FEB na Itália - 2
Brasília (DF), 8/5/2025 – Há 80 anos, o mundo se libertou das ameaças que o totalitarismo impunha. Hoje, ao evocarmos o “Dia da Vitória”, reafirmamos, de modo especial, que o Brasil escolheu o caminho certo durante o conturbado cenário, com suas valorosas Forças Armadas empenhadas na salvaguarda da liberdade e da justiça.
O alvorecer do século XX foi marcado por sucessivos conflitos armados, nos quais cada nova investida se traduzia em armamentos mais sofisticados, táticas mais arrojadas e manobras militares com maior alcance destrutivo, ameaçando, com intensidade, letalidade e tecnologia crescentes, a vida e a segurança das populações.A Segunda Guerra Mundial, travada entre os anos de 1939 e 1945, notadamente nos territórios da Europa, Norte da África e Ásia, com seus teatros de operações terrestres e marítimos, com destaque último para o Atlântico e Pacífico, constituiu o mais intenso e devastador conflito armado já testemunhado pela humanidade até então.O Brasil integrou as tropas aliadas na frente italiana, onde marinheiros, soldados e aviadores enfrentaram o árduo desafio de combater forças experimentadas e determinadas nos Campos de Batalha, arcando com elevado custo em vidas humanas e em recursos materiais: 34 navios mercantes e de guerra foram afundados, com cerca de 1.450 marinheiros mortos em operações no mar; 22 aeronaves abatidas em combate; e, aproximadamente, 500 militares tombaram nos confrontos em solo europeu.Naquele contexto desafiador do século XX, o País, mesmo diante de severos sacrifícios humanos e materiais, logrou vitória. Demonstrou, ainda, nobreza de espírito ao tratar com dignidade os vencidos; honrou seus mortos, conferindo-lhes memória perene em sepulturas de destaque; e extraiu, das agruras do combate, a valiosa lição de que, mesmo diante das maiores adversidades, nada se revela inalcançável.

Ao rememorarmos aquele 8 de maio de 1945, revivemos os feitos gloriosos de intrépidos marinheiros da Campanha do Atlântico, dos valorosos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e dos destemidos aviadores do “Senta a Púa”, que, superando adversidades e limitações, derrotaram um inimigo numericamente superior, bem treinado e motivado. Render homenagem a esses heróis transcende o mero ato de relembrar suas proezas; significa, sobretudo, reconhecer o esforço de superação, bem como a genialidade e a determinação do povo brasileiro em fazer prevalecer a paz, mediante a coragem e o sacrifício de seus bravos militares. É um ato de respeito à nossa história.

A participação brasileira nesse conflito, ora rememorado, convida-nos à reflexão sobre os desafios que se impõem em nossos tempos. Não há missão impossível para quem tem a coragem de agir em prol da proteção da população e da soberania nacional, em estrita observância aos princípios da legalidade.

A cobra da FEB por Walt Disney

Com essa reflexão, conclamo os marinheiros, soldados e aviadores de hoje a inspirarem-se nos feitos heroicos de nossos antecessores, que nos legaram um País livre, soberano e seguro; respeitado no Concerto das Nações e reconhecido por marcante contribuição à paz mundial.

Assim, transcorridos 80 anos desde a memorável “Vitória”, eternizada no “V” da Canção do Expedicionário, rendemos justa homenagem às Forças Armadas de hoje – Marinha, Exército e Força Aérea, herdeiras legítimas de tão caras tradições; instituições respeitadas e honradas pelo povo brasileiro.

Prestamos, igualmente, nosso tributo aos bravos combatentes que, reconhecendo a gravidade do momento em que viveram e movidos pelo mais elevado senso de dever cívico, entregaram a própria vida, lutando e vencendo um inimigo que ameaçava a paz. Que suas memórias sejam eternamente reverenciadas, seus feitos honrados e seus exemplos sirvam de inspiração para nossa dedicação, determinação, coragem e fé.

Por fim, aos agraciados com a Medalha da Vitória, registro meus cumprimentos e gratidão por seu inestimável apoio à Defesa Nacional e às Forças Armadas. Que esta honrosa distinção represente o justo reconhecimento do Ministério da Defesa àqueles que demonstraram mérito e dignidade em sua trajetória a serviço da Pátria. Nossas maiores homenagens aos que formam as nossas Forças Armadas, de ontem, de hoje e de sempre.

