Bibliotecas no Brasil - 2

Entre 2015 e 2020, o Brasil perdeu ao menos 764 bibliotecas públicas, segundo dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), mantido pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

Em 2015, a base de dados contava 6.057 bibliotecas públicas no Brasil, número que caiu para 5.293 em 2020, dado mais recente disponível no site do SNBP.

Para especialistas em biblioteconomia, a queda no número de bibliotecas revela um descaso do poder público com a população mais vulnerável, que não tem acesso a livrarias.

Eles também alertam que o número de bibliotecas fechadas pode ser ainda maior, devido à atual fragilidade do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, após a extinção do Ministério da Cultura, e da falta de controle efetivo pelos sistemas estaduais, cujos dados alimentam o sistema nacional.

Bibliotecas públicas são aquelas mantidas pelos municípios, Estados, Distrito Federal ou governo federal, que atendem a todos os públicos. São consideradas equipamentos culturais e, portanto, estão no âmbito das políticas públicas do governo federal — antes, sob o Ministério da Cultura e atualmente, com a extinção da pasta, sob a Secretaria Especial da Cultura.

Não entram nessa conta as bibliotecas escolares e universitárias, que têm como público-alvo alunos, professores e funcionários das instituições de ensino.

Procurada pela BBC News Brasil, a Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo não respondeu a questionamento sobre o que explica o fechamento de centenas de bibliotecas públicas nos últimos anos, nem qual a política do governo Jair Bolsonaro (PL) para bibliotecas.

O Plano Nacional de Cultura, conjunto de objetivos para o setor em vigência desde 2010 cuja validade foi prorrogada por Bolsonaro até 2024, tem como uma das metas “garantir a implantação e manutenção de bibliotecas em todos os municípios brasileiros”.

A perda de mais de 700 bibliotecas nos últimos anos deixa o país cada vez mais distante desta meta.

Leia a matéria completa no site da BBC, clicando aqui.

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Paulof
Paulof
2 anos atrás

Enquanto isso temos fundo partidário e eleitoral, os dois com valores recordes.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Paulof
2 anos atrás

Olá Paulo. Creio ser necessário separar as coisas. Uma campanha eleitoral tem um determinado custo. Felizmente, apenas pessoas físicas podem fazer doações para campanhas políticas no Brasil, contudo elas podem fazer até um limite de sua renda. Isso significa que alguns políticos ligados a grandes milionários e bilionários possuem uma vantagem econômica em relação aos candidatos ligados a causas mais populares. Isso pode causar uma distorção na companha eleitoral, algo que é facilmente observado na composição das diversas casas legislativas no Brasil. Tanto o fundo partidário quando o eleitoral servem exatamente para balancear esta distorção. Outra discussão é sobre o valor total destes fundos, o que já outra discussão. Também é preciso cuidado ao colocar a culpa do desmando do executivo nas costas do legislativo. É muito claro que caso o legislativo cancelasse os fundos partidários e eleitorais, o executivo continuaria sem uma política de incentivo á manutenção de bibliotecas públicas. Neste caso, o problema está no executivo.

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

“Uma campanha eleitoral tem um determinado custo.”
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Uma coisa é você pagar a logística de mandar as urnas pelo país e pagar o pessoal que trabalha na organização… OUTRA coisa completamente esdruxula é você pagar imposto para financiar campanha do cara que você não vai votar por divergência de ideia ou é impossível votar (candidato de outra UF).
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Fundão é R O U B O institucionalizado. É o político sequestrando fazendo uso do Estado pra roubar a população e financiar campanha dele pq o cara é um va***bundo que é não tem capacidade de convencer as pessoas.
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Se o cara tivesse capacidade de explicar e defender a ideia dele ele seria eleito ou teria votação natural pq as pessoas endossariam a ideia dele, coisa que maioria dos políticos não conseguem fazer.
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Tanto o fundo partidário quando o eleitoral servem exatamente para balancear esta distorção.
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isso aqui não faz nenhum sentido… vão balancear dando 700k pra único partido e 10 reais pro outro?

1 > União Brasil – R$ 770,07 milhões (15,73% do total)
2 > PT – R$ 484,61 milhões (9,89%)
3 > MDB – R$ 356,72 milhões (7,28%)
4 > PP – R$ 338,59 milhões (6,91%)
(..)
31 > PSTU – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)
32 > UP – R$ 2,94 milhões (0,06% do total)

fonte: https://www.uol.com.br/eleicoes/2022/03/03/uniao-brasil-deve-receber-r-770-mi-com-fundo-eleitoral-veja-cada-partido.htm
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nunca foi sobre balancear e democratizar a eleição.. sempre foi sobre roubo. Fundão não ter sentido existir: Além dele obrigar as pessoas que não querem votar a financiar campanha de políticos e de pessoas que não votam em políticos de XYZ a financiar a campanha deles ele não resolve o problema das grandes empresas fazendo doações pra X partido pq ele mesmo faz questão de mandar o dinheiro por partido que as empresas mandaria (e nem preicsa entrar em corrupção ou má gestão do dinheiro ou “fundão foi deturpado” pq a ideia do fundão ou fundo partidário se refuta sozinha).
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Esse dinheiro seria mais útil em vaucher pra compra livro ou manutenção das bibliotecas

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Henrique
2 anos atrás

Olá Henrique. São duas coisas distintas. Uma delas é o custo da eleição (logística e tudo mais). Outra coisa é o custo da campanha. Para que uma eleição seja justa e democrática, todos os candidatos precisam ter as mesmas condições de campanha. O sistema de financiamento de campanha brasileiro é misto. Existem recursos públicos e recursos privados de pessoas físicas. O financiamento público serve como um contraponto ao poder econômico de muitos candidatos. Acredito que em uma democracia, toda a campanha deveria ser bancada por recursos público.

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Para que uma eleição seja justa e democrática, todos os candidatos precisam ter as mesmas condições de campanha.
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É justamente isso que o dinheiro via Estado NÂO garante, nunca garantiu e nunca via garantir. Só na utopia que isso da certo.
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Financiamento público de campanha não funciona como contraponto a nada… ta mais do que provado que o dinheiro está indo pra velha guarda da política para financiar os mesmo que já estão eleitos ou os chegado dos eleitos… é impossível na realidade atual financiamento público democratizar a eleição.
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Dinheiro público para financiar campanha é roubo e não democratização da eleição.
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“ahhh mas o problema da empresa doar 1 trilhão de reais…”
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impossível que única solução seja obrigar alguém a financiar campanha de outros…. doação enorme pra politico não é desculpa pra obrigado o país todo a financiar campanha.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Henrique
2 anos atrás

Caro. O país nunca adotou o financiamento público exclusivo. No passado a situação era pioro porque se permitia doações das empresas. Portanto é um erro dizer que uma coisa fracassou sem nunca ter sido colocada em prática.

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Erro é obrigar a pessoa a financiar a campanha dos outros.
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A ideia/proposito do Fundão já está fracassada na origem, não precisa implementar pra saber que nunca via funcionar… e mesmo assim se não estiver satisfeito a divisão do dinheiro já prova que deu errado… e se não ficar satisfeito que o Fundão não fracassou (é apenas roubo) é só voltar em dezembro pra ver quem foi eleito os mesmos ou os apadrinhados dos mesmo…
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Defender financiamento público de campanha no Brasil é defender que político use o Estado para te roubar e financiar campanha.

Bille
Bille
Responder para  Henrique
2 anos atrás

Imposto é roubo.
Art. 157 do CP.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Henrique
2 anos atrás

Caro Henrique. O equilíbrio democrático depende de todos terem a oportunidade de apresentarem suas propostas, as quais são debatidas e por fim, por meio do voto, escolhidas pelo eleitor. Defendo que as campanhas sejam 100% financiadas com recursos públicos.

Henrique
Henrique
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

>Quer eleição democrática
>Obrigar todo mundo a financiar campanhas politicas
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Teu conceito de eleição democrática é bem deturpado

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Acredito que em uma democracia, toda a campanha deveria ser bancada por recursos público.

Verdade. Dezenas de milhões passando fome, sem acesso à saneamento básico, 60k morrendo todo ano por causa da violência, crianças sem acesso à educação básica, forças armadas mal equipadas..mas o bom mesmo é pôr R$4B nas mãos do centrão para fazer campanha política.

