova, Slavyansk e Kramatorsk – última linha de defesa ucraniana na região.

Cerca de 1.200 funcionários da PMC Wagner foram supostamente retirados da Líbia e da Síria este ano para lutar na Ucrânia pela Rússia.

Conforme declarações de outros comandantes de destacamentos especiais que não faziam parte do grupo Utkin, os contratados pelo Wagner Group estavam empenhados em garantir a segurança dos generais da Diretoria Principal do Estado-Maior que trabalhavam nas áreas controladas pelos separatistas de Donetsk e Luhansk. Também controlavam a logística e segurança do transporte de armas.

Até a primavera de 2015, os destacamentos de Utkin também desempenhavam a função de policiais militares no DPR e LPR. Desarmaram milícias indisciplinadas com muitos bêbados e combatentes caucasianos indisciplinados, detiveram pequenos comandantes que se recusaram a obedecer às ordens da liderança das repúblicas e lidaram com empresários que buscavam atuar à margem das regras dos separatistas. Por exemplo, foi o “Grupo Wagner” que desarmou as famosas forças especiais de Troy, que entraram em conflito com a liderança da DPR.

Mais recentemente, a PMC Wagner passou a atuar na Sérvia, quando as tensões continuam a aumentar na fronteira de Kosovo. O presidente sérvio Aleksandar Vučić – que não reconhece a declaração de independência de Kosovo em 2008 – ordenou que as tropas se posicionassem em posições prontas para o combate e ameaçou cruzar para o Kosovo para proteger os sérvios que vivem lá. A situação em Kosovo piorou desde novembro, quando as autoridades anunciaram que os sérvios teriam que entregar suas placas emitidas pela Sérvia. Desde então, o Wagner Group lançou operações de inteligência e guerra psicológica para combater atividades contra o regime de Putin.

4 – Recrutamento e seleção

Entre os anos de 2014 a 2018, um grande número de funcionários da PMC Wagner foi recrutado nas regiões de Kemerovo, Sverdlovsk, Perm, Krasnoyarsk, Territórios de Altai. Outras regiões líderes em termos de número de contratados são o Território de Krasnodar, o Território de Stavropol e a Ossétia do Norte.

Desde 2019, pessoas das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk foram aceitas com extrema relutância. Isto foi devido a várias razões. Os mercenários das autoproclamadas repúblicas não tinham experiência de combate suficiente, não estavam acostumados a disciplina e subordinação rígidas e eram suspeitos de terem ligações com os serviços especiais ucranianos.

A empresa militar privada russa Wagner começou a recrutar cidadãos do Quirguistão e do Uzbequistão para lutar na Ucrânia, informou o canal investigativo MediaHub do Quirguistão. Quando contatado, o recrutador responsável oferecia ao contratado um emprego “executando tarefas na zona de operações especiais na Ucrânia” por 240.000 rublos (aproximadamente US$ 4.383) por mês.

Para serviço por mais de seis meses, a PMC Wagner juntamente com as estruturas oficiais do Governo russo fornece também uma forma simplificada de obtenção da cidadania russa, algo bastante desejado por milhões de migrantes quirguizes, cazaques, uzbeques e tadjiques na Rússia.

A cidadania russa é um bem valioso para os migrantes da economicamente estagnada Ásia Central. Incapazes de pagar suas contas em casa, os centro-asiáticos vão para a Rússia em busca de trabalho e renda. As remessas de trabalho no exterior, principalmente da Rússia, representam 30% do produto interno bruto do Tajiquistão e 28% do Quirguistão. De acordo com estatísticas do governo russo, 4,5 milhões de trabalhadores do Uzbequistão, 2,4 milhões do Tadjiquistão e 920.000 do Quirguistão estavam trabalhando na Rússia em 2021. No final de dezembro de 2021 – menos de dois meses antes da invasão da Ucrânia – Putin propôs alterar a lei novamente para encurtar o processo de obtenção da cidadania russa para soldados contratados de ex-países soviéticos.

Uma vez contratado pela PMC WAGNER, o contratado das etnias destas antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central executará tarefas na zona de operações especiais na Ucrânia e no interesse do Ministério da Defesa da Rússia.