FONTE: Ministério da Defesa

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Camargoer.
Camargoer.
3 horas atrás

Que frase importante:

“Há 80 anos, o mundo se libertou das ameaças que o totalitarismo impunha”. (primeira frase do comunicado do MInDef)

O fascismo foi a mais grave ameaça à democracia. Este cenário se repete agora, no início do Sec.XXI

mauricio pacheco
mauricio pacheco
2 horas atrás

Enquanto isso, o presidente Brasileiro prefere comemorar, juntamente com os comunistas de Moscou, a capitulação do Exército de Hitler para os Soviéticos.
Lamentável!

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  mauricio pacheco
2 horas atrás

Caro

A URSS colapsou há mais de 30 anos.,
A Rùssia de Putin (para diferencias da Russia Czarista) é um país capitalista..

Cerca de 1/3 das mortas na II Guerra foram soviéticos, por isso o evento em Moscou é tão representativo.

Teria sido importante que qualquer um que tivesse ganhado a eleição em 2022 e ocupasse a presidência no Brasil pudesse estar nesta celebração

Há coisas que precisam ser vistas pelo seu verdadeiro significado sem este viés partidário.. deixe esta discussão para os assuntos domésticos que já são complexos demais.

Lamentável foi não conseguir juntar todos os líderes que lutaram juntos na II Guerra.

Teria sido um momento memorável e de enorme simbolismo político…

eu tenho dificuldade para entender como estes líderes estão apequenados.

EduardoSP
EduardoSP
Responder para  Camargoer.
46 minutos atrás

Melhor seria se ele tivesse participado das comemorações com os países ocidentais.

Hoje a Rússia é o país que procura anexar áreas de outros países a título de “proteger” populações russas. O mesmo argumento utilizado pela Alemanha para anexar a Áustria, os Sudetos e a Tchecoslováquia.

Não dá para separar a história do que acontece no presente, especialmente quando ela está se repetindo.

JuggerBR
JuggerBR
Responder para  mauricio pacheco
1 hora atrás

Comunistas em Moscou? Amigo, você ainda está vivendo em 1991? O muro caiu, caso ninguém tenha te contado. O regime vigente em Moscou atualmente é um muito semelhante a Cosa Nostra, um capo e seus tenentes achacando a população.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
Responder para  mauricio pacheco
24 minutos atrás

Não se pode desconstruir a história. Quem realmente quebrou a espinha dorsal dos Nazistas foram os Russos. Os alemães perderam na frente leste oito milhões e meio de homens. Nas maiores batalhas travadas pelo gênero humano. Stalingrado, Rzhev, Kursk etc. E hoje a Europa esta namorando novamente o nazismo. Outra coisa. Os vencedores ocidentais nunca nos convidaram para comemorar nada.

Gustavão
Gustavão
2 horas atrás

Ganhamos.
Deus atenha bom lugar os brasileiros que deram sua vida nessa guerra.

Camargoer.
Camargoer.
Responder para  Gustavão
2 horas atrás

Perfeito

Acrescento também os feridos e todos os brasileiros que de algum modo sofreram por causa desta guerra. que foram muitos.

Antunes 1980
Antunes 1980
2 horas atrás

Heróis Brasileiros!!

Obs: Extrema direita e extrema esquerda deveriam ser criminalizados de forma igual!

Rodrigo LD
Rodrigo LD
52 minutos atrás

80 anos do final da IIGM e iniciando a IIIGM…se já não iniciou!!!

Rodrigo Maçolla
Rodrigo Maçolla
22 minutos atrás

Salve a FEB e os Heróis brasileiros que nunca sejam esquecidos e sempre sejam exaltados.

Groosp
Groosp
19 minutos atrás

Os alemães assinaram a capitulação perante os aliados ocidentais — dos quais fizemos parte — no dia 8 de maio. Ainda assim, Lula deixa o país para comemorar, no dia 9 de maio, com os russos. Isso é de um desrespeito sem tamanho.

João Carlos
João Carlos
8 minutos atrás

Todos os politicos que se acham seres superiores em relação ao comum dos mortais se chegam ao poder são um perigo sejam de eles de esquerda,direita,nacionalista ou woke. Ao fim de algum tempo quem não esta com eles estão contra eles e tem que ser eliminados. Sempre foi assim e acho que no futuro sera igual infelizmente.