Viva a democracia!

Henrique
Henrique
Responder para  Allan Lemos
2 anos atrás

Dezenas de milhões (…), sem acesso à saneamento básico, 
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Não me entra na cabeça que perto de 50% da população não tenha saneamento básico num país como o Brasil em que TODOS os Presidentes foram/são populistas de politicas baratas (e Governadores e Prefeitos tb) e dizem defender os pobres
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“Com base nos indicadores fornecidos por 4.744 das 5.570 prefeituras existentes no país, técnicos do ministério estimam que quase metade da população abrangida pelo sistema não tem acesso a redes de esgoto. Isso significa que, de um total de 208,7 milhões de brasileiros, 94,1 milhões não dispõem do serviço.”
.
200 anos de bostil
.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-12/quase-50-dos-brasileiros-nao-tem-acesso-redes-de-esgoto-diz-mdr

Allan Lemos
Allan Lemos
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Fundo eleitoral é tipo ser roubado e ainda dar o dinheiro do Uber para que o ladrão venha te roubar de novo no mesmo lugar no dia seguinte.

Camargoer, se você quer que o seu dinheiro custeie campanhas de políticos que “defendem causas populares”, então pegue parte do seu salário e lhes faça doações.

Mas o meu dinheiro deveria ser usado para saúde, segurança interna e externa e educação, não para custear campanha de político ladrão para que ele se eleja com o meu dinheiro e continue a me roubar.

As premissas desse seu argumento são tão equivocadas que chegam a ser ridículas.

“Políticos ligados as causas mais populares”…pelo amor de Deus.

paulof
paulof
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Camargoer, não houve inflação na proporção que cresce tanto os partidos se financiarem seu dia a dia (fundo partidário) nem no caso da eleição (fundo eleitoral), o que há no país é a distorção da distorção, por que como políticos eleitos tem vários assessores, tem direito a verbas que servem para fidelizar seus eleitores, tanto através de emendas, cartas sobre sua atuação, filme pagos de marketing puro de propaganda eleitora, no caso dessas bibliotecas que a maioria devia ser bancada por dinheiro das prefeituras, elas hoje torram em suas camaras de vereadores, que nunca na história foi pago, só depois de 1989. Orçamentos é escolha, preferimos dar dinheiro para elite que governo, do que vez para adolescente e crianças, o resultado é esse em termos de crescimento, o Brasil cada dia mais me parece a Angola que tanto vi.

Jorge Cardoso
Jorge Cardoso
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Professor Esfregão…sempre passando pano…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Jorge Cardoso
2 anos atrás

Caro Jorge. O esfregão é um objeto de trabalho digno. Tenho orgulho de usa-lo sempre, seja na minha casa ou mesmo no meu ambiente de trabalho. O apelido de “professor esfregão” é uma honra que espero merecer.

h.saito
h.saito
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Lamentávelmente 4,9 bilhões de reais oriundo dos impostos pagos pelo contribuinte serão desperdiçados para encher a conta bancária de marqueteiros e empresários do ramo de divulgação, ao invés de encher o cérebro de crianças necessitadas com conhecimento útil.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Paulof
2 anos atrás

E assim, “foi-se a única democracia da América do Sul” (palavras do presidente venezuelano da época sobre a proclamação da república e fim da monarquia parlamentar no Brasil). Porque trocar uma monarquia com liberdade por autoritarismos? Essa tem sido nossa sina de 1889 até agora.

Eu sempre achei que viver em uma democracia era ter diversos direitos(e deveres também) e um deles era de poder se expressar livremente(com responsabilidade sobre o que falar) e poder escolher a minha religião, time de futebol, linha de pensamento econômico, ideologia política. Mas o braziu sempre foi na contra mão de tudo isso, é só olhar para sua história. A nossa república ainda é oligárquica! E não temos e nunca tivemos democracia. Vc entende o que ocorre nesse país, vendo nosso passado! A “república dos sonhos” brazileru nenhum conheceu até hoje…Talvez porque não aceitamos que sob o rótulo de “monarquia” é que tivemos no Brasil um governo verdadeiramente republicano.

Dom Pedro II era mais republicano que a própria república que vivemos e ainda é o único em nossa história sendo honesto. Dom Pedro II ainda hoje é referência de honestidade e solidez. O Império deu estabilidade, liberdade de expressão, extinção da escravidão, inflação baixa, reconhecimento internacional, economia forte. Além do Império ter tido apenas 1 constituição, 1 moeda, marinha poderosa. Já a república teve 6 constituições, 7 moedas, instabilidade, suprimiu a liberdade de expressão já em 1890 e só a devolveu em 1988, jogou ex-escravos em morros e fez surgir a primeira favela em 1897, no RJ. A marinha declinou porque o governo só investia no exército para massacrar revoltas e o golpe de 1889 não teve apoio popular, e nem voto os republicanos conseguiam.

Mas é incrível o que hoje a república consegue fazer, desunir as pessoas colocando-as umas contras as outras, fazer com que os brasileiros se vejam como inimigos quando, na verdade, todos deveriam unir-se em prol do bem-estar social e de transformar o Brasil num país de primeiro mundo. Que linda república fundamos. Perdão Imperador…Que a graça de Deus nos traga de volta a nossa verdadeira Vocação!

Pangloss
Pangloss
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

Uma monarquia que depende do “bom príncipe” fica muito vulnerável à tirania.
Isso não diminui os problemas de nossa república, mas imaginar que a monarquia ofereceria melhor resposta ao país é uma conjectura muito otimista.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Pangloss
2 anos atrás

Ola Pangloss. A Monarquia começou com um golpe de estado (que foi a declaração de independência do principe herdeiro), passou por um segundo golpe de estado (que foi a declaração da maioridade de Pedro II antes dos 18 anos) e terminou com terceiro golpe de estado de que foi a proclamação da república. Todos estes golpes ocorreram para garantir qu e o poder político e econômico permanecesse com o mesmo grupo.

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

Dá para imaginar a sua cor de pele só de ver tanta saudade da monarquia.
No Brasil a monarquia só existiu apoiada na escravidão. Essa acabou em 1888 e aquela em 1889.

Patrício
Patrício
Responder para  Paulof
2 anos atrás

Não jogue para a galera.
Muitas outras categorias tiveram ganhos financeiros gordos nestes últimos cinco anos.

Varg
Varg
2 anos atrás

O acesso a uma cultura de qualidade também é indicativo de desenvolvimento humano. Vide o exemplo dos países nórdicos nos anos 40/50 que, assustados com a influência da música americana (principalmente o Jazz e o recém-nascido Rock), instituíram aulas de música, voltada aos compositores clássicos, nas escolas, fator que se reflete fortemente na sociedade escandinava como um todo.

Já o brasileiro tem ojeriza à qualquer tipo de cultura mais intrincada, vide que os campeões de venda de livros são os autores de autoajuda e os artistas mais ouvidos em aplicativos de música são os sertanejos bancados pelo Agronegócio, além da classe política ter interesse premente em uma sociedade emburrecida.

Sentinela
Sentinela
Responder para  Varg
2 anos atrás

Mandou bem. Isso aí

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Varg
2 anos atrás

Olá Varg. Veja só. Um colega criticou a expansão das igrejas evangélicas logo acima sem se dar conta que elas também funcionam como centros de expansão do ensino de música instrumental, inclusive funcionando como porta de entrada para diversos estudantes que optam pela carreira de música erudita. Por outro lado, você inclui o Jazz em oposição à música erudita sem se dar conta na elevada sofisticação musical deste gênero.

JOSE DE PADUA
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Ele não citou jazz em oposição a musica erudita, disse que os países nórdicos o fizeram.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Olá José. Vocẽ tem razão. AInda assim, contrapor o Jazz á música erudita é uma tolice. Recomendo inclusive ouvir a orquestra Jazz Sinfốnica do Estado de SP.

JOSE DE PADUA
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Sim, Jazz é muito sofisticado, é musica q exige habilidade e conhecimento, diferente do funk q precisa de um teclado pra fazer a batida repetitiva.

