EUA e Arábia Saudita firmam acordo histórico de US$ 600 bilhões em investimentos

43
Trump Saudi Arabia

Riad, 13 de maio de 2025 — Os Estados Unidos e a Arábia Saudita anunciaram nesta terça-feira um pacote de investimentos bilaterais no valor de US$ 600 bilhões, abrangendo setores como defesa, inteligência artificial, energia, infraestrutura e saúde. A iniciativa, descrita pela Casa Branca como um “compromisso histórico”, marca o início de uma “nova era dourada de parceria” entre os dois países.

O anúncio ocorreu durante o Fórum de Investimentos EUA-Arábia Saudita, realizado em Riad, com a presença do presidente Donald Trump e do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O evento contou com a participação de líderes empresariais americanos, incluindo Elon Musk (Tesla e SpaceX), Sam Altman (OpenAI), Larry Fink (BlackRock) e Andy Jassy (Amazon).

Principais acordos

  • Defesa: Assinatura do maior acordo de vendas militares da história dos EUA, totalizando US$ 142 bilhões. O pacote inclui equipamentos de última geração, como drones MQ-9B Reaper, sistemas de defesa aérea THAAD e Patriot PAC-3, e potencialmente caças F-35, além de treinamento e suporte técnico para as forças armadas sauditas.
  • Tecnologia e IA: A empresa saudita DataVolt investirá US$ 20 bilhões em centros de dados e infraestrutura energética nos EUA. Empresas como Google, Oracle, Salesforce, AMD e Uber comprometeram-se a investir US$ 80 bilhões em tecnologias transformadoras em ambos os países.
  • Infraestrutura: Empresas americanas como Hill International, Jacobs, Parsons e AECOM participarão de grandes projetos na Arábia Saudita, incluindo o novo Aeroporto Internacional King Salman e a cidade de Qiddiya, totalizando US$ 2 bilhões em exportações de serviços dos EUA.
  • Energia e saúde: A GE Vernova exportará turbinas a gás no valor de US$ 14,2 bilhões, e a Boeing fornecerá aeronaves 737-8 para a AviLease por US$ 4,8 bilhões. A Shamekh IV Solutions investirá US$ 5,8 bilhões em uma fábrica de fluidos intravenosos em Michigan.

Impacto estratégico

O pacote de investimentos reforça os laços econômicos e militares entre os EUA e a Arábia Saudita, consolidando uma aliança estratégica no Oriente Médio. A Casa Branca destacou que os acordos fortalecem a segurança energética, a indústria de defesa, a liderança tecnológica e o acesso a minerais críticos.

Analistas observam que os acordos também visam conter a influência crescente da China na região, oferecendo aos sauditas alternativas tecnológicas e de defesa alinhadas aos interesses ocidentais.

O presidente Trump continuará sua visita ao Golfo com paradas previstas no Catar e nos Emirados Árabes Unidos, buscando expandir a cooperação econômica e estratégica com aliados regionais.

Inscrever-se
Notificar de
guest

43 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Nilo
Nilo
4 horas atrás

Uma mão lava a outra.
A pedido do príncipe da A.Saudita recebeu o Presidente e vai derruba barreiras de embargo da Síria.

José 001
José 001
Responder para  Nilo
11 minutos atrás

O Trump fez uma reunião com o presidente sírio em Riad.

Camargoer.
Camargoer.
4 horas atrás

Durante o regime militar, o Iraque era o maior fornecedor de petróleo para o Brasil, que acumulava um enorme deficit ano a ano. Para compensar este desequilíbrio, o Iraque se tornou um grande importador de alimentos, bens duráveis e principalmente, serviços.

Foi nestes cenários que os frigoríficos brasileiros se estruturaram como grandes exportadores de proteína e as empreiteiras brasileiras passaram a atuar no exterior.

Os mais velhos devem lembrar do exportação de Passat 4 portas da VW para o Iraque.

O superavit dos países exportadores de petróleo podem ser parcialmente compensados com a importação de armamentos e serviços.

Tem um filme do Tom Hanks que interpreta um executivo que tenta vender um sistema de comunicações para o governo da Árabia Saudita.. é ilustrativo desta situação.

Neste aspecto, Trump age seguindo o manual de economia e diplomacia.

JuggerBR
JuggerBR
4 horas atrás

F-35 para a Arábia Saudita. F-35 para Israel. Irã recebendo Su-35, talvez querendo o Su-57. Corrida armamentista no Oriente Médio.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  JuggerBR
3 horas atrás

F-35 pra AS, provavelmente não. Israel não iria gostar.
Mas a melhor versão do F-15 e F-16, mais alguns Apaches e Patriot’s, muito provavelmente.

Fábio CDC
Fábio CDC
Responder para  Willber Rodrigues
2 horas atrás

Pode até não gostar mas se os Sauditas baterem o pé no chão, levam o que quiserem.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Fábio CDC
54 minutos atrás

Lobby judeu X lobby da LM: vamos ver quem ganha se a AS realmente quiser comprar F-35.