Antes do início da guerra na Ucrânia, a seleção para entrar na PMC WAGNER era mais rígida. Não contratavam quem tinha dívidas, inadimplentes, antecedentes criminais pendentes, aqueles com parentes e conhecidos no Serviço Federal de Segurança – FSB ou com parentes nos batalhões nacionais ucranianos. Posteriormente, presidiários passaram a ser recrutados, desde que não estejam cumprindo penas por terrorismo, extremismo e tráfico de drogas.

Para servir na Síria, um combatente comum da referida empresa recebia de 140 a 160 mil rublos por mês. Para trabalhar na Líbia – 170-190 mil rublos. O serviço na República Centro-Africana foi considerado o mais lucrativo – 200-240 mil rublos por mês.

Aqueles com notórias especialidades militares (tais como atirador, sapador, engenheiros) receberam 20-40% a mais de colegas sem tais qualificações, por exemplo. Os equivalentes a funções de oficiais tinham o dobro do salário de um soldado raso como o salário mínimo. Em alguns casos, o salário mensal de um equivalente a oficial pode ser de 500 a 700 mil rublos na PMC WAGNER.

No caso de morte da família de um combatente, a indenização se situa no valor de 1 a 5 milhões de rublos.

A PMC Wagner também estabeleceu centros regionais de recrutamento em mais de 20 cidades, postando os números de telefone dos recrutadores em canais populares de mídia social vinculados ao grupo.

5 – Atuação da PMC WAGNER na Guerra da Ucrânia

Após o início da guerra da Ucrânia, os critérios de seleção para contratação da PMC WAGNER tornaram-se, como dito acima, mais suaves e os salários mais elevados.

Um combatente pode receber de 240 a 300 mil rublos por mês para participação direta nas hostilidades no teatro de operações da Ucrânia. Os equivalentes a oficiais ganham até três vezes este valor por mês. Em caso de morte, os parentes devem receber de 3 a 6 milhões de rublos.

Além dos russos, moradores do Donbass e algumas regiões da Ucrânia estão sendo novamente recrutados para o Wagner Group. Recentemente, o recrutamento ocorreu literalmente por anúncios distribuídos por meio de redes sociais e grupos fechados. Há casos em que ex-militares foram convocados com ofertas de emprego por funcionários dos cartórios de alistamento militar.

Os problemas de abastecimento do PMC Wagner são coisa do passado, pois a empreiteira militar têm todas as armas de infantaria leves e pesadas necessárias, incluindo lança-chamas, lançadores de granadas, metralhadoras pesadas e morteiros. Eles são fornecidos com sistemas de comunicação, termovisores, drones para reconhecimento de empresas do complexo industrial-militar russo e de outros países. Já que como pessoa jurídica de direito privado possuem liberdade de aquisição muito maior e mais flexível que as Forças Armadas, não se sujeitam a controle estatal quanto a preços e fontes de venda.

Equipamentos pesados ​​​​também estão em serviço usual na PMC WAGNER, tais como: tanques, veículos blindados, MLRS, alguns tipos de obuses e canhões autopropulsados.

Os combatentes do Grupo Wagner agora representam cerca de 10% das forças da Rússia na Ucrânia, de acordo com funcionários do governo do Reino Unido.

Pensa-se que a organização tinha anteriormente apenas 5.000 combatentes, a maioria dos quais eram ex-soldados, incluindo muitos de regimentos de elite.

De acordo com o Royal United Services Institute, think tank britânico, o Wagner Group também adotou um perfil mais corporativo – incluindo uma grande nova sede em São Petersburgo, recrutando abertamente em cidades russas através de anúncios em outdoors e está sendo nomeado na mídia russa como uma organização patriótica e essencial ao esforço militar russo na Ucrânia.

Durante a guerra na Ucrânia, combatentes do Wagner Group participaram das batalhas por Kyiv, Kharkov, Mariupol, Popasnaya, Rubizhne, Severodonetsk, Lisichansk, Zaitsevo.  Recentemente os avanços russos que resultaram no controle sobre a cidade de Soledar e cidades e assentamentos situados ao redor de Bakhmut foram creditados à efetiva atuação dos combatentes da PMC WAGNER em coordenação com formações militares regulares russas.