Conheço a jazz sinfonica pelo youtube, mas prefiro os classicos, coltrane, al jarreau, sinatra e djavan…

Varg
Varg
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Camarger, acho que na pressa de escrever me expressei mal. O Jazz é uma arte musical fantástica, mas sofreu com um pesado estigma social até meados do Séc. XX. Era considerada música de “übermensch” na Europa germânica, obra do “demônio” nos EUA, diziam que tinha apelo sexual exagerado, que era arte de vagabundos, etc., etc.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Varg
2 anos atrás

Ola Varg. Você tem razão. Leva muito tempo para que uma expressão artística inovadora seja compreendida e assimilada. Este tipo de rejeição sempre aconteceu nas artes plásticas. Existem vários movimentos musicais que nasceram nos prostíbulos, guetos, grupos marginais e segregados que foram originalmente rejeitados mas acabaram a integrar a cultura geral com o passar dos anos, como o jazz, rock, samba.. Gosto de pensar que Bach era obrigado a compor uma nova música toda semana por força de seu contrato de trabalho e da necessidade de alimentar o grande número de filhos… dizem que as mulheres desmaiavam com a sensualidade das músicas de Lizt. (creio que era por causa dos vestidos apertados).

Camargoer.
Camargoer.
2 anos atrás

Caro Steel. Durante os séculos XVIII e XIX nos EUA, as igrejas protestantes eram centros de alfabetização. As crianças eram alfabetizadas para poderem ler a Bíblia, o que explica em grande parte a diferença de alfabetização da população nos EUA e no Brasil imperial, onde a escolarização era essencialmente um privilégio das famílias mais ricas. O fato de haver uma expansão das igrejas evangélicas no Brasil nas últimas décadas nada tem a ver com a ausência de uma política pública do executivo para a manutenção de bibliotecas públcias.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Quando se estuda a história da educação no mundo, o ensino sempre foi privado, boa parte concentrada em monastérios e sinagogas. A partir do século XIX é que começou a criação de colégios públicos para o povo. Nós não começamos tão atrasados assim, seguimos a curva do mundo. Centros acadêmicos como universidades era raro no mundo, inclusive nas Américas.

Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta. Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo à educação, à construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas, que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

O Brasil tinha a maior quantidade e com qualidade de médicos, engenheiros, juízes, diplomatas e advogados das Américas entre 1876-1889. As Faculdades brasileiras eram poucas, porém com padrão bem elevado de ensino. Pedro II criou uma cota para negros alforriados ingressarem no Colégio Pedro II e nas Faculdades. Essa cota não foi aprovada pelo parlamento, porém Pedro II tirou de seus próprios proventos a garantia da cota. No período de 1872 e 1889 centenas de ex-cativos se tornaram médicos, advogados, engenheiros… Graças a chamada “bolsa do imperador”.

Pedro II gostava de conhecer as grandes novidades tecnológicas que emergiam em uma velocidade assustadora no fim do século XIX. Um exemplo que muitos não sabem, o Brasil foi o grande pioneiro na aquisição da fotografia em 1840 e do telefone em 1876, mas poucos sabem que também foi Pedro II um dos primeiros a gravar sua voz em um novo aparelho sem nome definido na época, o pai do gravador e do microfone, Pedro II, a Princesa Isabel e o neto de Pedro II, Pedro Augusto gravaram suas vozes nesse aparelho que era o novo experimento da Casa Edison. Infelizmente as gravações só podiam ser ouvidas uma única vez e o disco feito de cera se desfazia, porém existem relatos e rumores que há gravações de suas vozes em poder dos Orleans na Europa até hoje.

A Princesa Isabel já em seu exílio em 1904 foi perguntada por que a família raramente usava as joias Imperiais no Brasil. Princesa Isabel respondeu que tanto ela como sua mãe, sabia que aquelas joias não as pertenciam. Que poderiam usar a qualquer hora em qualquer ocasião, mas raramente enxergavam motivos para usa-las. “Ainda mais se tratando de adornos grandes, pesados e de extrema “arrogância” com nosso povo”.

Em Particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de jornais e nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas joias de cunho pessoal, nunca usou as joias do cofre Imperial, as tais “joias da coroa”. A mídia zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média. A maioria das joias particulares de família foram leiloadas e outras roubadas pelos militares dias após o Golpe de 1889. Já as joias Imperiais foram totalmente saqueadas pelos militares. Teresa Cristina foi a maior responsável pelo começo da imigração italiana para o Brasil. Teresa Cristina era uma ótima cantora lírica e pianista. O Brasil atualmente possui a maior coleção arqueológica da América Latina graças à Teresa Cristina.

Pedro doou pouco antes de sua própria morte muitas de suas possessões para o governo republicano brasileiro, que posteriormente foram divididas entre o Arquivo Nacional, o Museu Imperial, a Biblioteca Nacional e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sua única condição era que esse presente fosse nomeado em homenagem a sua falecida esposa, e assim hoje ela é conhecida como a “Coleção Teresa Cristina Maria”. A coleção é registrada pela UNESCO como patrimônio da humanidade no Programa Memória do Mundo.

Em uma viagem de trem pela Alemanha Pedro soube que o filósofo odiado por muitos Friedrich Wilhelm Nietzsche estava em uma cabine próxima , então Pedro apresentou-se como um cidadão comum , conversaram durante 5 horas , apenas após a longa conversa em alemão confessou ser Imperador do Brasil , quando o radical e avesso a monarquias ouviu a confissão levantou-se , começou a rir ; disse que nunca imaginaria como um homem tão simples , educado e inteligente poderia ser monarca de um império tão grande . Friedrich Wilhelm Nietzsche e D. Pedro II do Brasil correspondiam-se mensalmente dividindo ideias e assuntos íntimos de sua vida afetiva conturbada mantendo esse contato e admiração até sua morte .

Dom Pedro II estava em Paris e não poderia deixar a cidade sem conhecer Victor Hugo, por quem nutria grande admiração. Contrariando todas as orientações diplomáticas, pediu, por meio da embaixada brasileira, que Victor Hugo viesse visitá-lo no hotel onde estava hospedado. A resposta do escritor francês não poderia ter sido mais dura e deselegante: “Victor Hugo não vai à casa de ninguém…”. A surpresa da resposta grosseira mal educada só não foi maior do que a nobreza de Dom Pedro II. Após duas outras tentativas frustradas, ele mesmo decidiu ir ao encontro de Victor Hugo. Na manhã do dia 22 de maio, Dom Pedro bateu à porta do apartamento do escritor, na rue Clichy, 21 – centro de Paris. Surpreso em choque, Victor Hugo abriu a porta e ao longo das horas o coração. A conversa durou extensas 12 horas. Nascia ali uma linda e respeitosa amizade. Victor Hugo morreu oito anos depois. Quando este faleceu, a filha de Victor Hugo prestou homenagem ao leal amigo de seu pai, mandando lhe manuscritos inéditos de várias obras. Pedro II e Victor Hugo trocavam correspondências semanalmente.

Quando o imperador partia do encontro – já era bastante tarde – Victor Hugo disse-lhe, com seu fino e espiritual sorriso: Senhor, eu não saberia vos dizer como estou contente que não tenha na Europa soberano como vós. – Como assim? Pergunta Dom Pedro. – Porque, responde Victor Hugo, nós estaríamos fortemente complicados, eu e meus amigos republicanos, para não dizer que iríamos ter infinitas dificuldades em nossa crença! Dom Pedro II explode de rir e vai embora como homem amável e de bom espírito. Victor Hugo grita já ao longe “Sorte do Brasil!” “Viva o Imperador Cidadão!”.

Todos familiares foram expulsos com a roupa do corpo , a Imperatriz do Brasil Dona Teresa Cristina , não pode nem levar uma maleta com algumas mudas de roupas para trocar no decorrer da viagem . Seu neto e grande amigo Pedro Augusto que já sofria de esquizofrenia e tinha melhorado bastante graças as visitas do doutor Freud e ajuda de Alan Kardec , teve um novo surto , talvez o pior de todos de sua vida , tentando jogar se ao mar gritando por socorro e amordaçado por militares a mando de Deodoro . Pombos com mensagens e bilhetes de ajuda dentro de garrafas foram jogados em meio a saída da baía de Guanabara e até mesmo em alto mar , foram inúteis , mesmo com algumas garrafas que chegaram ao litoral carioca, paulista , cearense e baiano dias depois…

O povo acordou no dia seguinte com tropas militares desfilando e espancando a população que em estado de choque não entendia o que estava acontecendo . Vários artistas e intelectuais da música , do teatro , jornalistas , escritores , poetas foram exilados para Angola e Amazônia . Além do começo de uma grande ditadura e o rompimento de todos os processos sociais de melhoria da vida dos recém libertos da abolição e o fechamento dos principais jornais da época que começaram a sofrer severa censura por tempo indeterminado.