Dr. Mundico
Dr. Mundico
3 horas atrás

Como afirmei ontem na matéria sobre EUA e China, parece que os pontapés do Trump começam a dar resultados.
O Trump gritou alto, o povo tremeu e agora ele vai “acalmando” os mercados com negociações pontuais. Ontem foi com a China, hoje com a Arábia Saudita e brevemente com UE, incluindo taxa zero para muitos produtos e serviços.
E em cada negociação dessas ele vai alinhavando um alinhamento geopolítico que vinha mal das pernas desde Obama, o gente-boa, e Biden, o esquecido.
A realidade é que a coisa estava correndo frouxa, todo mundo querendo tirar seu pedaço e comprar deflaçao barata dos EUA.
Quem tem, tem mêdo….

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Dr. Mundico
2 horas atrás

Não… as sobretaxas criaram um ruído e foram desfuncionais.

Foi um desastre.

O que está acontecendo agora é a remediação e a redução de danos.

No caso da Arábia Saudita, os EUA compensam o deficit pela importação de petróleo tanto por meio de venda de armas quanto por investimentos árabes principalmente na construção civil.

Há um detalhe que merece destaque.. hoje, os EUA importam mais petróleio do Canadá que da Arábia Saudita. Portanto, há um interesse saudita em recuperar este mercado

O mais óbvio foi notar que o Brasil rapidamente ocupou o espaço de exportação de soja para a Chiina durante a trubulência. As ações de Trump foram um desastre e agora é preciso voltar ao que estava…

Trump tentou aplicar a “Doutrina do Choqye” nas errou na coimpreensão.. a ideia geral é usar momentos de crise para aplicar ações e medidas que seriam impossíveis em momentos de normalidade. Contudo, quem formulou esta estrategica foi incapaz de prever a rapidez com que os outros países aproveitariam a oportunidade de crise para ocupar o espaço dos EUA.

Por exemplo, o Brasil ampliou a venda de soja ocupando o espaço dos exportadores estadunidenses.

Se o Trump tivesse lido o livro da Naomi Klein teria compreendido.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Camargoer.
2 horas atrás

Fonte: Minha cabeça comunista

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nelson Junior
1 hora atrás

A bibliografia dos meus comentários é mais longa que o próprio comentário.

Para este comentário, um lista de referências resumidas seria:

1) Klein “A Doutrina Do Choque. A Ascensão Do Capitalismo Do Desastre” (tem o PDF na internet)2) Fares “O Pragmatismo do Petróleo: as relações entre o Brasil e o Iraque” (acesso livre)3) Moraes “O MERCADO INTERNACIONAL DE EQUIPAMENTOS MILITARES: NEGÓCIOS E POLÍTICA EXTERNA” (da coleççao do IPEA)
4) Piketty “O capital no Sec.XXI” (este vai ter que pegar na biblioteca)

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Camargoer.
27 minutos atrás

Deixa adivinhar… O livro de cabeceira tem um barbudo na capa ?

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nelson Junior
1 minuto atrás

ahhhh.. tenho vários livros amontoados no banquinho ao lado da cama.. um dos melhores continua sendo este aqui.

comment image

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Camargoer.
1 hora atrás

A TSMC está montando nova fabrica nos EUA, a APPLE também, a NVIDIA também…
Só ai estamos falando de 100 bi de dólares de investimento…
E muitas outras gigantes que produziam na China, indo produzir na América…
E tu falando que as “tarifas” deram errado ?
Aceita que doí menos

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Nelson Junior
1 hora atrás

vamos…

Partindo da ideia que existe uma vantagem relativa que levou os empresários a construir as suas fábricas fora dos EUA ou que eles prefiram importar que fabricar nos EUA, e que foi necessário iimplementar sobretaxas de importação viabilizar a produção doméstica,

então… se os EUA removerem as sobretaxas, a produção nos EUA volta a ficar inviável…

entendeu?

Se produzir nos EUA custa E e produzir na China custa C.
Sabendo que o produtos no EUA (E) custa mais caro que produzir na China (C)

então

E > C
E – C = v

onde v é a vantagem comercial de produzir na China

Para que produzir nos EUA seja viável, é preciso colocar uma sobretaxza (s) ao produto importando da China.

Então, o preço do produto chinês com sobretaxa T pode ser escrito como

T = C + v

até o ponto que E < T

ao reduzir o valor da sobretaxa, o valor do produto chinês vendido nos EUA volta a ser mais mais barato que produzir nos EUA.

dai tudo volta ao que estava em 2024…

ás vezes, é mais fácil usar matemática que desenhar.

Referências

1) Krugman “inrrodução á economia”
2) whitehead “introdução á matemática”

Última edição 59 minutos atrás por Camargoer.
observador civil
observador civil
Responder para  Camargoer.
51 minutos atrás

Não adianta camargo, ele não vai ler, ele não vai pesquisar, ele só vai repetir oque o grupinho whatz reproduz e gritar comunista para quem pensa o contrário.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  observador civil
38 minutos atrás

Olá O.C.

Eu tentei explicar do modo mais didático possível. Acho que nem desenhando ficaria melhor.