Entretanto, além das baixas significativas em meses de conflito, em 9 de junho de 2022, um ataque de artilharia das Forças Armadas da Ucrânia atingiu o estádio da cidade de Stakhanov, onde ficava a base da PMC Wagner, causando ampla destruição.  A grande maioria dos combatentes do Wagner Group que lá estavam morreram. De acordo com oficiais do grupo, havia combatentes recém-recrutados, com até 120 mortos sob bombardeio e até 200 feridos. Estas são as maiores perdas individuais da PMC Wagner desde a suposta batalha síria com o exército curdo -americano ocorrida em 2018.

Prigozhin e Wagner estão sob sanções dos EUA há anos. Mas os EUA recentemente tomaram medidas adicionais para tentar controlar o acesso de Wagner às armas. No final de dezembro, o governo Biden implementou controles adicionais de exportação de Wagner, dificultando o acesso a qualquer equipamento com tecnologia americana.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA- NSC, John Kirby, disse a repórteres no mês passado (dezembro) que, devido a sanções e controles de exportação, o Wagner Group procurou parceiros em todo o mundo para fornecer ferramentas para apoiar suas operações – e a Coréia do Norte concluiu uma entrega inicial de armas. O governo americano também está implementando medidas para designar a PMC Wagner como uma organização terrorista, criando restrições para empresas, pessoas físicas e países que negociarem diretamente com a referida empreiteira militar, inclusive aplicando sanções de diferentes modalidades a qualquer segmento que estabelecer parcerias de qualquer forma com o grupo.

6 – Considerações finais

O uso pelo Governo da Rússia da PMC WAGNER permite ampliar a capacidade do país em fortalecer sua própria projeção de poder e capacidades de inteligência – não apenas confrontando as capacidades de inteligência militar ocidentais – mas também buscando de novos locais de operação e outras oportunidades que lhes dão acesso a locais estrategicamente importantes e com riquezas em recursos naturais.

O uso de empresas militares privadas como a PMC Wagner, particularmente como vimos em países com governança fraca, desafios de segurança contínuos e recursos naturais enriquecidos, fomenta acordos de segurança favoráveis à Rússia e é um mecanismo facilitador de futuras relações diplomáticas com esses países.

Diante do esforço militar russo cada vez maior na Ucrânia, a empresa militar privada Wagner Group recebeu a responsabilidade por setores específicos da linha de frente no leste da Ucrânia devastado pela guerra de maneira semelhante às unidades militares normais quanto à natureza das missões e modalidade de sistemas de armas empregados. Sua atuação na frente tem ocorrido através de conexão e coordenação conjunta com tropas regulares russas, principalmente forças aerotransportadas, unidades de artilharia e de aviação tática.

Esta é uma mudança significativa em relação ao emprego anterior do grupo paramilitar privado desde 2015, quando normalmente realizava missões distintas da atividade militar russa regular em grande escala.

O emprego de empresas militares privadas (PMCs) em conflitos armados — muitas vezes chamado de ‘mercenarismo moderno’ — goza de uma imagem relativamente negativa por causa dos teatros de guerra legalmente ambíguos em que operam, a falta de transparência e o grande número de oportunidades legais abertas que envolvem seu uso.

A privatização das funções militares e de segurança em inúmeros conflitos militares, como no caso da Ucrânia, implica uma terceirização não apenas dessas tarefas, mas também das responsabilidades internacionais decorrentes do Direito Internacional Humanitário (DIH) ao permitir que os Estados se escondam por detrás de empreiteiras militares privadas.

A PMC WAGNER, cujo nível de eficácia operacional tem-se revelado uma realidade na guerra da Ucrânia, opera em situação juridicamente opaca perante o direito internacional como as demais empresas militares privadas contratadas por Governos em todos os continentes do planeta.

A Guerra da Ucrânia expõe, quanto à relevância da PMC Wagner, uma realidade que emergiu a partir dos Estados Unidos no Iraque, em que o uso de companhias militares de caráter privado se tornou público e determinante para a condução de uma guerra de ocupação e com tarefas múltiplas que não podem ser suportadas unicamente por forças armadas estruturadas pelo Estado.

 

FONTES CONSULTADAS:


[1] Delegado de Polícia, Mestre em Segurança Pública, historiador, pesquisador em geopolítica e conflitos armados.