Reforçando ainda este ideal de que a educação foi fundamental para o caráter de Dom Pedro II, Barman, evidencia que “O Imperador considerava a educação como de importância nacional e era ele mesmo um exemplo do valor do aprendizado.”. Heitor Lyra expõe em seu livro ‘História de Dom Pedro II (1825–1891)’ uma fala do imperador em que fica claro o enraizamento da intelectualidade no seu pensamento, onde ele diz que “Se não fosse Imperador, gostaria de ser um professor. Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar as jovens mentes e preparar os homens de amanhã”.

Fontes: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.

Luciano
Luciano
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

Agressor’s, boa tarde. Especificamente, de onde vc tira os dados sobre alfabetização no Segundo Reinado? O censo de 1872 indica que 23,4% dos homens e 13,4% das mulheres foram considerados alfabetizados. Por mais que Pedro II tenha qualidade, o governo imperial era muito mais que ele, especialmente no acumulo de problemas ao longo dos anos. A sociedade brasileira era preconceituosa, excludente e violenta desde a Colônia, fundamentada na escravidão, na concentração fundiária, no preconceito religioso e em elites oligárquicas regionais.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Luciano
2 anos atrás

Caro Luciano. Estes dados se referem apenas aos homens e mulheres livres. 99% da população escrava era analfabeta e ela consistia de 1/3 da população do país.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Há, áááá….Eis que finalmente a verdade se revela do meio das distorções que se propagam sobre a coisa toda, não é Camargoer…rs

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

Caro Agressor. Qual distorção? Segundo Ferraro, a taxa de analfabetismo total no Brasil em 1872 era de 82%, sendo que na população escreva era de 99%, sem que isso tenha sido alterado durante o Império, chegando em 1890 com o mesmo índice. No livro “As barbas do Imperador” há uma descrição demolidora da política educacional do Império, que foi incapaz de oferecer educação básica para a população. As Províncias e Municípios também fracassaram neste direção e o Império, que seria responsável pelo ensino superior, não foi capaz nem mesmo de fundar uma Universidade Imperial.

Agressor's
Agressor's
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Eu tava só esperando por um momento mais propício para postar aqui sobre isso….

Luciano
Luciano
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Isso mesmo, Camargoer! Não tem como entender a sociedade brasileira em seus elementos fundamentais, no XIX, sem considerar o elemento “escravidão”. Muitas pessoas douram a pílula da monarquia ao desconsiderar todos os efeitos absurdos da escravidão!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Luciano
2 anos atrás

Olá Luciano. Ao longo de todos estes anos acompanhando a Trilogia, restaram duas coisas que nunca entendi. A primeira foi um pessoal achar que nazismo é de esquerda. A segunda é a defesa do período imperial.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

Caro Agressor. Sendo uma publicação do IPEA, 85% da população brasileira era analfabeta na ápoca da proclamação da república. O Brasil atingiu 50% de analfabetos apenas durante os anos JK. https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=281:republica-brasileira-120-anos-depois-o-que-comemorar&catid=29:artigos-materias&Itemid=34#:~:text=Apesar%20disso%2C%20o%20pa%C3%ADs%20avan%C3%A7ou,de%20analfabetismo%20est%C3%A1%20em%2011%25.

Luciano
Luciano
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Considerando apenas o aspecto militar….imagine a dificuldade que teríamos em formar um Corpo de Exército com a FEB, numa guerra moderna, onde os soldados necessitavam dominar uma série de habilidades para operar diversos armamentos norte-americanos. Entre 30 e 80 mil homens alfabetizados, aptos física e mentalmente, livres de outras obrigações sociais, num Brasil dos anos 40 (com pouco mais de 50 anos pós- abolição), seria um esforço grande!

Dilbert_SC
Dilbert_SC
Responder para  Luciano
2 anos atrás

E foi caro Luciano,
Durante o período de recrutamento para a força expedicionária, o EB teve dificuldade de encontrar recrutas com requisitos mínimos tais como: altura igual ou superior a 1,60 m, peso mínimo de 60 Kg e pelo menos 26 dentes naturais.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Dilbert_SC
2 anos atrás

Olá Dilbert. De fato, a FEB foi pensada para ter um efetivo de 100 mil tropas. No final, foi organizada com 25 mil.

mcremp
mcremp
Responder para  Agressor's
2 anos atrás

“…devido ao seu grande incentivo à educação, à construção de faculdades…”

Taí uma dúvida que eu tenho faz tempo. Quantas e quais faculdades foram criadas durante o reinado de D.Pedro II? Pelo que falam, deve ser um monte, mas eu não conheço nenhuma.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  mcremp
2 anos atrás

Olá Mcremp. As primeiras escolas de ensino superior foram criadas por D.João IV quando a corte se mudou para Brasil, que foram duas escolas de medicina (em Salvador e no Rio de Janeiro), uma escola de guarda-marinhas, a academia militar (que deu origem á Escola Politécnica da UFRJ) e uma academia real de pintura e escultura. Depois da independência, foram criados dois cursos de direito (São Paulo e Olinda), bem antes da coroação de Pedro II, que fundou o Oberevatóro Nacional, a escola de geologia em Ouro Preto, o Instituto Histórico e o Museu Nacional (descruido pelo fogo ha alguns anos). O Colégio Pedro II era um orfanato transformado em escolá de ensino médio e batizado como Pedro II quando ele fez 12 anos. O governo imperial não fez nenhuma escola de ensino médio ou fundamental, No Império, existiam seis ministérios, dos assuntos no Império (hoje Casa Civil), estrangeiros (hoje Itamaraty), Fazenda, Justiça, Guerra e Marinha (hoje estes dois integram a Defesa). O Ministério da Educação (MEC) foi fundado em 1930 por Getúlio, veja você.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Caro Steel. Como expliquei, as igrejas protestantes eram centros de alfabetização para promover a leitura da bíblia. Nunca foram centros de educação e muito menos de difusão científica. A ideia de uma escolha pública para a formação de cidadãos nasce dos ideais da Revolução Francesa, enquanto que na Prússia a escola pública servia para a alfabetização visando a formação de um soldados profissionais.

Mafix
Mafix
2 anos atrás

Qualquer um tem um celular ou computador em casa pode ler e estudar em casa, ninguem quer sair de casa para ir em uma biblioteca…

Alexandre Galante
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Quem me negativou só lê em tela 😉

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Por sistemas como kindle tenho em mão livros estrageiros que custariam uma fortuna para importar. Instantaneamente e por um custo muito menor.

Alexandre Galante
Responder para  Gabriel BR
2 anos atrás

Também tenho uns mil livros no tablet, mas prefiro papel.

Magnus
Magnus
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Ler no tablet é terrível para os olhos. No Kindle a experiência é bem próxima à da leitura no papel.

Luciano
Luciano
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Boa tarde, Galante. Acredito q metade da minha biblioteca é via sebos. Livros usados, especialmente pra quem faz pesquisa histórica, é um excelente recurso!

Alexandre Galante
Responder para  Luciano
2 anos atrás

Sábio Luciano!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Luciano
2 anos atrás

Olá Luciano. Sebo é muito legal. Lá para encontrar livros muito legais, algumas edições lindas, por uma fração do valor. Aliás, fui alfabetizado lendo gibis. Minha mãe fez muita troca no sebo.