Matemática é suficientemente distante de ideologias que poderia ser chamadas de “matemátique” riso.

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Camargoer.
33 minutos atrás

Quanta matemática pra tentar justificar hein…
Não precisa disso, compra um lenço que fica mais fácil de aceitar

marcio
marcio
Responder para  Camargoer.
12 minutos atrás

fonte: meu cerébro

comenteiro
comenteiro
Responder para  Dr. Mundico
25 minutos atrás

Li que ele, como bom filho de Deus, também fez muitos negócios particulares nessas viagens.

Nativo
Nativo
2 horas atrás

Agora que a grande democracia saudita pode esquartejar livremente os seus opositores.kkkkkkkk

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Nativo
2 horas atrás

Quem costuma fazer isso são os Russos e por vezes os Chineses, consulte a história

Nativo
Nativo
Responder para  Nelson Junior
38 minutos atrás

Acho que falta você consultar um pouco de História, inclusive a mais recente, sobre o tratamento dado a oposição saudita, família do Jamal kashoggi.que o diga,

José 001
José 001
Responder para  Nelson Junior
38 minutos atrás

Esses russos comunistas malvados!

Kkkkkkk

comenteiro
comenteiro
Responder para  José 001
23 minutos atrás

Esses islâmicos. Ou são o flagelo do ocidente, ou os heróis da economia. Uns duas caras.

Abymael2
Abymael2
2 horas atrás

E mais uma vez vemos os EUA, o farol da liberdade, se juntando a outra democracia, a maior do Oriente Médio.
Isso que é coerência.
Já a “ditadura” do Putin, essa é um problema. Vamos acabar com ela, mesmo que tenhamos que sacrificar todos os ucranianos para isso.
A Rússia tem que aprender muito sobre democracia com os EUA e seus países parceiros, tipo a Arábia Saudita aí da matéria.

José Joaquim da Silva Santos
José Joaquim da Silva Santos
Responder para  Abymael2
2 horas atrás

O que aconteceu com os olhos do velho do retrato do meio ?

Abymael2
Abymael2
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
1 hora atrás

Acho que ele está de óculos, por isso aquele efeito.
Mas só acho né?

BraZil
BraZil
Responder para  José Joaquim da Silva Santos
5 minutos atrás

Bom dia. José, creio que esse do meio é o Rei Salman e sim. ele está de óculos a lá Elvis. À esquerda está o atual mandatário (esquartejador), que é um de seus filhos e à direita um dos príncipes, irmãos do Rei. Bela Al famiglia…

Nelson Junior
Nelson Junior
2 horas atrás

EDITADO
3 – Mantenha o blog limpo: não use palavras de baixo calão ou xingamentos.

Nelson Junior
Nelson Junior
1 hora atrás

Trump jogou as iscas e na primeira tarrafada puxou 600bi de investimento… (primeira viagem “comercial” internacional)…
Tá dando tudo errado como dizem alguns ai…

Abymael2
Abymael2
Responder para  Nelson Junior
1 hora atrás

Nossa, esse Trump é um gênio.
Reinventou a roda, usando de uma forma “nova” de negociar (leia-se: chantagem).
Adam Smith que se cuide kkkk

Nelson Junior
Nelson Junior
Responder para  Abymael2
52 minutos atrás

Corromper como algumas ditaduras fazem com republicas de bananas sul americanas pode ? Ou é melhor chantagear ?

Última edição 50 minutos atrás por Nelson Junior
Nativo
Nativo
Responder para  Nelson Junior
34 minutos atrás

Trump realmente já não tem esse trabalho, por que os russos, e sauditas são tão honestos, quanto os santos da política tupiniquim

comenteiro
comenteiro
Responder para  Nativo
3 minutos atrás

Honestidade só nos Estados Unidos. Lá tem é lobby

comenteiro
comenteiro
Responder para  Abymael2
27 minutos atrás

E ainda ganhou um 747 super luxuoso!

Heinz
Heinz
1 hora atrás

142 Bilhões só em vendas militares, slc, é muito dinheiro

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Heinz
50 minutos atrás

Concordo.. é muito dinheiro mesmo.. pode ser em um ano, em 10 anos ou até em 25 anos.. é muito dinheiro

José 001
José 001
42 minutos atrás

A turma que ficou na primeira fila na posse do Trump está comemorando o resultado do investimento feito.

E ainda tem muita gente dizendo que Elon Musk quebrou ou está quebrando.

Só que não.

Eu não duvido que começaram a costurar esse acordo antes mesmo da eleição, com a Arábia Saudita tendo apostado no vencedor da eleição.

comenteiro
comenteiro
Responder para  José 001
27 minutos atrás

De bobo ele só tem a cara.

José 001
José 001
13 minutos atrás

E o Trump também fez uma reunião com o presidente da Síria nessa visita.

Macgaren
Macgaren
11 minutos atrás

Eo barzil óóóóóóóó

comenteiro
comenteiro
Responder para  Macgaren
5 minutos atrás

A América Latina nunca foi prioridade.