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Carvalho
Carvalho
1 ano atrás

Sobre qualquer aspecto que se olhe, fica óbvio a consolidação institucional do Governo de Zelenki.
Acossado em uma guerra de aniquilação por uma potência mais forte, foi capaz de se manter no poder, controlar o stabilishment militar e industrial e granjear o apoio de todo o Ocidente.
Outro mais vacilante já teria caído, independente do apoio ocidental.
Me perdoem se vou ferir alguma suscetibilidade, mas está guerra está ficando interessante.

Realista
Realista
Reply to  Carvalho
1 ano atrás

Zelensky é um fantoche não manda em nada.

Allan Lemos
Allan Lemos
Reply to  Carvalho
1 ano atrás

foi capaz de se manter no poder, controlar o stabilishment militar e industrial e granjear o apoio de todo o Ocidente.

Nada disso tem a ver com algum mérito do palhaço. O Ocidente quer derrubar a Rússia, apoiaria o esforço de guerra ucraniano até mesmo se um cone estivesse no lugar dele.

Carvalho
Carvalho
Reply to  Allan Lemos
1 ano atrás

O palhaço está desempenhando seu papel.
E muito bem.
Quer vc queira ou não. Ou que vc goste ou não.

Agenor I
Agenor I
Reply to  Carvalho
1 ano atrás

Os ucranianos esperam o apoio verdadeiro dos paises da otan, pois só assim a russia para a guerra, Com F15 e F18 com misseis nucleares voando, uma ameaça de aniquilação total. Fora isso a guerra nao para. Fazer o que os ursos fizeram em Cuba.

Manoel Carlos
Manoel Carlos
1 ano atrás

Pessoal brabo.
Sem dúvidas uns dos destaques da guerra.

Maurício.
Maurício.
Reply to  Manoel Carlos
1 ano atrás

Esses PMC são simplesmente buchas de canhão, e não chamar eles de mercenários só por questões de “direito internacional e do direito positivo de vários estados-nação”, seja lá a abobrinha que isso significa, não faz o menor sentido, já que no papel, eles não passam de mercenários, são mercenários de carteira assinada, simples assim.

Bedoia
Bedoia
Reply to  Maurício.
1 ano atrás

Noticia de ontem.
Dois britânicos mortos.
A Ucrânia diz que são voluntários (bem, não deixam de ser)..
Eu já acho que devem ser mercenários, visto que o corpo de um deles foi encontrado pelos Wagner em Soledar.
Não creio que tivesse trabalho humanitário na cidade.
Apenas os russos se encarregaram de retirar os poucos civis de lá

dn.pt/internacional/ucrania-dois-voluntarios-britanicos-mortos-durante-operacao-humanitaria-em-soledar-15716825.html

Wagner
Wagner
1 ano atrás

O ” Hezbollah” Russo. Bota a Blackwater no Chinelo. Blackwater correu do EI no Iraque.

Last edited 1 ano atrás by Wagner
Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Wagner
1 ano atrás

Wagner são ‘mercenários’ que estão dizimando os mercenários de outros países.
Os caras são bons.

Alan Santos
Alan Santos
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

Igual esses na Siria?só pesquisar aqui na trilogia …..

“Mais de 200 soldados contratados, principalmente russos lutando em nome do líder sírio, Bashar al-Assad, morreram em um ataque fracassado contra uma base, detidos pelos EUA e principalmente forças curdas na região rica em petróleo de Deir Ezzor, disseram dois russos. O oficial dos EUA colocou o número de mortos nos combates em cerca de 100, com 200 a 300 feridos, mas não conseguiu dizer quantos eram russos.”

Cristiano de Aquino Campos
Cristiano de Aquino Campos
Reply to  Alan Santos
1 ano atrás

Me lembro disso, preferiram bombardear os caras no meio do deserto a encarar um confronto direto e próximo. Mérito de quem?

Alan Santos
Alan Santos
Reply to  Cristiano de Aquino Campos
1 ano atrás

A Rússia faz oque diariamente na Ucrânia ? Esses caras da Wagner são maioria presidiários não passam de bucha de canhão só isso , e você achando que são guerreiros imbatíveis kkkk

Hcosta
Hcosta
Reply to  Cristiano de Aquino Campos
1 ano atrás

Mérito de quem ganhou a batalha e desmérito de quem atacou sem pensar.
Só um amador, para não chamar de outra coisa, não usaria os meios que tem disponíveis.