Luciano
Luciano
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Pois, os sebos virtuais me salvam, Carmargoer e Galante! Comprei semana passada dois livros pra produzir um artigo pra uma disciplina ( “Pio XII e a Alemanha nazista”, do Saul Friedländer, e “Hitler e os alemães”, de Eric Voegelin”) que de outra forma seria impossivel adquirir! O preço compensa muito, fora a comodidade de entregar em casa. Contudo, confesso q visitar um sebo e “garimpar” é uma experiência fantástica! Adorava visitar os sebos do centro de Salvador, porém, uns 20 anos atrás, visitei uns sebos no centro de SP, por ali por trás da Sé. Putz! Achei coisas excelentes, como “Depoimentos de oficiais da reserva” ou um manual de instrução militar dos anos 30! Quem gosta de livro e história precisa ir algum dia a um bom sebo!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Olá Galante. Lembro de uma entrevista do José MIndlin sobre a sua biblioteca, que era imensa. Ele dizia sobre a experiência sensorial que é ler um livro. Também gosto de ler os livros físicos, sentado em uma boa poltrona ou deitado em uma rede. Documento eletrônico apenas para trabalho.

Alexandre Galante
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Não há nada mais gostoso que cheiro de livro e revista nova.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Pois é. Uma das coisas mais bonitas aqui em casa é ter livro espalhado pela casa toda. riso. Até gibi.

JOSE DE PADUA
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Volta a imprimir a revista forças de defesa então

eu compro

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Olá Galante. Creio que a diferença entre um livro digital e um livro físico é o mesmo entre ouvir uma playlist e assistir a um show ou um concerto ao vivo. Cada coisa tem o seu valor e a sua graça. Se uma pessoa consegue ler um livro por semana, tá ótimo. Se conseguir ler 100 páginas online, tá ótimo também. Se fizer os dois, ótimo sem dúvida;

Faver
Faver
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Bem isso Galante. Quem passou pelas aulas online na pandemia e voltou as aulas presenciais agora está dando graças aos céus. O estudo online, remoto ou ead, qualquer que seja, só dá certo para quem já tem maturidade (já formado) ou alguns que enxergam como este sistema funciona. Para a grande maioria dos alunos não tem funcionado bem. Penso que o ideal é um sistema misto.

AMBAR
AMBAR
Responder para  Faver
2 anos atrás

O estudo por meio virtual pula uma das mais importantes etapas do ensino. Com ela usa-se apenas a visão para estudar, sem se aproveitar a fase da escrita, que é o período em que o que foi visto vai ser desacelerado, transformado em texto e fixado na memória. A velocidade da visão supera o tempo de retenção no nosso banco de memória imediata, de modo que não conseguimos memorizar o que estudamos sem escrever, ou pelo menos sem reler. Sem contar que a leitura e a escrita virtual diminuem a nossa criatividade.

Mafix
Mafix
Responder para  Alexandre Galante
2 anos atrás

Se voce precisa estudar e tem apenas um celular ou computador voce se obriga a estudar com o que tem, a vantagem de um livre é superior a leitura em uma tela mas como eu disse cada um estuda como pode …

Fora o fato que não importa se tem uma biblioteca em cada esquina se a pessoa não quer estudar ..

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Mafix
2 anos atrás

Na minha época de estudante ser pobre como eu fui , era ser condenado ao banimento cultural. Só quem tinha dinheiro aprendia idiomas estrangeiros e tinha acesso aos clássicos da academia que ainda que adquiridos usados custavam bem caro para que ganhava salário mínimo. Hoje podemos aprender uma infinidade de idiomas pelo Duolingo gratuitamente e ler o que quisermos em versão digital gratuitamente ou por uma pequena percentagem do custo que era no passado. Acesso instantâneo a livros que levavam meses para serem importados e tinham custo proibitivo para o povo. De certo temos que fazer boa parte do povo ter acesso a esses recursos ainda , mas é uma evolução notável em direção a democratização do conhecimento.

Faver
Faver
Responder para  Gabriel BR
2 anos atrás

Correto Gabriel. Acho que o problema desta geração é a extrema facilidade. Nunca tivemos tanto acesso a conteúdos online. Porque não está funcionando? Não ensinamos o povo a filtrar o que é importante, a aprofundar conteúdos (se tem textão o povo já foge), e pensar. A evolução deve ensinar a corrigir estes pontos.

Gabriel BR
Gabriel BR
Responder para  Faver
2 anos atrás

A formação do imaginário popular começa com o acesso a cultura de qualidade, esse resultado que almejamos será visto nas próximas décadas se o mundo sobreviver a nessa confusão no cenário internacional.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Mafix
2 anos atrás

Olá Mafix. De fato, existem muito material disponível online inclusive obras clássicas que caíram em domínio público. Contudo, as bibliotecas servem tanto para propiciar acesso direto ás obras (livros) com proporcionar acesso gratuito à internet.

Mafix
Mafix
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

São poucas as pessoas que vão a esses locais fora o fato que a maioria que estuda tem acesso a internet na faculdade ou escola onde estuda …

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Mafix
2 anos atrás

Caro Mafix. É o que estou dizendo. A biblioteca pública e um ambiente muito mais amplo que um acervo de livros. Ela atende toda uma comunidade. Ela serve de espaço para exposições culturais, espaço de convivência para crianças e idosos. Contudo, a maioria das escolas públicas de ensino fundamental e médio não tem acesso á internet.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
Responder para  Mafix
2 anos atrás

Leio em PDF, na tela de meu celular, simplesmente por falta de grana pra comprar livros, ou falta de tempo de ir a biblioteca Mario de Andrade, no centro de SP.
Mas nada se compara ao prazer de ler em papel mesmo…

Material arquivo
Material arquivo
Responder para  Mafix
2 anos atrás

Esse argumento da digitação de obras e outros materiais didáticos não explica de forma isolada esse problema.
A educação é bem ampla, envolve várias faixas de idade e complexidades.
Levando em conta que a população brasileira cresce e a gente parta do princípio que a educação chega a mais pessoas: não deveria ter redução do número de bibliotecas.
É algo bem estranho!
Digitação contribuí sim para a redução, mas seria melhor um estudo para ver o que acontece.
Difícil esperar educação top em um país onde metade da população ataca universidades públicas e venera donos de frigoríficos e lojas de varejo com fachada da Casa Branca (coisa de idiota).

AMBAR
AMBAR
Responder para  Material arquivo
2 anos atrás

Digitalização de documentos e de livros, se num momento parece ser um modo maravilhoso de diminuir espaço de armazenamento, por outro lado torna-se uma poderosa arma de controle do estado.
Um processo antigo em andamento, um documento que alguém precise para reivindicar um direito, uma informação política preciosa, ou memo um hollerith antigo que a entidade pública teria o dever de manter na continuidade do vínculo com o particular ou o servidor, se não estiver em arquivo físico, simplesmente desaparece. Sem contar que pode-se dar qualquer versão a fatos e atos acontecidos.
Outrossim, é o meio de acesso a essa mesma quantidade de informações. Do disquete ao cd, do cd ao dvd, do dvd ao pendrive, do pendrive ao HD, a cada nova mídia a informação vai se perdendo até desaparecer. Somente o Estado vai ser o senhor da informação, e só poderemos guardar o que a ele interessa. Quem tiver paciência que arquive os seus papéis, seus livros, seus gibís…para não ficar sem história pessoal.

Gabriel BR
Gabriel BR
2 anos atrás

Normal, os livros são hoje lidos em versão digital .
Tenho uma biblioteca pessoal no meu tablet

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Entendo o problema.Mas depois da internet nunca mais peguei em um livro ou revista.E olha que eu era fã.Mas tem as pessoas que não conseguem ter um computador.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Renato de Mello Machado
2 anos atrás

Caro Renato. A biblioteca pública permite tanto o acesso ao livro físico quanto o acesso á internet gratuíta. Uma biblioteca é muito mais que um depósito de livros.

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Mestre Camargoer…até a padaria o dentista, a escola (problema absurdo dos professores tento de controlar o uso de celulares em salas de aulas publicas)….

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

Olá Carvalho. São duas coisas. Uma é conseguir uma linha de wifi aberta. Outra é ter o dispositivo para acessar a internet. È comum estudar em um café ou lugar semelhante que fornece wifi gratuita (ja’fiz e faço isso). Outra coisa é dispor de um notebook ou tablet para ir até um lugar destes para estudar ou simplesmente fazer uma leitura é outra coisa. Por outro lado, sou um entusiasta e incentivador do uso de celulares, notebooks e tablets na sala de aula.

