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vinheta-clipping-forte1Câmera de gás, bombas, incursão em morros com supostos traficantes e tiros, muitos tiros. Durante uma semana essa foi a realidade para 38 jornalistas de todo o Brasil, participantes de um treinamento especial promovido pelas Forças Armadas no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (Ccopab), no Rio de Janeiro. O curso, que acontece uma vez por ano, foi batizado como Estágio Preparatório para Jornalistas em Áreas de Conflito.

Desde 2008 o Ccopab vem preparando repórteres para a cobertura em áreas de conflitos armados, principalmente onde o país mantém tropas de paz, num trabalho com a Organização das Nações Unidas (ONU). O Jornal do Commercio fez parte da turma deste ano e acompanhou todo o curso.

A estrutura foi criada para que jornalistas fiquem internados num centro de formação onde vivem o cotidiano dos militares. Durante o período eles recebem orientações em aulas teóricas e práticas.

As Regras de Engajamento, Comunicação e Negociação, Armas Não Letais, Artefatos Explosivos Improvisados, Mídia em Conflitos Armados e Progressão em Área de Risco foram algumas das disciplinas.

“Nosso objetivo é preparar os profissionais da mídia para exercer coberturas em zonas perigosas, tensas, com ênfase nos procedimentos de segurança pessoal e relacionamento com as forças militares”, explicou o comandante Adler Ferreira, do Corpo de Fuzileiros Navais, coordenador do curso.

Depois de dois dias com diversas aulas, o grupo passou para a parte prática. “É a hora de vocês aprenderem como se portar no campo”, citou o tenente-coronel Luiz Negreiros, diretor de ensino do Centro de Operações. O treino é pesado.

Depois de receberem o capacete azul (os mesmos usados pelas tropas de paz da ONU) e colete à prova de balas, os repórteres foram submetidos a treinamento num morro e numa favela fictícios. Durante uma intensa troca de tiros aprenderam como se portar em momentos onde o risco de vida e imediato e constante.

“É muito importante esse treinamento. Principalmente hoje em dia, com tantos protestos espalhados pelo Brasil”, citou Eduardo Matos, repórter de uma rádio do Rio Grande do Sul.

O Comandante do Ccopab, coronel Fernando Baganha, do Exército, concorda. “A nossa idéia é aumentar cada vez mais essa integração com o jornalista. Trocamos experiências e aprendemos uns com os outros”, registrou.

FONTE: Jornal do comércio via Resenha do Exército

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joao.filho
joao.filho
10 anos atrás

Muito bem, mas aonde esta o Kevlar???