Mas o senhor na mesma situação que os Americanos certamente que iria lutar até mesmo sem armas, mesmo na porrada, aí sim via-se quem tem “mérito”… Só falta combinar com o outro lado.

Bedoia
Bedoia
Reply to  Alan Santos
1 ano atrás

Os EUA falam o que bem entender.
Até que não perderam no Vietnã e Afeganistão.
Acredite, se quiser!

Maurício.
Maurício.
Reply to  Wagner
1 ano atrás

Também, depois que os iraquianos mataram 4 mercenários americanos em Faluja e penduraram os corpos queimados em uma ponte!

Carvalho
Carvalho
1 ano atrás

O problema destes grupos é que depois de um certo tempo não pode encerrar o contrato.
Sé é que vc me entende….

Bedoia
Bedoia
Reply to  Carvalho
1 ano atrás

Aí, elas pegam o butim lá em Kiev.
Dinheiro não vai faltar.

Henrique
Henrique
1 ano atrás

Que boato é esse que ta rolando nos telegram de que o kremlin ta com medo que o “exercito da Ucrânia ”’mate”’ o Prigozhin”?

ja ta virando oligarca russo o sujeito kkkkk

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Provavelmente do mesmo tipo das peças de geladeira, da falta de gasolina e etc.
Conversa de ZAP.

Henrique
Henrique
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

nãooo … a da peças de geladeira e maquinas de lavar louça são reais kkkkkk

a falta de combustível tb é real… teve a rodo no no começo da guerra

tem nada de zap nisso ai kkkkk

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Peraí que vou tentar confirmar com o pessoal lá de Soledar.

Henrique
Henrique
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

ok… vou confirmar com pessoal em Kyiv, kherson, kharkiv, izium……….

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Espero mais um pouco
Vc terá fontes mais confiáveis.

Realista
Realista
Reply to  Henrique
1 ano atrás

È o mesmo boato de que o Putin estava com câncer e iria morrer.

Tem o boato da Abelha assassina de kiev também .

Boato tem de monte ..

Henrique
Henrique
Reply to  Realista
1 ano atrás

curioso que teve uns boatos de oligarcas caindo da janela e não parou ate agora kkkk

melhor o Prigozhin começar a andar só no nível do solo e ficar longe de lugares altos kkkk

Putin ficou sentido só pq o cara teve mais bolas e foi na linha e frente kkkkkk

Underground
Underground
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Esse aí vai acabar como um outro no Estado alemão pré WWII, que resolveu desafiar o líder e acabou sendo suicidado.

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Volte para os assuntos do campo de batalha, onde os ucranianos estão levando uma surra.

Bedoia
Bedoia
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

Voltemos aos assuntos do dia a dia.
Dois Su-25 ucranianos derrubados hoje.
Um em Makkevka e outro em Ugledar.
Em Ugledar, a situação tá feia a coisa para a Ucrânia, viu?

Maurício.
Maurício.
Reply to  Henrique
1 ano atrás

“curioso que teve uns boatos de oligarcas caindo da janela e não parou ate agora kkkk”

Isso começou a acontecer depois que uns “entendidos” começaram a dizer que quem trairia e mataria o Putin seriam esses mesmos oligarcas que estão caindo das janelas…rsrsrs.

Slowz
Slowz
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Ué , não era os oligarcas que iriam derrubar o Putin ? 🤣🤣🤣

Lá é assim que funciona bilionários não é pra se envolver com política .

Henrique
Henrique
Reply to  Slowz
1 ano atrás

KKKKKKKKKK
daqui a pouco “lá é assim” roda o putin tb…

Maurício.
Maurício.
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Henrique, tem um pessoal sentado no sofá até hoje esperando o Maduro e o Assad rodarem, provavelmente já criaram raízes no sofá…🤭 Mas claro, qualquer um pode “roda”, já que ninguém é de ferro!

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
1 ano atrás

Texto interessante, é do tipo que dá gosto de ler.
Obrigado ao pessoal da Trilogia e ao autor por trazê-lo pra página.