João Adaime
João Adaime
2 anos atrás

Isso faz parte de uma política de Estado, que vem desde o Império, onde os grande proprietários de terra eram contra alfabetizar a plebe.
Mais para os nossos tempos, um adesguiano me revelou que uma das diretrizes da ESG defende que o brasileiro precisa ser tutelado. Se isso ainda está valendo não sei, mas pelo jeito como as nossas “otoridades” olham para a educação, deixa sempre uma dúvida.
Livros são os piores inimigos de quem quer deixar uma população alienada, fácil de ser manipulada. Livros não dependem de professores ou salas de aula. Basta o interessado abri-lo e lê-lo. O perigo é que daí o leitor começa a se informar, abrir seus horizontes, a pensar e a comparar situações. A não aceitar injustiças. E querer justiça.
O problema é que a busca por justiça significa tirar o muito na mão de poucos e distribuir entre muitos.
A situação como está é cômoda, uma vez que a grande massa se contenta com o bolsa esmola, futebol e agora celular (que substituiu completamente a leitura de livros) e a “elite” continua mamando eternamente.
A falta de leitura se vê até aqui mesmo na Trilogia, quando colegas fazem perguntas sobre itens que estão escritos nas postagens. Sinal de que não leram mais do que o título.
Infelizmente o Brasil é uma terra de cegos e vai continuar assim até quando não sei.

Heinz
Heinz
2 anos atrás

Compreendo que com os avanços tecnológicos o povo tende mais a usar o celular ou tablet, computador para pesquisas e leituras.
Entretanto essa dado é só a ponta do iceberg, nas questão educacional do país.
3 coisas que não da para se “brincar” são: defesa, educação, e saúde.
E parece que no Brasil essas 3 coisas nunca tiveram uma atenção especial, temos inúmeros casos de países que investiram pesado em educação e hoje colhem frutos disso, como a China, Coréia do Sul, Finlândia, Israel…
Creio que o modelo educacional brasileiro é ultrapassado, e precisa de uma reforma ampla em todas as frentes, um modelo que poderia ser adotado seria o finlandês, que é muito elogiado e reconhecido mundo a fora.
Por conhecidência segundo pesquisas internacionais realizadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), três vezes ao ano as escolas finlandesas apresentam os índices de desempenho mais altos do mundo. Seus alunos (que são os que mais lêm no planeta).

NEMO
NEMO
2 anos atrás

Para quê livros e bibliotecas quando a população enaltece um futuro jogador de futebol que é analfabeto e não se incomoda com isso.

O brasileiro merece o país que tem!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  NEMO
2 anos atrás

Caro Nemo. Errado. O hábito de leitura é adquirido como outros hábitos. Ou por imitação ou por disciplina. Em uma casa na qual ninguém lê, é muito difícil que uma criança adquira o hábito de leitura. Ela terá que desenvolver isso sozinha por meio de um esforço muito grande, inclusive financeiro. Em uma casa na qual os pais possuem o hábito de leitura, as crianças irão adquiri-lo sem esforço. Culpar a população por não ter o hábito de leitura é culpar a vítima.

NEMO
NEMO
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Mesmo uma pessoa pobre é capaz de pensar e de escolher. Se formos esperar que alguém nos mostre o caminho então morreremos esperando.
E o brasileiro, pobre ou rico faz escolhas ruins conscientemente; é um povo que ama ser tutelado e odeia assumir responsabilidades!
Ninquem precisa dizer que Maquiavel é preferível a tiktok, todos sabem disto e ainda sim escolhem o lixo!

Eu cresci em uma família miserável e ignorante; encontrei na literatura um amigo que me ajudava a escapar da minha realidade. Hoje tenho na sala de casa duas estantes com uns quatrocentos títulos. Alem de mim ninguém se interessa por eles. E olha que muito tentei convencer parentes e conhecidos a ler; tive zero de resultado.

Mas para o “face” todos tem tempo. E esta é a história do brasileiro médio, a mediocridade!
Este povo se orgulha da própria ignorância e merece o que tem!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  NEMO
2 anos atrás

Caro Nemo. O fato de ser pobre ou rico nada tem a ver com o hábito de leitura. De qualquer modo, segundo o IBGE, um jovem que vem de uma família nos quais os pais têm nível superior tem 75% de chance de concluir a faculdade, contra apenas 5% de chance daqueles que têm pais com ensino fundamental incompleto. Isso mostra claramente o efeito daquilo que os pedagogos chamam de “aprendizado afetivo” nas habilidades cognitivas do jovem. Ou, como expliquei, ‘é mais provável que uma criança adquira o hábito de leitura vindo de uma família na qual todos têm este hábito do que desenvolvê-lo sozinho.

João Adaime
João Adaime
2 anos atrás

Caro Paulo
Chamar de analfabeto funcional é elogiar.
O que dizer de um aluno de curso superior que tira nota ZERO numa prova de consulta livre?
E não é história de ouvir dizer que aconteceu. Quem aplicou a prova fui eu.
Abraço

AMBAR
AMBAR
Responder para  João Adaime
2 anos atrás

Tá de brincadeira!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João Adaime
2 anos atrás

Olá Brics. O seu assombro pode ser resultado da sua maturidade. Acredito que você possa ter sido tão inconsequente quando era calouro quanto são os calouros hoje. Ministro aula para calouros há quase 20 anos. Minha impressão é contrária. Eles estão mais informados e com melhores habilidades cognitivas agora do que há 20 anos. Ainda assim, existem uma enorme diferença de maturidade entre o calouro e aquele que está colando grau. Como deve ser.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Caro Camargoer
O que você acharia se uma aluna (mais velha do que a média da turma) do último ano chegasse pra você e dissesse:
-Professor, não me dê falta por favor. Eu só preciso do diploma pra ganhar uma letra na repartição (ela usou o termo letra).
Abraço

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João Adaime
2 anos atrás

Olá João. Diria que usar casos isolados e experiência pessoal são insignificantes estatisticamente. Cada pessoa tem seus motivos e contextos sociais e econômicos para justificar as suas escolhas pessoais. Sendo a aluna uma pessoa adulta, sou incapaz de julgar as suas escolhas.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Prezado professor
Quer ter milhares de casos para engordar a estatística? Entrevista professores de cursos noturnos de faculdades particulares.
Abraço

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  João Adaime
2 anos atrás

Caro João. Pois é o que eu estou dizendo. É preciso entrevistar talvez 2 ou 3 mil docentes de diferentes instituições de ensino superior, ponderando o número de universidades públicas e faculdades privadas, cursos noturnos e diurnos, para que se possa ter um panorama do que se passa. Usar um ou outro caso ou se apoiar na experiência pessoal é um erro estatístico sem qualquer significância.

Jorge Cardoso
Jorge Cardoso
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Professor Esfregão…sempre passando o pano…

Camrgoer.
Camrgoer.
Responder para  Jorge Cardoso
2 anos atrás

Caro Jorge. Usar um esfregão é uma ação nobre, uma profissão digna. Já usei muito e continuo usando, em casa e no meu laboratório. Professor esfregão é um título que me honra.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Olá Paulo. De fato, como em todos os países, existem algumas poucas instituições de ensino superior que aparecem no “topo” e mais instituições na “base”. Todas as instituições que aparecem no topo têm excelentes programas de pós-graduação, o que efetivamente influencia positivamente os cursos de graduação. No Brasil, as melhores instituições de ensino superior são todas públicas, federais ou estaduais. De qualquer modo, cursar uma faculdade ou universidade afeta positivamente a formação cultural e profissional de qualquer pessoa. Eu sempre considero que o resultado final é abaixo daquilo que gostaríamos de ter conseguido, mas é sempre maior do que aquele que seria conseguido sem qualquer esforço. O principal ponto de comparação é entre a própria pessoa antes de cursar uma disciplina ou um curso e após concluir o a disciplina e o curso.

João Adaime
João Adaime
Responder para  João Adaime
2 anos atrás

Prezado Paulo
Eu já sofri isso. Estava montando uma tabela de Cargos e Salários da matéria de Administração de Recursos Humanos quando uma aluna interrompeu e disse que eu estava enrolando.
Ciências Humanas é problemático. Nas Médicas e Exatas o pessoal leva mais a sério, porque depois a cobrança é maior.
Abraço

José Roberto
José Roberto
2 anos atrás

Não entendi! Trilogia de Defesa falando em biblioteca e na matéria seguinte sobre permissão de compra de armas? Se for para ter posição política fecha por hipocrisia a revista.

