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vinheta-clipping-forte1Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, afirmou ontem que a crise no Mali ameaça diretamente a União Europeia e prometeu apoio logístico e financeiro à intervenção feita no país.

“Sob nenhuma circunstância podemos ficar indiferentes”, disse, no Parlamento Europeu. Em seguida, afirmou que os países europeus irão treinar o Exército do Mali “o mais rápido possível”.

A França começou ontem a deslocar tanques para combater radicais islâmicos que controlam o norte do país do oeste africano, muitos ligados à rede terrorista Al Qaeda.

São hoje 1.700 militares no combate, mas a previsão é de que eles cheguem a 2.500.

Diversas nações europeias, além dos EUA e do Canadá, ofereceram apoio à França, com contribuições em áreas como transporte e logística.

Entre os impactos do avanço islamita no Mali está o tráfico de drogas e o sequestro de europeus, crimes que financiam grupos armados como o Ansar al Din e a franquia da Al Qaeda no norte da África. Também há o temor de que haja atentados na Europa.

A ajuda europeia ainda não foi detalhada. Ministros das Relações Exteriores do bloco devem se reunir amanhã para discutir esse tema.

Nações africanas, que devem assumir a dianteira na intervenção, aumentaram o número de homens a serem deslocados ao país. A Nigéria dizia que contribuiria com 600 soldados. Agora, serão 900.

Ontem, autoridades militares reuniam-se em Bamaco, e o Níger dizia que seus 507 soldados estavam prontos para o combate. Depois de cinco dias de bombardeios, islamitas mantêm as batalhas nos arredores de Diabaly, no centro do país.

Avanço

Militantes islamitas avançam no Mali desde janeiro de 2012, quando uma revolta tomou o norte do país. Aproveitando o vácuo de poder criado por um golpe de estado de março do ano passado, rebeldes ganharam terreno.

O fundamentalismo da Al Qaeda, enfraquecido pela intervenção norte-americana, tem migrado de seus redutos tradicionais, Paquistão e Afeganistão, para regiões como Iêmen, Somália e Mali.

No Iêmen, fundamentalistas são combatidos por drones (aviões não tripulados) norte-americanos. Na Somália, um contingente de tropas africanas já retomou áreas como a capital Mogadício.

FONTE: Folha de S. Paulo via Resenha do Exército

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