Realista
Realista
1 ano atrás

De uma coisa eu sei o cache do grupo vai aumentar viu. KKKKKKKKK

GFC_RJ
Reply to  Realista
1 ano atrás

Bem como as “luvas” e o “bicho” por resultados também.

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Realista
1 ano atrás

Com a queda de Bakhmut, vai às alturas

Andre
Andre
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

Caiu Bakhmut?

O Da Lua sonha com essa captura desde novembro do ano passado….

Alexandre
Alexandre
Reply to  Realista
1 ano atrás

Se vai….O boleto já tá no Kremlin
Ai do Putin se não pagar

Alexandre
Alexandre
Reply to  Alexandre
1 ano atrás

Ok multinick !

Leo Machado
Leo Machado
1 ano atrás

O que sabemos é que todo dia aprece foto de mercenários mortos pelos ‘Músicos’
Hoje foram dois bielorussos de um grupo de extrema direita.
Ontem foi um colombiano, o segundo morto por lá.
Ante-ontem foi um francês.
Dizem que os mercenários estão deixando Bakhmut aos bandos para não serem mortos pelos russos

Hcosta
Hcosta
1 ano atrás

Parece que quem manda em grande parte do território do Donbass é o grupo Wagner.
Ainda dá para acreditar na tese de um movimento espontâneo separatista?

Henrique
Henrique
Reply to  Hcosta
1 ano atrás

sempre foi falso.. tanto que pessoal que era os “lideres” em 2014 nem existe mais ou ja se mandou de la

Hcosta
Hcosta
Reply to  Henrique
1 ano atrás

e muitos nem eram ucranianos…

Henrique
Henrique
1 ano atrás

Pode começar agradecendo ao Putin por jogar fora os próximo 30 anos de vida da Rússia e condenar ela a uma recessão econômica e hostilidades de volta e todo mundo ver o russo como umFdp..

cara é um giniu

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Ninguém aqui está ligando para ‘os próximos trinta anos’ na Rússia.
Até lá, a Ucrânia já sumiu do mapa há muito tempo.

Henrique
Henrique
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

kkkkkkkkkkkkkkkkk

ahh que bom que a russete reconhece que o objetivo é extinguir o país e a cultura ucraniana…

parabéns, tu reforçou a narrativa pra Hollywood… esse vai da Oscar

Alexandre
Alexandre
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Cara, vc ainda perde tempo com as trolagens do Tonho???
Não alimente as feras

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Cultura ucraniana?
Se existe, ninguém liga
Voltará a ser russa e o Mundo continuará seu caminho
Sinto muito.

Alan Santos
Alan Santos
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

Mais fácil o inferno congelar ,sinto muito Alice

Henrique
Henrique
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

obrigado russetinha por continuar reforçando o ponto que o objetivo é a guerra de extermínio e anexação

Underground
Underground
Reply to  Henrique
1 ano atrás

Coitadinho! Um pobre menino latino que fica emburrado porque os outros não o reconhecem.

Henrique
Henrique
Reply to  Henrique
1 ano atrás

amiguinho tu ta chorando pq Hollywood agora tem material de sobra pra fazer filmes com os russos sendo vilão agradeça de joelho ao putin… só agradece.. a b***ce dele garantiu a “rusofobia’ que vc tanto deseja usar como muleta pra justificar qualquer fracasso no futuro… — “tenho plena consciência que não faço parte do clubinho ocidental, ” ta evidente que vc faz parte do clubinho da russetes… —- ” Parece q eles já estavam combinados com um outro inimigo declarado duzamericanu q desponta para ser a primeira economia do mundo logo logo e adivinhe? Só tem fortalecido os laços econômicos com a… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Henrique
Wagner
Wagner
1 ano atrás

Imagina se o Wagner consegue recrutar,Talibã,Houthis

Leo Machado
Leo Machado
Reply to  Wagner
1 ano atrás

Agora imagine o que deve ter de norte-coreano, árabe, iraniano, chinês e etc com o dedo no gatilho doido para mandar americanos para o além na Ucrânia.
E pior.
Imagine um checheno, ex-Spetnaz e agora no Wagner.
Tudo o que tem de ‘ pior’.
Tá louco!