NEMO
NEMO
Responder para  José Roberto
2 anos atrás

Ou seja, se alguem tem o habito da leitura logo é um brucutu pró-armas?

Voce é de esquerda certo?

Carvalho2008
Carvalho2008
2 anos atrás

Eu não sei o número, e detesto números jogados ao vento como este da matéria…

mas tenho uma certeza de absoluta e forte correlação inquestionável….

porque as mídias impressa e jornais impressos decaíram a quase insignificância?

existe correlação entre o enunciado jornalístico acima e minha pergunta?

Carvalho2008
Carvalho2008
2 anos atrás

comment image

Isto aqui não tem correlação?

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

É o papel da Internet….um absurdo não correlacionar a i fluência dos meios digitais sobre os acessos impressos….

qual a senha do Wi-Fi???? do metro, do vizinho, do irmão, da escola as voltas com a indisciplina e o problema de uso do celular durante a sala de aula, da padaria, da pública…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

Olá Carvalho. Sua pergunta é boa. Acredito que a redução na circulação dos meios impressos ocorreu entre aqueles que já tinham o hábito de leitura, que trocaram o meio físico pelo meio digital. Tenho dúvidas se estes dados podem ser interpretados com uma redução da fração da população com hábito de leitura. Aliás, creio que a popularização dos meios digitais aumentaram o hábito de leitura (não necessariamente da qualidade do conteúdo).

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

mas o próprio amigo procura justificar ” acredito que a redução circulação dos meios impressos ocorreu que já tinha o hábito de leitura…” ..é contraditório…mas veja:

a curva crescente dos mercado digital literário…determinados períodos são mais de 30% de crescimento….

continuo explicando…livros didáticos e para didáticos caducam, o amigo é acadêmico e sabe que todo o ciclo básico é secundário é assim.

grande parte do próprio material didático começa a migrar para o digital, suplementos, etc…

restam os clássicos….mas veja, quem são os clássicos?? São todos com direitos autorais livres, ou seja, nem sequer entra naquele percentual extremamente relevante de participação digital da editoras, pois são clássicos gratuitos e que fogem desta esmagadora estatística…São os milhões de downloads de PDFs gratuitos….de sites públicos, oficiais e não oficiais..
pois são obras já de caráter livre e público…

Bem, acho que o mínimo do mínimo de um jornalista, seria dar estas dimensões…afinal? eu não sou jornalista…mas eu sei….então..ele deveria…

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

Olá Carvalho. Uma coisa de cada vez. A tabela que você colocou é sobre jornais, que efetivamente estão migrando para o meio digital em razões de custos. Por isso eu disse que me parece natural que a tiragem impressa dos jornais diminua sem que necessariamente exista uma redução (nem aumento) do público leitor. Há apenas uma migração de plataforma. Sobre livros didáticos, ao menos para o ensino infantil e fundamental, há uma substituição dos exemplares antigos por novos, mas a plataforma continua sendo o livro impresso. No ensino superior, as bibliotecas das faculdades e universidades têm seus acervos ampliados tanto por livros físicos quanto meios digitais (já as revistas científicas migraram definitivamente para meios eletrônicos e no Brasil são acessadas por meio do Portal de Periódicos da CAPES. Por outro lado, o número de títulos publicados no Brasil saltou de 118 mil em 2016 para 150 mil em 2020, sendo que foram comercializados 42 milhões de unidades de livros em 2020. O Brasileiro lê de fato pouco, cerca de 5h por semana (na Índia são 10 horas).Por tanto, a redução no número de bibliotecas públicas vai em direção contrária ao aumento do mercado editorial brasileiro e contra uma política de popularização da leitura, até porque desconheço qualquer política nacional de incentivo á leitura de material digital ou de distruibuição gratuita de conteúdo digital.

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

o custo da obra é absurdamente diferente quer seja um jornal, quer seja um livro.

mesmo um livro. lembro bem antes até se cogitar o famoso xerox, quer seja um capítulo ou uma apostila…já hoje, é PDF mesmo….e principalmente clássicos literários da grade curricular…todos os clássicos literários não tem direitos autorais e são gratuitos na web.

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

O amigo está confundindo os conceitos….

a) O aumento do número de títulos é “produção”….

b) Biblioteca não é produção. Biblioteca é meio de acesso…

Meio de acesso mudou…e está mudando…já mudava muito antes, e foi acelerada com a pandemia….

José Roberto
José Roberto
2 anos atrás

Não entendi! Trilogia de Defesa falando em biblioteca e na matéria seguinte falar em.permissão para a compra de armas… Suite?

Patrício
Patrício
2 anos atrás

Isso foi uma simples coincidência.

JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Apesar de gostar de livros, não da pra negar que a internet é um meio muito melhor de obter informação, logo, a redução da quantidade de bibliotecas publicas é algo natural.

João Adaime
João Adaime
Responder para  JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Caro José
A internet é boa pra conseguir uma informação rápida. Eu uso e abuso disso.
Mas quando quero aprofundar um assunto, tenho de recorrer aos livros.
Abraço

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Caro José. Não é. Considerando que o tamanho da população tem tido um baixo crescimento nos últimos anos, seria de se esperar ao menos uma estabilidade no número de bibliotecas mas um aumento no acerco. Além disso, uma biblioteca serve tanto para acessar um acervo de livros quanto acesso gratuito á internet. Além disso, espera-se que exista ao menos uma estabilidade no hábito de leitura.

JOSE DE PADUA
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

Quem vai sair de casa para ter acesso a internet quando se pode fazer isso de um celular?
Faz anos q não entro em uma biblioteca e acho que a redução do numero delas algo natural independente do aumento ou não da população.
Assim como ninguém mais manda revelar fotografia, ninguém pesquisa em mídia física.
Não digo q é o ideal, mas assim como Joao Adaime disse, quando se quer mais profundidade de conhecimento, ai se recorre a livros que possuem melhor qualidade e confiabilidade do que a internet.

Camrgoer.
Camrgoer.
Responder para  JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Caro José. Veja só. A última vez em entrei em uma biblioteca pública foi quarta feira da semana passada. Cada um tem lá às duas prioridades, né?

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

e-books para 550 editoras no Brasil, quantificou o crescimento no ano passado. A empresa contabilizou 9,5 milhões de exemplares distribuídos (pagos e gratuitos) entre março e abril – equivalente a 80% de todo volume digital comercializado em 2019.26 de abr. de 2021

https://www.intersaberes.com/blog/tendencia-de-consumo-faturamento-com-livros-digitais-cresce-115-em-3-anos/#:~:text=Um%20levantamento%20da%20Bookwire%2C%20que,volume%20digital%20comercializado%20em%202019.

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Camargoer.
2 anos atrás

amigo…quase todos os estabelecimentos comerciais oferecem Wi-Fi…não é exclusividade de biblioteca…hospital tem, escola tem, padaria tem, shopping, etc…o hábito de leitura no meio de acesso biblioteca está sumindo….é o meio de acessar um título….e ele muda….

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Carvalho2008
2 anos atrás

Olá Carvalho. Uma biblioteca é um espaço diferente daquele encontrado nas salas de espera de hospitais e dentistas. A biblioteca é um espaço mais amplo, no qual são feitas exposições, serve de espaço de convivência para crianças e idosos.

AMBAR
AMBAR
Responder para  JOSE DE PADUA
2 anos atrás

Conquanto a internet seja inegavelmente um meio muito melhor para se obter informação, não se pode dizer que ela seja o melhor meio para a formação.

Plinio Jr
Plinio Jr
2 anos atrás

É preço de um país de milhares de analfabetos funcionais, que terminam o ensino básico sem saber ler ou escrever direito ….fruto de políticas nefastas para perpetuar aqueles que estão no poder.

Luciano
Luciano
Responder para  Plinio Jr
2 anos atrás

Olá, Plínio. Infelizmente, é isso mesmo. É um projeto que deu certo: fazer da educação básica pública um fracasso! Há algumas exceções, mas elas não são suficientes pra mudar o conjunto da obra. O “novo ensino médio” é mais uma ação nesse sentido de fazer dar errado!