RPiletti
RPiletti
Reply to  Leo Machado
1 ano atrás

Parece comentário de torcedor, “olha lá, esse sim é bom”, “olha aquele outro, ainda melhor”… kings, tu estas ficando muito juvenil nos comentários…

Maromba
Maromba
1 ano atrás

Wagner Group é fichinha perto do Silvercorp (Made in USA): o melhor PMC do mundo.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53786862

Nilton L Junior
Nilton L Junior
1 ano atrás

São conteúdo como esse que permite se informar com qualidade.

Agenor I
Agenor I
Reply to  Nilton L Junior
1 ano atrás

Pq os russoamantes erram o uso plural do quase sempre?

Maurício.
Maurício.
Reply to  Agenor I
1 ano atrás

Mais um Nick fake…🤔🤭

Andre
Andre
1 ano atrás

Como sempre o delegado tem uma escolha interessante de palavras:

teve protagonismo operacional na expulsão de unidades de combate ucranianas”

Do dicionário tem-se:

expulsão
substantivo feminino

  1. ato ou efeito de expulsar.
  2. retirada forçada de; extrusão.
  3. “e. dos invasores”
  4. MEDICINA
  5. ação de expulsar do organismo.
  6. “e. da placenta, de fezes”

expulsar
verbo

  1. transitivo direto
  2. retirar ou pôr para fora, por castigo, violência ou em obediência a alguma regra ou norma.
  3. “expulsou os invasores”
  4. transitivo direto e bitransitivo
  5. excluir (alguém) por castigo (de algum lugar).
  6. “o professor expulsou dois alunos (do colégio)”
  7. transitivo direto
  8. MEDICINA
  9. expelir, evacuar.
Bedoia
Bedoia
Reply to  Andre
1 ano atrás

Delegado educado.
Deveria falar ‘destroçar’.

Andre
Andre
Reply to  Bedoia
1 ano atrás

Seguindo a escolha anterior de palavra do delegado, ele deve ter vontade de escrever “destroçar os inimigos” ao se referir aos ucranianos.

Heinz
Heinz
1 ano atrás

Há vários relatos de soldados Ucranianos sobre os Wagner e o mais chocante deles é que, eles não se importam com o número de baixas que tem, primeiro eles mandam um ou dois grupos, mesmo sabendo que a missão é suicida, lá eles são mortos mas aí conseguem descobrir onde são os postos de tiros Ucranianos e aí depois mandam outra onda de mercenários pra um ataque frontal e depois mandam unidades com mais experiência para um ataque final, é por isso que o Wagner está tendo que raspar o tacho nas prisões, as baixas são incrivelmente altas, mas como… Read more »

Guacamole
Guacamole
1 ano atrás

Me lembro a alguns anos atrás a empresa Áquila que queria ser a primeira PMC brasileira.
Me lembro de ter ido no site deles na época e visto no Google Street View onde ficava o endereço deles. Era um prédio nada a ver. Deu pra perceber que o endereço não era verdadeiro mas não me dei conta de nada.

Depois que foi descoberto que a Áquila era falsa e foi criado pela ABIN pra ver se havia interesse de brasileiros nesse tipo de atividade.

Vá lá entender…

Maurício.
Maurício.
Reply to  Guacamole
1 ano atrás

A Águila era fake? Vish, tem notícias dela lá de 2016 em sites de defesa, até aqui na trilogia teve matéria.

http://www.forte.jor.br/2018/01/10/empresa-recruta-voluntarios-para-missao-de-seguranca-na-republica-centro-africana/

Guacamole
Guacamole
Reply to  Maurício.
1 ano atrás

Si. Vi justamente em canais do Youtube de brasileiros querendo trabalhar em PMCs e um dos entrevistadores tinha comentado sobre a Áquila ser trabalho da ABIN.

O que não ficou explicado é o que que a ABIN tem haver com um brasileiro querer trabalhar nesse tipo de serviço. Ele pode ser proibido no Brasil mas isso não quer dizer que não tem mão de obra que queira trabalhar para companhias exteriores, o que me parece ser obvio.

Grifon Eagle
Grifon Eagle
1 ano atrás

Aqui no Brasil existem os traficantes de favelas e comunidades que são fortemente armados de fuzis, pistolas, equipamentos táticos, inclusive armamentos antitanque.

Nicolas Silva Nardi
Nicolas Silva Nardi
1 ano atrás

Alguém sabe como faz pra entrar no Wagner group