Arthur
Arthur
2 anos atrás

Tô achando até pouco! Agora biblioteca pública também é assunto ou acabou o conflito na Ucrânia? Vamos ser práticos: se leitura nunca foi o forte do brasileiro, para que bibliotecas? Na campanha eleitoral de nosso presidente, a manutenção ou expansão de bibliotecas públicas não constava em seu programa de governo. Associe-se a crise político/econômica dos governos Dilma/Temer e mais a pandemia. Não só fecharam as bibliotecas, mas grande parte dos pequenos estabelecimentos comerciais, que não tiveram fôlego para se manterem. Só dá cartazes de ‘aluga-se’ e ‘vende-se’. Só jogar a culpa nos políticos não explica. Sou professor de história e conheço minha clientela. Mas o brasileiro já trocou a televisão, jornais e revistas pela mídia eletrônica. Com celulares e laptops se assistem filmes, novelas, vídeos de produtores de conteúdo e até permite participar de fóruns em blogs de trilogia de defesa! Que é lastimável a diminuição de bibliotecas, isso é inegável, mas é coerente com o nosso desinteresse e vem de décadas. Manter bibliotecas vazias também incomoda.

Burgos
Burgos
2 anos atrás

Lamentável isso !!!
Fiz muito trabalho escolar e pesquisa em bibliotecas !!!
E jogava xadrez nas horas vagas com um bibliotecário que era mestre !!!
Me ensinou muitas jogadas estratégicas !!!

Material arquivo
Material arquivo
2 anos atrás

Esperar o que de um país onde o presidente (que deveria ser uma mola de incentivos) jamais visitou uma escola pública, uma universidade pública, um instituto federal, um centro de pesquisas empresarial.
Servidores sem reajustes há anos, sendo chamados de maricas e parasitas (isso da boca de um banqueiro kkkkkk).
Péssimo exemplo de homens públicos.
A parte pública do Brasil nunca foi predatória em relação a educação.
Nada…uma sociedade extremamente babaca que só pensa em aparências.
A nossa mídia então…só tragédia dia e noite.
Só gente arrogante brigando por bobagens, enquanto o essencial é esquecido.

carvalho2008
carvalho2008
Responder para  Material arquivo
2 anos atrás

Mas pelo enos este tem formação superior de ponta….

Nativo
Nativo
Responder para  carvalho2008
2 anos atrás

Ponta de chuteira em educação física

AMBAR
AMBAR
Responder para  Nativo
2 anos atrás

kkkkkkkkkkkkkkkkkk!

carvalho2008
carvalho2008
2 anos atrás

Brasileiros lendo mais! Editoras comemoram crescimento do setor de livros e apostilasDesde julho de 2020, dados indicam que os brasileiros estão lendo mais; Só em 2021, foram vendidos 55 milhões de livros no Brasil, um crescimento de quase 30% em comparação com o ano anterior

https://jcconcursos.com.br/noticia/brasil/brasileiros-lendo-mais-editoras-comemoram-crescimento-do-setor-de-livros-e-apostilas-91129

carvalho2008
carvalho2008
2 anos atrás

Vendas de ebooks sobem quase 40% em todo o mundo e mostram potencial para futuro totalmente online
https://mundodelivros.com/vendas-de-ebooks/

Andre
2 anos atrás

Seria muito bom se houvesse uma pesquisa que acompanhasse a quantidade de pessoas frequentando as bibliotecas públicas, principalmente excluindo as que estão em escolas e universidade, para seguir o artigo, nos últimos 20 anos.

Talvez existam problemas estruturais mais graves do que a simples quantidade de bibliotecas públicas. Talvez, com o aumento do número de faculdades e escolas nos últimos 20 anos, o público que antes frequentava as bibliotecas publicas passou a frequentar as bibliotecas públicas escolares. Talvez a aplicação dos recursos de manutenção dessas bibliotecas públicas fosse melhor aplicado em programas de incentivo à leitura através da utilização das bibliotecas presentes nas escolhas e universidade, quem são em número muito mais alto que as que não estão. Talvez a migração das bibliotecas públicas para bibliotecas públicas escolares seja uma tendência antiga e/ou global. Talvez a escolha do ano de início da pesquisa demonstre que o objetivo da mesma fora traçado antes da definição do objeto a ser pesquisado e buscou-se um dado com pouco significado prático mas com enorme significado político, principalmente em ano eleitoral.

AMBAR
AMBAR
Responder para  Andre
2 anos atrás

Parece que uma boa parte das “pessoas de bem” vivem numa bolha onde tudo é maravilhoso, calmo e satisfatório. Ninguém anda a pé, pega um transporte coletivo, conhece bairros afastados ou ao menos grandes conglomerados urbanos onde as crianças leem livros sujos que acham no lixo e os líderes comunitários têm que fazer campanhas de doação de livros para formar uma biblioteca num quartinho de tábuas ou numa sala emprestada. É lindo o brasil das “pessoas de bens”.

Andre
Responder para  AMBAR
2 anos atrás

Nesse lugares tem sempre uma escola, são quase 180 mil escolas públicas no país e quase 47 milhões de alunos, e nessas escolas tem sempre uma biblioteca precisando de leitores.

Realmente ninguém anda a pé, pega ônibus aglomerado, ou atualiza a informação que vem sendo repetida há mais de 50 anos. É o lindo Brasil dos papagaios engajados onde o que importa é falar mal, sendo verdade ou não.

h.saito
h.saito
2 anos atrás

Das bibliotecas fechadas, quantas eram federais, quantas eram estaduais e quantas eram municipais? E quem ordenou o fechamento, por quais motivos?
Sei de algumas que foram fechadas para reforma estrutural e que nunca reabriram devido à mudança de administração governamental, e a falta de dinheiro nem foi motivo.

AMBAR
AMBAR
Responder para  h.saito
2 anos atrás

Tem a biblioteca do planalto, que foi desmontada pra fazer uma salinha para a primeira dama. https://oglobo.globo.com/epoca/guilherme-amado/video-planalto-empilha-no-chao-livros-de-biblioteca-desmontada-para-abrigar-michelle-bolsonaro-24252259

Er, falta de dinheiro não tem sido o motivo.

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  h.saito
2 anos atrás

A começar que bibliotecas ficaram quase dois anos fechadas nos últimos dois anos….

Está mesma matéria existe em 2017….falando de uma pesquisa em que 10% dos municípios ao ano, estavam ficando sem biblioteca….se são 5 mil municípios no Brasil, o número condiz com 500 bibliotecas a menos….

Alex Barreto Cypriano
Alex Barreto Cypriano
2 anos atrás

A maioria absoluta das bibliopúblicas sumiu no estado de São Paulo. Parabéns. Orgulhoso de ler. Mas sumirem foi apenas o golpe de misericórdia na instituição moribunda: vejam os acervos e constatarão que muitas abrigavam só o lixo absoluto do mercado editorial (de comic books – EQs – a romances de quinta passando por autoajuda). O Brasil vem se sabotando faz muito tempo, não é de ontem, da ascensão do cretino jagunço mor: a nobre e alva louça daZélites já vinha emporcalhada de prolongado uso sem decorosa limpeza – e parece que vai continuar assim pra sempre até o fim.
For Thine is the Kingdom
For Thine is
Life is
For Thine is the
This is the way the world ends
This is the way the world ends
This is the way the world ends
Not with a bang but a whimper

Carvalho2008
Carvalho2008
Responder para  Alex Barreto Cypriano
2 anos atrás

rapaz….Isto é mesmo verdade….levei meu filho na bienal do livro semana passada….lotadasso…..cheio….cheio….a garotada 99% do público…mas os temas eram estes aí mesmo….muita fantasia de mundos mágicos e erotização….GOT seria coisa de carmelitas perto….não vi no meu gosto…tô velho….e ainda fiz uma besteira atroz….encontrei um stand geek…e tinha uns saldos de modelos de naves etc…e também caças, mas fora do 1/72 e outros padrões….1/100, 1/84…desdenhei é comprei só um MB339….por 20 pratas apenas….seriam 3 por 50 pratas….rapaz…como me arrependi….deveria ter pego mais….

Heli
Heli
2 anos atrás

Não estarei vivo daqui a 50 anos, mas se estivesse veria o Brasil ainda como vendedor de soja e minério de ferro. Livros, educação e ciência pra que né.
Enquanto isso foram abertos em media 3 clubes de tiro por dia nos últimos 12 meses.